Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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silverstone2
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#271 Mensagem por silverstone2 » Qua Ago 20, 2008 8:00 pm

cesarw escreveu:
silverstone2 escreveu:"Você quer ver como o maior inimigo da soberania é o proprio Brasil?
De 1998 ate hoje um bilionario americano dôou US$300.000.000 para projetos na Amazonia e Pantanal, agora imagina eu sou um pesquisador e tenho um projeto lá no Pantanal eu chego no governo federal e peço dinheiro para a pesquisa ele diz que não tem, chego em um fundo da CI que tem dinheiro desse bilionario e eles me dão US$2.000.000, faço minhas pesquisa publico o meu artigo e ai tenho a ideia de fazer uma pesquisa sobre um novo principio ativo, vou no governo federal e peço a verba, ele diz não, vou na CI e peço verba, eles diz que para isso não vão dar, mas que eu posso ir na Merck que eles vão dar, chego na Merck e eles me dão US$10.000.000 uma equipe de pesquisa e um laboratorio, só que o que eu descobri a patente é deles, para um pesquisador brasileiro uma patente é uma coisa secundaria, os orgãos de formento de pesquisa brasileira não se importam com patentes, o cara vai lá, faz a pesquisa descobre 500 principios ativos a Merck patentea todos e o governo brasileiro depois culpa os americanos por biopirataria e roubar nossa biodiversidade, mas quem recusou dar dinheiro para o pesquisador?
Quem acha que patente não vale nada?"
Primeiro:
Não se sabe até hoje, e por isso há uma série de recursos a serem avaliados incluiindo CPI, o quanto estrangeiros destinara, doaram ou aplicaram em pesquisas no Brasil. Sabe-se apenas que há muita LAVAGEm de dinheiro nos que se dizem filatropos das florestas brasileiras, vide o Suiço que vê-se agora não doou P... nenhuma.

Segundo:
Cada um cuida do seu. Não é pq o país não investe que o outro pode chegar aqui e meter o bedelho, até porque há meios oficiais de fazê-lo e podes crêr há dezenas de ONGS estrangeiras (incluindo de pesquisas) na Amazônia e nenhuma no Nordeste, isto indica que é permitido a entrada para pesquisas, mas as que roubam patente não saem por meios oficiais.
E não se iluda. Se o Brasil aplicar US$ 1 trilhão em pesquisas, nenhum , mas nenhum estrangeiro sairá da região.

Podemos fazer mais, sim claro, podemos! Mas decidiremos quando faremos. Aliás... quantos de nós foi a rua pedir por mais pesquisa, reinvidicar por mais atenção. Qtos de nós votamos corretamente eleições e quantos mandamos cartas e e-mails ao planalto ou ao congresso exigindo providencias??? Quanto movimentos nacionais se pronunciam?

silverstone2 escreveu:Concordo totalmente com seu raciocínio; Aliás passo por uma situação semelhante na minha vida. Sou amante da mulher de um amigo, mas me sinto no direito a isso ja que ele nao pode lhe dar o que ela precisa.
Refletindo agora sobre o assunto concluo que eu e a Merck somos vítimas!!!!!! :shock:
E quem garante que outro não pense e faça a mesma coisa com sua mulher, mesmo que ache que dá o melhor de si a ela??? Sempre haverá picaretas e ricardões mesmo pra aqueles que acham que fazem td certo.

O mundo corporativo não tem alma nem bom senso, só uma filosofia própria para agir.
O texto entre aspas foi escrito por outro forista.
Para os que não entenderam, meu comentário tratou-se de uma ironia.
E a situação fictícia.

Se o país (infelizmente) não investe em pesquisas farmacológicas, seja qual for o motivo, não implica em legitimar que o "ricardão" o faça.
Espero que agora tenha ficado mais claro.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#272 Mensagem por cesarw » Qua Ago 20, 2008 8:40 pm

silverstone2 escreveu:
O texto entre aspas foi escrito por outro forista.
Para os que não entenderam, meu comentário tratou-se de uma ironia.
E a situação fictícia.

Se o país (infelizmente) não investe em pesquisas farmacológicas, seja qual for o motivo, não implica em legitimar que o "ricardão" o faça.
Espero que agora tenha ficado mais claro.

