Upgrades Factíveis - Leo1A5

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Upgrades Factíveis - Leo1A5

#1 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 10:12 am

IMPORTANTE - Este tópico é específico sobre o que se poderia fazer para melhorar o desempenho e capacidades do MBT Leopard modelo 1A5 do Exército Brasileiro e (dependendo do nível dos debates) eventualmente seu "parceiro", o APC M-113, com foco principalmente no Treinamento do pessoal e construção e aperfeiçoamento da Doutrina. O criei por ver completa e irremediavelmente desvirtuado o escopo original do outro, também originalmente específico para o Leo1A5 mas que acabou desvirtuado numa barafunda de lamúrias a respeito dele e discussões sobre outros carros (que poderiam perfeitamente ter seus próprios tópicos mas tá tri). Que charlas assim permaneçam lá, OK? Aqui é exclusivamente sobre o que realmente temos, não o que eu ou outros podemos querer ter.


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Bueno, para começar, não me parece que haja muito dinheiro pra torrar em MBT obsoleto, mas que tem grande valia na Instrução, sendo um verdadeiro divisor de águas na Cav do EB. O que, em nível de aprendizado e aperfeiçoamento doutrinário, eu poderia sugerir em upgrades (e tudo - ao menos preferencialmente - desenvolvimento local) para o Leo1A5 é:

1 - APU - Item que daria um boost fantástico para a VTR e mesmo para a Doutrina, pois sem isso - que é o caso atual - o carro, quando parado e emboscado para detonar outros (ou evitar ser detonado), é obrigado a manter o motor ligado (e são 830 cavalos relinchando e bebendo diesel), o que aumenta tremendamente a emissão termal e consumo de combustível, força o sistema de refrigeração e ainda por cima faz barulho pra caramba: comparem um Leo1 em ponto morto com um Guarani andando e vejam (na verdade ouçam) a diferença, não é pouca, o Guarani passa na frente do Leo e a gente mal nota o som do motor dele.

COMO FAZER - Inicialmente o pessoal da Mntç vai determinar as necessidades de energia para o carro e seus (poucos) sensores, sistemas elétricos (luzes, p ex) e eletromecânicos; a seguir contata-se (lembrem, Santa Maria, terra do 1º RCC e C I Bld, é uma cidade universitária) as Universidades, ADESM e mesmo o SM Tecnopark para, com base nas necessidades e espaço disponível na VTR, descobrir no mercado (é fundamental manter tudo tão COTS quanto possível) um gerador compacto capaz da potência elétrica necessária e um pequeno motor diesel com potência motriz suficiente para fazê-lo funcionar; conforme o caso, a caixa redutora poderia ser adaptada de algum veículo comercial ou mesmo desenvolvida especialmente mas com peças amplamente disponíveis no comércio. Mais interessante ainda, o gasto do EB na fase de desenvolvimento seria zero ou quase zero porque os estudos necessários seriam entregues a grupos de pesquisa preexistentes nas Universidades e estas costumam receber doações para projetos e pesquisas (o próprio EB recebeu doações da comunidade para reformar o EE T-II Osório).

O PROBLEMA - O único problema que encontro é achar espaço para uma APU num blindado que não foi projetado para tê-la. A meu ver, Mecânicos, Engenheiros e Tripulações teriam que conversar até achar o melhor local. Isto sendo bem sucedido, o resto se resolve praticamente sozinho.


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OBS.: o Projeto teria idealmente que ser proposto e supervisionado pelo C I Bld, talvez com apoio do IME/CTEx. Após finalmente se obter os resultados esperados, a VTR melhorada seria oficialmente apresentada ao EB, bem como uma planilha de custos para aperfeiçoar paulatinamente (em lotes) toda a frota em operação. Tenho certeza de que o custo-benefício (principalmente para a Instrução, devido à redução do consumo de combustível e menor desgaste do motor principal) seria excelente!

