Submarinos Nucleares: sonho ou solução?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Vinicius Pimenta
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#16 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Jun 29, 2003 4:15 pm

Depende. Um SSN brasileiro seria (por força de ser o primeiro de uma tecnologia nova para o país) provavelmente bem barulhento, o que tornaria mais fácil achá-lo pelo "chuga-luga" do reator do que um convencional, que em caso de necessidade fica com a propulsão elétrica apenas e você tem sérios problemas para achá-lo só pelo som das hélices.
Será que o custo-benefício compensa?


Victor, acho que dizer que o SNB vai ser muito barulhento só porque será a nossa primeira empreitada na área é meio sem sentido. Não sei se a MB torraria seus parcos recursos em um projeto sem futuro. E mesmo que o SNB não seja uma maravilha, a tecnologia desenvolvida poderá servir tranqüilamente para projetarmos outras classes futuras de mais qualidade e que custarão muito menos visto que a tecnologia já está plenamente dominada. É o caso da montagem dos Tupi. Primeiro foi a montagem dividida entre Brasil e Alemanha, depois uma montagem exclusivamente no país, depois um melhoramento no projeto e montagem inteiramente aqui (Tikuna), depois o projeto da nova classe SMB-10 e, finalmente, o SNB. Depois de toda essa experiência não creio que o SNB seja uma porcaria. Pode não ser um Los Angeles da vida mas ruim eu também não acredito que seja. Prefiro pensar em algo mais capaz que o SMB-10 porém talvez um pouco mais barulhento mas nada exagerado.

E diante do que eu escrevi, pra mim o custo-benefício compensa sim.

Clermont, tô contigo. Partindo do princípio que nós somos os atacados, se o SNB é afundado na costa do país inimigo a culpa é do inimigo que provocou essa situação. Porque se não fosse ele, o SNB nada estaria fazendo lá, e muito menos seria afundado.

E Spetznaz, o Brasil deve sim ter capacidade de fazer valer seus interesses em qualquer parte do mundo. Nós não estamos falando da prioridade hoje, estamos falando de futuro. Tenha certeza que não são nossos vizinhos os mais prováveis agressores. Se nós corremos algum perigo, esse perigo vem do Norte do globo, não do nosso lado.




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#17 Mensagem por Clermont » Dom Jun 29, 2003 5:52 pm

PARA LEO

Salve, Leo.

Leo escreveu: E, pra terminar, usar subs ou navios como armas quimicas de forma intencional, pode ser considerada pela ONU como um crime contra a natureza mundial...


Que Deus faça todos os meus descendentes nascerem corcundas, se em algum momento passou pela minha cabeça uma idéia dessas! De, deliberadamente, criar um submarino fragilizado como arma terrorista!

Olha, o acessório está tomando o lugar do principal nessa discussão. Quando citei o fato de que, em guerra, um lado teria que se preocupar com os riscos inerentes à destruição de um submarino nuclear inimigo, estava pensando em algo que li, na época da Guerra das Malvinas. Alguns se preocupavam com os riscos do afundamento de algum submarino nuclear britânico. E analisavam o fato destes terem o reator menos protegido do que os submarinos americanos.

Na verdade, não faço a mínima idéia de como esse ítem está sendo tratado hoje em dia. E nem qual seria o grau de proteção do eventual submarino brasileiro. Isso é muita tecnologia para mim.

De qualquer forma, como leigo, tenho minhas dúvidas se um submarino nuclear pode ser 100 % garantido contra vazamentos se for explodido por um inimigo.

Mas essa não parece ser uma preocupação mundial, pela forma como se constroem submarinos nucleares a torto e a direito.


PARA SPETZNAZ.

Spetznaz escreveu: nao necessitando de uma máquina capaz de combater potencias, pq isso é besteira e gera corrida armamentista, pobreza etc.


Bem, agora vc me pegou. Eu também sou contra uma máquina de guerra desse nível. Não aceito um governo que detone uma corrida armamentista na América do Sul. Mas sou a favor do submarino nuclear. E, ao mesmo tempo, desconfio da importância da manutenção de porta-aviões pelo Brasil.

Provavelmente isso deve ser uma contradição tremenda da minha parte. Mas que hei de fazer?