Agora sim!!! Ficou hiper claro. mas pows... usa o quote, né homem!!! ;)




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#273 Mensagem por Paisano » Qui Ago 21, 2008 12:40 am

Um gringo impertinente*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br
Encontra-se esta semana em visita à reserva Raposa-Serra do Sul, em Roraima, mister James Anaya, que apesar do sobrenome latino é cidadão norte-americano, nas funções de Relator Especial das Nações Unidas para Assuntos Indígenas. Está sendo recebido com toda pompa e circunstância pela Funai, pela Igreja e pelas variadas ONGs instaladas na região onde, para entrar, os brasileiros sofrem restrições. Até mesmo chefes militares.

As conclusões do gringo já estavam prontas antes mesmo que ele chegasse ao Brasil: mostra-se favorável a uma reserva contínua para os índios naquela região de Roraima, inclusive na fronteira com a Venezuela e com a Guiana. Sustenta que as tribos indígenas ali localizadas formam uma nação, apesar das diferentes etnias, línguas e costumes. A área, do tamanho da Bélgica, deveria ser fechada a todos que não fossem índios nem pertencessem às ONGs, ou seja, posta á margem da soberania nacional.

Daí para as Nações Unidas considerarem um pedido de independência dessa "nação", a distância é curta. Apenas por coincidência, a nova "nação" é plena de riqueza, com minerais nobres a dar com o pé. Um cacique qualquer feito presidente da nova república poderia muito bem celebrar acordos de cooperação com governos de países ricos e com multinacionais mineradoras.

A presença de James Anaya na Raposa-Serra do Sol, depois de passar por Brasília, coincide com a discussão travada no Supremo Tribunal Federal a respeito de ser mantida a reserva contínua ou estabelecidas ilhas de permanência indígena, possibilitando a permanência de outros cidadãos brasileiros, entre habitantes de pequenas cidades e fazendeiros. Há quem imagine poder o tiro sair pela culatra, ou seja, os ministros da mais alta corte nacional de justiça irritarem-se com essa óbvia pressão internacional. Tomara.

*Carlos Chagas




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#274 Mensagem por silverstone2 » Qui Ago 21, 2008 12:11 pm

cesarw escreveu:
silverstone2 escreveu:
O texto entre aspas foi escrito por outro forista.
Para os que não entenderam, meu comentário tratou-se de uma ironia.
E a situação fictícia.

Se o país (infelizmente) não investe em pesquisas farmacológicas, seja qual for o motivo, não implica em legitimar que o "ricardão" o faça.
Espero que agora tenha ficado mais claro.

Agora sim!!! Ficou hiper claro. mas pows... usa o quote, né homem!!! ;)
Jóia :wink:




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#275 Mensagem por jauro » Qui Ago 21, 2008 12:14 pm

Relator da ONU só ouve grupo que pede reserva contínua em Roraima

Índio norte-americano James Anaya é recebido com festa por índios brasileiros

KÁTIA BRASIL

AGÊNCIA FOLHA, EM PACARAIMA (RR)



O relator especial da ONU para os direitos dos povos indígenas, o índio apache James Anaya, visitou ontem o epicentro do conflito entre índios e fazendeiros na terra Raposa/Serra do Sol (RR) e disse que só vai ouvir um dos lados na disputa devido a "limitações de tempo".
O americano esteve ontem na Vila Surumu (RR), dentro da terra indígena, onde foi recebido com almoço e dança por lideranças do CIR (Conselho Indígena de Roraima) e de outras entidades favoráveis a que sejam retirados da região os fazendeiros e demais não-índios.

Calcula-se que existam cerca de 18 mil índios na Raposa/Serra do Sol. Parte deles defende a permanência dos fazendeiros e deseja que a área seja homologada com "ilhas" onde os não-índios poderiam plantar. Essa parte dos índios reclama que não vai ser ouvida por Anaya.

"Eu gostaria de visitar a todos que estão interessados em promover a situação dos direitos humanos, mas há problemas de limitações de tempo", afirmou ele, que vai apresentar relatório sobre o assunto na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O STF (Supremo Tribunal Federal) julga, no próximo dia 27, o mérito da homologação da terra indígena de 1,7 milhão de hectares em forma contínua. Na recepção, Anaya foi recebido por 700 índios. Jovens pintados com urucum e jenipapo dançaram músicas tradicionais. "Para mim, é uma grande honra estar aqui com vocês e estou muito emocionado com a recepção", disse Anaya. A conversa entre ele e as lideranças indígenas foi reservada. À Folha, o relator disse que não opinaria sobre o julgamento.

