Desarmamento Civil

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#211 Mensagem por YOHAM » Seg Set 12, 2005 4:26 pm

O Peter Hof mostra como chegou aos dados.

Já está citado no trecho do artigo que vc postou;

relatório Estatística da Criminalidade; Coordenadoria de Análise e Planejamento - Secretaria de Segurança Pública - São Paulo, 2005

A mesma Secretaria que tinha um secretário que negociou com marginais na encenação de um suposta tentativa de resgate de outros marginais, mas que só serviram de alvos para os policiais. Na tentativa de mostrar a população que a polícia vinha trabalhando, e muito, na redução do crime organizado. Ô, se vinha!

Quem não entregar a arma quando a campanha acabar, vai pra cadeia.

Que bom ver seu lado positivo em relação ao referendo.




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#212 Mensagem por Guilherme » Seg Set 12, 2005 4:32 pm

YOHAM escreveu:
relatório Estatística da Criminalidade; Coordenadoria de Análise e Planejamento - Secretaria de Segurança Pública - São Paulo, 2005

A mesma Secretaria que tinha um secretário que negociou com marginais na encenação de um suposta tentativa de resgate de outros marginais, mas que só serviram de alvos para os policiais. Na tentativa de mostrar a população que a polícia vinha trabalhando, e muito, na redução do crime organizado. Ô, se vinha!


Desconheço essa história. Explique, com nomes e datas. Não estou dizendo que tal história não aconteceu, apenas que a desconheço.

Quem não entregar a arma quando a campanha acabar, vai pra cadeia.

Que bom ver seu lado positivo em relação ao referendo.


Não entendi. Meu lado positivo?




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#213 Mensagem por YOHAM » Seg Set 12, 2005 5:20 pm

Desconheço essa história. Explique, com nomes e datas

É bandido negociando com bandido. A diferença é que uma das partes é admirado por quem gosta do Governador do Estado de São Paulo e sua política.

O Caso Castelinho;

Castelinho: um julgamento inconcluso

Por Hélio Bicudo*,
para a revista Caros Amigos

Nos primeiros dias de maio de 2003, a polícia de São Paulo executou, no pedágio da rodovia que liga a Castelo Branco a Sorocaba, 12 pessoas que, supostamente, iriam assaltar um avião que aterrissaria no aeroporto daquela cidade, com avultada soma de dinheiro. Posteriormente, apurou-se que há anos não aportavam naquele aeroporto aviões com grandes somas.

Na ocasião fizeram-se os maiores elogios à atuação da polícia cujos órgãos de informação tinham tornado possível a sua intervenção para evitar um assalto. O então ministro da Defesa chegou a manifestar-se nesse sentido, associando-se ao que então se afirmava.

Contudo, um exame mais acurado dos fatos veio a demonstrar que a chamada “operação Castelinho” fora uma das maiores farsas da polícia paulista.

É que a polícia estava desprestigiada aos olhos da opinião pública: aumento da violência com seqüestros não resolvidos; fuga de presos que chegaram, em um dos casos, a se utilizar de um helicóptero para sair do pátio do presídio onde se encontravam; rebeliões nos presídios da capital e do interior.

Essa situação reclamava que se fizesse algo para – a exemplo do que já acontecera nos anos 60/80 do século passado, com a criação do “esquadrão da morte” – restabelecer o prestígio da polícia e a sua confiança por parte da população.

Um órgão que funcionava junto ao gabinete do Secretário da Segurança, que responde pela sigla de Gradi - Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância, tendo recrutado, com autorização (ilegal) dos juízes da Corregedoria dos Presídios, alguns detentos condenados por delitos graves, passou a armar, com a ajuda desses delinqüentes, um evento que denotasse a eficiência da polícia. Recrutaram 12 pessoas com o objetivo de realizar o aludido assalto.

Proporcionaram armas e a munição, estas sem efeitos letais, e, por fim, um ônibus que os conduzisse para o local do assalto.