O submarino nuclear, embora não podendo fazer uma porção de coisas (como dizem os profissionais da Marinha, submarinos são uma arma de "negação do poder naval" e não uma arma de "afirmação desse poder") NA PIOR HIPÓTESE PLAUSÍVEL (mas não necessariamente, provável) DE GUERRA, o submarino nuclear brasileiro, ao menos teria a possibilidade de ir para o fundo do mar, após ter infligido graves danos ao inimigo. Seja através do velho método do torpedo, utilizado contra sua navegação mercante. Ou pelo uso de mísseis de longo alcance, contra alvos sensíveis do litoral inimigo.

E é isso que me angustia nos porta-aviões brasileiros como o "Minas Gerais" ou o "São Paulo": a possibilidade de que sejam afundados, com enorme perda de preciosas vidas de marujos brasileiros, sem terem infligido dano algum ao hipotético inimigo.

E estou procurando me ater, apenas, a uma visão militar da importância da posse de submarinos nucleares pelo Brasil. Mas e as questões não-militares? E os avanços que decorreriam do pleno domínio do Brasil da tecnologia de reatores nucleares para propulsão de submarinos? Não sou versado em tecnologia, mas acho que tem muita gente aqui que poderia discorrer sobre essa outra faceta da construção do submarino nuclear brasileiro.

E, como disse Vinicius, após todo o investimento feito nesse projeto, o Brasil não pode pensar em parar agora. Seria um crime de lesa-pátria.

Como já disse antes, equilibrar na balança a necessidade do país combater suas deficiências estruturais (pobreza, ignorância, insegurança) com a necessidade de manter UM MÍNIMO poder de dissuasão militar, é muito difícil. São muitas as variáveis a serem levadas em conta. Estava lendo a mensagem de Vinicius numa interessantíssima discussão com Fcarvalho, sobre o ressurgimento dos tanques “Osório”, tem muito a ver com isso. Vejam o tópico “Carros de Combate do EB” na seção de Forças Terrestres.

Por isso que acho importante que tenhamos mais complacência com as atitudes desse e de futuros governos brasileiros, em situações como a dessa licitação do caça FX. Lembrem-se que o governo neozelandês, desmontou boa parte de sua aviação, obrigando seus pilotos de combate a se alistarem em forças áereas da Comunidade britânica. Esse governo devia ter suas razões, embora possamos não compreendê-las bem.




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#18 Mensagem por LEO » Dom Jun 29, 2003 6:30 pm

Que Deus faça todos os meus descendentes nascerem corcundas, se em algum momento passou pela minha cabeça uma idéia dessas! De, deliberadamente, criar um submarino fragilizado como arma terrorista!



Submarinos e Navios como arma terroristas? Não, cara, eu não quis dizer isso daí não.


O que aconteceu, como voce pode ver na minha mensagem, é que eu cito as palavras do companheiro de forum Spetznaz, como que uma ação suicida por parte da tripulação do navio, já que seriam lançadas para a missão justamente com o proposito de ter seu navio afundado, veja:


E, e os tripulantes? Em caso de guerra, eles seriam suicidas? Seriam lançados num barco velho com o objetivo de ser destruidos e consequentemente mortos? Qual seria o custo humano disso?


Seria o fim também ter "submarinos bomba" e "navios bomba". :?



Abraços


LEO




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#19 Mensagem por VICTOR » Dom Jun 29, 2003 7:45 pm

Vinicius! :)
Victor, acho que dizer que o SNB vai ser muito barulhento só porque será a nossa primeira empreitada na área é meio sem sentido

Porque sem sentido? Será que o Nautilus era uma maravilha? Você acha que o SNB vai ser um Ohio (nem precisa, será que seria um Akula)? Se a curva de aprendizado está presente em todas as coisas da vida, porque isso não aconteceria com o SNB? Não vejo porque o patriotismo nos faria pensar que, por sermos brasileiros, somos imunes às dificuldades de desenvolvimento, ainda mais com uma empreitada sem a menor ajuda.

Clermont! :)
Cara, sua argumentação foi excelente, tenho que admitir que até reconsiderei um pouco minha teoria das "balas de prata"... Se for para manter uma força convencional considerável, até que a idéia de ter uns 2 SNBs não seria má do ponto de vista de "deterrência"... E quanto ao restante, já concordamos de longa data: a força de SSKs deve ser prioridade (é bom ter o NAe como deterrente para ocupar as forças inimigas, mas os SSKs têm que aumentar).

Abração a todos (como é bom ver o Fórum a todo vapor) :)




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#20 Mensagem por César » Dom Jun 29, 2003 9:36 pm

Fala Galera!

