VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
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VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Lembrei do Túlio e sua campanha...melhor seria, "chega de juros pows!"
VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Publicado por Flavio Tavares de Lyra em 8 julho 2010 às 16:43 em Propostas para 2010
Dificilmente encontrar-se-á na história econômica tema que tenha dado origem a mais controvérsias do que os impostos. Guerras, revoltas, e campanhas públicas, fruto da insatisfação com o pagamento de impostos também têm sido uma constante na vida dos povos. Trata-se, portanto, de tema altamente propício à veiculação de verdades e mentiras a seu respeito, sempre com o propósito de justificar ou de condenar os impostos junto ao que arcam com seu peso.
Há trinta anos a doutrina do Estado do Bem Estar Social foi adotada em vários países como solução para os problemas ocasionados pela depressão econômica dos anos 30 e intensificada após a Segunda Guerra Mundial. A partir dos anos 70, essa concepção de política tem estado sob forte pressão, em maior medida por que a redistribuição da renda através de políticas sociais em favor dos mais pobres que a caracteriza implica uma mais elevada e progressiva carga tributária. A doutrina neoliberal opõe-se àquela concepção ao valorizar a liberdade de mercado e a conformação de um Estado de tamanho reduzido e pouco intervencionista no domínio econômico.
A crise financeira deflagrada em 2008 no mercado imobiliário dos Estados Unidos, depois de vários anos de predomínio da visão neoliberal, que contaminou todo o mundo, obrigou os governos a incorrer em fortes déficits fiscais e aumentos da dívida pública, para salvar seus sistemas financeiros. Com isto, acirrou-se a disputa entre os defensores do que resta do Estado do Bem-Estar e os que vêm a necessidade de buscar o reequilíbrio das finanças públicas na contenção das políticas sociais.
Faz sentindo, pois, alertar os governantes sobre o perigo de transferir os ajustes da crise financeira para os beneficiários das políticas sociais, pois isto pode piorar as coisas, afundando o mundo numa depressão prolongada por insuficiência de demanda efetiva, cujos primeiros sinais já são evidentes.
No Brasil, já há algum tempo, o tema do elevado nível dos impostos tem estado na ordem do dia, devendo agora, na fase da campanha eleitoral para a escolha dos futuros dirigentes do país, assumir maior dimensão. Vale à pena, pois, dedicar algumas linhas ao exame do que se convencionou chamar de carga tributária, cujo indicador mais geral é a relação entre a receita de impostos arrecadada pelos diferentes níveis de governo e o valor do produto interno bruto.
É inquestionável que a carga tributária bruta no Brasil foi aumentada a partir de 1995, no 1° Governo de FHC. No triênio 1992-4, a cifra média era de 27%. No triênio 2000-2 cresceu 7,7 pontos percentuais para 34,7%. Por último, no triênio 2007-9, subiu mais 0,8 pontos percentuais, atingindo 35,5% (1).
O expressivo aumento da carga tributária esteve associado ao importante ajuste fiscal realizado entre o primeiro e o segundo períodos mencionados, beneficiando-se da redução da inflação a partir do Plano Real, o que possibilitou a elevação da receita tributária em termos reais. Até, então, a receita tributária era insuficiente para cobrir os gastos dos governos. Em 1994, o déficit primário (exclui o pagamento de juros sobre a dívida pública) alcançou cerca de 4% do PIB.
É fundamental, ao examinar as cifras da carga tributária não concluir que elas traduzem os gastos em bens e serviços dos governos, pois parte importante dos recursos fiscais arrecadados voltam para o setor privado sob a forma de juros da dívida pública, transferências, subsídios e incentivos. Daí a necessidade de deduzir da carga tributária bruta os valores dos referidos itens, para obter-se a cifra que corresponde aos gastos dos governos de consumo e investimento. O valor destes gastos corresponde quantitativamente a uma espécie de “carga tributária líquida”, ou seja, a parcela da receita que se destina efetivamente a financiar os gastos de consumo e de investimento do governo.
Cifras mencionadas em comentário do professor Ricardo Summa, em “Crítica Econômica” (2), mostram que no período 2004-6 a carga tributária líquida no Brasil era de apenas 11,6% do PIB, em média, com os recursos que retornam ao setor privado representando 20,7% do PIB, ou seja, 64.1% da carga bruta total. Descontados os 6,5% que representaram o pagamento de juros, a carga tributária baixaria de 32,3% para 25,8%. Comparações internacionais incluídas no mesmo texto, baseadas em dados da OCDE, mostram que o Brasil, em termos de carga tributária líquida, apresenta números inferiores a México, Espanha, Irlanda e Polônia. Cabe ter em conta que os dados mencionados no citado estudo mostram uma carga tributária para o Brasil um pouco inferior à mencionada em parágrafo anterior, mas que não deve alterar substancialmente a conclusão.
O que ocorreu no Brasil, por conseguinte, foi o aumento da parcela dos gastos governamentais cujos recursos retornam às famílias e as empresas, especialmente previdência e assistencial social e juros da dívida pública. Entre os triênios 2000-2 e 2007-9, o aumento da carga tributária foi de apenas 0,8 pontos percentuais.
Em síntese, a carga tributária bruta cresceu, mas a líquida não. A explicação para diferença entre as cargas bruta e líquida reside fundamentalmente em dois fatores: aumento do valor dos juros da dívida pública, recursos que retornam aos cofres dos credores privados, ou seja, em maior medida, as pessoas mais ricas; e aumento dos gastos de previdência e assistência social, especialmente com os trabalhadores rurais.
Em vários países desenvolvidos a carga tributária é atualmente superior a 40%: Suécia (48,9%); Noruega (44%); França (44,2%); Finlândia (43,5%); e Itália (42,5%). Muito embora caiba ter em conta que para o atual nível de renda capital do Brasil a carga tributária pareça elevada, é fundamental não deixar de considerar que a taxa de juros no Brasil é comparativamente muito mais alta. Nos 31 países da OCDE a cifra média que os governos pagam de juros representa apenas de 1,7% do PIB em comparação com os 6,5%, já mencionados, para o Brasil.