Esses homens foram surpreendidos na praça daquele pedágio e sumariamente executados. Ato contínuo, tratou-se de limpar o local do crime, enviando as vítimas, já mortas, para a Santa Casa de Sorocaba, e alterando o conjunto do cenário em que os fatos se deram.

Os laudos do Instituto Médico Legal foram enviados a um dos maiores especialistas - o professor Nelson Massini – em exames médicos legais, que concluiu tratar-se de uma mera chacina: as vítimas foram atingidas, preferencialmente, no tórax e na cabeça por disparos de armas de fogo, alguns deles à queima-roupa. Os ferimentos constatados nos braços resultaram de gestos de defesa.

Com base nesses fatos, os professores Fábio Konder Comparato e Dalmo Dalari, os advogados José Carlos Dias, ele e Carlos Miguel Aydar, este presidente da secção paulista da OAB, representaram ao Tribunal de Justiça e ao procurador Geral da Justiça, para que instaurassem os inquéritos competentes para a apuração, de um lado, de fatos praticados por juízes corregedores e Secretário de Segurança e, de outro, dos policiais que participaram da execução. Estes últimos foram denunciados pelo Ministério Público e o processo corre pela comarca de Itú, onde o crime se consumou. Os primeiros foram submetidos a inquérito que teve o seu sigilo decretado pelo Órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado.
O processo de Itú, com mais de cinqüenta réus, prolongar-se-à por anos e só se esgotará depois dos recursos julgados pelos tribunais.

Quanto aos juizes e Secretário, o resultado já era esperado, em um procedimento sob sigilo, aliás, questionável, nos termos do disposto no artigo, 93, IX da Constituição Federal, que impõe a publicidade dos julgamentos. O órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o arquivamento do inquérito por insuficiência de provas, com apenas um voto contrário. O inexplicável é que o Secretário incriminadosequer foi ouvido e o Ministério Público impedido de manifestar-se no plenário daquele órgão. O relator, entre outras jóias que podem ser lidas no voto vencedor, observou – isto está no noticiário dos jornais – que o fato de os juizes terem violado a lei se constitui numa atitude compreensível na luta contra o crime organizado. Quer dizer: pode-se cometer crime para combater crime!

Mas tal situação, que não pode ser assimilada pela sociedade civil, não é irreversível.

Prevendo que a solução seria tomada pelo Tribunal de Justiça, por ser órgão especial, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos já acionara a Comissão Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, da OEA, alegando que não obstante não esgotados formalmente os recursos internos, (requisito para o ingresso da denúncia perante a comissão) tudo indicava, tendo em vista o grande número de antecedentes, que o resultado seria a impunidade, como realmente aconteceu. Em correspondência de dezembro do ano passado, a Comissão Interamericana informava que aceitava a denúncia e iria proceder de acordo com as disposições de seu Regimento.

Em conclusão: o lamentável episódio não terminou, pois devemos esperar que os fatos que não sensibilizaram o corporativismo da justiça paulista, encontrem seu reconhecimento, primeiro pela Comissão e depois pela Corte Interamericana, cujas decisões são de cumprimento obrigatório em nosso País.
* Presidente da Fundação Interamericana
de Defesa dos Direitos Humanos;
fonte: http://carosamigos.terra.com.br/


Para ajudá-lo a entender melhor a política de segurança praticada no Estado de São Paulo.

http://www.spbancarios.com.br/spb/rdbmateria.asp?c=494

Meu lado positivo?


Fiz um trocadilho Guilherme. Deu a impressão de que já está aceitando como fato a aprovação do desarmamento. Em relação a ser voluntário ou não a entrega do armamento; está explícito que somente para quem continuar com armamento ilegal é que será responsabilzado como criminoso não quem tem o armamento legal. Para esse cidadão, que possue armamento legal, é que está sendo feito o referendo.