Do ponto de vista militar, a capacidade de afundar a força naval mercante que garante a sobrevivência do Grupo Naval inimigo seria primordial. Muitos se lembram que quando a Argentina afundou por engano o Atlantic Conveyur, a força naval britânica teve de racionalizar recursos, e determinados tipos de armamentos ficaram indisponíveis. Assim, os nossos Subs convencionais poderiam atacar os vasos de guerra do adversário, enquanto o SNB trata de causar problemas logísticos sérios para o mesmo.

E estou procurando me ater, apenas, a uma visão militar da importância da posse de submarinos nucleares pelo Brasil. Mas e as questões não-militares? E os avanços que decorreriam do pleno domínio do Brasil da tecnologia de reatores nucleares para propulsão de submarinos?


Acho que nesse excelente comentário, o Clermont matou a charada. Além da capacidade militar inegável que um SN representa, temos também o ganho de tecnologia e independência, que é de interesse estratégico da nação.

Abraço a todos :wink: [/b]




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#21 Mensagem por Spetznaz » Dom Jun 29, 2003 9:47 pm

Blz galera?
Olha só. Um acidente nuclear nao é coisa simples assim nao gente. O Vinicius colocou que se nós fossemos atacados o problema seria dele e tudo mais. Nao acho que um país que ataca o outro deve arcar com esse tipo de consequencia. Alias, que o mundo deve arcar com uma consequencia dessas pq um país construiu uma arma que depois de destruida é que causa o maior estrago.
Além disso, o Vinícius citou que nós devemos fazer valer nossos interesses em qualquer lugar da terra. Eu acho isso ótimo, mas para o futuro. Acho que o Brasil deve construir sistemas espaciais de defesa, laser, anti-ICBM, ECM, e tudo o que for capaz. Agora acho que um dinheiro desses 2 bilhoes de dollares, se investido em pesquisas civis, como em Universidades Públicas, em credito para micro e pqeuna empresa, em livros, ou qualquer outra forma produtiva -material ou intelectual- vai fazer nossa soberania crescer mais que qq submarino nuclear ou missil. Temos de fazer valer nossos interesses e garantir nossa soberania de outra forma. Esperar um ataque futuro do Norte, como foi dito, é no mínimo loucura. O Norte é desenvolvido, tem dinheiro de sobra para investir em armas. Nós estamos atras do básico, da cidadania basica, da soberania básica. Isso eles já conquistaram há séculos. E caso o Norte queira nos invadir nos próximos 100 anos nao poderemos fazer nada, pois eles sao mais fortes e irao ganhar, muito provavelmente, essa guerra. Como foi dito numa outra discussao. A dissuasao deve ser economica; caso o Brasil seja atacado o mundo se abala. Buscar uma equiparaçao com potencias, mesmo no futuro é jogar o que nos resta de esperança no lixo.




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#22 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Jun 29, 2003 11:21 pm

Eu sabia que isso ia dar o que falar! ehehe


Acho que estamos nos atendo demais aos problemas ambientais e de menos nos políticos e militares. Vamos pensar de forma menos sentimental, muitos têm bombas nucleares, submarinos nucleares, usinas nucleares e o escambau a quatro. Por que o Brasil tem que ficar de fora dessa? Só porque somos um país pacífico? É tudo muito bonito no papel, pra fazer propaganda, mas na hora que o bicho pegar mesmo é que eu quero ver as pessoas chorando pelo leite derramado! Uma hipótese de guerra é tão impossível assim para o Brasil? Então acaba-se logo com as FAs e investe-se 20 bilhões de reais anuais em outras coisas. Ou melhor transformamos a MB em uma guarda costeira, o EB em polícia federal para caçar narcotraficantes e a FAB apenas para transporte VIP.

Tá bom, podem falar, exagerei mesmo. hehehehe

Porque sem sentido? Será que o Nautilus era uma maravilha? Você acha que o SNB vai ser um Ohio (nem precisa, será que seria um Akula)? Se a curva de aprendizado está presente em todas as coisas da vida, porque isso não aconteceria com o SNB? Não vejo porque o patriotismo nos faria pensar que, por sermos brasileiros, somos imunes às dificuldades de desenvolvimento, ainda mais com uma empreitada sem a menor ajuda.