Tem sido frequente associar a alta carga tributária à perda de competitividade da produção nacional. É razoável admitir que assim seja, especialmente em relação às exportações industriais para outros países. É preciso ter em conta, entretanto, que o aumento da carga destinado a financiar a política social é fundamental para melhorar os níveis de educação e saúde no país, requisitos para o aumento da produtividade da mão de obra e da competitividade de nossos produtos no mercado internacional. .
Por fim existe o argumento de que o governo é menos eficiente do que o setor privado no uso dos recursos. Isto também faz sentido, mas somente na medida em que exista a possibilidade do setor privado substituir o governo na produção de determinados bens e serviços. Como é notório, há serviços que ao setor privado não interessa produzir, alguns dos quais porque são pouco rentáveis e outros porque são de uso difuso e não comercializáveis. É plenamente justificável, porém, defender o aumento da eficiência dos governos no uso dos recursos destinados ao consumo e ao investimento.
Certamente, há um limite superior para o aumento dá carga tributária, determinado pelo volume de lucro requerido para conformar uma taxa mínima de “rentabilidade esperada para o capital privado”, que seja aceita pelos capitalistas para prosseguirem investindo na ampliação da capacidade produtiva. A alta participação dos rendimentos da classe proprietária do Brasil na formação da renda permitem supor que ainda estamos distantes dessa situação limite. Se nossa taxa de investimento ainda está baixa há que procurar as causas no elevado consumo das classes proprietárias e nos altos ganhos nos mercados financeiros cujos recursos não retornam ao processo produtivo sob a forma de aumento da capacidade de produção.
Falta, ainda, um dado importante para a qualificação da carga tributária brasileira, ou seja, sua distribuição entre os tipos de contribuintes em função de sua renda, tema que os críticos mais ferozes de seu nível elevado, normalmente não mencionam. É possível constatar que o sistema tributário brasileiro grava mais fortemente os mais pobres sendo, portanto, bastante regressivo. Como é de conhecimento generalizado, os ricos pagam proporcionalmente muito pouco impostos.
A receita tributária no Brasil provém expressivamente de impostos indiretos, incidentes sobre o consumo das famílias (55% do total arrecadado em 2008). Segundo o Boston Consulting Group, no ano de 2007 apenas 2,7 % dos 220 mil milionários do Brasil apresentaram ao Imposto de Renda, renda tributável superior a R$ 1 milhão (3). Comenta-se, com razão, que no Brasil quem paga Imposto de Renda é funcionário público e pobre, pois não têm como sonegar.
Concluí-se, por conseguinte, que são poucas as verdades divulgadas sobre a elevada carga tributária no país e muitas as mentiras e mistificações. As campanhas que diariamente estão na mídia têm um propósito muito claro: diminuir os recursos que o governo destina a financiar sua política social.
Há campanhas, inclusive que podem ser consideradas ridículas como as que se baseiam na instalação nos grandes centros urbanos de medidores de impostos arrecadados, cujos mostradores em locais públicos apresentam cifras absolutas que nada significam de um ponto de vista analítico. O propósito claro dessas campanhas é explorar a ignorância da população e mobilizá-la contra o pagamento de impostos, não para beneficiá-la, mas para usar sua força política para manter o atual estado de coisas no qual os ricos, em verdade, pagam pouco imposto. Não seria exagerado dizer que quem mais reclama é quem menos paga.
O Brasil precisa realmente de uma reforma tributária: para simplificar a tributação e tornar sua cobrança mais eficiente, bem como para melhorar a alocação de recursos, mas principalmente para tornar a tributação menos injusta, porquanto concentrada nos segmentos mais pobres da população.
Reduzir a carga tributária, atualmente, significaria diminuir a capacidade do governo para atacar as desigualdades sociais e regionais, para o que os recursos ainda são muito escassos. É preciso sim, que o povo pressione para reduzir os juros da dívida pública e, por esse meio, sobrarem mais recursos para financiar a política social dos governos e os investimentos na infraestrutura econômica. O resto é conversa “furada” de contribuinte conservador e de ricaço que paga menos imposto do que deveria e de seus representantes na mídia e na política.
O país está cansado do discurso contraditório das organizações empresariais e dos políticos oportunistas que vivem cobrando a redução da carga tributária e, ao mesmo tempo, o aumento dos gastos do governo em investimento na infraestrutura econômica. É certo que precisamos investir mais em energia, transporte e capacitação tecnológica, mas a fonte dos recursos adicionais precisa vir da redução dos juros da dívida pública e não dos gastos sociais.
As comparações internacionais da carga tributária bruta no Brasil precisam levar em conta o papel que o Estado tem no atendimento de gastos sociais nas áreas de saúde, educação e previdência social. Nos Estados Unidos, por exemplo, a carga tributária bruta é da ordem de 28%, mas a saúde, a educação e a previdência são atividades privadas. É verdade que há países de baixo nível de renda que realmente têm cargas tributárias muitas baixas, mas que também têm a maioria de sua população sem acesso a educação, saúde e previdência.
Quanto à batalha que está sendo travada nos países mais desenvolvidos entre os defensores das políticas sociais e seus opositores, é preciso ter em conta que nada assegura que os primeiros serão derrotados. Na maioria desses países a distribuição da renda é muito menos concentrada do que no Brasil, que apenas recentemente vem adotando políticas em favor de redução das desigualdades sociais. O que ali se passa, não deveria servir de argumento para defender a redução de nossa carga tributária.
VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Publicado por Flavio Tavares de Lyra em 8 julho 2010 às 16:43 em Propostas para 2010
Dificilmente encontrar-se-á na história econômica tema que tenha dado origem a mais controvérsias do que os impostos. Guerras, revoltas, e campanhas públicas, fruto da insatisfação com o pagamento de impostos também têm sido uma constante na vida dos povos. Trata-se, portanto, de tema altamente propício à veiculação de verdades e mentiras a seu respeito, sempre com o propósito de justificar ou de condenar os impostos junto ao que arcam com seu peso.
Há trinta anos a doutrina do Estado do Bem Estar Social foi adotada em vários países como solução para os problemas ocasionados pela depressão econômica dos anos 30 e intensificada após a Segunda Guerra Mundial. A partir dos anos 70, essa concepção de política tem estado sob forte pressão, em maior medida por que a redistribuição da renda através de políticas sociais em favor dos mais pobres que a caracteriza implica uma mais elevada e progressiva carga tributária. A doutrina neoliberal opõe-se àquela concepção ao valorizar a liberdade de mercado e a conformação de um Estado de tamanho reduzido e pouco intervencionista no domínio econômico.
A crise financeira deflagrada em 2008 no mercado imobiliário dos Estados Unidos, depois de vários anos de predomínio da visão neoliberal, que contaminou todo o mundo, obrigou os governos a incorrer em fortes déficits fiscais e aumentos da dívida pública, para salvar seus sistemas financeiros. Com isto, acirrou-se a disputa entre os defensores do que resta do Estado do Bem-Estar e os que vêm a necessidade de buscar o reequilíbrio das finanças públicas na contenção das políticas sociais.
Faz sentindo, pois, alertar os governantes sobre o perigo de transferir os ajustes da crise financeira para os beneficiários das políticas sociais, pois isto pode piorar as coisas, afundando o mundo numa depressão prolongada por insuficiência de demanda efetiva, cujos primeiros sinais já são evidentes.
No Brasil, já há algum tempo, o tema do elevado nível dos impostos tem estado na ordem do dia, devendo agora, na fase da campanha eleitoral para a escolha dos futuros dirigentes do país, assumir maior dimensão. Vale à pena, pois, dedicar algumas linhas ao exame do que se convencionou chamar de carga tributária, cujo indicador mais geral é a relação entre a receita de impostos arrecadada pelos diferentes níveis de governo e o valor do produto interno bruto.
É inquestionável que a carga tributária bruta no Brasil foi aumentada a partir de 1995, no 1° Governo de FHC. No triênio 1992-4, a cifra média era de 27%. No triênio 2000-2 cresceu 7,7 pontos percentuais para 34,7%. Por último, no triênio 2007-9, subiu mais 0,8 pontos percentuais, atingindo 35,5% (1).
O expressivo aumento da carga tributária esteve associado ao importante ajuste fiscal realizado entre o primeiro e o segundo períodos mencionados, beneficiando-se da redução da inflação a partir do Plano Real, o que possibilitou a elevação da receita tributária em termos reais. Até, então, a receita tributária era insuficiente para cobrir os gastos dos governos. Em 1994, o déficit primário (exclui o pagamento de juros sobre a dívida pública) alcançou cerca de 4% do PIB.
É fundamental, ao examinar as cifras da carga tributária não concluir que elas traduzem os gastos em bens e serviços dos governos, pois parte importante dos recursos fiscais arrecadados voltam para o setor privado sob a forma de juros da dívida pública, transferências, subsídios e incentivos. Daí a necessidade de deduzir da carga tributária bruta os valores dos referidos itens, para obter-se a cifra que corresponde aos gastos dos governos de consumo e investimento. O valor destes gastos corresponde quantitativamente a uma espécie de “carga tributária líquida”, ou seja, a parcela da receita que se destina efetivamente a financiar os gastos de consumo e de investimento do governo.
Cifras mencionadas em comentário do professor Ricardo Summa, em “Crítica Econômica” (2), mostram que no período 2004-6 a carga tributária líquida no Brasil era de apenas 11,6% do PIB, em média, com os recursos que retornam ao setor privado representando 20,7% do PIB, ou seja, 64.1% da carga bruta total. Descontados os 6,5% que representaram o pagamento de juros, a carga tributária baixaria de 32,3% para 25,8%. Comparações internacionais incluídas no mesmo texto, baseadas em dados da OCDE, mostram que o Brasil, em termos de carga tributária líquida, apresenta números inferiores a México, Espanha, Irlanda e Polônia. Cabe ter em conta que os dados mencionados no citado estudo mostram uma carga tributária para o Brasil um pouco inferior à mencionada em parágrafo anterior, mas que não deve alterar substancialmente a conclusão.
O que ocorreu no Brasil, por conseguinte, foi o aumento da parcela dos gastos governamentais cujos recursos retornam às famílias e as empresas, especialmente previdência e assistencial social e juros da dívida pública. Entre os triênios 2000-2 e 2007-9, o aumento da carga tributária foi de apenas 0,8 pontos percentuais.
Em síntese, a carga tributária bruta cresceu, mas a líquida não. A explicação para diferença entre as cargas bruta e líquida reside fundamentalmente em dois fatores: aumento do valor dos juros da dívida pública, recursos que retornam aos cofres dos credores privados, ou seja, em maior medida, as pessoas mais ricas; e aumento dos gastos de previdência e assistência social, especialmente com os trabalhadores rurais.
Em vários países desenvolvidos a carga tributária é atualmente superior a 40%: Suécia (48,9%); Noruega (44%); França (44,2%); Finlândia (43,5%); e Itália (42,5%). Muito embora caiba ter em conta que para o atual nível de renda capital do Brasil a carga tributária pareça elevada, é fundamental não deixar de considerar que a taxa de juros no Brasil é comparativamente muito mais alta. Nos 31 países da OCDE a cifra média que os governos pagam de juros representa apenas de 1,7% do PIB em comparação com os 6,5%, já mencionados, para o Brasil.