NOTA FINAL - Lembrar que ao menos um membro da família Leo1, o Gepard FlakPanzer, já tem APU, que é uma Daimler Benz OM-314 com saída de 66 kW (mas o ponto onde fica instalada no Gepard é impraticável para o MBT, pois é onde fica estocada a munição de reserva); como a citada VTR tem necessidades elétricas bem maiores que as do Leo1, este certamente poderá se contentar com menos. Algo como a APU proposta para o TAM 2C:

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Eu ainda teria mais algumas sugestões - sempre levando em conta que o Leo1 é um MBT "de transição", cujo maior valor é no treinamento e não em combate real - a fazer mas vou esperar para ver se e como esta tese é refutada ou apoiada. Lembrar que ele vai permanecer em linha no EB pelo menos por mais dez anos, ou seja, até 2027, com chance de chegar a 2032...




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#2 Mensagem por gabriel219 » Dom Out 29, 2017 11:21 am

Apesar de eu detestar a ideia... vamos lá:

Poder de fogo: uma das coisas interessantes seria a troca do canhão L7 do Leo1A5 e colocar uma peça 120 mm. Embora eu ache que o L/44 seja inedequado, outras opções como o L/45-LR da Oto Melara e o RG120 da IMI, além de possibilidar o uso de munições mais modernas, também ser dotado de munições como LAHAT.
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Blindagem: poderia ser feita, junto com a RUAG, um pacote de blindagem para o Leo 1A5 para expandir sua proteção KE, enquanto seria reforçado com blindagem ERA (DYNA? Relikt?) ou NERA para prover capacidade de deter munições HEAT.
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Com isso, junto o que você disse, o Leo 1A5 iria, fácil, para a faixa das 50-52 toneladas. Uma modernização dessa custaria muito caro e deixaria o 1A5 com capacidade próxima ao do 2A4.

Ai teríamos que ver o custo x benefício.

Eu também queria sugerir que o tópico não seja apenas para "modernização do 1A5", mas também englobar quem poderia substitui-lo.




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Túlio
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#3 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 11:44 am

Não. Primeiro porque os upgrades são apenas os FACTÍVEIS e isso presume naturalmente que não se irá gastar mais do que na compra de um MBT moderno, na verdade a ideia é gastar o mínimo possível; segundo porque possíveis substitutos, como expliquei em azul, já são citados no outro tópico sobre o Leo1, este então se tornaria um tópico duplicado e eu teria que deletá-lo.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#4 Mensagem por gabriel219 » Dom Out 29, 2017 11:58 am

Então, se esse for o caso, ficará apenas no APU e olhe lá. Um kit de blindagem moderno, pra um CC do tamanho de 1A5, não custará menos que 500 mil dólares (falando em uma blindagem bem mais ou menos) instalar um canhão 120 mm nele custará algo em torno disso. Praticamente estamos falando do valor de um 2A4 ou talvez de dois.

Ou seja, se estamos falando do que pode ser feito num 1A5 sem que custe um 2A4, isso restringe muito o que podemos fazer nele, ou seja, quase nada.

Ou também podemos falar até onde podemos modernizar o 1A5, independente do valor.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#5 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 12:26 pm

De modo algum. Se leres o texto inicial, verás que a principal utilidade do Leo1A5 no EB é Instrução e formação de Doutrina. Não há guerras no horizonte, logo, não há necessidade de superblindagens nem supercanhões, apenas a necessidade de ser capaz de operá-los, se e quando forem adquiridos. No outro tópico eu dei minha opinião sobre outros carros, estes sim, caros de adquirir e operar na paz mas imprescindíveis na guerra.

