Marinha do Brasil - 2017

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Lord Nauta
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Re: Marinha do Brasil - 2017

#31 Mensagem por Lord Nauta » Sex Ago 25, 2017 9:15 pm

Luís Henrique escreveu:
pmicchi escreveu: 4 CV-03 Tamandaré e mais outras 6 ou 8 fragatas me parece muito. Quanto mais melhor, mas como a verba está curta, priorizaria a arma submarina e a aviação naval (baseada em terra). Eu acredito que 6 escoltas combinadas com igual quantidade de NaPaOc permitira cumprir as funções minimas que precisamos.

Se forem mesmo 4 CV-03, em que pese minhas restrições ao projeto, garantimos a continuidade do conhecimento nessa área. Talvez mais dois ou três navios multifuncionais de grande autonomia (Absalons alongadas, como as propostas para o Canadá) com custo unitario baixo e aproveitando armamentos das escoltas desativadas pudessem ser um complemento interessante.

Ao menos dois navios com peças de maior calibre (4,5 ou 5 pol) são necessárias em apoio aos fuzileiros navais. Também precisamos de navios d e maior autonomia para desempenhar a função de controle de área marítima (talvez combinado com o Ocean).
O IDEAL é investir em projetos NACIONAIS que gerarão empregos no nosso país, tecnologias e conhecimentos.

Acredito que o MÍNIMO para manter uma indústria NACIONAL ativa, com encomendas e de forma sustentável, seja uma frota de 15 Navios Escolta.

O número ideal seria 30, que é o planejado no PEAMB da MB.
Mas, no mínimo 15, tendo vida útil de 30 anos cada vetor seria construído a cada 2 anos. Nossos estaleiros estariam SEMPRE produzindo um Navio Escolta e estes sairiam sempre com atualizações em relação ao anterior.

4 CV-03
4 FT-01
4 FT-02
4 FT-03

E chega de comprar no exterior, principalmente ferro velho.

O mesmo caminho para os Submarinos.

Após os 4 SBR-1

Vamos partir para submarinos NACIONAIS, evoluções dos Scorpene-BR.

Construindo pelo menos 1 submarino a cada 2 anos.

Também sou da opinião que e necessário uma ação firme da MB para que seja definitivamente implantada uma industria militar naval no´país e que a construção das FFG classe Tamandaré, que se inserem em um longo processo de tentativa de consolidação deste projeto, e a melhor alternativa. Entretanto pelo envelhecimento em bloco dos navios escolta e a urgência de suas substituições e que sou favorável a um acréscimo de exemplares a este programa, incluindo a produção de alguns dos navios na sede do estaleiro que será escolhido como o parceiro do empreendimento.

Sds


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Re: Marinha do Brasil - 2017

#32 Mensagem por pmicchi » Dom Ago 27, 2017 10:26 am

30 escoltas talvez seja um volume adequado para manter uma produção contínua em custos razoáveis, mas é uma quantidade totalmente irreal tanto do ponto de vista orçamentário com de real necessidade militar de tantos navios- nem a Royal Navy planeja ter algo assim.

É como se a FAB pedisse 500 Gripens, alegando que esse é o número ideal.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#33 Mensagem por Lord Nauta » Seg Ago 28, 2017 11:54 pm

pmicchi escreveu:30 escoltas talvez seja um volume adequado para manter uma produção contínua em custos razoáveis, mas é uma quantidade totalmente irreal tanto do ponto de vista orçamentário com de real necessidade militar de tantos navios- nem a Royal Navy planeja ter algo assim.

É como se a FAB pedisse 500 Gripens, alegando que esse é o número ideal.


Em ninha opinião uma meta factível até 2035 em termos de navios de escolta seria a obtenção de até 15 unidades, que poderiam ser divididos em três grupos, com construções no país e no exterior:

5 FFG classe Tamandaré (estas em caráter de urgência) devido o envelhecimento em bloco das atuais FFG. Estes navios juntamente com a Barroso modernizada e as Julio de Noronha e Jaceguai seriam os meios que a MB disporia para atender no futuro imediato suas missões no AS. A estes navios se somariam pelo menos 8 NaPaOc da classe Amazonas.
5 FFG de 4.000/4.500 ton: - o estudo de viabilidade e seu projeto aconteceria em paralelo com a construção das classe Tamandaré. Estes navios seriam de fato os sucessores das FFG classe Niterói.
5 DDG de 6.500/7.000 ton: - Navios previstos no PROSUPER de projeto estrangeiro com construção no exterior e no Brasil.