Tem sido frequente associar a alta carga tributária à perda de competitividade da produção nacional. É razoável admitir que assim seja, especialmente em relação às exportações industriais para outros países. É preciso ter em conta, entretanto, que o aumento da carga destinado a financiar a política social é fundamental para melhorar os níveis de educação e saúde no país, requisitos para o aumento da produtividade da mão de obra e da competitividade de nossos produtos no mercado internacional. .
Por fim existe o argumento de que o governo é menos eficiente do que o setor privado no uso dos recursos. Isto também faz sentido, mas somente na medida em que exista a possibilidade do setor privado substituir o governo na produção de determinados bens e serviços. Como é notório, há serviços que ao setor privado não interessa produzir, alguns dos quais porque são pouco rentáveis e outros porque são de uso difuso e não comercializáveis. É plenamente justificável, porém, defender o aumento da eficiência dos governos no uso dos recursos destinados ao consumo e ao investimento.
Certamente, há um limite superior para o aumento dá carga tributária, determinado pelo volume de lucro requerido para conformar uma taxa mínima de “rentabilidade esperada para o capital privado”, que seja aceita pelos capitalistas para prosseguirem investindo na ampliação da capacidade produtiva. A alta participação dos rendimentos da classe proprietária do Brasil na formação da renda permitem supor que ainda estamos distantes dessa situação limite. Se nossa taxa de investimento ainda está baixa há que procurar as causas no elevado consumo das classes proprietárias e nos altos ganhos nos mercados financeiros cujos recursos não retornam ao processo produtivo sob a forma de aumento da capacidade de produção.
Falta, ainda, um dado importante para a qualificação da carga tributária brasileira, ou seja, sua distribuição entre os tipos de contribuintes em função de sua renda, tema que os críticos mais ferozes de seu nível elevado, normalmente não mencionam. É possível constatar que o sistema tributário brasileiro grava mais fortemente os mais pobres sendo, portanto, bastante regressivo. Como é de conhecimento generalizado, os ricos pagam proporcionalmente muito pouco impostos.
A receita tributária no Brasil provém expressivamente de impostos indiretos, incidentes sobre o consumo das famílias (55% do total arrecadado em 2008). Segundo o Boston Consulting Group, no ano de 2007 apenas 2,7 % dos 220 mil milionários do Brasil apresentaram ao Imposto de Renda, renda tributável superior a R$ 1 milhão (3). Comenta-se, com razão, que no Brasil quem paga Imposto de Renda é funcionário público e pobre, pois não têm como sonegar.
Concluí-se, por conseguinte, que são poucas as verdades divulgadas sobre a elevada carga tributária no país e muitas as mentiras e mistificações. As campanhas que diariamente estão na mídia têm um propósito muito claro: diminuir os recursos que o governo destina a financiar sua política social.
Há campanhas, inclusive que podem ser consideradas ridículas como as que se baseiam na instalação nos grandes centros urbanos de medidores de impostos arrecadados, cujos mostradores em locais públicos apresentam cifras absolutas que nada significam de um ponto de vista analítico. O propósito claro dessas campanhas é explorar a ignorância da população e mobilizá-la contra o pagamento de impostos, não para beneficiá-la, mas para usar sua força política para manter o atual estado de coisas no qual os ricos, em verdade, pagam pouco imposto. Não seria exagerado dizer que quem mais reclama é quem menos paga.
O Brasil precisa realmente de uma reforma tributária: para simplificar a tributação e tornar sua cobrança mais eficiente, bem como para melhorar a alocação de recursos, mas principalmente para tornar a tributação menos injusta, porquanto concentrada nos segmentos mais pobres da população.
Reduzir a carga tributária, atualmente, significaria diminuir a capacidade do governo para atacar as desigualdades sociais e regionais, para o que os recursos ainda são muito escassos. É preciso sim, que o povo pressione para reduzir os juros da dívida pública e, por esse meio, sobrarem mais recursos para financiar a política social dos governos e os investimentos na infraestrutura econômica. O resto é conversa “furada” de contribuinte conservador e de ricaço que paga menos imposto do que deveria e de seus representantes na mídia e na política.
O país está cansado do discurso contraditório das organizações empresariais e dos políticos oportunistas que vivem cobrando a redução da carga tributária e, ao mesmo tempo, o aumento dos gastos do governo em investimento na infraestrutura econômica. É certo que precisamos investir mais em energia, transporte e capacitação tecnológica, mas a fonte dos recursos adicionais precisa vir da redução dos juros da dívida pública e não dos gastos sociais.
As comparações internacionais da carga tributária bruta no Brasil precisam levar em conta o papel que o Estado tem no atendimento de gastos sociais nas áreas de saúde, educação e previdência social. Nos Estados Unidos, por exemplo, a carga tributária bruta é da ordem de 28%, mas a saúde, a educação e a previdência são atividades privadas. É verdade que há países de baixo nível de renda que realmente têm cargas tributárias muitas baixas, mas que também têm a maioria de sua população sem acesso a educação, saúde e previdência.
Quanto à batalha que está sendo travada nos países mais desenvolvidos entre os defensores das políticas sociais e seus opositores, é preciso ter em conta que nada assegura que os primeiros serão derrotados. Na maioria desses países a distribuição da renda é muito menos concentrada do que no Brasil, que apenas recentemente vem adotando políticas em favor de redução das desigualdades sociais. O que ali se passa, não deveria servir de argumento para defender a redução de nossa carga tributária.
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Sobre imposto no Brasil eu não me preocupo muito com a solução, só quero que seja reduzido e que aplique melhor (e de preferencia não roubem). Agora se vao aumentar dos ricos ou apelar para a Lady Godiva pouco me importa. O fato é que do jeito que tá não dá.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
51% topam imposto para saúde
11:45, 15/10/2011 Paulo Moreira Leite
Há um dado relevante na reportagem de capa de Ricardo Mendonça publicada pela Época. A revista quis saber se os brasileiros concordariam em pagar um novo imposto para saúde. A resposta é sim.