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#214 Mensagem por Guilherme » Seg Set 12, 2005 5:31 pm

YOHAM escreveu:Fiz um trocadilho Guilherme. Deu a impressão de que já está aceitando como fato a aprovação do desarmamento. Em relação a ser voluntário ou não a entrega do armamento; está explícito que somente para quem continuar com armamento ilegal é que será responsabilzado como criminoso não quem tem o armamento legal. Para esse cidadão, que possue armamento legal, é que está sendo feito o referendo.


Aí é que está: pelo que eu entendi ao ler a lei, o cidadão que possui armamento legal tem um prazo (3 anos) para se adequar à nova lei (requerer o novo registro e porte de arma). Na grande maioria dos casos, os cidadãos que tem uma arma legalizada agora não poderão tê-la, vide a quantidade de exigências que são feitas (algumas são totalmente cabíveis, como exame psicotécnico e demonstração de aptidão, outras nem tanto, como a demonstração de efetiva necessidade, que é algo bem elástico) e o número de novos portes que foram concedidos desde a implantação da nova lei. O cidadão está legal agora, mas no futuro não poderá sê-lo.




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#215 Mensagem por Mateus Dias » Seg Set 12, 2005 5:46 pm

Só morreu vagabundo na Castelinho... Os policiais deveriam ter ganho medalhas por aquela missão




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#216 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Set 12, 2005 6:29 pm

Yoham, se não se pode confiar nos números da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo quanto aos índices de criminalidade desse Estado, pode ser confiar em quem?




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#217 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Set 12, 2005 6:29 pm

YOHAM escreveu:
Desconheço essa história. Explique, com nomes e datas

É bandido negociando com bandido. A diferença é que uma das partes é admirado por quem gosta do Governador do Estado de São Paulo e sua política.

Típico!


Só posso dizer que essa afirmação é típica damá fé com que esse pessoal trata as minhas convicções políticas, compartilhadas por alguns colegas!

Não é possível fazer esse tipo de associação. Como posso eu, desconhecedor da tal história, admirar umas das partes, e ainda por cima essa admiração ter qualquer ligação ou associação com o Governo de São Paulo?!

É típico mesmo! :roll:




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#218 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Set 12, 2005 6:34 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Yoham, se não se pode confiar nos números da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo quanto aos índices de criminalidade desse Estado, pode ser confiar em quem?

Exato!


Como poderei, então, confiar nos dados do Ministério da Justiça, que claramente é imparcial ao apoiar o Desarmamento, e que faz parte do mesmo Gov. que tentou implantar diversos mecanismos de controle da informação, como o CFJ, Ancinav, e até mesmo a malograda (ou não) tentativa de mordaça no IBGE!?!




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#219 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Set 12, 2005 6:37 pm

E complementando, como posso confiar nos dados do Ministério da Saúde que já cansou de inventar falácias e circos como a intervenção federal no sistema de saúde do Rio de Janeiro?




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#220 Mensagem por YOHAM » Seg Set 12, 2005 10:55 pm

Yoham, se não se pode confiar nos números da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo quanto aos índices de criminalidade desse Estado, pode ser confiar em quem?


Vinícius, saudações!
A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo tem sob seu currículo, junto ao mandato do governo do PSDB, o episódio da "Operação Castelinho" dentre outros que não me lembro aqui agora. Mas este foi o caso mais gritante expoto pela mídia, ainda que de forma muito opaca. Na época apenas o "estardalhaço" do sucesso da operação era divulgado de forma ostensiva. Doze vagabundos, recrutado pelo gabinete do Secretário de Estado, que tinha visível interesse em melhorar o conceito da opinião pública sobre sua pasta, foram fuzilados. Portando armamentos cedidos pela própria Secretaria através do Gradi, com balas de festim. Hoje se discute nos bastidores deste governo se o Governador do Estado põe o Saulo de Castro (Secretário de Segurança) na fritura ou não. Justamente para desassociar o caso de seu nome. Ter esse naipe de político a frente dessa Secretaria, que comandou um crime desse nível, numa democracia, com a mídia se "regorzijando" pelo feito, mas que depois foi desmascarado...é ter bom senso em, no mínimo, não engolir facimente tudo que vem de lá. Principalmente uma pesquisa que visa melhorar uma eficiência, deste governo, que não tem.
Só para lembrar; essa foi uma das 58 CPIs que o governo do PSDB impediu de nascer.
Em relação as pesquisa do Ministério da Saúde, não precisa acreditar, se o fator for ideológico. Já que vem do governo do atual Presidente da República. Pode ficar com as outras que já citei em outro tópico, apesar de um deles ter interesse no referendo.

