Os VW Constelation 31.320 são os veículos trator base do EB nos GAC AP da artilharia divisionária. Eles tracionam os M-114, e sua expansão na frota verde oliva veio, também, no sentido de substituir os mais antigos Worker, os chamados "fuscão" em muitas OM além da artilharia de campanha. E como visto acima, ele é o único caminhão do exército até agora que pode levar o container em que está o radar M-200 Vigilante. Mas isso pode mudar em breve.
Um dos requisitos desejáveis para os veículos base para a AAe é que eles possam ser blindados em suas partes principais, de forma a permitir maior proteção à equipe do sistema radar e aos demais sistemas\subsistemas apostos no veículo.
Como não existe na linha da MAN\VW no Brasil qualquer indício de blindagem para o modelo empregado\disponíveis ao exército, é muito provável que teremos em análise duas opções práticas que devem ser vistas nas propostas: a primeira é a continuidade do uso da plataforma Tatra 815-7 na forma do TATRA Force\Phoenix já adotados pelo exército, e que vem a conta gotas sendo adquiridos nos últimos anos; a segunda, seria usar uma plataforma nacional adaptada com blindagem, o que em termos de opções efetivas no mercado interno não existe, com a Iveco podendo oferecer na verdade os Trakker e\ou HMR, que não são produzidos aqui, e teriam de vir importados, como os caminhões tchecos.

Estes últimos modelos italianos inclusive já estiveram por aqui no Brasil em outras Mostras BIDS do passado, mas não lograram interesse das ffaa's, ou simplesmente a empresa não conseguiu dispor tais veículos a custos palatáveis. Mas, a Iveco recentemente voltou a falar na possibilidade de produção destes veículos no Brasil, com o marketing da empresa muito discretamente atuando no sentido de dar visibilidade aos seus modelos militares junto ao exército.
A introdução dos caminhões militares TATRA no Brasil ao que parece deixou os italianos intrigados, e incomodados, no sentido de entender como uma empresa pequena europeia sem nenhuma tradição no mercado nacional conseguiu a proeza de vender seus produtos ao exército, e ainda por cima baseados em plataformas originalmente militares, o que em termos de custos nunca foi, e não é, barato para o orçamento tupiniquim em momento algum. E desde a primeira compra dos TATRA TERRA, o caminhão\chassi tcheco pelo jeito deixou os militares simplesmente tão encantados, e querendo mais deles., que o chassi da empresa tcheca virou modelo de referência para quase tudo que necessite de meios motorizados como plataformas de transporte. E isto pode ser vistos nos diversos documentos do EB emitidos ultimamente.
No que concerne às ofertas dos vários fabricantes de sistemas AAe que até o momento se apresentaram formal e informalmente ao EB, no caso de europeus e israelenses, principalmente estes últimos, a plataforma TATRA deve ser o veículo base oferecido, uma vez que ele também faz parte da oferta da empresa para a VBCOAP SR; a tendência é que o chassi TATRA faça parte de qualquer oferta visando atender na íntegra, ou quase isso, aos requisitos emanados este mês, já que os veículos da empresa são literalmente uma unanimidade no exército.
Por fim, correndo por fora, Mercedes Benz, VW\MAN e Rheinmetall, esta última com a série HX e\ou HX-3, podem também dispor de seus produtos para este certame, mas, penso que aqui com os meus botões que as plataformas que eventualmente poderiam ser oferecidas não trariam nenhuma vantagem a mais que o modelo tcheco já ofereça ao EB, que está muito satisfeito com ele. E até agora a TATRA não apresentou, não ao menos de público, nenhum problema em relação ao apoio pós venda, manutenção, logística e CLS dos, ainda, raros produtos empregados no Brasil, ao contrário, empresa e veículos são só elogios na caserna.
Recentemente mais 7 veículos da TATRA foram adquiridos pelo exército, sem alarde, e sem surpresas. E assim vendo sendo as aquisições feitas junto à empresa tcheca. Por enquanto o EB dispõe, se muito, de algumas dezenas de caminhões TATRA em OM na engenharia de construção\combate. Não chegam a 20 unidades, se muito, mas isso aparentemente tem sido mais que suficiente para o cmdo do exército se dispor a comprar tantos quantos possa a mais destes veículos a si. Falta só a prometida fábrica em solo nacional, que até hoje não saiu.
A ver.