Viktor Reznov escreveu: ↑Sex Jul 28, 2023 1:41 am
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jul 25, 2023 6:29 pm
Um palpite. Os próximos a se apresentarem no Brasil. E com sérias chances de impressionarem mais ainda o povo da cavalaria.
Leopard 1A5 modernizado por MMBT é trocar 6 por meia dúzia. Os planejadores do EB se fizerem essa decisão um dia precisarão serem todos rebaixados à patente de suboficiais e desligados da força. O único uso viável que consigo pensar pra essa classe insana de veículos é se um dia tomarmos a Argentina e precisarmos colocar tanques nos Andes pra deter uma invasão Chilena. Fora isso eles não possuem utilidade alguma pras altitudes do território Brasileiro, isso sem falar na blindagem pífia que não aguenta nem um tiro frontal de AT4.
Os alemães tem contato com o pessoal da cavalaria verde oliva há muito tempo. E tempo suficiente para saber como pensa e o que vai na cabeça desse povo a respeito de doutrina de guerra blindada. Salvo erro, a maioria dos cavalarianos não admite nem em sonho ter um MBT trocado por esse conceito de MMBT. Não no que depender apenas deles. E isso será notado quando o RFP\RFQ da VBC CC for emitido.
Pessoalmente entendo que a Rheinmetall olha esse programa do exército como sendo uma de suas chances mais concretas de tirar o KF-51 do papel. E de lambuja podendo colocar o KF-41 na mesma tacada. Apesar dos sabidos altíssimos custos destes blindados. Mas compras militares não são apenas decisões técnicas. A presença alemã no Brasil - comercial, industrial, política e militar - tem e terá um peso óbvio nas decisões que serão tomadas.
A KMW há anos atrás ofereceu ao EB o desenvolvimento de um CC para si, com todas as implicações postas. Neste momento ela tem o Leo 2A7, e o Leo 2A8, disponíveis para negócio. Ambos com um mercado bastante atrativo na Europa, já que a maioria dos países do leste está reabastecendo seus estoques de blindados. E os Leopard 2 são uma escolha quase óbvia para muitos deles. Vão estra ocupados por muito tempo em suas linhas de produção. Não é o caso daquela primeira empresa.
Se houver da parte do governo alemão o entendimento de que é melhor as duas empresas colaborarem entre si e oferecerem uma única proposta ao EB, oportunizando tudo o que está descrito no RO\RTLI da VBC CC e VBC FUZ, é capaz de eles se tornarem o grande concorrente a ser batido. E o que a meu ver não seria exatamente uma grande surpresa. Afinal, eles tem nas mãos tudo o que é preciso, se quiserem, para oferecer, e garantir, toda a parte industrial, logística e tecnológica de seus blindados em terras brasilis, tal com reza os docs dos respectivos programas.
Resta saber se eles conseguem oferecer formas de financiamento e custos (operação, manutenção e logística) adequados à realidade do orçamento do exército nas próximas duas décadas, que não obstante, deve continuar tendo as mesmas limitações de sempre até onde se pode ver.
Para mim, o KF-51 é uma excelente oportunidade de colocar as mãos em tudo, e até mais um pouco, do que o RO\RTLI da VBC CC e VBC FUZ demandam em termos de transferência de tecnologia. Off set, os alemães não tem problema de garantir. Mas, novamente, tem de ver o preço a pagar. Considerando ambos blindados, creio que será um investimento caro, mas que valerá a pena no longo prazo.