Força Aérea Russa / Russian Air Force RuAF (Noticias,Fotos,Videos,armamento... Passado e Futuro)

[Suetham]

Qual a "matemágica" desses 200 caças? Regra de três com o PIB?

Países com mais de 200 caças:

1) Você detém armas nucleares e seus vizinhos também (Índia, Paquistão, China).
2) Você tem um histórico de ameaças e conflitos diretos com seus vizinhos, e há armas nucleares na conversa, suas ou dos outros (Japão, Taiwan, Coréia do Sul, Egito, Israel).
3) Você está na OTAN E tem armas nucleares (França, Inglaterra).
4) Você é OTAN, não tem armas nucleares, mas dá abrigo a nukes alheias, tem vizinhos nucleares e tretas com alguns outros (Turquia).

Não nos encaixamos em nada disso. Então vamos procurar exemplos de quem também não tem nada disso:

- Austrália: Territorialmente semelhante ao Brasil, inclusive tem uma extensão litorânea maior, e ainda tem a China cheirando o cangote. Possui 100 caças, entre F-35 e F/A-18.
- África do Sul: Menos de 30 caças.
- Suécia: Vamos desconsiderar que acabou de entrar na OTAN e tem a Rússia como vizinha. Tem cerca de 100 caças.
- Méxcio: PIB, população, zona costeira, compatível com a nossa. Praticamente não tem defesa aérea alguma.

Então, a não ser que apareça no horizonte alguma das situações 1 a 4 listadas acima, não tem cabimento falar em 200 caças e, na verdade, nem nada próximo disso.

Já estamos com o nosso penoso processo do F-39, que se arrasta física, temporal e financeiramente; seria de grande valia o ajuste do contrato para um novo lote, e estará encerrado nosso potencial de médio prazo (10 anos) para adquirir caças novos. Ou seja, 72 aeronaves no mais perfeito dos cenários.

A métrica é população e dimensão territorial. A Espanha que é um país muito mais pequeno quase que chega aos 180 caças, se somarmos os da Força Aérea e Marinha.

Que absurdo é esse?

Nenhuma FA faz um planejamento utilizando como base, o tamanho de sua fronteira e sua população. Mesmo que isso fosse verdadeiro, isso apenas tornaria a situação da FAP tão pior quanto o Brasil (vs Espanha) se comparável, por exemplo, a IAF (Israel), um país com um território mais de 4x menor e uma população semelhante, mas com 10x mais caças.

[FCarvalho]

No dia que o Brasil comprar um caça que não seja ocidental, a Suécia no mesmo dia cancela todo o contrato do Gripen E\F, ou será pressionada a fazê-lo por seus "amigos" da OTAN.

Os Egípcios têm caças Norte-Americanos, Chineses, Franceses e Russos, alguém sabe de algum cancelamento/sanção?
Vocês não ter tal opção porque o governo brasileiro não quer sequer reforçar o contrato inicial dos Gripen E/F e qualquer número de caças abaixo dos 200 para um país com a dimensão do Brasil é ridícula. O governo brasileiro já devia ter assinado um segundo contrato para mais 36 caças!

O Egito é um ator importante no oriente médio para as potências ocidentais e orientais. É um TO quente há décadas, e sustentar a estabilidade política, econômica e militar do Egito é carta marcada para todos os interessados.
Já o Brasil, é um país periférico, em uma região igualmente periférica e sem importância alguma no quadro geopolítico e estratégico internacional, a não ser pelas commodities exportadas, e que ninguém em sã consciência no nosso mundinho ocidental que ver ser maior e melhor que isso. Afinal, concorrência só é boa para os consumidores, nunca para os empresários.

E concordo que 200 caças seria algo do tamanho dos desafios que temos aqui em termos geográficos, mas, do ponto de vista militar, não há qualquer razão concreta para termos nada além de 36 Gripen E\F na visão da politicalha local e seus eleitores tupiniquins. E mesmo estes 36 são constantemente objeto de questionamentos dia sim, dia não por aqui há mais de 10 anos, desde a assinatura do contrato.

Se o governo de plantão já não tem a mínima disposição em relação a míseras três dúzias de caças, assim como todos os anteriores, os próximos também não terão. E ninguém se importa com isso por aqui. Mas se o GTE falhar...