Não cara, mas é como eu te falei, é muito cedo pra tirarmos conclusões. Mas eu também disse que tudo faz parte do aprendizado, o SNB pode servir de base para um SNB 2 que sairá muito mais barato por já termos o domínio da tecnologia. Fora que o conhecimento da área nuclear ao meu ver é estratégico para um país. Nunca se sabe do futuro, é bom sabermos tudo o que for possível.

Não vejo motivos para não apostar numa divisão entre SSKs e SNAs. Em uma boa proporção tipo 5 SSKs para cada SNA ou mais. O importante é que a força submarina poderia dividir as funções com o César disse. Por exemplo, enquanto a frota de 15 SSKs cuidam do GT inimigo, os 3 SNAs podem dar trabalho aos navios de suporte logístico ou até atacar o inimigo em seus portos. Isso é um fator de extremo poder de dissuasão.




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#23 Mensagem por Malandro » Ter Set 23, 2003 4:10 pm

Spetznaz escreveu:Blz galera?
Olha só. Um acidente nuclear nao é coisa simples assim nao gente. O Vinicius colocou que se nós fossemos atacados o problema seria dele e tudo mais. Nao acho que um país que ataca o outro deve arcar com esse tipo de consequencia. Alias, que o mundo deve arcar com uma consequencia dessas pq um país construiu uma arma que depois de destruida é que causa o maior estrago.
Além disso, o Vinícius citou que nós devemos fazer valer nossos interesses em qualquer lugar da terra. Eu acho isso ótimo, mas para o futuro. Acho que o Brasil deve construir sistemas espaciais de defesa, laser, anti-ICBM, ECM, e tudo o que for capaz. Agora acho que um dinheiro desses 2 bilhoes de dollares, se investido em pesquisas civis, como em Universidades Públicas, em credito para micro e pqeuna empresa, em livros, ou qualquer outra forma produtiva -material ou intelectual- vai fazer nossa soberania crescer mais que qq submarino nuclear ou missil. Temos de fazer valer nossos interesses e garantir nossa soberania de outra forma. Esperar um ataque futuro do Norte, como foi dito, é no mínimo loucura. O Norte é desenvolvido, tem dinheiro de sobra para investir em armas. Nós estamos atras do básico, da cidadania basica, da soberania básica. Isso eles já conquistaram há séculos. E caso o Norte queira nos invadir nos próximos 100 anos nao poderemos fazer nada, pois eles sao mais fortes e irao ganhar, muito provavelmente, essa guerra. Como foi dito numa outra discussao. A dissuasao deve ser economica; caso o Brasil seja atacado o mundo se abala. Buscar uma equiparaçao com potencias, mesmo no futuro é jogar o que nos resta de esperança no lixo.



Nao sou comunista mas concordo com o Spetnaz . :wink: Assim como concordo que pergunteemos o porque do Brasil ter um portaaioes . Como Spetnazz falou , temos problemas muito mais urgentes a resolver de cunho social do que tentarmos desenvolver armas para combater potencias estrangeiras . E quaase impossivle que tenhamos reccursos num montante raxoavel para investirmos em defesa para que de alguma forma o irmao do norte que gasta sozinho 40% de todo o orcamento mundial militar se amedronte conosco . Podemos sim e devemos , sse quisermos um assento no COnselho de Seguranca da Onu termos a mais capaz forca militar da AL para evitarmos traixoes de ultima hora qudo escolherem o representante da AL ( ie algum paisl da AL mais bem equipado que nos se lancar de ultiam hora a candidatura ) . Se bem que com os EUA desconsiderando a ONU nao ssei nem se o COnselho de Seguranca da ONU e importante ... :cry: . Acho que uns 2 SNB seria mais que sufucuente para nossas necessidades . E o fato de termos porta-avoes nos da uma capacidae ofensiva que nao sei se é issoq ue nosso vizinhos da AL percebam . nao estou sendo contraditorio , quero que tenhamos a melhor forca armada da AL ( se relamente alguem conseguir me provar a importancia den estar no Conselho de Seguranca da ONU ) . J a quantiidade limitada de SNB seria bom para bincarmos de terroristas nauticos se atacados pelos EUA mas nunca praa nos equipararmos ou inflingirmos pesadas baixas nels . Apenas como uma arma mais psicologica .