Pesquisa do Intituto de Estudos da Religião (iser);
http://www.desarme.org/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=4&infoid=4647

Pesquisa da UNESCO "Mortes matadas por armas de fogo no Brasil de 1979 a 2003";
http://www.desarme.org/publique/media/pesquisa_unesco_mortes_armas_de_fogo.pdf




Editado pela última vez por YOHAM em Ter Set 13, 2005 8:04 am, em um total de 1 vez.
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#221 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Set 13, 2005 12:52 am

Se há algum indício de irregularidade, o que o Ministério Público está fazendo? Não precisa ser exclusivamente por meio CPI.

Em relação as pesquisa do Ministério da Saúde, não precisa acreditar, se o fator for ideológico.


Ideologia. Será que pode ser esse o motivo de você não acreditar na SSPESP?




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#222 Mensagem por YOHAM » Ter Set 13, 2005 7:53 am

Se há algum indício de irregularidade, o que o Ministério Público está fazendo? Não precisa ser exclusivamente por meio CPI.


Vou tomar a liberdade de copiar oque já postei, mas apenas um techo para responder sua pergunta;

...os advogados José Carlos Dias, ele e Carlos Miguel Aydar, este presidente da secção paulista da OAB, representaram ao Tribunal de Justiça e ao Procurador Geral da Justiça, para que instaurassem os inquéritos competentes para a apuração, de um lado, de fatos praticados por juízes corregedores e Secretário de Segurança e, de outro, dos policiais que participaram da execução. Estes últimos foram denunciados pelo Ministério Público e o processo corre pela comarca de Itú, onde o crime se consumou. Os primeiros foram submetidos a inquérito que teve o seu sigilo decretado pelo Órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado.
O processo de Itú, com mais de cinqüenta réus, prolongar-se-à por anos e só se esgotará depois dos recursos julgados pelos tribunais.

Quanto aos juizes e Secretário, o resultado já era esperado, em um procedimento sob sigilo, aliás, questionável, nos termos do disposto no artigo, 93, IX da Constituição Federal, que impõe a publicidade dos julgamentos. O órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o arquivamento do inquérito por insuficiência de provas, com apenas um voto contrário. O inexplicável é que o Secretário incriminadosequer foi ouvido e o Ministério Público impedido de manifestar-se no plenário daquele órgão. O relator, entre outras jóias que podem ser lidas no voto vencedor, observou – isto está no noticiário dos jornais – que o fato de os juizes terem violado a lei se constitui numa atitude compreensível na luta contra o crime organizado. Quer dizer: pode-se cometer crime para combater crime!

Mas tal situação, que não pode ser assimilada pela sociedade civil, não é irreversível.

Prevendo que a solução seria tomada pelo Tribunal de Justiça, por ser órgão especial, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos já acionara a Comissão Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, da OEA, alegando que não obstante não esgotados formalmente os recursos internos, (requisito para o ingresso da denúncia perante a comissão) tudo indicava, tendo em vista o grande número de antecedentes, que o resultado seria a impunidade, como realmente aconteceu. Em correspondência de dezembro do ano passado, a Comissão Interamericana informava que aceitava a denúncia e iria proceder de acordo com as disposições de seu Regimento.