[Túlio]

O Egito teve problema sim com a compra do F-35, tanto que estes foram revendidos agora para o Irã, quanto a 200 caças no Brasil, isso é difícil, temos um problema de auto-sabotagem terrível.

O Egipto nunca teve F-35 e muito menos tem o Irão (que até foi recentemente foi atacado pelos F-35 isarelitas).

Agora sim: o único jeito de o Irão ter F-35 é se algum cair lá!

[cabeça de martelo]

O Egipto nunca teve F-35 e muito menos tem o Irão (que até foi recentemente foi atacado pelos F-35 isarelitas).

Informação corrigida, é SU-35!

No entanto têm MIG-29.

[J.Ricardo]

Informação corrigida, é SU-35!

No entanto têm MIG-29.

Sim, até os EUA dizerem chega e ameaçarem com punições, daí a lojinha do Yuri teve que fechar a caderneta.

[FCarvalho]

Se minha memória não me trai, ele compraram cerca de 50 desta versão do Mig-29, que é algo pouco mais avançado que a versão original, com alguns sistemas a mais, a troca de outros antigos, novo radar, melhorias na aerodinâmica e estabilidade de voo, maior alcance e uma versão aperfeiçoada das turbinas RD-33. Nada que os F-16I israelenses não deem conta.

Agora, se fosse para enfrentar Mig-35 e Su-35, os israelenses teriam que pensar mais um pouco, e ter cautela, já que os egípcios também possuem AEW&C modernizados. E os R-74 e R77M devem ser levado a sério. Isso se não viessem com R-37M também.

[Viktor Reznov]

A métrica é população e dimensão territorial. A Espanha que é um país muito mais pequeno quase que chega aos 180 caças, se somarmos os da Força Aérea e Marinha.

Que absurdo é esse?

Nenhuma FA faz um planejamento utilizando como base, o tamanho de sua fronteira e sua população. Mesmo que isso fosse verdadeiro, isso apenas tornaria a situação da FAP tão pior quanto o Brasil (vs Espanha) se comparável, por exemplo, a IAF (Israel), um país com um território mais de 4x menor e uma população semelhante, mas com 10x mais caças.

Eu concordo com o Cabeça de Martelo. Um país com a dimensões territoriais do Brasil, com os recursos naturais que nós temos, com um vizinho politicamente instável e beligerante como a Venezuela e sofrendo a cobiça da França contra nossa região Amazônica, realmente precisamos aí de quase umas duas centenas de caças pra termos a capacidade de acabarmos quase que imediatamente com quaisquer guerras que se formarem perto das nossas fronteiras e se espalharem pro nosso país, inclusive fronteira marítima.

[FCarvalho]

Sem um senso concreto de ameaça, por parte da população e da politicalha local, jamais admitiremos investimentos além do mínimo básico necessário para manter esse eterno fake de Defesa Nacional que sempre houve por aqui. E qualquer centavo a mais que se coloque na área, e que não tiver duplo emprego, ou seja, leva tropa, mas também apaga incêndio, salva indigente na periferia, leva índios, missionários, ecologistas, deputados, senadores e burocratas do governo para passear, e até a sogra do ministro ao cabeleleiro, será sempre considerado desperdício de dinheiro público.

Duas guerras mundiais bem na nossa fuça, e o país só acordou depois de o governo de plantão se ver em posição desconfortável em relação ao seu Ibope junto ao populacho e obrigado a fazer o que não quer. Nada mais.

Não mudamos antes, não vamos mudar agora, e nem vamos mudar depois. Defesa no Brasil é igual manutenção, só se sente falta ou que existe quando alguma coisa quebra de verdade. E até que isso nos aconteça, tem carnaval, festa junina, natal, ano novo, festa do peão, a cervejinha com os amigos, shopping de Domingo, a praia no sábado, levar a molecada para passear no parquinho, etc, etc, etc...

[J.Ricardo]

O povo é alheio a assuntos como esse, até em países mais presentes em conflitos esses investimentos tem muita oposição por parte da população, por isso é assunto de estado, nosso problema é o de sempre, votamos mal, votamos em gente que vê a vida publica como meio de enriquecimento e que esta se ferrando pra tudo que seja assunto de estado e a visão de futuro vai até o amanhã de manhã, no fim, vamos ser pegos de calças arriadas novamente em caso de necessidade.