Mas aqui é apenas e somente sobre o que se pode fazer com pouco dinheiro, que compense e mesmo SE PAGUE pelo barateamento (custo) da Instrução, que será inclusive melhorada (benefício). Apenas isso. Para sonhar há outros DOIS tópicos.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#6 Mensagem por gabriel219 » Dom Out 29, 2017 12:49 pm

Então não precisa mecher em nada no 1A5. Com tanto que ele não vá pra batalha, não há nem motivo para colocar APU nele. Deixa do jeito que está.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#7 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 1:00 pm

gabriel219 escreveu:Então não precisa mecher em nada no 1A5. Com tanto que ele não vá pra batalha, não há nem motivo para colocar APU nele. Deixa do jeito que está.
Há motivo sim, bastava teres lido o texto inicial:
(...) daria um boost fantástico para a VTR e mesmo para a Doutrina, pois sem isso - que é o caso atual - o carro, quando parado e emboscado para detonar outros (ou evitar ser detonado), é obrigado a manter o motor ligado (e são 830 cavalos relinchando e bebendo diesel), o que aumenta tremendamente a emissão termal e consumo de combustível, força o sistema de refrigeração e ainda por cima faz barulho pra caramba (...)
Entendas que o MTU do Leo1 consome cerca de 1,5 litros por km e cerca de 1/3 disso parado; uma APU com motor menor (fiquemos com a do Gepard, bem maior do que a necessária ao Leo1) permite que a VTR fique parada mas plenamente operacional por 48 horas ou até mais.

Assim, num treinamento o MBT pode operar emboscado (sem APU) mas gastando horrores, pois o motor principal fica ligado; com APU o custo cai e a persistência aumenta um bocado. Sem comparação...

PS.: aliás, se me fosse perguntado algo do tipo "se pudesses fazer um único upgrade no Leopard 1A5, o que escolherias?" minha resposta seria exatamente esta: APU!




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#8 Mensagem por eligioep » Dom Out 29, 2017 3:45 pm

Túlio escreveu:IMPORTANTE - Este tópico é específico sobre o que se poderia fazer para melhorar o desempenho e capacidades do MBT Leopard modelo 1A5 do Exército Brasileiro e (dependendo do nível dos debates) eventualmente seu "parceiro", o APC M-113, com foco principalmente no Treinamento do pessoal e construção e aperfeiçoamento da Doutrina. O criei por ver completa e irremediavelmente desvirtuado o escopo original do outro, também originalmente específico para o Leo1A5 mas que acabou desvirtuado numa barafunda de lamúrias a respeito dele e discussões sobre outros carros (que poderiam perfeitamente ter seus próprios tópicos mas tá tri). Que charlas assim permaneçam lá, OK? Aqui é exclusivamente sobre o que realmente temos, não o que eu ou outros podemos querer ter.

Congratulations, Xirú!

Aquele outro tópico perdeu totalmente a finalidade..... Muitos sonhos e desejos irrealizáveis!
Só espero que esse se mantenha no propósito original.....

Best regard's!




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#9 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 4:05 pm

eligioep escreveu: Congratulations, Xirú!

Aquele outro tópico perdeu totalmente a finalidade..... Muitos sonhos e desejos irrealizáveis!
Só espero que esse se mantenha no propósito original.....

Best regard's!

Ah, mas vai! Faz tempo que não abro um tópico, vou cuidar e bem.

Tks, AÇO!




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#10 Mensagem por FCarvalho » Dom Out 29, 2017 4:53 pm

Bom, eu realmente não faço muita ideia de mecânica e elétrica automotiva, mas vou tentar dar uns pitacos.

1. Se possível for, modernizar o motor atual para um padrão em que possamos não apenas esticar sua vida útil como também facilitar a sua logística de manutenção no país, com a troca de partes e peças por outras que possam ser encomendadas aqui mesmo; o mesmo vale para a suspensão, sistema de rodagem e câmbio;

2. A eletrônica do veículo tem de ser atualizada, principalmente em relação a C3I e controle de fogo e visada. De preferência usando os mesmos sistemas já utilizados na família Guarani e disponíveis na BID. Não precisa ser nada de outro mundo, mas que ofereça alguma comunalidade com os demais bldos do EB; o projeto do novo Cascável abriu um importante espaço para compor algumas destas possíveis soluções caseiras assim como a modernização dos M113BR;

3. Se o projeto da VBR-LR sair do papel, seria interessante tentar comunalizar o armamento. O canhão 105 da Oto Melara poderia ser aproveitado assim como as soluções empregadas na torre da Ares; se o custo compensar, claro;

4. Implemantar a Remax na torre do cmde ou artilheiro;

Acho que no mais, é como dizes. tem que arrumar uma MPU para o carro para poder alimentar todas essas mudanças.