Para Dirlene Santana, assessora da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima, Anaya "discrimina" os índios contrários à reserva contínua: "Ele não se disponibilizou em querer nos ouvir".

Colaborou0 JOSÉ EDUARDO RONDON , da Agência Folha




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#276 Mensagem por cesarw » Qui Ago 21, 2008 2:24 pm

Será que é tendencioso esse menino da ONU??!?!?
Pau mandado, nem um pouco né?
é um palhaçada, isso sim!!!




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#277 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 21, 2008 10:47 pm

Manda um grupo lá na Rússi aprender coo é que setrata esse povo. Iam sai daqui debaixo de muita porrada.

Ah, e antes que me esqueça, agradeçam ao herói de muitos aqui, sr FHC. O maior vendido da história do Brasil. :?




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#278 Mensagem por joaozinho » Sáb Ago 23, 2008 5:08 pm

Carlos Mathias escreveu:Manda um grupo lá na Rússi aprender coo é que setrata esse povo. Iam sai daqui debaixo de muita porrada.

Ah, e antes que me esqueça, agradeçam ao herói de muitos aqui, sr FHC. O maior vendido da história do Brasil. :?
aki faltou sangue eslavo e/ou anglo-saxão!




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#279 Mensagem por jauro » Ter Ago 26, 2008 10:50 am

Nas Entrelinhas

STF e defesa nacional

Como a crise do Cáucaso mostrou, defesa nacional e povoamento são conceitos inseparáveis. É disso que se trata na Raposa Serra do Sol

Por Alon Feuerwerker



Aproxima-se o momento de decisão para o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O pronunciamento será decisivo para o futuro da política indigenista no Brasil, já que irá consolidar uma jurisprudência, além de estabelecer paradigmas válidos para todo o território nacional.

A origem do problema é conhecida. Cedendo a pressões internacionais, os dois últimos governos brasileiros demarcaram na fronteira norte uma reserva com limites totalmente desprovidos de racionalidade ou lógica. A imprevidência governamental estendeu a área a territórios tradicionalmente ocupados por populações não indígenas — e também por índios já aculturados e plenamente integrados à esfera da sociedade e da economia modernas.

O bom senso e a prudência recomendavam a demarcação assim chamada de descontínua, por excluir esses territórios. Mas tanto Fernando Henrique Cardoso como Luiz Inácio Lula da Silva preferiram jogar para a platéia, levaram Raposa Serra do Sol o mais longe possível e acabaram criando um gravíssimo problema fundiário e político em Roraima. Que cabe agora ao STF solucionar, com pragmatismo e prudência.

Seria um engano, porém, pensar que o debate está restrito ao tema do indigenismo. O desenho legal da Constituição de 1988 para as terras indígenas estimula objetivamente as tendências centrífugas e o secessionismo. Como o artigo 78 da Carta determina também que o juramento presidencial inclua o compromisso de “sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, tem-se aqui uma contradição.

A palavra final está agora com o STF. Caberá aos ministros definir até que ponto a política indigenista pode ser implementada, já que ela não tem o direito de conduzir a situações que possam ameaçar a integridade e a independência do Brasil. Ou seja, ela não pode ser tratada como valor absoluto, mas deve existir em harmonia com os demais ditames constitucionais.

Até algum tempo atrás, colocar o debate nesses termos era considerado coisa patrioteira, comportamento de Policarpo Quaresma. Acontecimentos recentes, porém, recolocaram com força na agenda planetária a questão das nações e de seu território. Aqui ao lado, na Bolívia, o secessionismo é a ferramenta que opositores locais e globais de Evo Morales encontram para enfraquecer politicamente o líder boliviano. Na Ásia, as pressões pela independência do Tibete são elemento-chave para tentar debilitar a China. A fragmentação obsessiva da Sérvia tem sido um vetor da transformação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em força de contenção da Rússia.

Num mundo marcado pela emergência de novas potências, as velhas manipulam as pressões independentistas conforme sua conveniência. Adotam políticas variáveis, conforme lhes interesse enfraquecer ou fortalecer determinados jogadores. Assim, o desejo de independência da Ossétia do Sul é tachado de separatismo inaceitável, enquanto o surgimento de Kosovo, contra todas as decisões da ONU, foi saudado e acolhido calorosamente pela “comunidade internacional”.