[FCarvalho]

O povo é alheio a assuntos como esse, até em países mais presentes em conflitos esses investimentos tem muita oposição por parte da população, por isso é assunto de estado, nosso problema é o de sempre, votamos mal, votamos em gente que vê a vida publica como meio de enriquecimento e que esta se ferrando pra tudo que seja assunto de estado e a visão de futuro vai até o amanhã de manhã, no fim, vamos ser pegos de calças arriadas novamente em caso de necessidade.

É assim desde 1822. E sempre vai ser.
Deixa o cabaré pegar fogo então.

[Suetham]

Que absurdo é esse?

Nenhuma FA faz um planejamento utilizando como base, o tamanho de sua fronteira e sua população. Mesmo que isso fosse verdadeiro, isso apenas tornaria a situação da FAP tão pior quanto o Brasil (vs Espanha) se comparável, por exemplo, a IAF (Israel), um país com um território mais de 4x menor e uma população semelhante, mas com 10x mais caças.

Eu concordo com o Cabeça de Martelo. Um país com a dimensões territoriais do Brasil, com os recursos naturais que nós temos, com um vizinho politicamente instável e beligerante como a Venezuela e sofrendo a cobiça da França contra nossa região Amazônica, realmente precisamos aí de quase umas duas centenas de caças pra termos a capacidade de acabarmos quase que imediatamente com quaisquer guerras que se formarem perto das nossas fronteiras e se espalharem pro nosso país, inclusive fronteira marítima.

O ponto em questão não é a estrutura de força da FAB que é inadequado para o dado presente e futuro, mas a métrica utilizado como população e território que não são parâmetros pra isso. Faça as contas de quantos caças precisaremos usando como parâmetro, o país que ele acha adequado como modelo, comparado a Espanha, de acordo com tal métrica, o Brasil deveria ter entre 750 (população) a +3.000 caças (território).

A geografia e o território é um fator que determina a composição de força baseado na ameaça na fronteira.

São vários fatores que determinam a composição de força, incluindo objetivos estratégicos, avaliações de ameaças, restrições orçamentárias e requisitos operacionais.

1. Objetivos estratégicos
Estratégia de Defesa Nacional: As nações definem suas prioridades de defesa e objetivos estratégicos, que orientam o número e o tipo de aeronaves necessárias.
Alianças e tratados: compromissos com aliados (por exemplo, obrigações da OTAN) podem influenciar as capacidades e os números necessários.

2. Avaliação de ameaças
Cenário geopolítico: a análise de potenciais adversários e suas capacidades ajuda a determinar o tamanho e a composição da força necessária.
Conflitos históricos: conflitos passados ​​e ameaças atuais informam a necessidade de tipos específicos de aeronaves.

3. Requisitos operacionais
Tipos de missão: diferentes missões (superioridade aérea, ataque terrestre, reconhecimento) exigem diferentes tipos e números de jatos.
Estrutura da Força: A estrutura geral da força aérea, incluindo suporte e logística, impacta quantos caças de linha de frente são necessários.

4. Restrições orçamentárias
Disponibilidade de financiamento: as limitações orçamentárias desempenham um papel crucial na determinação de quantos caças podem ser adquiridos e mantidos.
Custo de aquisição e manutenção: os custos totais do ciclo de vida da aeronave, incluindo treinamento e suporte, influenciam as decisões.

5. Avanços tecnológicos
Capacidades de novas aeronaves: caças modernos podem ter capacidades avançadas (por exemplo, furtividade, alcance, armamentos) que podem reduzir o número necessário.
Integração com outras forças: a capacidade dos caças de operar junto com drones, mísseis e outros sistemas pode alterar os requisitos de quantidade.

6. Logística e Suporte
Manutenção e treinamento: consideração de quantos caças podem ser efetivamente suportados e mantidos, incluindo treinamento de pilotos e disponibilidade de peças de reposição.
Estratégias de Implantação: A capacidade de implantar e sustentar forças em vários cenários afeta o número necessário.