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#24 Mensagem por Delta Dagger » Dom Fev 29, 2004 11:51 am

Acho fundamental que o Brasil possua um ou mais submarinos nucleares.
Sempre qua ha tensão em algum ponto do planeta, as grandes potências enviam um ou mais Porta-Aviões para a região e isso não seria diferente no caso de uma eventual invasão da Amazônia. A primeira coisa que fariam seria enviar um Porta Aviões para o litoral do sudeste p/ destruir nosso parque industrial e nossas principais bases militares (Santa Cruz, Vila Militar, Afonsos etc).

Um ou mais submarinos nucleares poderiam ser a única ameaça real à um poder naval deste nipe. Fico imaginando se a Argentina tivesse um SSN bem armado na época da guerra das Malvinas. Provavelmente teria mudado o curso da guerra.

Em relação ao Sub brasileiro ser ou não barulhento é algo que só o tempo dirá. Não acredito que iriam gastar uma fortuna e anos de desenvolvimento p/ projetar algo inútil. Claro que problemas podem ocorrer, mas não necessáriamente.

Abs




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#25 Mensagem por Guilherme » Seg Mar 01, 2004 9:01 am

VICTOR escreveu:- se você notar, o único país que tem exclusivamente SSN/SSBNs são os EUA. Rússia e Inglaterra têm bastate convencionais.


Segundo o site da Royal Navy, eles só possuem submarinos nucleares (SSN e SSBN).




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#26 Mensagem por Renato Grilo » Seg Mar 01, 2004 10:52 am

Vou entrar nesta discussão colocando um ponto que acredito que seja o que falta no país.
O grande problema do Brasil é o interminável revanchismo e a mania de colocar a culpa de tudo no regime militar. Isto associado a uma grande campanha na mídia sobre a necessidade das forças armadas, gera discussões que ao meu ver acabam distorcendo um pouco os caminhos sensatos à serem seguidos.
É como a velha discussão sobre a liberação da maconha. Alguns defendem que "as bebidas alcoólicas são responsáveis por grande parte dos acidentes de trânsito e que causam muito mais mortes que a maconha, sendo assim a maconha deveria ser liberada". Ao meu ver, isto é uma distorção do problema, porque o correto seria que, ou houvesse uma fiscalização e uma punição eficaz para que quem dirigisse não bebesse, ou que ao invés de liberar a maconha, se proibisse a bebida.
Coloquei este exemplo (bem besta, só pra ilustrar) que não deveria ser cogitado "desviar" orçamentos militares para estudos da área civil, mas sim que fosse cobrado do governo que os investimentos existissem para todas as áreas. Também não concordo com esta eterna desculpa de que o país não tem dinheiro, porque o grande problema são as montanhas de dinheiro que são utilizadas e desviadas impunimente e para benefício próprio e que nunca são combatidas.
Esta "tranquilidade" que o brasileiro tem com estes assuntos, fazem com que todos nós (eu também - lógico) paguemos impostos absurdos e cobranças que chegam a ser imorais, sem protestar ou tomar alguma atitude eficaz.
Deveríamos sim combater veementimente os absurdos praticados pelos governantes e que não são poucos. Exemplos não faltam, são multas astronômicas sofridas pelos carros oficiais, verbas absurdas para gabinetes, superfaturamento, milhões gastos com cartão de crédito do governo, convocações extras, etc.
Acredito que duvidar de um trabalho brilhante da marinha e defender que estas verbas deveriam ir para outros setores é cair no jogo político que todos caímos diariamente.




Brasil Acima de Tudo
Anonymous

#27 Mensagem por Anonymous » Seg Mar 01, 2004 11:14 am

Olá !

Primeiramente gostaria de lembra-los que eu não sou militar da Marinha do Brasil e nem especialista da Marinha.

Falarei a minha opinião sobre o Programa Nuclear da Marinha do Brasil, de qualquer forma, estou aberto a sugestões e críticas.

Desde o início do Programa Nuclear Brasileiro, sempre houve a suspeita da oposição política do governo de que os verdadeiros motivos do ato do presidente Geisel era de adquirir a tecnologia da bomba atômica e do submarino nuclear.

É importante salientar que o governo brasileiro, por todo esse tempo, em nenhum momento assumiu que o Programa Nuclear estivesse interessado em qualquer tecnologia bélica, muito menos do submarino e da bomba atômica.


Ainda assim, devido ao incansável senso de investigação da imprensa da época, vários detalhes das operações militares vieram à tona, e que realmente revelava a existência do Programa Paralelo, que em muito foi mistificado pela própria imprensa, mas que tinha objetivos bem claros, e inicialmente, bem distantes da bomba.