O Brasil é um desses novos jogadores com aspirações a potência. Nossa posição é privilegiada, num mundo em que a capacidade agrícola e o estoque de recursos naturais não renováveis retomaram sua importância, desmentindo as previsões em contrário. Nessa disputa global, nossa massa crítica é a unidade nacional, sempre combinada com nossa integração aos vizinhos.

É razoável que o Brasil proteja seus índios e lhes ofereça as condições para preservar sua existência e cultura. Não é razoável que a política indigenista crie dentro de nosso território bolsões que se imaginam embrionários de novas nações. É positivo que índios em estágio pré-civilizatório recebam os meios para não sucumbir ao entorno. Não é aceitável que a pretexto disso se criem extensas áreas desabitadas em nossas fronteiras, especialmente na Amazônia, áreas onde nem as Forças Armadas conseguem ter atuação eficaz. Aliás, como a crise do Cáucaso mostrou, defesa nacional e povoamento são conceitos inseparáveis. É disso que se trata na Raposa Serra do Sol. É disso que se tratará no julgamento do STF.



Opinião

Kosovos brasileiros

Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva do Exército

A história ensina que cenários semelhantes, mesmo em episódios distintos e distantes no tempo, podem ter desfechos análogos. O tempo estratégico não se conta ano a ano, portanto, erros de hoje produzem conseqüências décadas adiante.

A Bolívia vendeu o Acre, em 1903, por não tê-lo ocupado com seu povo após o Tratado de Ayacucho, de 1867, que lhe fora favorável. Quando quis fazê-lo, em 1898, o Acre estava ocupado por brasileiros desde 1877. Eram nordestinos liderados por seringalistas brasileiros que exerciam, de fato, o poder local no vazio deixado pelo governo boliviano. Os seringalistas tinham outros interesses e não eram comprometidos com a nação andina. O tempo estratégico passou de três décadas.

Na província sérvia do Kosovo, cerca de 90% da população é albanesa. Em 1974, o Kosovo recebera autonomia, que foi cassada em 1999, levando aquela população à revolta. Ante a violenta reação da Sérvia e não tendo seu aval para entrar com suas forças “de paz” na região, a Otan moveu uma campanha aérea arrasadora, que acabou por dobrar aquele país. A ofensiva poupou o alto custo em baixas de uma operação terrestre. O direito de soberania não foi suficiente para a Sérvia manter sua integridade territorial, pois o Kosovo se declarou independente em 2008.

Os exemplos evidenciam que num país onde determinada região rica seja um vazio de poder, sem população nacional, ocupada por população segregada e sob liderança alienígena, ligada a outros países, projeta-se um cenário de perda de soberania e integridade territorial a despeito do direito internacional. Esse é o cenário desenhado em Roraima, com potencial de expansão até o Amapá.

Desde 1991, o Brasil demarca extensas terras indígenas, inclusive na faixa de fronteiras, o que impede a vivificação dos limites nacionais. O país trocou a política de integração pela de segregação do índio. Os grupos indígenas passaram a ser chamados “povos” e, ao receberem territórios, a constituir “nações” para setores nacionais e internacionais que defendem sua autonomia.

A Amazônia é rica, não integrada e cobiçada — um vazio de poder. O Estado se deixa substituir por ONGs e outras organizações, muitas das quais defendem interesses e recebem recursos de governos estrangeiros. Em terras indígenas, não podem viver, nem circular sem permissão, brasileiros de outras etnias. Em algumas décadas, haverá grandes populações indígenas autônomas, segregadas da sociedade e em imensos territórios.

Em 2007, a declaração da ONU sobre direitos dos povos indígenas concedeu-lhes, entre outros, os direitos de autogoverno; livre determinação, inclusive de sua condição política; constituir instituições políticas e sistemas jurídicos próprios; pertencer a uma nação indígena vetar atividades militares em terras indígenas; e aceitar ou não medidas legislativas ou administrativas que os afetem.

O artigo 46 da declaração, que aparentemente preserva a integridade e unidade política dos Estados, é inócuo, pois os artigos 41 e 42 “justificariam” a intervenção internacional em conflitos entre governos e “povos indígenas”. Como ficará a governabilidade no Brasil, considerando a quantidade de terras indígenas com direito a uma autonomia superior à dos estados da Federação? Povo, território, nação e instituições políticas são as bases de um estado-nação.

