Bueno, para começar, não me parece que haja muito dinheiro pra torrar em MBT obsoleto, mas que tem grande valia na Instrução, sendo um verdadeiro divisor de águas na Cav do EB. O que, em nível de aprendizado e aperfeiçoamento doutrinário, eu poderia sugerir em upgrades (e tudo - ao menos preferencialmente - desenvolvimento local) para o Leo1A5 é:
1 - APU - Item que daria um boost fantástico para a VTR e mesmo para a Doutrina, pois sem isso - que é o caso atual - o carro, quando parado e emboscado para detonar outros (ou evitar ser detonado), é obrigado a manter o motor ligado (e são 830 cavalos relinchando e bebendo diesel), o que aumenta tremendamente a emissão termal e consumo de combustível, força o sistema de refrigeração e ainda por cima faz barulho pra caramba: comparem um Leo1 em ponto morto com um Guarani andando e vejam (na verdade ouçam) a diferença, não é pouca, o Guarani passa na frente do Leo e a gente mal nota o som do motor dele.
COMO FAZER - Inicialmente o pessoal da Mntç vai determinar as necessidades de energia para o carro e seus (poucos) sensores, sistemas elétricos (luzes, p ex) e eletromecânicos; a seguir contata-se (lembrem, Santa Maria, terra do 1º RCC e C I Bld, é uma cidade universitária) as Universidades, ADESM e mesmo o SM Tecnopark para, com base nas necessidades e espaço disponível na VTR, descobrir no mercado (é fundamental manter tudo tão COTS quanto possível) um gerador compacto capaz da potência elétrica necessária e um pequeno motor diesel com potência motriz suficiente para fazê-lo funcionar; conforme o caso, a caixa redutora poderia ser adaptada de algum veículo comercial ou mesmo desenvolvida especialmente mas com peças amplamente disponíveis no comércio. Mais interessante ainda, o gasto do EB na fase de desenvolvimento seria zero ou quase zero porque os estudos necessários seriam entregues a grupos de pesquisa preexistentes nas Universidades e estas costumam receber doações para projetos e pesquisas (o próprio EB recebeu doações da comunidade para reformar o EE T-II Osório).
O PROBLEMA - O único problema que encontro é achar espaço para uma APU num blindado que não foi projetado para tê-la. A meu ver, Mecânicos, Engenheiros e Tripulações teriam que conversar até achar o melhor local. Isto sendo bem sucedido, o resto se resolve praticamente sozinho.
OBS.: o Projeto teria idealmente que ser proposto e supervisionado pelo C I Bld, talvez com apoio do IME/CTEx. Após finalmente se obter os resultados esperados, a VTR melhorada seria oficialmente apresentada ao EB, bem como uma planilha de custos para aperfeiçoar paulatinamente (em lotes) toda a frota em operação. Tenho certeza de que o custo-benefício (principalmente para a Instrução, devido à redução do consumo de combustível e menor desgaste do motor principal) seria excelente!
NOTA FINAL - Lembrar que ao menos um membro da família Leo1, o Gepard FlakPanzer, já tem APU, que é uma Daimler Benz OM-314 com saída de 66 kW (mas o ponto onde fica instalada no Gepard é impraticável para o MBT, pois é onde fica estocada a munição de reserva); como a citada VTR tem necessidades elétricas bem maiores que as do Leo1, este certamente poderá se contentar com menos. Algo como a APU proposta para o TAM 2C:
Eu ainda teria mais algumas sugestões - sempre levando em conta que o Leo1 é um MBT "de transição", cujo maior valor é no treinamento e não em combate real - a fazer mas vou esperar para ver se e como esta tese é refutada ou apoiada. Lembrar que ele vai permanecer em linha no EB pelo menos por mais dez anos, ou seja, até 2027, com chance de chegar a 2032...