Ah sim, essa coisa inconveniente chamada "realidade", mas parece que até a realidade agora ganhou novas versões.
E que bom para os Leo 1A5 que o RS não é uma mesa de sinuca, porque se fosse, rodas seriam muito melhores que lagartas, e asas ainda melhores, sem obstáculos naturais qualquer veículo terrestre seria alvo fácil.Túlio escreveu: ↑Seg Set 09, 2019 1:53 pmP ex, se o Leo1A5 já tem severas limitações de MOBILIDADE TÁTICA (mesmo no RS, pois quem conhece aqui pessoalmente ao invés de pelo Google Maps sabe muito bem que na prática a teoria é outra e comparações mesmo da Pampa Gaúcha com uma mesa de sinuca são completamente estapafúrdias)
Me parece um tanto contraditório, se não há substituto aceitável então ficar com o que tem é a melhor escolha, mas, se não é a melhor escolha, então existe substituto aceitável.Túlio escreveu: ↑Seg Set 09, 2019 1:53 pmAssim, não conheço substituto aceitável para os requisitos do EB e, portanto, mesmo não sendo a melhor escolha (nem de longe, carro antiquíssimo, torre de RHA fundida, baixa disponibilidade de peças de reposição*), aparentemente optou-se por ficar com o que se tem.
Então o terreno é hostil ao uso de blindados sobre lagartas mas próprio para o uso de blindados sobre rodas? Ainda mais 6x6? Me parece mais uma contradição, gasta bilhões com um veículo 6x6 e depois diz que o terreno não é adequado para veículos pesados sobre lagartas... A pressão sobre o solo dos Leo 1A5 é até menor do que do Guarani, alias, até menor do que um suposto 8x8 que o EB dispensou (mas que nem EUA e nem Rússia dispensaram, apesar do peso semelhante), então o terreno não é adequado para o que? Para ficar desfilando?Túlio escreveu: ↑Seg Set 09, 2019 1:53 pmNão me parece errado, eis que a alternativa seria desenvolver algo novo e específico para os ROB do nosso TO de uns 8,5M km², em sua maioria hostil ao uso deste tipo de meio. Por certo o nosso véio Mestre @eligioep sabe melhor do que eu (MUITO melhor, na verdade) do que estou falando, resultado de longas charlas com Oficiais do mesmo C I Bld e que não entrarei em maiores detalhes nem aqui, minha palavra não tem prazo de validade e garanti que não sairia espalhando certos assuntos.
E já vamos para um século formando doutrina sem ter uma arma blindada de verdade, ta certo que tem aluno que demora para aprender, mas esse ai ta demais...
Agora, deixa eu falar sobre a tal da realidade, mas a partir de dois pontos diferentes:
1) Arma blindada: Extremamente necessária em uma guerra, e não digo "guerra", estou falando de guerra, como a que ocorreu no Iraque, como a que ocorre na Síria, ou como a que ocorreu em boa parte do mundo entre 1939 e 1945 (tá meio distante, mas o EB parece estar mais próximo dessa do que dos dias atuais), é uma droga para transportar, caro para burro para manter, quando se ataca um inimigo que não revida tem uns carrinhos 8x8 que seguram o tranco, mas quando o inimigo atira de volta não há coisa melhor que um MBT, e essa arma blindada, após tomar muito tiro, a realidade dela é que: É centrada em um troço chamado "MBT", ou tentando traduzir, "carro de combate principal", e digo tentando, porque embora o EB use o termo "carro de combate" o uso desse termo é muito genérico e não diferencia o uso do principal equipamento na arma blindada, e, pelo mecanismo da realidade chamado "seleção natural", o que se entende hoje por MBT é um veículo com uma arma capaz de enfrentar qualquer ameaça ao menos até a geração anterior e com significativas chances de sobrevivência contra armas contemporâneas, o Leo 1 tentou alterar o conceito abrindo mão desse último item, mas, como a seleção natural é implacável, ele foi deixado de lado, os que ficaram são veículos com ao menos 50 toneladas, ou até mais, 60, se precisar de um ser humano para recarregar a arma.
2) O EB: Há pouco reativaram uma divisão garantindo mais alguns postos de general, tiverem 40 e poucos porcento da verba de investimento cortada, o plano de cortar 5% do efetivo que existiu no anopassado virou lenda mas estão dispensando recruta mais cedo para não ter que pagar o almoço, essa não é a realidade de uma organização que espera sobreviver a uma guerra, na verdade o EB não parece nem um pouco preocupado com isso, no momento, a maior ameaça é a reforma da previdência atingir os militares, e contra isso não tem blindagem que os pretejam, nessa realidade, modernizar o Leo 1A5 é só uma forma de manter tudo do jeito que está, manter cargos, salários, aposentadorias e nenhuma capacidade de vencer uma guerra, só falam grosso quando alguém questiona.