Sds


Lorda Nauta




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#34 Mensagem por juarez castro » Ter Ago 29, 2017 10:21 pm

Lord Nauta escreveu:
pmicchi escreveu:30 escoltas talvez seja um volume adequado para manter uma produção contínua em custos razoáveis, mas é uma quantidade totalmente irreal tanto do ponto de vista orçamentário com de real necessidade militar de tantos navios- nem a Royal Navy planeja ter algo assim.

É como se a FAB pedisse 500 Gripens, alegando que esse é o número ideal.


Em ninha opinião uma meta factível até 2035 em termos de navios de escolta seria a obtenção de até 15 unidades, que poderiam ser divididos em três grupos, com construções no país e no exterior:

5 FFG classe Tamandaré (estas em caráter de urgência) devido o envelhecimento em bloco das atuais FFG. Estes navios juntamente com a Barroso modernizada e as Julio de Noronha e Jaceguai seriam os meios que a MB disporia para atender no futuro imediato suas missões no AS. A estes navios se somariam pelo menos 8 NaPaOc da classe Amazonas.
5 FFG de 4.000/4.500 ton: - o estudo de viabilidade e seu projeto aconteceria em paralelo com a construção das classe Tamandaré. Estes navios seriam de fato os sucessores das FFG classe Niterói.
5 DDG de 6.500/7.000 ton: - Navios previstos no PROSUPER de projeto estrangeiro com construção no exterior e no Brasil.

Sds


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É mais ou menos o meu tamanho da marinha também. Parabéns Nauta ficou uma coisa viável e operacional.

g abraço




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#35 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 29, 2017 11:38 pm

Que dá para fazer dá, o que falta é, não raras vezes, a vontade, e a humildade, de reconhecer que jamais teremos uma MB de águas azuis como sonham os nossos almirantes.

Melhor pouco e operacional do que muito e nada efetivo.

Uma frota dessas mais o número de Subnuc e Subnac programados já nos daria uma marinha mais que superlativa no TO sul-americano.

abs.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#36 Mensagem por P H » Qua Ago 30, 2017 9:03 am

Acredito que junto com os navios e novos equipamentos a MB necessita de uma grande restruturação. Como a MB conseguirá proteger a tão aclamada Amazônia Azul, se praticamente toda a esquadra está no RJ? Um bloqueio da Baia de Guanabara ou um ataque de grandes proporções colocaria a pique a hoje pequena capacidade de combate que possuímos. Precisamos "desconcentrar" a esquadra acredito ser o primeiro passo.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#37 Mensagem por Lord Nauta » Qua Ago 30, 2017 1:15 pm

P H escreveu:Acredito que junto com os navios e novos equipamentos a MB necessita de uma grande restruturação. Como a MB conseguirá proteger a tão aclamada Amazônia Azul, se praticamente toda a esquadra está no RJ? Um bloqueio da Baia de Guanabara ou um ataque de grandes proporções colocaria a pique a hoje pequena capacidade de combate que possuímos. Precisamos "desconcentrar" a esquadra acredito ser o primeiro passo.

A Base Naval de Aratu, entre outras missões, foi pensada como ponto de desdobramento da Esquadra. A doutrina estabelece que em caso de crise ou sinal de crise todos os meios operacionais se façam ao mar, justamente para que as situações colocadas pelo colega não venham acontecer. Eu, conheço pelo menos uns quatro pontos do litoral que seriam utilizados de maneira sigilosa para receber navios da MB.

Sds


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Re: Marinha do Brasil - 2017

#38 Mensagem por pmicchi » Qua Ago 30, 2017 2:07 pm

eu não consigo conceber um situação de conflito em que sejam necessárias 15 fragatas. Não temos mais NAe para ser escoltado, nem uma força anfibia que precise de tantas escoltas.