O maior problema dos Leo é que sua manutenção já não é mais possível a partir dos elementos originais que o compõe. Então é necessário, dentro do possível e viável, substituir tudo o que não pode ser mais encontrado no mercado por peças COTS atuais.

Não vai deixar o CC melhor em termos de combate, mas com certeza vai minorar os custos da sua operação e ainda ajudar nossos cavalarianos a mante a doutrina com um mínimo de atualidade possível, e necessária.

Daqui uns 10/15 anos quando não tiver mais jeito, compramos Leo 2 de segunda mão, ou então esperamos o nosso milagre acontecer.

abs.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#11 Mensagem por Bolovo » Dom Out 29, 2017 6:26 pm

Continuo com a opinião que qualquer dinheiro a mais gasto nos Leo 1 é desperdício. No máximo, eu compraria aquele kit MEXAS, desde que fosse de segunda mão.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#12 Mensagem por FCarvalho » Dom Out 29, 2017 8:13 pm

Bolovo escreveu:Continuo com a opinião que qualquer dinheiro a mais gasto nos Leo 1 é desperdício. No máximo, eu compraria aquele kit MEXAS, desde que fosse de segunda mão.
O problema central não é deixar ele melhor ou pior com as modificações, mas deixar do jeito que está.

Não tem como sustentar um bldo cujas peças não existem mais no mercado e toda vez que tiver que fazer manutenção ele praticamente tem que ser reconstruido parte por parte, e com as mesmas peças. Isso é caro demais até para manter um CC que só serve para manter doutrina.

Ou troca tudo que puder ser trocado por material COTS de forma a tornar a sua manutenção sustentável, ou ele sequer chega no final desta década. Já é um pequeno milagre conseguirmos ter trazido ele até aqui.

Existem soluções no mercado interno e externo que podem dar uma sobrevida a estes CC's, que no nosso caso é de pelo menos mais 10/15 anos, se muito. Se nada for feito, não tem como mantê-los operacionais.

Melhor mandar para o museu de uma vez.

abs




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#13 Mensagem por Túlio » Dom Out 29, 2017 9:02 pm

FCarvalho escreveu:
Bolovo escreveu:Continuo com a opinião que qualquer dinheiro a mais gasto nos Leo 1 é desperdício. No máximo, eu compraria aquele kit MEXAS, desde que fosse de segunda mão.
O problema central não é deixar ele melhor ou pior com as modificações, mas deixar do jeito que está.

Não tem como sustentar um bldo cujas peças não existem mais no mercado e toda vez que tiver que fazer manutenção ele praticamente tem que ser reconstruido parte por parte, e com as mesmas peças. Isso é caro demais até para manter um CC que só serve para manter doutrina.

Ou troca tudo que puder ser trocado por material COTS de forma a tornar a sua manutenção sustentável, ou ele sequer chega no final desta década. Já é um pequeno milagre conseguirmos ter trazido ele até aqui.

Existem soluções no mercado interno e externo que podem dar uma sobrevida a estes CC's, que no nosso caso é de pelo menos mais 10/15 anos, se muito. Se nada for feito, não tem como mantê-los operacionais.

Melhor mandar para o museu de uma vez.

