Bourne escreveu:Creio ainda não existir dados sobre custo de aquisição e manutenção para afirmar que A é mais caro que B. E dificilmente nós civis saberemos com precisão a estrutura de custos da operação de uma PAs.
Além do que o projeto adequado (tecnicamente para a marinha e benefícios a estrutura industrial) podem não ser o mais barato. Assim a questão de custos é deslocada para segundo plano. Principalmente se a diferença toda for baixa. Julgando que a diferença de custos desses dois citados não deve ser de um navio da classe Nimitz para outro como CdG.
Se tiver vontade política manda construir três PAs de mais de 100 mil toneladas com 60 caças cada. Já que as 30 e poucas unidades de caças que CdG e Queen Elizabeth com caças de última geração, respectivamente, Rafale e F35 não são suficientes. É claro que o número de caças vai ter 300 unidades para ter operacionalidade dos três PAs.
Na real dois PAs estão ótimos. A MB fica no nível da marinha britânica e francesa. Para ter mais que isso tem que conseguir uma grande justificativa. Tipo a Terceira Guerra Mundial.
Bourne, em tese o seu pensamento está correto. Isto claro se vivêssemos em um país com a maturidade de um adulto, e não de uma criança com síndrome de adolescência precoce.
Conversando aqui com o Marino, já várias vezes, nos ficou patente que a MB está mais interessada em um Nae "menor", como os da classe do DSX, menos pelos motivos técnicos e estratégicos alegados por você, do que financeiros, como já comentado genericamente aqui por mim. Não temos "justificativas", para a classe política, sequer para termos um único Nae, imagine-se dois, ou quiçá três, que seria o mínimo necessário, segundo o entendimento da MB, como afirmado pelo Marino. Eu mesmo me atrevi a argumentar junto ao ele de que precisaríamos não de três, mas de quatro Nae's. Dois para a esquadra no norte e dois para a do sul, afim de manter a disponibilidade de um, sempre, para cada esquadra. Mas isso não entra na cabeça de um político, que no mais, a coisa mais complexa que ele consegue pensar, é em como conseguir as verbas de participação parlamentar na LDO para o ano fiscal do exercício seguinte.
Talvez, quem sabe, se a MB quando for abordar a questão dos novos Nae's com o poder político, conseguir dispor-se a utilizar uma linguagem menos técnica - no que diz respeito as questões estratégicas e de segurança do Estado - e mais, diria, provincianas - quer dizer, como conseguirmos ganhar algum em cima disso - bem ao gosto deles, quiçá poderia-se conseguir mais do que apenas um novo Nae. Sim, digo apenas um novo Nae, visto que, até prova em contrário, nem a primeira esquadra eles estão interessados em saber, que se dirá da segunda. E note-se, estou falando de esquadras, e não de obras para as esquadras, estas sim, interessam de fato aos políticos.
No mais, podemos vislumbrar, e até confirmar, no próprio número de caças que se deseja, 48, que a idéia da MB com os novos Nae's é realmente operar um navio de menor tonelagem, e consequentemente, um GAE menor também. Seja em vista da experiência própria, seja por força da questão orçamentária, limitante e sempre frustante das condições e capacidades operacionais da esquadra brasileira. Acho até, também, como uma tentativa de se obter, por "exclusão de maiores custos" de navios maiores, o convencimento da classe política para um segundo Nae. Como comparativo, veja-se quantos F-35 os ingleses estão a comprar para os seus dois Nae's e quantos Rafale os franceses compraram para seu único Nae, o CdG. Salvo engano, 140 e 60, respectivamente.
Percebe-se que os números nacionais distoam, flagrantemente, daqueles, mesmo se tratando do mesmo número de navios, no caso inglês, e mesmo de um, no francês. É previsível, neste sentido, a limitação imposta que a própria MB colocou sobre si, quanto a reorganização de sua aviação de asas fixa, visto a aparência dos requisitos que permeiam o novo Nae.
Enfim, conceitualmente, para se dispor de duas esquadras operacionais, e críveis, e no mesmo nível de cobertura aeronaval, como nós nos propomos no PAEMB, seriam necessários, a meu ver, e quiçá da MB também, idealmente, a posse de quatro Nae's, de forma a cada esquadra ter sempre um disponível a si, quando ao mar. No entanto, sabemos, indiretamente, que o argumento usado para a obtenção de três, foi negado, e considerado abjeto, pela ignorância do poder político. E ficou-se, nos planos, com dois, a espera dese conseguir um.
abs.