Desde a posse do governo Dilma que se discute o assunto em Brasilia. Num país onde gastos do governo costumam ser associados apenas a desvios e a corrupção, como se não produzissem nada de útil para a sociedade, a derrota da idéia parecia uma barbada.
Recentemente, até a bancada do governo baixou a guarda e evitou debater o assunto quando a Câmara votou a emenda 29, que define gastos para saúde.
A resposta na pesquisa: 51% são a favor e 46% são contra.
O resultado é uma surpresa em parte. É verdade que a denuncia dos impostos altos e injustos mobilizou a classe média e tornou-se ponto de honra dos empresários. A discussão sobre carta tributária tem uma base na realidade: muitas pessoas efetivamente pagam impostos demais.
A malha de tributos é tão complexa de chega a ser irracional e cria entraves para o desenvolvimento.
Em função destes argumentos, muitas vezes justos, parecia que a população chegara a uma conclusão complicada: a de que não adianta aumentar as receitas da saúde pública porque o atendimento iria continuar ruim como sempre foi.
A pesquisa mostra que não é assim. Por uma margem de 63%, os brasileiros reclamam que a carga tributária é alta demais. Ao mesmo tempo, concordam em pagar mais — desde que seja para a saúde.
Quanto mais pobre o eleitor, maior seu apoio a idéia. São essas pessoas, na verdade, que mais utilizam o SUS. Enfrentam a falta de médicos, a demora para fazer exames complicados, o atendimento que nem sempre é educado. Conhecem os chamados problemas de gestão, gravíssimos, mas tem certeza de que também faltam recursos.
Antonio Lavareda, que dirigiu a pesquisa, disse a Epoca que este apoio do eleitor a um novo imposto reflete seu desalento. “O problema da saúde no Brasil é tão grande, mas tão grande, que as pessoas até topam pagar mais para o governo se for para resolvê-lo.”
Muitas pessoas consideram que, como os pobres são os que mais utilizam o sistema público de saúde, são aqueles que tem maior interesse em ver melhorias nos serviços. Tem lógica.
Tem lógica mas talvez não seja inteiramente correto.
Um novo imposto para saúde irá ajudar toda pessoa que decidir usar o serviço público de saúde, sem distinção de origem e classe social. Não é, portanto, uma espécie de egoísmo socialmente aceitável, já que se destinaria apenas aos menos favorecidos.
A pauperização da saúde pública empurrou a classe média para os planos privados, que funcionam e só podem funcionar pelas regras de ferro da economia de mercado: recolhem gordas mensalidades de quem pouco utiliza seus serviços, mas fecham as portas para o cidadão que já chegou naquela fase da vida em que todos precisam de atendimento regular e caro — e só representa prejuízos.
Muitos brasileiros de classe média que vivem com o orçamento apertado pagam pequenas fortunas mensais para planos de saúde que definem o atendimento de acordo com o talão de cheques do fregues. Criam dificuldade para aprovar exames sofisticados, controlam internações e pressionam médicos a reduzir custos — sem falar em honorarios ridiculamente baixos, que levaram a categoria a realizar até greves nas últimas semanas.
A discussão de um novo imposto para saúde não implica em reforçar o caixa do SUS com bons trocados a mais. Envolve um esforço para resolver problemas de gestão, para ampliar o conceito de quem deve ser atendido. Essa é a discussão.
-----------------------------------------------------------------------------------
A população demonstra mais uma vez,ser mais consciente da "realidade" e mais republicana,do que os próprios senadores da UDN que eliminaram a Cpmf,para criar dificuldades por puro revanchismo demagógico ao governo Lula da Silva de então,trataram a questão como uma espécie de "troco mesquinho" as diversas atitudes também revanchistas e demagógicas do PT quando na oposição.
Enquanto os políticos se espicaçam,quem perde sempre é o cidadão comum.
Falta agora fazerem uma pesquisa para identificar qual extrato social mais se queixa da "Bolsa esmola",a qual costumam chamar de industria de vagabundos.
Sem pesquisa nenhuma,arrisco dizer que são justamente os que dão gordas gorjetas em dólares aos manobristas e quetales quando estão em suas casas e aptos de Miami passando o wekend.
SDS.
11:45, 15/10/2011 Paulo Moreira Leite
Há um dado relevante na reportagem de capa de Ricardo Mendonça publicada pela Época. A revista quis saber se os brasileiros concordariam em pagar um novo imposto para saúde. A resposta é sim.
Desde a posse do governo Dilma que se discute o assunto em Brasilia. Num país onde gastos do governo costumam ser associados apenas a desvios e a corrupção, como se não produzissem nada de útil para a sociedade, a derrota da idéia parecia uma barbada.
Recentemente, até a bancada do governo baixou a guarda e evitou debater o assunto quando a Câmara votou a emenda 29, que define gastos para saúde.
A resposta na pesquisa: 51% são a favor e 46% são contra.
O resultado é uma surpresa em parte. É verdade que a denuncia dos impostos altos e injustos mobilizou a classe média e tornou-se ponto de honra dos empresários. A discussão sobre carta tributária tem uma base na realidade: muitas pessoas efetivamente pagam impostos demais.
A malha de tributos é tão complexa de chega a ser irracional e cria entraves para o desenvolvimento.
Em função destes argumentos, muitas vezes justos, parecia que a população chegara a uma conclusão complicada: a de que não adianta aumentar as receitas da saúde pública porque o atendimento iria continuar ruim como sempre foi.
A pesquisa mostra que não é assim. Por uma margem de 63%, os brasileiros reclamam que a carga tributária é alta demais. Ao mesmo tempo, concordam em pagar mais — desde que seja para a saúde.