Quando o Brasil firmou o já mencionado Acordo com a Alemanha, estava estabelecido que a Alemanha cederia ao Brasil a tecnologia da construção da central nuclear, bem como o método de enriquecimento do urânio, um processo considerado de altíssimo nível tecnológico, e ponto chave do ciclo nuclear. Na época (e é assim até os dias atuais), eram conhecidos basicamente dois métodos de enriquecimento: por ultracentrifugação (usado por quase todos os países detentores de usinas nucleares) e por jet-nozzle, que estava em fase de desenvolvimento pela Alemanha. Como este país não tinha permissão da Comunidade Internacional para pesquisas neste campo, a Alemanha viu no Brasil uma excelente oportunidade, vendendo por um preço bem razoável, de instalar laboratórios para continuar suas pesquisas. E aí o Brasil cometeu seu maior erro.


Dezenas de laboratórios foram aqui montados, diversos equipamentos foram comprados, e milhares de pessoas foram treinadas para tentarem completar a pesquisa. Mas o que era suspeitado por muitos países acabou se confirmando: o processo por jet-nozzle era altamento complexo, e totalmente inviável para os fins que o Brasil desejava. Com isso, o Acordo perdia quase que a metade de suas vantagens.

O enriquecimento do urânio é um processo extremamente complicado, e ao mesmo tempo vital para o funcionamento de uma usina nuclear, uma vez que o combustível usado dentro dos reatores é o urânio enriquecido. O urânio, como é encontrado na natureza, é o U238, e depois de passar pelo processo de enriquecimento, é extraído o U235 que, depois de sintetizado com oxigênio, é encapsulado para ser comercializado e usado sob a forma de pastilhas.

É aí então que entra o Programa Paralelo. Os militares, sob liderança do General Golbery do Couto e Silva, principal homem do presidente Ernesto Geisel, visou a criação de um complexo de pesquisa tecnológica que tivesse como objetivo desenvolver e controlar o processo de enriquecimento do urânio por ultracentrifugação, absolutamente clandestino e sem fiscalização internacional. Depois da comprovação do fracasso do processo vendido pela Alemanha, o então diretor-geral de Materiais da Marinha Maximiano da Fonseca iniciou a articulação das três Armas. Foi então criado o Centro Experimental Aramar, em Iperó, no interior do estado de São Paulo.

Conforme as instalações militares progrediam, o público investigava cada vez mais os reais objetivos de Aramar, e em 1986 a Marinha finalmente assu- miu o fato de que o Complexo, além de pesquisar o processo de ultracentrifugação, também realizava pesquisas no campo de reatores nucleares de 50 Mwatts para serem instalados em submarinos nucleares. Conforme o contra-almirante Mario Cezar Flores, "O projeto Aramar será um centro de testes de propulsão, inclusive para o submarino nuclear, conforme tecnologia já aplicada em outros países, como a Inglaterra. Os testes com o reator do submarino movido a energia nuclear são feitos em terra." Muito antes, em 1982, os militares já anunciavam que haviam dominado por completo o conhecimento do processo de enriquecimento via ultracentrifugação. O Programa Paralelo começava a mostrar resultados.

Em fins de 1986, já no governo do presidente José Sarney, a imprensa novamente atacou publicando a descoberta de várias contas bancárias secretas do governo, assim como movimentações financeiras de altíssimos valores, sem registro de origem nem destino. Na mesma época, foi descoberto no sul do Pará uma base da Aeronáutica conhecida como Serra do Cachimbo, que continha perfurações de 320 metros de profundidade, revestidas de cimento, cuja finalidade nunca foi explicada de forma convincente pelos militares.

Um estudo feito pela Comissão de Acompanhamento da Questão Nuclear, da Sociedade Brasileira de Física, mostrou a semelhança dessas perfurações com as existentes no Nevada Test Site, nos Estados Unidos,
Fat Man, bomba lançada sobre Hiroshima que liberou uma energia de 5 quilotons

que são utilizadas para testes nucleares subterrâneos. Além de tudo isso, o Centro Tecnológico da Aeronáutica desenvolvia o projeto de um foguete brasileiro destinado, em princípio, a ser um veículo lançador de satélites, mas que poderia ser adaptado para carregar ogivas nucleares, partindo das já contruídas plataformas de lançamento de Natal e Alcântara.

