Mas o problema que ninguém defende um MBT de 70 toneladas, eu mesmo defendo um que chega a no máximo 60 toneladas.RobsonBCruz escreveu: ↑Ter Jul 18, 2023 9:44 am Em relação a se um MMBT atende ou não nossas necessidades, não tenho como avaliar e discutir. Em relação ao custo comparado com um MBT raiz, é preciso avaliar não só o custo de aquisição como também o custo de operação ao longo do tempo. Presumo que um MBT de 70t dispenda um custo muito mais elevado com infraestrutura de apoio, transporte nos deslocamentos mais longos e com consumo de combustível do que um MMBT de 50t.
Ressalto que não defendo um MMBT ao invés de um MBT, apenas tento avaliar o que seria melhor para nós.
Mas acho muito questionável um MGS Travecão - vi que gostou da expressão, cuidado em Robson - de 50 toneladas ter custo operacional mais baixo que o de um MBT de 60 toneladas. Digo meus motivos:
Digamos que seja baseado num CV90MkV, tal viatura vai possuir suspensão, transmissão, chassis e motor baseados a ter, com folga, 38 toneladas como peso de combate. Elevar 10 toneladas nesta plataforma, vai causar um estresse muito maior do que planejado para essas peças, o que diminui a vida útil delas e aumenta o custo operacional. Um exemplo disso é o Centauro B1 com canhão 120 mm do Oman, o que elevava o peso 6 toneladas e já foi uma dor de cabeça, inclusive chegou a causar fissuras no chassi devido a pressão dos disparos do canhão, entre outros problemas na suspensão devido a blindagem adicional, fazendo com que a Jordânia repensasse em equipar os seus com canhões 120 mm e a blindagem adicional - que chegou a ser ofertado na época. Um IFV ele suporta melhor a pressão de um canhão 120 mm por ter lagartas, porém tenho sérias dúvidas quanto a operações prolongadas e de alta intensidade, onde exigirá estresse continuado em nível elevado para algo que a viatura em si não foi pensada pra isso, é uma adaptação.
Se for pegar um IFV e adaptar ele, como é o caso do M10 Booker, então praticamente saímos da família horizontal de viatura comum, pois apesar de ser baseado no ASCOD 2, o M10 Booker tem várias diferenças de especificação frente ao ASCOD, principalmente quanto a construção e as peças.
O próprio consumo de combustível também pode ser igual ou maior. Se for nos basear num consumo de 240 g/kW hora, considerando o motor de 1000 HPs, estaríamos falando de algo em torno de 213 litros por hora de diesel num motor do CV90MkV, em teoria. Segundo um estudo (NATO FOREIGN DIESEL COMPARATIVE TEST PROGRAM GM-MVO/MT883 ENGINE EVALUATION), um MTU 883 poderia consumir de 216-360 litros por hora, em 3000 rpms constante, então sinceramente não sei se o consumo de combustível seria algo tão relevante, especialmente os novos motores da MTU, que chegam a 1630 hps com um consumo mais baixo que o MTU 883.
Mas veja um ponto que não faz o menor sentido: segundo a opinião do Rapaz, o ideal é uma família com viatura única, porém ao mesmo tempo o Exército quer um para servir como MBT que possua motor na parte traseira, o que faria com que praticamente fosse reprojetada toda a estrutura do Chassis. Que lógica faz isso?
Mas o maior problema que vejo é: compraremos um Polystation com preço de Playstation 5.