Quanto mais pobre o eleitor, maior seu apoio a idéia. São essas pessoas, na verdade, que mais utilizam o SUS. Enfrentam a falta de médicos, a demora para fazer exames complicados, o atendimento que nem sempre é educado. Conhecem os chamados problemas de gestão, gravíssimos, mas tem certeza de que também faltam recursos.
Antonio Lavareda, que dirigiu a pesquisa, disse a Epoca que este apoio do eleitor a um novo imposto reflete seu desalento. “O problema da saúde no Brasil é tão grande, mas tão grande, que as pessoas até topam pagar mais para o governo se for para resolvê-lo.”
Muitas pessoas consideram que, como os pobres são os que mais utilizam o sistema público de saúde, são aqueles que tem maior interesse em ver melhorias nos serviços. Tem lógica.
Tem lógica mas talvez não seja inteiramente correto.
Um novo imposto para saúde irá ajudar toda pessoa que decidir usar o serviço público de saúde, sem distinção de origem e classe social. Não é, portanto, uma espécie de egoísmo socialmente aceitável, já que se destinaria apenas aos menos favorecidos.
A pauperização da saúde pública empurrou a classe média para os planos privados, que funcionam e só podem funcionar pelas regras de ferro da economia de mercado: recolhem gordas mensalidades de quem pouco utiliza seus serviços, mas fecham as portas para o cidadão que já chegou naquela fase da vida em que todos precisam de atendimento regular e caro — e só representa prejuízos.
Muitos brasileiros de classe média que vivem com o orçamento apertado pagam pequenas fortunas mensais para planos de saúde que definem o atendimento de acordo com o talão de cheques do fregues. Criam dificuldade para aprovar exames sofisticados, controlam internações e pressionam médicos a reduzir custos — sem falar em honorarios ridiculamente baixos, que levaram a categoria a realizar até greves nas últimas semanas.
A discussão de um novo imposto para saúde não implica em reforçar o caixa do SUS com bons trocados a mais. Envolve um esforço para resolver problemas de gestão, para ampliar o conceito de quem deve ser atendido. Essa é a discussão.
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A população demonstra mais uma vez,ser mais consciente da "realidade" e mais republicana,do que os próprios senadores da UDN que eliminaram a Cpmf,para criar dificuldades por puro revanchismo demagógico ao governo Lula da Silva de então,trataram a questão como uma espécie de "troco mesquinho" as diversas atitudes também revanchistas e demagógicas do PT quando na oposição.
Enquanto os políticos se espicaçam,quem perde sempre é o cidadão comum.
Falta agora fazerem uma pesquisa para identificar qual extrato social mais se queixa da "Bolsa esmola",a qual costumam chamar de industria de vagabundos.
Sem pesquisa nenhuma,arrisco dizer que são justamente os que dão gordas gorjetas em dólares aos manobristas e quetales quando estão em suas casas e aptos de Miami passando o wekend.
SDS.
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Eu acho a carga tributária no Brasil grande sim, mas isso se resolve com uma reforma que ninguém quer fazer (nem União, nem Estados, nem Municípios), pois ninguém quer sair perdendo... Portanto, posto abaixo:
Só para constar: Saiu um estudo em que aponta o Brasil como o 31º entre os países com maior carga tributária do mundo. A carga de impostos com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com dados da organização conservadora 'The Heritage Foundation'. Reparem quantos europeus encabeçam a lista antes de nós.
1 - Lesotho
2 - Denmark
3 - Sweden
4 - Belgium
5 - France
6 - Finland
7 - Italy
8 - Austria
9 - Norway
10 - Cuba
11 - Germany
12 - Hungary
13 - Iceland
14 - Netherlands, The
15 - United States
16 - Cyprus
17 - Kiribati
18 - United Kingdom
19 - Portugal
20 - Ukraine
21 - Slovenia
22 - Bosnia and Herzegovina
23 - Luxembourg
24 - Serbia
25 - Czech Republic
26 - Malta
27 - Swaziland
28 - Greece
29 - Poland
30 - New Zealand
31 - Brazil
Aqui, a lista completa:
Obs.: Aos patrulheiros de plantão, não estou justificando nada. Apenas mostrando os fatos que aqui no Brasil se distorce para criticar os governos (no plural, porque todos são responsáveis pela cobrança de impostos, ok?).
Só para constar 2: Concordo com o Bender.
[]'s a todos.
Só para constar: Saiu um estudo em que aponta o Brasil como o 31º entre os países com maior carga tributária do mundo. A carga de impostos com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com dados da organização conservadora 'The Heritage Foundation'. Reparem quantos europeus encabeçam a lista antes de nós.
1 - Lesotho
2 - Denmark
3 - Sweden
4 - Belgium
5 - France
6 - Finland
7 - Italy
8 - Austria
9 - Norway
10 - Cuba
11 - Germany
12 - Hungary
13 - Iceland
14 - Netherlands, The
15 - United States
16 - Cyprus
17 - Kiribati
18 - United Kingdom
19 - Portugal
20 - Ukraine
21 - Slovenia
22 - Bosnia and Herzegovina
23 - Luxembourg
24 - Serbia
25 - Czech Republic
26 - Malta
27 - Swaziland
28 - Greece
29 - Poland
30 - New Zealand
31 - Brazil
Aqui, a lista completa:
Obs.: Aos patrulheiros de plantão, não estou justificando nada. Apenas mostrando os fatos que aqui no Brasil se distorce para criticar os governos (no plural, porque todos são responsáveis pela cobrança de impostos, ok?).
Só para constar 2: Concordo com o Bender.
[]'s a todos.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
A CPMF caiu porque era um excelente instrumento investigatório sobre o destino de muita grana no Brasil.
Eu pagaria sim uns 0,1~0,05% de CPMF se for prá ver essa cambada sonegadora se ferrar.
O dinheiro não me faria nem mais rico nem mais pobre, mas para grande sonegadores, aqueles dos milhões e milhões mensais, esses sim, teriam muito mais dificuldade de manobrar prá esco0nder seus lucros e dinheiros escusos.