Todos esses dados indicavam claramente que o Projeto Aramar estava perseguindo a idéia da Bomba Atômica impetuosamente. Conforme publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, "a arma nuclear estratégica principal do Brasil seria um artefato de 20 a 30 quilotons (quatro a seis vezes mais poderoso do que o usado em Hiroshima), feito
com plutônio e lançado por um imenso míssil de 16 metros de altura, 40 toneladas de peso, classe MRBM (Medium Range Ballistic Missile), capaz de cobrir cerca de 3 mil quilômetros transportando uma ogiva de guerra de mais de uma tonelada. É a versão militar do VLS/Veículo Lançador de Satélite, que o Instituto de Atividades Espaciais, de São José dos Campos, prepara..." Esta notícia jamais foi confirmada pelos militares. Mas também nunca foi desmentida.

Mais importante que esses dados reveladores, era o fato de que os mais altos escalões das Forças Armadas eram favoráveis publicamente à bomba. Apesar de tudo isso, em nenhum momento os militares se expressaram com relação a este assunto. Em 1991, durante o governo Collor foram fechadas todas as instalações da Serra do Cachimbo, e o Complexo
Teste da bomba Mike, primeiro artefato bélico à base de fusão nuclear

Aramar continua a existir com limitados recursos financeiros encaminhados pela Marinha. Aparentemente, com o fim do governo militar, toda a busca pelo poderio bélico que a tecnologia nuclear poderia trazer foi cessada. Ainda assim, aparentemente

Obs. É um pouco longo porém interessante.




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Mateus Dias
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#28 Mensagem por Mateus Dias » Seg Mar 01, 2004 5:27 pm

Os submarinos, sejam eles de propulsão convencional ou nuclear, sempre serão fontes de preocupação para qualquer marinha do mundo.

Nas Malvinas, os ingleses gastaram quase todo seu arsenal de armas anti-submarinos tentando caçar o único submarino argentino naquele teatro de operações.

Ao que me parece os argentinos fizeram dois lançamentos de torpedos contra navios ingleses sem sucesso, investigações posteriores determinaram que os fios condutotes dos torpedos foram enrolados de forma errõnea, causando seu rompimento no momento do ataque.

O submarino é conhecido como a "arma dos pobres", uma vez que uma nação sem uma grande força naval é capaz de operá-lo e com isso causar preocupação em uma grande força naval.

Como esse fórum é formado por pessoas com vastos conhecimentos na área, deve ser de conhecimento de todos o episódio em que nosso submarino Tamoyo afundo o Porta-Aviões Espanhol Principe de Astúrias em um exercício simulado da OTAn.

Dito isso, minha opinião é de que qualquer estudo com relação aos submarinos sejem eles convencionais ou nucleares é valido, pois trata-se de uma arma letal quando bem conduzida.




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#29 Mensagem por Mateus Dias » Seg Mar 01, 2004 5:27 pm

Os submarinos, sejam eles de propulsão convencional ou nuclear, sempre serão fontes de preocupação para qualquer marinha do mundo.

Nas Malvinas, os ingleses gastaram quase todo seu arsenal de armas anti-submarinos tentando caçar o único submarino argentino naquele teatro de operações.

Ao que me parece os argentinos fizeram dois lançamentos de torpedos contra navios ingleses sem sucesso, investigações posteriores determinaram que os fios condutotes dos torpedos foram enrolados de forma errõnea, causando seu rompimento no momento do ataque.

O submarino é conhecido como a "arma dos pobres", uma vez que uma nação sem uma grande força naval é capaz de operá-lo e com isso causar preocupação em uma grande força naval.

Como esse fórum é formado por pessoas com vastos conhecimentos na área, deve ser de conhecimento de todos o episódio em que nosso submarino Tamoyo afundo o Porta-Aviões Espanhol Principe de Astúrias em um exercício simulado da OTAn.

Dito isso, minha opinião é de que qualquer estudo com relação aos submarinos sejem eles convencionais ou nucleares é valido, pois trata-se de uma arma letal quando bem conduzida.




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VICTOR
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#30 Mensagem por VICTOR » Seg Mar 01, 2004 9:52 pm

Guilherme escreveu:Segundo o site da Royal Navy, eles só possuem submarinos nucleares (SSN e SSBN).

Ups... Você tem razão, eu me enganei, a RN só tem nucleares. :P :wink:




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