PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Wingate
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#16 Mensagem por Wingate » Seg Ago 25, 2014 4:55 pm

delmar escreveu:
urss escreveu:
esqueceste a parte mais importante: materia prima, quando digo materia prima estou a incluir recursos humanos tambem, vou dar dois exemplos

com o bloqueio naval a Austria e a alemanha passaram a contar exclusivamente com aquilo que existia dentro de suas fronteiras, na Austria ate sinos foram retirados das igrejas para fundir

a alemanha estava a perder mais soldados do que aqueles que podia repor

os aliados nao tinham estes problemas, a derrota a esta altura era uma questao de tempo
Quando falo em base industrial quero lembrar que o Brasil, até a segunda guerra mundial, era um país quase totalmente agrícola, sem nenhuma indústria que chamamos de "pesada". O Brasil não fabricava armas militares, não tinha siderúrgicas, não fabricava motores nem automóveis, não tinha nem uma produção industrial de ferramentas simples, como martelos, limas, facões, machados ou enxadas. Os meios de comunicação eram escassos, telefone só para poucos privilegiados, estradas só de chão batido. Um país ainda no século XIX.
Quanto a automóveis, o pouco que tínhamos eram duas montadoras, Ford (iniciada em 1919 e localizada no bairro do Ipiranga, São Paulo) e General Motors (iniciada em 1925 e localizada em São Caetano do Sul) que literalmente só montavam os veículos que vinham totalmente CKD dos EUA.

Wingate




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NettoBR
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#17 Mensagem por NettoBR » Ter Nov 11, 2014 6:22 pm

http://www.youtube.com/watch?v=-rT52iVZD-o




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Clermont
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#18 Mensagem por Clermont » Qua Nov 12, 2014 12:30 pm

Participação do Brasil na 1ª Guerra trouxe ganhos modestos e baque econômico.

Fernando Duarte - BBC Brasil - 11 de novembro de 2014.

A Primeira Guerra Mundial, cujo armistício é comemorado nesta terça-feira, teve um impacto significativo no Brasil - apesar de uma participação simbólica do país no conflito, marcada por uma tragédia e uma "batalha cômica".

Para o historiador Francisco Luiz Vinhosa, um dos efeitos foi expor as fragilidades da economia brasileira, na época extremamente dependente das exportações de café.

"O principal legado da Primeira Guerra Mundial para o Brasil foi revelar nosso atraso político e econômico. O país perdeu oportunidades de usar o conflito, a começar pela decisão de escolha de lado. A Alemanha, por exemplo, ofereceria ao Brasil uma chance de escapar do imperialismo da Grã-Bretanha", afirma Vinhosa, autor de O Brasil e a Primeira Guerra Mundial, um dos mais completos estudos sobre o tema, lançado em 1990.

Neutro durante boa parte dos três primeiros anos do conflito, uma posição alinhada com a do governo dos Estados Unidos, o Brasil entrou na guerra em 1917, usando como justificativa oficial os ataques de submarinos alemães a navios mercantes brasileiros.

Em um desses episódios, o afundamento do navio Paraná, morreram três marinheiros. O incidente provocou indignação popular, levando a ataques contra empresas e estabelecimentos comerciais ligados à colônia alemã no país.

"Mas 1917 foi o ano em que os americanos também entraram na guerra e todos os países já tinham em mente uma possível divisão dos espólios do pós-guerra. O Brasil buscava um lugar de destaque no cenário internacional", completa Vinhoza.

Baque econômico.

O Brasil foi o único país sul-americano a participar do conflito: declarou guerra à Alemanha em 26 de outubro de 1917, por meio do presidente Venceslau Brás.

Quando a guerra eclodiu, em 1914 - há cem anos -, o Brasil tinha sua economia predominantemente agroexportadora e focada no café. Controlava nada menos que quatro quintos da oferta mundial.

Consequentemente, o caos provocado no comércio internacional foi particularmente sentido pelo país, através de dois canais. Primeiro, a queda na demanda pela commodity; segundo, o acúmulo de toneladas e toneladas do produto em armazéns europeus como garantia de pagamentos para dívidas externas - um ponto que, por sinal, os diplomatas brasileiros levantariam durante as negociações do Tratado de Versalhes, o principal documento do pós-guerra, em 1919.

"Apenas entre 1914 e 1915 as vendas de café caíram em um terço em função do bloqueio naval estabelecido pela Grã-Bretanha para produtos de países neutros", explica o historiador canadense Rodrick Barman, especialista no Brasil dos séculos XIX e XX.

O congelamento nas concessões de crédito internacional foi outro duro golpe na economia brasileira.

Golfinhos 'inimigos'.

Do ponto de vista militar, seria difícil para o Brasil ter participado de forma graúda no conflito. Com um exército de apenas 54 mil homens e uma marinha que perdera em pujança nos anos conhecidos como a República Velha (1898-1930), o país só poderia prestar ajuda simbólica.

Sendo assim, além do envio de 20 oficiais e de uma força médica de cem homens para a Europa, o Brasil despachou missões navais para atuar sob ordens britânicas no Atlântico, para patrulhar a costa ocidental africana, o que incluía "limpar" trechos minados.