Se houvesse recursos para tanto, poderiam ser melhor usados em outros meios.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#39 Mensagem por Túlio » Qua Ago 30, 2017 3:44 pm

Sei lá, acho que estamos olhando para a MB do jeito errado: somos um País do Atlântico Sul com uma linha costeira de quase 8.000 km de extensão, não estamos mais na Guerra Fria, ou seja, não temos mais responsabilidade de, sob o comando e orientação da IV Frota dos EUA, deter o "perigo vermelho" daqui até a África. Também não há mais o "perigo argie" nem qualquer outra Marinha na vizinhança (Atlântico Sul, repito) que apresente um mínimo de ameaça. Devemos, pois, definir quais os objetivos e missões a serem considerados à luz do acima exposto. Alguns:

1 - Pirataria.

2 - Contrabando de drogas e armas.

3 - Proteção das plataformas de extração petrolífera.

4 - Combate à pesca ilegal.

5 - Proteção do tráfego costeiro (cabotagem) e oceânico (inclusive petroleiros).

6 - SAR.

É o que me ocorre. E tudo o que está elencado pode ser cumprido perfeita e economicamente com Patrulhas, sem necessidade de Escolta alguma, Fragata ou Corveta, muito menos de NAe/NCAM (tudo isso é mais vaidade do que necessidade). Com o $$$ a ser jogado fora em CV-03, se faz todos os meios necessários ao cumprimento das missões acima, desde as lanchas menores até os NaPaOcs.

Eu não entendo como todo mundo leu a lista que o Nauta véio postou e ninguém comentou nada do tipo "minha nossa, década que vem o grosso da Esquadra vai dar baixa em massa!!!"

É um grande problema mas também é uma grande OPORTUNIDADE: a de reinventar a MB, tê-la preparada para enfrentar suas verdadeiras responsabilidades para com o Brasil no século XXI, e não simplesmente continuar a fazer figuração em exercício com a USN.

É o que penso. 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Marinha do Brasil - 2017

#40 Mensagem por saullo » Qua Ago 30, 2017 4:51 pm

A Marinha Mexicana tem várias classes de NPOs interessantes, operando 23 unidades capazes de levar helicópteros, sendo os Oaxaca o modelo mais recente.
Eles não tem ambições de ter escoltas modernos (operam 2 Knox ex-USN) e nem operam submarinos.
Não digo para a MB os seguir, sem escoltas nem subs, mas o enfoque deles em NPOs é muito forte e podem até nos ensinar algo nessa área.
Problemas com pirataria e tráfico de armas e drogas parecem ser o principal a ser enfrentado no momento.

Abraços




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#41 Mensagem por Bolovo » Qua Ago 30, 2017 5:08 pm

Túlio escreveu:Sei lá, acho que estamos olhando para a MB do jeito errado: somos um País do Atlântico Sul com uma linha costeira de quase 8.000 km de extensão, não estamos mais na Guerra Fria, ou seja, não temos mais responsabilidade de, sob o comando e orientação da IV Frota dos EUA, deter o "perigo vermelho" daqui até a África. Também não há mais o "perigo argie" nem qualquer outra Marinha na vizinhança (Atlântico Sul, repito) que apresente um mínimo de ameaça. Devemos, pois, definir quais os objetivos e missões a serem considerados à luz do acima exposto. Alguns:

1 - Pirataria.

2 - Contrabando de drogas e armas.

3 - Proteção das plataformas de extração petrolífera.

4 - Combate à pesca ilegal.

5 - Proteção do tráfego costeiro (cabotagem) e oceânico (inclusive petroleiros).

6 - SAR.

É o que me ocorre. E tudo o que está elencado pode ser cumprido perfeita e economicamente com Patrulhas, sem necessidade de Escolta alguma, Fragata ou Corveta, muito menos de NAe/NCAM (tudo isso é mais vaidade do que necessidade). Com o $$$ a ser jogado fora em CV-03, se faz todos os meios necessários ao cumprimento das missões acima, desde as lanchas menores até os NaPaOcs.