7. Dados históricos e análise
Modelos de Planejamento de Força: Uso de dados históricos e modelos de simulação para estimar o número de aeronaves necessárias para enfrentar potenciais cenários de conflito.

O contexto único de cada nação levará a diferentes requisitos e números.

[FCarvalho]

@Suetham, se olharmos para nosso histórico militar, veremos que o país jamais atribuiu qualquer importância do ponto de vista do planejamento público, e de políticas de Estado, a qualquer dos itens muito bem mencionados por ti.

A nossa PND, END e o tal Livro Branco da Defesa - e o próprio Ministério da Defesa - são mera carta para inglês ver, e o país é literalmente míope, senão cego, pobre, burro e longe, em relação a quaisquer debates ou reflexão sobre o tema Defesa Nacional, sempre e tão mais restrito aos círculos castrenses do país.

E mesmo no meu mundinho acadêmico, tais discussões são vistas geralmente como mera retórica, e elemento discursivo de quem "não tem nada melhor para fazer", e sempre tidas como uma ameaça ao país, em virtude da figura do eterno "inimigo interno", sempre uma sombra pairando sob todos os planos de defesa do país, dada a limitada e retrógrada visão dos militares.

Em termos de força aérea, se levássemos a sério o tema, seria no mínimo plausível discutir números como as 200 unidades de caças ao país, visto que temos fronteiras com 10 países, além de um litoral com mais de 7 mil km para dar conta, e outros 5,7 milhões de km das AJB cujo espaço aéreo não temos nenhum controle, como reza a doutrina da FAB. Nem pensar capacidades reais de defesa e\ou vigilância. Essas são as métrica da FAB hoje para pensar a defesa aérea do país.

Mas antes que alguém diga que nossos vizinhos não são ameaça real para nós, é bom lembrar novamente que Defesa é política de Estado, e não de governos, já que estes passam, sendo temporários em sua natureza, e portanto, a quantidade de caças deve ser vista em termos de décadas e não de eleições. Mas isto nunca foi, e não será feito no Brasil com a visão que (não) se tem de geopolítica, estratégia e RI, subordinadas já há um bom tempo à visões distorcidas de mundo e história, perdidas em meio a niilismos ideológicos de partes a partes.

A meu ver, como já dispus nos tópicos pertinentes, com apenas os esquadrões que temos, tivemos, e podemos ter, somos plenamente capazes de apor números próximos, senão, pouco superiores aos 200 caças citos pelo Cabeça de Martelo. Mas isto só será possível quando, e se, um dia Defesa for vista como um ativo concreto do planejamento público, olhando lá em 2050 e adiante. Mais importante, sociedade e políticos tiverem de forma clara e inequívoca a exata noção de que Defesa não é um gasto desnecessário e não condizente com a realidade social e econômica do país, que sempre pode ficar para depois, ou ser varrida para debaixo do tapete, até quando suspeitarmos que seja de fato necessária.

Podemos dizer que 36 caças é suficiente para o Brasil hoje. Mas, em 2040 ou 2070 eles serão? Eis a questão. No momento estamos limitados ao que os políticos e sociedade terão um brevíssimo vislumbre do assunto em 2026; menos por causa do tema em si, do que pelo oportunismo da exploração eleitoral do mesmo. E muito provavelmente vamos continuar nestas mesmas 36 unidade nos próximo(s) governo(s), ou décadas, se preferir.

[FCarvalho]

[FCarvalho]

Um tipo de vetor que cedo ou tarde vamos ter que admitir nos faz falta por aqui.
E desenvolver um modelo do tipo não é um problema incontornável para a BIDS e Embraer.

[Brasileiro]

Um tipo de vetor que cedo ou tarde vamos ter que admitir nos faz falta por aqui.
E desenvolver um modelo do tipo não é um problema incontornável para a BIDS e Embraer.

É basicamente o que já é feito com o R-99. Só não tem, obviamente, a mesma capacidade ELINT e SIGINT do Tu-214R. Mas para vigilância, reconhecimento e aquisição de alvos terrestres, é uma coisa sem par no hemisfério. Só agora que a Austrália está adquirindo 4 Gulfstram MC-55A.

Mas poderia ser complementado. Em algum momento do futuro, uma aquisição pontual poderia ser feita, com base no E-190, com mais espaço para outros sensores.