A declaração, inexplicavelmente, teve voto favorável do Brasil. Um absurdo! Embora a segurança da Amazônia dependa mais de ações no campo político, a liderança nacional tem um discurso ilusório de que sua defesa será assegurada pelo aumento do efetivo militar na área. Se fosse uma questão de quantidade, o Kuweit talvez estivesse ocupado, desde 1991, pelo então numeroso Exército iraquiano. No futuro, não sendo suficiente, como tem sido, a pressão nos campos político e econômico, para impor seus interesses, uma coligação de potências ameaçará áreas sensíveis como, por exemplo, a Bacia de Campos e Itaipu. Se o governo não ceder, ela paralisa e apaga o país, para evitar um confronto terrestre.

Existe a ameaça, ela é muito grave e o tempo estratégico aproxima-se de duas décadas. A liderança nacional vem criando condições objetivas para a perda da soberania e integridade territorial na calha norte do Amazonas, sem que o oponente precise disparar um tiro. Na realidade, a ameaça não é o índio e sim a liderança nacional, inconseqüente e sem visão estratégica.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#280 Mensagem por ademir » Ter Ago 26, 2008 9:27 pm

Não adianta apenas o governo dizer que a Amazonia é nossa, é presiso seriedade no trato deste assunto, flexibilizações na legislação ambiental não contribuem em nada com a imagem brasileira. Não é sufiente ser dono e ter como proteger - o que aliais, não temos - é necessario mostrar que somos capaz de gerir de maneira sabia estes recursos, importante não so para o Brasil.
Sinais preocupantes, artigo de Marina Silva

Governo adotou medidas que são retrocesso à sua própria política

Marina Silva (contatomarinasilva@uol.com.br) é senadora e ex-ministra do Meio Ambiente. Artigo publicado na “Folha de SP”:

O movimento ambientalista conquistou respeito e apoio por defender as imensas riquezas naturais do Brasil e questionar o crescimento a qualquer custo. Hoje, com a sociedade mais atenta, e disso tive prova durante os anos em que estive à frente do Ministério do Meio Ambiente, temos uma poderosa união de esforços que dá base política para reposicionar o modelo predatório de uso de nossos ativos ambientais.

Essa base deu suporte ao governo do presidente Lula para adotar medidas contundentes de freio ao desmatamento na Amazônia. Decreto de dezembro de 2007 determinou a regularização fundiária nos 36 municípios de maior desmatamento, a responsabilização das cadeias produtivas e o agravamento das sanções em caso de descumprimento de embargo.

Em janeiro, foi anunciada a operação Arco de Fogo, da Polícia Federal e do Ibama. Em fevereiro o Conselho Monetário Nacional editou resolução que condiciona o crédito rural na Amazônia à regularidade fundiária e ambiental da propriedade. Essa resolução entrou em vigor em 1º de julho e certamente contribuiu decisivamente para os primeiros resultados positivos, ainda que parciais, desse esforço.

No entanto, ao mesmo tempo, surgem sinais preocupantes de mudança na postura do governo. Primeiro, a edição da Medida Provisória 422, que estimula a grilagem de florestas públicas na Amazônia; depois, o veto presidencial ao único dispositivo que disciplinava minimamente a aplicação da MP.

Recentemente, o governo anunciou acordo que, na prática, reduz a reserva legal na Amazônia para 50% e permite o plantio de espécies exóticas. Anunciou também a redução do ritmo de criação de unidades de conservação e promete alterar o decreto recém-publicado que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais.

Há 15 dias, manifestei meu estranhamento com declarações do ministro Mangabeira Unger, de que a legislação ambiental brasileira não fora construída "para valer". Estava em dúvida se o ministro expressava alguma nova visão do governo federal sobre política ambiental. Os sinais aqui relatados reduzem o espaço da dúvida.

Para a sociedade brasileira, que avalizou as corajosas medidas de combate ao desmatamento e recebeu de forma entusiasmada a declaração do presidente de que não haveria retrocesso na política ambiental, será difícil aceitar mudanças na contramão do que foi dito há apenas três meses.