Numa delas, houve grande número de mortos - mais de 150. Só que o "inimigo" foi, na verdade, um surto gripe espanhola. A mesma doença que em 1919 mataria o então presidente eleito Rodrigues Alves.

Houve ainda o episódio da "Batalha das Toninhas", em novembro de 1918, já a dias da assinatura do cessar-fogo: o cruzador "Bahia", alertado pela possível presença dos temidos "U-Boats" (submarinos) alemães nas proximidades de Gibraltar, fez um poderoso ataque ao que acreditava ser uma embarcação inimiga. Matou um grande número de golfinhos.

Grãos argentinos.

Mas se não sofreu diretamente com os horrores do conflito, em que 17 milhões de pessoas morreram e mais de 20 milhões ficaram feridas, o Brasil saiu da guerra combalido.

A queda no poder de compra e o aumento do custo de vida (os preços de varejo no Brasil registraram alta de 158% entre 1913 e 1918) aumentaram a insatisfação popular e fomentaram o fortalecimento da classe trabalhadora, incluindo o crescimento de movimentos sindicais. Já surgem as primeiras grandes greves em 1917 e 1918.

O descontentamento também teve lugar em esferas mais altas, como explica Vinhoza.

"Já em 1922 a República Velha enfrenta o primeiro episódio do Movimento Tenentista, a Revolta dos Dezoito do Forte (um levante de oficiais contra o então presidente, Epitácio Pessoa) e este é o mesmo ano em que é fundado o Partido Comunista Brasileiro."

Com a queda nas receitas da exportação de café, as elites agrárias perderam prestígio e legitimidade em seu controle do poder, num processo que culminaria com o golpe militar de 1930 e a instalação de Getúlio Vargas como presidente.

Mudança de órbita.

Na política internacional, o conflito marcou a mudança do eixo de influência sobre o Brasil de Londres para Washington. O Brasil também participou das reuniões Versalhes e até ganhou um assento na Liga das Nações, a predecessora da ONU. Uma vitória efêmera, já que a Liga fracassaria como entidade por conta do impasse interno nos EUA que não permitiu a filiação do país.

Houve, porém, alguns ganhos econômicos: os distúrbios provocados pela guerra no mercado internacional obrigaram o Brasil a prestar mais atenção à sua indústria, com destaque para a produção de substituição de importações. Entre 1912 e 1920, o número de trabalhadores na indústria brasileira praticamente dobrou.

Mas vizinhos como a Argentina, que se manteve neutra e arrecadou uma quantidade substancial de divisas com a venda de trigo para britânicos e franceses, riram por último: o país terminou a Primeira Guerra com a dívida externa paga.




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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#19 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jan 31, 2017 1:58 pm

Soldado Milhões, o português que enfrentou sozinho uma ofensiva alemã

O soldado Milhões tornou-se herói da Primeira Guerra Mundial ao enfrentar sozinho uma ofensiva alemã e a sua história faz parte da aldeia de Valongo de Milhais, Murça, que quer transformar a sua casa num memorial.

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Foi em abril de 1918, durante a Batalha de La Lys (Flandres), e os seus atos de bravura valeram-lhe a mais alta condecoração militar nacional, a Ordem de Torre e Espada.

Na sua terra natal, no concelho de Murça, distrito de Vila Real, todos conhecem a história do jovem analfabeto e pobre, um franzino com pouco mais de metro e meio de altura, que desobedeceu às ordens de retirada e ficou para trás, sozinho e abrigado numa trincheira, a disparar contra o inimigo.

“Cresci a ouvir a história do meu avô. O meu avô acabou por estar sempre muito presente na família”, afirmou à agência Lusa Eduardo Milhões Pinheiro, um dos netos de Aníbal Augusto Milhais, a propósito do centenário da chegada à Flandres dos primeiros soldados do contingente que Portugal enviou para combater em França na I Guerra Mundial.

Milhais acabou por ficar conhecido como o soldado Milhões, um epíteto que nasceu com o elogio do seu comandante, Ferreira do Amaral: “Tu és Milhais, mas vales milhões”.
Durante a batalha, o soldado corria entre os vários abrigos, disparando de diferentes posições e criando a ilusão, nas tropas alemãs, de que a posição estava a ser guardada por vários militares.



À quarta ofensiva, os soldados alemães decidiram contornar aquele ponto e deixaram o português para trás das linhas inimigas, onde sobreviveu durante uns dias, com umas amêndoas doces no bolso, até encontrar um oficial escocês que o ajudou a encontrar o batalhão português.

Foi esse mesmo oficial que relatou depois o ato heroico do soldado transmontano.

Aníbal Augusto Milhais morreu aos 75 anos em Valongo, a aldeia que adotou o nome de Milhais em sua homenagem, que deu ainda o nome “Herói Milhões” a uma rua e quer agora recuperar a casa onde viveu.

O imóvel foi doado à Câmara de Murça que, segundo disse o presidente José Maria Costa, quer ali criar um “espaço de memória”, só que o projeto tem esbarrado nas dificuldades de financiamento.