Eu pagaria sim uns 0,1~0,05% de CPMF se for prá ver essa cambada sonegadora se ferrar.
O dinheiro não me faria nem mais rico nem mais pobre, mas para grande sonegadores, aqueles dos milhões e milhões mensais, esses sim, teriam muito mais dificuldade de manobrar prá esco0nder seus lucros e dinheiros escusos.
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Delta véio ,como o texto diz: 63% consideram a carga tributária alta,mas é exatamente o financiamento da dívida pública que mais pressiona a ânsia tributadora,portanto a questão do tamanho A,B ou C do estado brasileiro e seu custeio passa a ser somente um apêndice de inenficiência,má gestão,compadrio e roubalheira principalmente nos MUNICIPIOS!!!! Atentem para este ralo do dinheiro da nação tão pouco considerado.
Urge abaixar juros a níveis decentes desonerando o financiamento da dívida,continuar com uma política fiscal séria,pois serão estes fatores que abrirão o caminho futuro para que a carga tributária diminua,mas não se pode esquecer o que o principal tributo federal que ,que é o IR é responsável somente por 28% da arrecadação global do estado brasileiro,coisa que o impostômetro do Afif não conta,não conta também qual a participação dos ICMS estaduais,que no caso de São Paulo é responsável por mandar para união mais de 200 bilhões,some-se Iptus,iSSs e e os federais que oneram a produção e o trabalho e realmente dá dor nos cornos.
Carlos,o que voce faz é mostrar a ferida e enfiar a faca enferujada nela,muito esquema,(Daslu por ex.!) foi "pescado" via Cpmf,mas não é só isso,nenhuma campanha política no Brasil onde os caixas 2 comem soltos podem ser executados com tranquilidade com a existência deste tributo que eu considero o mais cidadão.
O mensalão é o melhor exemplo mas não é o unico,isso aconteceu em Minas com o PSDB e recentemente em São Paulo,onde "um guerreiro" foi deixado abandonado na estrada como se fosse um desconhecido.
O financiamento de campanha público por mais exdrúxula que pareça a idéia,é por enquanto uma saída aparente,o PSDB precisa explicar mais claramente por que discorda dele e da Cpmf(Que foi criada para Saúde pelo Dr. Jatene!) também da qual o então ministro da fazenda desviou e fez mau uso por sinal.
Abraços!
Urge abaixar juros a níveis decentes desonerando o financiamento da dívida,continuar com uma política fiscal séria,pois serão estes fatores que abrirão o caminho futuro para que a carga tributária diminua,mas não se pode esquecer o que o principal tributo federal que ,que é o IR é responsável somente por 28% da arrecadação global do estado brasileiro,coisa que o impostômetro do Afif não conta,não conta também qual a participação dos ICMS estaduais,que no caso de São Paulo é responsável por mandar para união mais de 200 bilhões,some-se Iptus,iSSs e e os federais que oneram a produção e o trabalho e realmente dá dor nos cornos.
Carlos,o que voce faz é mostrar a ferida e enfiar a faca enferujada nela,muito esquema,(Daslu por ex.!) foi "pescado" via Cpmf,mas não é só isso,nenhuma campanha política no Brasil onde os caixas 2 comem soltos podem ser executados com tranquilidade com a existência deste tributo que eu considero o mais cidadão.
O mensalão é o melhor exemplo mas não é o unico,isso aconteceu em Minas com o PSDB e recentemente em São Paulo,onde "um guerreiro" foi deixado abandonado na estrada como se fosse um desconhecido.
O financiamento de campanha público por mais exdrúxula que pareça a idéia,é por enquanto uma saída aparente,o PSDB precisa explicar mais claramente por que discorda dele e da Cpmf(Que foi criada para Saúde pelo Dr. Jatene!) também da qual o então ministro da fazenda desviou e fez mau uso por sinal.
Abraços!
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Exato!Carlos,o que voce faz é mostrar a ferida e enfiar a faca enferujada nela,muito esquema,(Daslu por ex.!) foi "pescado" via Cpmf,mas não é só isso,nenhuma campanha política no Brasil onde os caixas 2 comem soltos podem ser executados com tranquilidade com a existência deste tributo que eu considero o mais cidadão.
O mensalão é o melhor exemplo mas não é o unico,isso aconteceu em Minas com o PSDB e recentemente em São Paulo,onde "um guerreiro" foi deixado abandonado na estrada como se fosse um desconhecido.
E os bobos embarcam na conversa fiada, mesmo sendo phudidos e não terem ganho nada com o fim da CPMF.
Eu pelo menos nunca vi nada baixar de preço devido ao fim da CPMF.
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Concordo plenamente (tando ao trecho dirigido à mim quanto ao CM)!Bender escreveu:Delta véio ,como o texto diz: 63% consideram a carga tributária alta,mas é exatamente o financiamento da dívida pública que mais pressiona a ânsia tributadora,portanto a questão do tamanho A,B ou C do estado brasileiro e seu custeio passa a ser somente um apêndice de inenficiência,má gestão,compadrio e roubalheira principalmente nos MUNICIPIOS!!!! Atentem para este ralo do dinheiro da nação tão pouco considerado.
Urge abaixar juros a níveis decentes desonerando o financiamento da dívida,continuar com uma política fiscal séria,pois serão estes fatores que abrirão o caminho futuro para que a carga tributária diminua,mas não se pode esquecer o que o principal tributo federal que ,que é o IR é responsável somente por 28% da arrecadação global do estado brasileiro,coisa que o impostômetro do Afif não conta,não conta também qual a participação dos ICMS estaduais,que no caso de São Paulo é responsável por mandar para união mais de 200 bilhões,some-se Iptus,iSSs e e os federais que oneram a produção e o trabalho e realmente dá dor nos cornos.