Caso o compromisso assumido pelo presidente simplesmente tenha sido ignorado pelos ministérios que deveriam zelar por ele, resta a esperança de urgente correção de rumos.
(Folha de SP, 25/8)
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#281 Mensagem por Túlio » Qua Set 10, 2008 7:57 pm

Recebi hoje este email de um amigo, o Almirante Roberto Gama e Silva:

"Prezados compatriotas,
A minha quarta entrevista ao programa "Debate Brasil", patrocinado pela "AEPET", será apresentada no Rio de Janeiro, no próximo dia 11, às 2100, pela TV Comunitária, canal 6 da NET. O assunto ainda é "Amazônia",
Peço que divulguem entre os respectivos correspondentes.
Saudações nacionalistas,
Roberto Gama e Silva"




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#282 Mensagem por ademir » Qui Set 11, 2008 6:12 pm

Amazônia & Biopirataria

por Eron Bezerra*

Os jornais de Manaus acabam de noticiar mais um caso de biopirataria na Amazônia e a conseqüente prisão do biólogo e “pesquisador” alemão Heiko Bleher, juntamente com a fotógrafa Natalya Khardina, do Uzbequistão.

A biopirataria, como o próprio sugere, trata-se do contrabando de seres vivos da Amazônia, sejam plantas ou animais. A literatura recente registra, também, o contrabando de sangue de índios do estado do Acre, dentre os casos documentados, pois se presume que esta prática criminosa seja recorrente em praticamente todos os estados amazônicos.

A biopirataria na Amazônia, lamentavelmente, não iniciou com essa dupla de vigaristas e tampouco se encerrará com eles. Remonta a expedições “científicas” desde sempre e o caso mais emblemático foi o contrabando de sementes de seringueira feito pelos ingleses, para a então colônia britânica da Malásia. Por isso, notícias de biopirataria na Amazônia já se tornaram tão freqüentes que viraram “paisagem”, para usar um jargão de comunicação.

A dupla recentemente presa são os remanescentes de uma grande expedição composta de “pesquisadores” alemães, russos e ucranianos, que desde julho viajavam pelo estado do Amazonas acompanhados pela fotógrafa Natalya Khardina, do Uzbequistão, fotografando e coletando espécies distintas. Todos os demais integrantes do grupo já deixaram o país e não se tem a menor idéia de quanto contrabandearam em espécies amazônicas.

Neste período perambularam pelos municípios de Barcelos, Jutai e Tabatinga. Singraram, portanto, distintas regiões do rio negro, do rio jutai e do alto Solimões, na tríplice fronteira Brasil-Peru-Colombia.

O biólogo alemão, segundo a Policia Federal que efetuou a prisão, já veio mais de 400 vezes ao Brasil e em seu poder foram encontrados peixes ornamentais vivos e peixe em formol, evidenciando o claro propósito de estudos das espécies fora do solo nacional.

No momento em que comemoramos a semana da pátria é imperioso salientar que a nossa soberania sobre a Amazônia está em permanente questionamento por praticamente todas as potências estrangeiras. Fica evidente, por outro lado, que o pleno desenvolvimento dessa região, em bases sustentáveis, é a única garantia real de integridade territorial futura.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#283 Mensagem por Bothrops » Sáb Set 13, 2008 1:53 pm

Si vis pacem para bellum. Precisamos urgentemente nos armar. Não dá mais para adiar. Só os ingênuos não veêm a preparação de uma invasão. Vejam mais esta:


La estrategia andino-amazónica de EE.UU.

Alvaro Uribe y la base de Manta

Por Ana Esther Ceceña | Desde México

¿Acaso el reciente ataque de Colombia sobre territorio ecuatoriano se hizo desde ese asentamiento estadounidense? ¿La Tormenta del Desierto llegó a la selva sudamericana?


En 1999, año en que Estados Unidos tuvo que abandonar Panamá y sus posiciones en el canal, uno de los puntos estratégicos más importantes del mundo, buscó el modo de compensar el retiro con una avanzada. En vez de perder la posición del canal, la mantuvo ampliando el alcance y el radio de acción desde tres nuevas posiciones que formaron un triángulo en torno a Panamá, con un vértice en cada una de las regiones circundantes: Centroamérica, Sudamérica y el Caribe.
Mediante una negociación simultánea se consiguió ubicar las nuevas instalaciones, con convenios de diez años, en El Salvador, en el aeropuerto internacional de Comalapa; en Aruba y Curaçao, en los aeropuertos de Reina Beatriz y Hato Rey respectivamente; y en Ecuador, en el aeropuerto Eloy Alfaro, en la costera ciudad de Manta.