O autarca afirmou à Lusa que o município procura apoios na sociedade civil e políticos, tendo já informado o Presidente da República sobre este projeto.

A ideia passa pela recuperação do edifício, mas, se tal já não for possível devido ao estado de degradação, este será demolido e no espaço levantado um memorial ao soldado Milhões.

Eduardo Milhões Pinheiro lembrou a petição ‘online’ em defesa da preservação da casa e disse que gostava que o projeto, de homenagem ao avô e a todos os que se bateram na Primeira Guerra Mundial, se concretizasse até 09 de abril de 2018, quando se assinalam os 100 anos da Batalha de Batalha de La Lys.

Aníbal Milhais é um exemplo de vida para o neto.

“Da história do meu avô eu guardo e procuro transmitir aos meus filhos dois valores essenciais: primeiro que nunca devemos abandonar e virar as costas à adversidade e, em segundo, que às vezes as soluções mais fáceis não são aquelas que devem ser tomadas”, frisou.

E continuou: “o mais fácil para o meu avô naquele dia seria ter obedecido ao seu superior hierárquico e ter retirado, porque ele teve uma ordem de retirada, mas ele preferiu ficar para garantir que todos se salvavam e, felizmente, ele também”.

Após a guerra e a condecoração, o soldado regressou à sua terra natal. Tornou-se agricultor, casou, teve 10 filhos, ainda chegou a emigrar para o Brasil, de onde pouco tempo depois regressou por pressão da comunidade portuguesa, que considerava “que não era digno” um herói nacional ser emigrante.

A sua história foi resgatada pelo jornal Diário de Lisboa que, na década de 20, o transformou numa espécie de símbolo nacional que passou a ser usado pela propaganda dos governos da primeira República e pelo Estado Novo.

O soldado Milhões teve sempre uma vida modesta e era, segundo contou a nora Berta de Jesus Moreira, de 78 anos, uma “boa pessoa” e um “homem alegre, amigo que gostava de ter a casa cheia e de contar histórias”.

As medalhas conquistadas foram doadas ao Museu Militar do Porto e também no Museu do Regimento de Infantaria 13, em Vila Real, se recorda o herói de guerra transmontano.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#20 Mensagem por joaolx » Ter Jan 31, 2017 2:38 pm

O soldado "milhões" tinha-os no sitio sem duvida...




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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#21 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 31, 2017 2:59 pm

Não sei se a história é conhecida, mas tivemos um herdeiro da coroa brasileira lutando na 1º Guerra, segue a história:

http://oglobo.globo.com/sociedade/histo ... l-13308833




Não temais ímpias falanges,
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#22 Mensagem por EduClau » Dom Jan 16, 2022 5:36 pm

Encontrei esse paper descrevendo um pouco sobre a atuação do DNOG e também um pouco sobre a participação da marinha de portuguesa no Atlântico nos meses finais do conflito e gostaria de compartilhar com os amigos que se interessam sobre o assunto:

A PERICULOSIDADE DA ÁREA DE OPERAÇÕES DA DIVISÃO NAVAL BRASILEIRA NA COSTA OCIDENTAL AFRICANA DURANTE A GRANDE GUERRA EM 1918

Disponível em: https://revista.egn.mar.mil.br/index.ph ... ad/214/176

sds




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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#23 Mensagem por SantaCatarinaBR » Ter Mar 15, 2022 4:38 pm

Por que o Brasil entrou na Primeira Guerra Mundial?
No vídeo o Capitão de Mar e Guerra, Francisco Eduardo Alves de Almeida, explica o motivo do Brasil entrar no conflito.





SCBR - DEFESA NACIONAL Reportagens, vídeos e notícias sobre as Forças Armadas do Brasil e sua Base Industria de Defesa.
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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#24 Mensagem por J.Ricardo » Ter Mar 15, 2022 5:37 pm

quem mais saiu ganhando nessa Guerra foi a Argentina que exportou tudo o que tinha de trigo para abastecer a guerra, saiu milionária desse conflito, mas como são Argentinos, sabemos onde essa história termina...




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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#25 Mensagem por SantaCatarinaBR » Qui Mar 17, 2022 4:16 pm





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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#26 Mensagem por Orban89 » Seg Out 17, 2022 8:08 am





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Re: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

#27 Mensagem por P44 » Dom Dez 24, 2023 8:17 am

"Uma das cenas mais extraordinárias". A noite em que soldados franceses e alemães saíram das trincheiras para celebrar juntos o Natal

Sérgio Costa Araújo MadreMedia 24 dez 2023 08:47 Vida

"Acabei de passar por uma das cenas mais extraordinárias que se possam imaginar (...). Todos os nossos homens saíram das trincheiras e sentaram-se no parapeito, os alemães fizeram o mesmo". Sérgio Costa Araújo conta-nos a história daquele Natal em 1914 que trouxe uma nova esperança aos europeus em guerra.

https://24.sapo.pt/vida/artigos/uma-das ... os-o-natal




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