Eu não entendo como todo mundo leu a lista que o Nauta véio postou e ninguém comentou nada do tipo "minha nossa, década que vem o grosso da Esquadra vai dar baixa em massa!!!"

É um grande problema mas também é uma grande OPORTUNIDADE: a de reinventar a MB, tê-la preparada para enfrentar suas verdadeiras responsabilidades para com o Brasil no século XXI, e não simplesmente continuar a fazer figuração em exercício com a USN.

É o que penso. 8-]
Você propôs uma Guarda Costeira, coisa que eu defendo que deveria ser criada no Brasil pois tem funções diferentes de uma Marinha de guerra, que também é necessária. Se o Brasil não tem inimigos, não significa que não deve se manter armado para dissuadir possíveis aventuras. É que nem ter um plano de saúde. Nunca se sabe o dia de amanhã.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#42 Mensagem por pmicchi » Qua Ago 30, 2017 6:29 pm

Concordo com o Tulio que os tempos mudaram, mas acredito que ainda precisamos ter uma capacidade de dissuasão e projeção de força compativel com nosso papel mundial.

Uma pequena mas moderna força submarina (mesmo convencional) é o melhor que podemos ter para dissuasão. Ainda melhor se apoiada por meios aéreos de busca e ataque, com meios combinados da MB e FAB.

Para projeção de força, uma pequena força anfíbia, não muito diferente da que temos, é suficiente. Não vejo sentido em meios de projeção de força como NAes que considerem ações independentes, sem suporte da ONU e outros orgãos internacionais

Por fim, alguns poucos meios de superficie (4 a 8 escoltas) são suficientes para apoiar as forças anfíbias, apoiar ações de controle maritimo ASW e mostrar a bandeira onde for necessário (o que muitas vezes pode ser feito com NaPaOc levemente armados).




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#43 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 30, 2017 7:19 pm

Solução para a nossa defesa naval: Guarda Costeira + Marinha de Guerra.

Guarda Costeira: navios de patrulha de 200 a 2000 mil tons + lanchas, botes e outros meios navais de polícia. Corpo de aviação para operações SAR e esclarecimento marítimo.

MB: 18 navios entre corvetas e fragatas. Porque? Simplesmente porque nosso comércio depende 95% do mar para acontecer. Qualquer um que queria nos pressionar e tiver meios navais críveis equivalentes ou maiores que os nossos pode nos por de joelhos antes mesmos de dar o primeiro tiro. Imagina a confusão na FIESP com um tipo de conversa como essa... :roll:
As cuecas irão descer ao chão antes do final da reunião.

abs.




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#44 Mensagem por juarez castro » Qua Ago 30, 2017 8:03 pm

FCarvalho escreveu:Solução para a nossa defesa naval: Guarda Costeira + Marinha de Guerra.

Guarda Costeira: navios de patrulha de 200 a 2000 mil tons + lanchas, botes e outros meios navais de polícia. Corpo de aviação para operações SAR e esclarecimento marítimo.

MB: 18 navios entre corvetas e fragatas. Porque? Simplesmente porque nosso comércio depende 95% do mar para acontecer. Qualquer um que queria nos pressionar e tiver meios navais críveis equivalentes ou maiores que os nossos pode nos por de joelhos antes mesmos de dar o primeiro tiro. Imagina a confusão na FIESP com um tipo de conversa como essa... :roll:
As cuecas irão descer ao chão antes do final da reunião.

abs.
Na minha concepção, passaria Marlins, Gururus e Mururus para a GC, o mesmo com NPaflus, a Marinha de Guerra ficaria com Napaocs e navios de combate.

G abraço




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Re: Marinha do Brasil - 2017

#45 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 30, 2017 10:09 pm

Por mim, tudo que for patrulha, inclusive os oceânicos fica com a guarda costeira, que seria responsável essencialmente pela tal da amazônia azul. Além disso é problema da marinha com seus navios. Aí sim entram corvetas, fravetas, fragatas, cruzadores, couraçados e o que mais couber.

Fato que é que a MB tem de atuar fora da ZEE, e garantir nossa presença naval e os 4 pilares do poder naval no AS em todas as rotas de acesso e saída dele.

No mais, é fazer o dever de casa.

abs.




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