Las bases instaladas en estos tres puntos corresponden a una concepción relativamente nueva, emanada de la profunda revisión interna del comando conjunto de Estados Unidos que tiene lugar a partir de la “revolución en los asuntos militares” de finales de los años noventa.

La idea de grandes posiciones militares en los lugares de conflicto ha ido siendo desplazada por la de instalaciones más pequeñas, menos costosas y más sencillas de manejar, y con un radio de alcance suficiente para no tener que estar ubicadas en el punto de mira sino a una distancia que le evite los riesgos pero le permita actual con agilidad.

A éstas se les llama Foreign operating locations (FOL) aunque, con el propósito de endulzarlas un poco, se les ha cambiado el nombre por el de Cooperative Security Locations (CSLs).

Este tipo de bases es relativamente engañoso porque en tiempos regulares tiene muy poco personal (en Manta, por ejemplo, se reportan 13 personas), ya que su funcionamiento está centrado en el monitoreo y detección.

No obstante, en bases como la de Manta hay capacidad para albergar 485 personas, entre efectivos militares, personal de inteligencia y empleados civiles y tiene capacidad para recibir aviones pequeños como el F16, grandes como los AWACs e incluso, en caso necesario, aviones de gran envergadura como el C5, que sirve para transportar equipo y tropa en gran escala (http://www.af.mil/factsheets).

El monitoreo que se realiza desde la base es ininterrumpido y tiene un sistema de comunicación en tiempo real con el Space warfare center ubicado en Colorado Springs, en Estados Unidos, que recibe comunicaciones similares de todas sus posiciones, fijas o móviles, en el mundo. De esta manera, cada una de estas instalaciones de comunicación se mantiene informada de las actividades de todo el sistema de bases, naves y efectivos.

Es decir, este tipo de bases está pensado desde la óptica del just in time. No desperdiciar recursos, disminuir costos, pero mantener la versatilidad para enfrentar cualquier tipo de contingencia o amenaza y la capacidad de respuesta rápida y eficaz que convierta cada acción en un “golpe quirúrgico”.

En palabras de Donald Rumsfeld: “En el próximo siglo nuestras fuerzas deben ser ágiles, letales, rápidamente desplegables y con mínimos requerimientos de soporte logístico. Debemos poder proyectar nuestro poder hacia grandes distancias en cuestión de días o semanas y no de meses”. (23/09/2004).

Para lograrlo, además de la proliferación de instalaciones tipo FOL en las áreas consideradas inestables, ingobernables, críticas o fallidas, entre las que se encuentra una buena parte de los países latinoamericanos y africanos, “estamos mejorando las actividades de comunicaciones e inteligencia. Esto incluye, por ejemplo, el desarrollo del Space Based Radar (SBR) para monitorear tanto los blancos fijos como los móviles en las profundidades de las líneas enemigas o en áreas prohibidas, en cualquier tipo de clima. También estamos trabajando en el Transformational Communications Satellite (TSAT), para proporcionar a nuestras tropas conjuntas una capacidad de comunicación sin precedentes. Para dar una idea de la velocidad y de la conciencia situacional que puede ofrecer el TSAT, consideren que la transmisión de una imagen del Global Hawk a un Militar II toma actualmente alrededor de 12 minutos. Con el TSAT tomará menos de un segundo”. (Rumsfeld, 23/09/2004).

De acuerdo con el Base Structure Report Fiscal Year 2007 Baseline, informe del Departamento de Defensa sobre las instalaciones militares estadounidenses en el mundo en 2007, las posiciones en Aruba tienen un valor de 1.6 millones de dólares, las de Curaçao de 46.1 millones, mientras que las de Manta ascienden a 182 millones de dólares, gran parte de los cuales fueron invertidos en la readecuación del aeropuerto a las necesidades de monitoreo, intermediación y respuesta rápida requeridas para las actividades previstas en la región. El área que ocupa Manta es de 412 km cuadrados pero no es inusual ver a los AWACs estacionados en el aeropuerto civil contiguo.