abs

Amigos, vocês não estão de todo errados, na verdade estão até certos, e estariam ainda mais se compreendessem do que é feito um Leo1A5: tirando alguns sistemas eletrônicos, é basicamente um Leo1A1A1 com nova torre. O chassis é o mesmo para toda a família, e isso inclui suspensão, motor, sistema de arrefecimento, transmissão, rodas, roletes de retorno, lagartas, polia tratora, polia tensora, armamento e até blindagem. Tudo igualzinho, só tirar de um e botar em outro! Como temos cerca de uma centena de Leos apenas como spares e a maioria das partes e peças citadas tem longa vida útil - exceção mais notável são as lagartas, suspensões e motores - a maior preocupação está focada nos sistemas de operação eletromecânica das torres (mecanismos de giro e elevação/rebaixamento do 105 e seus sistemas de absorção de recuo) bem como os sensores e demais eletrônicos embarcados. Como falei, não compensa, e acrescento que não é preciso gastar muito nos carros. O pouco que falta em peças de maior rotatividade é e será suprido pela KMW. Vou falar de novo, são carros cuja principal função é preparar os nossos Cavalarianos para os desafios de, lá pelos finais da próxima década, terem o seu próprio F-X (na verdade, MBT-X); notem o paralelo com a FAB, passou e ainda vai completar mais de duas décadas operando F-5M que, mesmo sendo uma célula tão obsoleta quanto o Leo1A5, com investimentos pontuais e razoavelmente baixos - além de Treinamento - foi se capacitando para receber o Gripen, muitíssimo mais sofisticado, sem maiores sustos.

É o que proponho para o Leo1A5, um "ínterim MBT", muito bom para treinar mas que ninguém em seu juízo perfeito mandaria para uma guerra de verdade, do mesmo modo que o F-5M. E, como este, pode receber capacidades que melhorem a compreensão da moderna operação de Carros de Combate de primeira linha sem precisar tê-los em serviço e arcar com custos pesadíssimos. Comecei com a APU, que lhe daria capacidades (já descritas) até agora inéditas e a um custo irrisório se bem executado o Programa, mas há mais, uma das quais mencionada meio que de passagem pelo FCarvalho.

Mais adiante, e se o tópico continuar sem ser perturbado, posto uma lista de melhoramentos na ordem em que eu, Túlio, paisano e BURRO, as consideraria melhor aplicadas, sempre com vista em conceitos consagrados como COTS, KISS e envolver os centros de pesquisa acadêmicos, trazendo-os ainda mais para dentro do C I Bld, o que já é feito há anos. Há muito a ser feito durante estes 10/15 anos e, se dá para fazer com pouco $$$, por que não tentar?




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#14 Mensagem por Energys » Dom Out 29, 2017 11:24 pm

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#15 Mensagem por Túlio » Seg Out 30, 2017 2:19 pm

Energys escreveu:Imagem

Muito obrigado pelo post bastante pertinente, cupincha. De fato, seria o segundo upgrade que eu iria propor para o Leo1A5 do EB. Notemos que a última modernização de seus sistemas eletro-eletrônicos ocorreu nos anos 80, quase 40 anos atrás. Não disponho de dados suficientes mas creio ser razoável supor que um computador de bordo usado em pick-ups fora-de-estrada ou mesmo caminhões seria mais simples de instalar e mais barato e teria capacidade bem maior e melhor de processamento (sem sofrer com os solavancos) do que os sistemas atualmente em uso. Para se ter uma ideia, um processador moderníssimo naquele tempo era o 386 (faltava vários anos para a Intel lançar o Pentium I, ele próprio hoje obsoleto, mesmo nas versões mais velozes, que já se mediam em Ghz), monocore e com uma velocidade de processamento de cerca de uma dúzia de Mhz; comparar com um de hoje chega a ser covardia, mesmo os de aplicação automotiva. Por exemplo, há poucos anos uma startup dos EUA chamada Peloton Tech demonstrou um sistema capaz de fazer com que caminhões operem até em data-link, não seria difícil desenvolver algum substituto muito melhor e mais simples e barato de manter (sempre COTS) do que essa trapizonga oitentista do Leo1. Lembremos novamente que Santa Maria é uma cidade universitária e seus principais Acadêmicos e Pesquisadores (junto com a ADESM) já são velhos conhecidos do C I Bld, CTEx, IME e mesmo do Comando da 3ª DE, que reúne o grosso da Força Blindada do Brasil. Lembremos ainda que sistemas eletrônicos modernos consumem bem menos energia (e apresentam menos falhas e erros) do que os de décadas atrás que estão em uso, o que ajudaria a reduzir a necessidades exigidas da acima proposta APU.




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