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Mensagem
por VICTOR » Qua Mar 01, 2006 3:44 pm
Embraer monta base avançada na Europa
Instalações da Ogma, em Portugal, viram oficina para manutenção do Legacy 600
Iara Gomes
São José dos Campos
A estratégia da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José dos Campos, de fortalecimento da sua rede mundial de manutenção de aeronaves ganha este ano novo impulso na Europa.
A Ogma - Indústria de Aeronáutica de Portugal S.A, adquirida em dezembro de 2004 para aumentar a presença da empresa brasileira em território europeu, está sendo preparada para prestar serviços de manutenção do jato executivo Legacy 600.
A unidade será uma das três oficinas próprias da Embraer no mundo. As outras duas estão instaladas no Brasil, em Gavião Peixoto (SP), e nos Estados Unidos, em Nashville.
As instalações da Ogma ocupam uma área de 400 mil metros quadrados, com 140 mil metros quadrados de área construída nos quais estão distribuídos dez hangares para a realização de serviços de manutenção e reparo de aeronaves.
Há ainda os hangares destinados a produção de componentes aeronáuticos em material composto e uma pista de pouso e decolagem com 3.000 metros de extensão. A Ogma produz, por exemplo, a estrutura do avião de treinamento Pilatus PC-12, de origem suíça.
Os planos da Embraer para a Ogma são transformar a unidade em um centro de excelência em manutenção e produção de componentes aeronáuticos na Europa no prazo de cinco anos.
Recentemente, a Ogma iniciou um novo tipo de operação, a gestão de frota, que deve contribuir para a meta estabelecida. A empresa fechou contrato com a força aérea da França para assumir a gestão de uma frota de 14 aviões-cargueiros Hércules C-130, modelo fabricado pela norte-americana Lockheed-Martin. A expectativa é de aumento na procura por este tipo de serviço.
Em 2004, a Embraer se associou à EADS (European Aeronautic Defense and Space Company) e juntas criaram a Airholding SGPS que disputou a compra da Ogma, criada em 1918.
A antiga estatal, cuja sigla significava Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, substituiu o PMA (Parque de Material Aeronáutico), criado em 1918 e que era ligado ao Ministério da Guerra de Portugal.
A Empordef (Empresa Portuguesa de Defesa), cujo controle é estatal, detém 35% de participação no capital da Ogma. A empresa tem cerca de 1.600 funcionários atualmente e em 2004 alcançou receita de 140 milhões de euros.
O consórcio Embraer/EADS adquiriu do governo português 65% do capital da OGMA por 11,4 milhões de euros. A fabricante brasileira de aviões controla a Airholding, com 99% de participação acionária.
A EADS, que tem apenas 1%, poderá exercer o direito de aumentar a sua participação na parceria para até 30%. A mudança deverá ocorrer na medida em que o governo de Portugal anunciar novos contratos.
Empresa faz reparo em jato civil e militar
São José dos Campos
A Ogma é uma das principais indústrias aeronáuticas da Europa e executa serviços de manutenção e reparo de aeronaves civis e militares, incluindo motores. Além de produzir componentes estruturais e materiais compostos para fabricantes de peso como Boeing, Airbus, Lockheed-Martin e Pilatus.
Com a aquisição da Ogma, a Embraer expande a sua presença na Europa. "Adquirir um fatia majoritária do capital desta prestigiada empresa permitirá a expansão dos horizontes da Embraer dentro da União Européia com uma identidade local, e também a melhor servir a nossa crescente base de clientes neste mercado estratégico", disse em nota oficial o presidente da Embraer, Maurício Botelho, quando o acordo foi anunciado.
A OGMA presta serviços a companhias aéreas como a TAP, Portugalia, British Midland e Luxair. Na área militar, alguns dos principais clientes são: a força aérea portuguesa, força aérea e marinha dos Estados Unidos, Agência de Manutenção e Suprimento da OTAN e ainda as marinhas da Noruega e Holanda e força aérea Francesa.
Vale Paraibano Via Notimp