En este mismo informe del Departamento de Defensa se registra la existencia de 6 instalaciones pequeñas en Colombia y una en Perú, entendiendo por éstas a las que ocupan menos de 40 km2 o que tienen un valor menor a los 10 millones de dólares.

Esto reafirma la hipótesis de Manta como cerebro y centro de operaciones coordinadas de todo el sistema de bases de la región. Si esto es así, y si Manta tiene por tarea la vigilancia ininterrumpida de cualquier tipo de nave o movimiento relacionado con el narcotráfico, la migración ilegal, el terrorismo y cualquier otra de las consideradas amenazas a la seguridad nacional de Estados Unidos, qué fue lo que hizo y lo que no hizo la noche del ataque al campamento de las FARC en Sucumbíos, Ecuador.

Si, como ha afirmado el gobierno de Ecuador, las bombas arrojadas en su suelo no pueden ser lanzadas desde los aviones con que cuentan los colombianos (Tucanos), qué relación hay entre los aviones estadounidenses que sí las pueden lanzar y la base de Manta. ¿La tormenta del desierto se ha desplazado a la selva?



06|04|2008




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#284 Mensagem por Edu Lopes » Qua Set 17, 2008 8:32 am

O amigo norueguês: US$ 1 bilhão para a Amazônia

Doação para ambiente terá isenção de imposto

Noruega vai destinar US$ 1 bilhão até 2015 para combater o desmatamento na Amazônia

João Domingos, Adriana Fernandes e Denise Chrispim Marin, BRASÍLIA


A decisão do governo da Noruega de destinar U$ 1 bilhão ao País até 2015 para conter o desmatamento na Amazônia levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a assinar decreto que isenta da cobrança do PIS/Cofins o dinheiro de doações para a prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de conservação do uso sustentável das florestas. Para obter a isenção, o dinheiro terá de ser depositado em bancos oficiais.

No caso do Fundo Amazônia, que recebeu U$ 20 milhões da Noruega ontem, o dinheiro ficará no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outros U$ 120 milhões deverão ser depositados no fundo nos próximos 12 meses, também pelo governo da Noruega. O restante, pelos anos seguintes, até 2015.

"Não tem sentido um país dar U$ 100 milhões para defender a Amazônia e U$ 20 milhões virarem imposto para o governo. Então, qualquer fundo dessa natureza, supõe-se que ele vá diretamente para o destino adequado, que é a sustentabilidade", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "Não faz sentido taxar uma doação que está destinada a um fim tão nobre", complementou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

O decreto que isentou as doações destinadas à preservação das florestas foi publicado no Diário Oficial da União de ontem e regulamenta a Medida Provisória 438, deste ano, que prevê a criação de fundos para a preservação da biodiversidade do País. Pelos cálculos do governo, o impacto da renúncia fiscal em 2008 é estimado em R$ 43 milhões para a Cofins e R$ 7 milhões para o PIS/Pasep. Para os anos seguintes, a previsão de renúncia também é de R$ 50 milhões.

O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, anunciou ontem a concessão de US$ 1 bilhão até 2015 para o Fundo da Amazônia. Do total, US$ 870 milhões estarão no fundo entre 2010 e 2015 só se forem comprovados os resultados da política brasileira de redução do desmatamento da região.

A iniciativa do governo norueguês foi qualificada como exemplar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu Stoltenberg, em visita oficial. "No dia em que todo o País desenvolvido tiver a mesma atitude da Noruega, teremos certeza de que o aquecimento global vai ser reduzido", afirmou Lula. "Espero que outros países sigam o exemplo da Noruega."

Segundo Minc, além da Noruega, outros cinco países já manifestaram interesse em colaborar com a preservação da região: Coréia, Japão, Suécia, Alemanha e Suíça.

Segundo o ministro, "hoje o governo fecha uma serraria em uma hora, mas não gera 50 empregos sustentáveis em uma hora. Sem recursos importantes e manejo e desenvolvimento sustentável, a guerra contra o desmatamento não prosperará".

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3103,0.php
A Noruega é boazinha, né? Doa um bilhão de dólares e não pede nada em troca. Tudo pelas arvorezinhas, nossas amiguinhas verdes.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#285 Mensagem por Sterrius » Qua Set 17, 2008 9:52 am

Na verdade são "so" 130 milhões de dolares. O resto so vem se o BRasil mostrar resultado.




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