Carlos,o que voce faz é mostrar a ferida e enfiar a faca enferujada nela,muito esquema,(Daslu por ex.!) foi "pescado" via Cpmf,mas não é só isso,nenhuma campanha política no Brasil onde os caixas 2 comem soltos podem ser executados com tranquilidade com a existência deste tributo que eu considero o mais cidadão.
O mensalão é o melhor exemplo mas não é o unico,isso aconteceu em Minas com o PSDB e recentemente em São Paulo,onde "um guerreiro" foi deixado abandonado na estrada como se fosse um desconhecido.
O financiamento de campanha público por mais exdrúxula que pareça a idéia,é por enquanto uma saída aparente,o PSDB precisa explicar mais claramente por que discorda dele e da Cpmf(Que foi criada para Saúde pelo Dr. Jatene!) também da qual o então ministro da fazenda desviou e fez mau uso por sinal.
Abraços!
O ato do brasileiro cidadão, consciente, não é ficar choramingando via internet por "preçojusto", xingando governos, etc. O ato correto é exigir uma reforma tributária que torne a arrecadação equilibrada, não punindo quem já é punido historicamente por aqui, ou seja, os mais pobres (e que proporcionalmente, como é óbvio, paga mais impostos!) e tornar possível a fiscalização tanto quando arrecada, quanto onde gasta por todos. País sem impostos não existe, mas racionalizá-los é possível.
[]'s.
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Realmente, é uma visão clara, realista e ponderada do Bender.
- Matheus
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Concordo, se vc movimentar 5 mil reais por mês. 0,1% vai dar 5 reais....troco de pinga comparado aos mais de 1000 que vai pagar de imposto de renda.Carlos Mathias escreveu:A CPMF caiu porque era um excelente instrumento investigatório sobre o destino de muita grana no Brasil.
Eu pagaria sim uns 0,1~0,05% de CPMF se for prá ver essa cambada sonegadora se ferrar.
O dinheiro não me faria nem mais rico nem mais pobre, mas para grande sonegadores, aqueles dos milhões e milhões mensais, esses sim, teriam muito mais dificuldade de manobrar prá esco0nder seus lucros e dinheiros escusos.
- LeandroGCard
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
X100!DELTA22 escreveu:Concordo plenamente (tando ao trecho dirigido à mim quanto ao CM)!Bender escreveu:Delta véio ,como o texto diz: 63% consideram a carga tributária alta,mas é exatamente o financiamento da dívida pública que mais pressiona a ânsia tributadora,portanto a questão do tamanho A,B ou C do estado brasileiro e seu custeio passa a ser somente um apêndice de inenficiência,má gestão,compadrio e roubalheira principalmente nos MUNICIPIOS!!!! Atentem para este ralo do dinheiro da nação tão pouco considerado.
Urge abaixar juros a níveis decentes desonerando o financiamento da dívida,continuar com uma política fiscal séria,pois serão estes fatores que abrirão o caminho futuro para que a carga tributária diminua,mas não se pode esquecer o que o principal tributo federal que ,que é o IR é responsável somente por 28% da arrecadação global do estado brasileiro,coisa que o impostômetro do Afif não conta,não conta também qual a participação dos ICMS estaduais,que no caso de São Paulo é responsável por mandar para união mais de 200 bilhões,some-se Iptus,iSSs e e os federais que oneram a produção e o trabalho e realmente dá dor nos cornos.
Carlos,o que voce faz é mostrar a ferida e enfiar a faca enferujada nela,muito esquema,(Daslu por ex.!) foi "pescado" via Cpmf,mas não é só isso,nenhuma campanha política no Brasil onde os caixas 2 comem soltos podem ser executados com tranquilidade com a existência deste tributo que eu considero o mais cidadão.
O mensalão é o melhor exemplo mas não é o unico,isso aconteceu em Minas com o PSDB e recentemente em São Paulo,onde "um guerreiro" foi deixado abandonado na estrada como se fosse um desconhecido.
O financiamento de campanha público por mais exdrúxula que pareça a idéia,é por enquanto uma saída aparente,o PSDB precisa explicar mais claramente por que discorda dele e da Cpmf(Que foi criada para Saúde pelo Dr. Jatene!) também da qual o então ministro da fazenda desviou e fez mau uso por sinal.
Abraços!
O ato do brasileiro cidadão, consciente, não é ficar choramingando via internet por "preçojusto", xingando governos, etc. O ato correto é exigir uma reforma tributária que torne a arrecadação equilibrada, não punindo quem já é punido historicamente por aqui, ou seja, os mais pobres (e que proporcionalmente, como é óbvio, paga mais impostos!) e tornar possível a fiscalização tanto quando arrecada, quanto onde gasta por todos. País sem impostos não existe, mas racionalizá-los é possível.
Tomara que esta visão se torne disseminada na sociedade brasileira. Hoje ela é excessão, infelizmente.
Leandro G. Card
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Estou lhe passando o e-mail da minha patroa via mp,para voce encaminhar este comentário seu a ela GustavoGustavoB escreveu:Realmente, é uma visão clara, realista e ponderada do Bender.
Abraços!
- faterra
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Problemas com patrulhamentos no lar, Bender?
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Santo de casa não faz milagre!faterra escreveu:
Problemas com patrulhamentos no lar, Bender?
SDS.
- delmar
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Apenas gostaria de fazer algumas considerações, pessoais, sobre um possível retorno da falecida CPMF. Primeiro acho também que foi um erro a supressão deste imposto,já que servia para acompanhar a movimentação financeira das pessoas e empresas, como foi dito. Agora não tenham a ilusão de que ele voltando vão aumentar os recursos destinados à saúde, acreditando que o valor arrecadado será somado às verbas hoje já destinadas ao setor. Não é assim que funciona, com a entrada das verbas do novo imposto o governo irá diminuir os seus repasses do caixa quase na mesma proporção. É este o sistema que funciona aqui no Brasil e existia antes do fim da CPMF.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.