Em conclusão: o lamentável episódio não terminou, pois devemos esperar que os fatos que não sensibilizaram o corporativismo da justiça paulista, encontrem seu reconhecimento, primeiro pela Comissão e depois pela Corte Interamericana, cujas decisões são de cumprimento obrigatório em nosso País.
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Ideologia. Será que pode ser esse o motivo de você não acreditar na SSPESP?

Vinícius... :shock: Usar instrumentos do Estado para assassinar pessoas para mascarar incompetência administrativa, para mim já é prova suficiente de, no mínimo, suspeitar de sua credibilidade. Ao viés ideológico, talvez oque me faça ser mais resistente, seria contestações dessa desmascarada operação sem provas. Normal em trâmites jurídicos legais.




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#223 Mensagem por Plinio Jr » Ter Set 13, 2005 8:39 am

Só morreu vagabundo na Castelinho... Os policiais deveriam ter ganho medalhas por aquela missão

Que nada Mateus,aquele pessoal que morreu na Castelinho estava indo fazer romaria em Aparecida, levando fuzis,granadas,pistolas para serem benzidas pelo bispo. :roll: :roll: :roll:

A nossa sociedade beira o rídiculo, ainda mais estas quadrilhas de direitos humanos interferindo no trabalho dos policiais no combate ao crime e temos familias sendo chacinadas a sangue frio e nada é feito, parabens a mediocridade dos que apoiam isto.

Quanto a números, são completamente manipulados não acredito em nenhum deles, o que realmente acredito é no cotidiano e o que vemos nas ruas,isto sim nos dá a noção do que realmente acontece.

Embora seja e vote contra o referendo,o mesmo com certeza será aprovado,pois tem apoio das elites (governo federal,bancos,ONGS entre outros) e da rede Globo que dá a oportunidade de divulgação dos que defendem o absurdo deste referendo e não as pessoas que são contrárias ao mesmo.

Parabens a democracia que vivemos sob a quadrilha do PT no governo federal...

Medidas paliativas ,que em nada irão mudar o quadro social do pais,quando na verdade coisas mais importantes,como crescimento economico, saúde,educação, reforma do judiciário, reforma politica são deixados de lado em pró de discursos vazios de uma esquerda que jamais existiu...




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#224 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Set 14, 2005 1:51 am

Tudo bem, Yoham, mas fica a pergunta: se eu não posso confiar nos dados da SSPESP eu posso confiar nos dados de quem?




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#225 Mensagem por YOHAM » Qua Set 14, 2005 8:24 am

Vinícius, saudações novamente!
Olha, aprendi com o tempo que em tudo que se faz há algum interesse. Tudo não, sempre há os abnegados. Acredito nisso ainda. Mas entre prós e contras, acredito ser possível utilizar como parâmetro, as instituições que apresentam algum histórico de credibilidade. Na esfera federal as coisas são mais visíveis, pois o governo federal não controla os poderes estaduais, que por consequência, não tem como influênciar a mídia de todos os Estados da Federação. Portanto difícil de ficar imune à críticas e correndo o risco de a insituição ser desmascarada. Nos Estados as coisas são diferentes. Falo pelo meu Estado, e que é o Estado mais importante do ponto de vista político e econômico. O PSDB pinta e borda politicamente, e mesmo com uma oposição sistemática, tem sobressaído das denúncias. Vão dizer que é ou por inocência ou por competência na condução politica frente a oposição. Pode até ser no último caso, mas isso se deve a substancial contribuição financeira que o governo deste Estado despeja junto às emissoras de rádio em todo Estado e jornais regionais via suas secretarias. Conslusão; entre uma instituição Federal e Estadual acredito que a Federal tenha mais impecilhos políticos do que nos Estados para fazer algo doloso. Nos Estaduais não me arriscaria fazer o mesmo prognóstico. Não excluo nem o Estado do Paraná dessa situação. Que, mesmo com o trabalho brilhante que o governador daquele Estado vem fazendo, diante das mazelas deixadas pelo antigo governo, pode ser factível esse tipo de manipulação.




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