Projeto VANT

[Túlio]

https://adtechsd.com.br/

Como disseste no teu post anterior, aqui se faz muito mais drones do que as FFAA sequer parecem saber (ou querer saber); além desses aí, não esqueçamos da XMobots, na qual a própria EMBRAER já anda investindo, com os seus (por enquanto) dois modelos NAURU, sendo o segundo modelo (1000C) um CATegoria 2, VTOL de propulsão híbrida com até 10 horas de capacidade de operação. Seria um must para Patrulhamento de Fronteiras ou mesmo designador de alvos e verificador de resultados para mísseis de guiagem a laser ou peças de Art, p ex (mesmo a versão menor, o 500C, já bastaria para orientar o tiro até do ASTROS). Isso sem mencionar que poderia até receber armamento:



Ainda sobre drones, agora sobre os pequenos (portáteis), lembro de um debate recorrente na primeira década, o de que o CIGS treinava o pessoal para se orientar sem GPS e ficar privado de comunicações por longos períodos, pois a densa cobertura vegetal e terreno muito acidentado (a Amazônia só é plana para quem a vê de cima, como deves saber muito melhor do que eu) em tese impediria isso.

Bueno, hoje não mais, se há uma coisa que aprendemos com os celulares Iridium e mais ainda com a crescente rede do Elon Musk (Starlink), hoje bastaria ter um drone capaz de fazer o que o Iridium já faz há décadas, o que, com a tecnologia atual e em uma "embalagem" tão pequena (o drone), provavelmente se limitaria ao acima, radiofonia, GPS (mesmo que inicialmente com pouca precisão) e mensagens de texto/voz; mais adiante talvez imagens do tipo foto e com baixa definição (se comparadas às que fazemos com um mero Smartphone).

Muita coisa precisa ser atualizada nos currículos das Academias Militares e Núcleos de Excelência, à luz dos drones.

[FCarvalho]

Olá @Túlio

Eu leio quase sempre as muitas matérias que tem saído recentemente nos últimos anos sobre drones, e o que me parece é que os militares aqui passam tanto tempo preocupados em tentar tapar os buracos de coisas, digamos, mínimas, básicas e necessárias que isso de operar drones fica parecendo um luxo pouco importante, e talvez até desnecessário, para quem ainda opera, por exemplo, artilharia do tempo do vovô. Sem contar que as Bia Observação que existem apenas nos manuais dos GAC e sequer tem previsão de vir à luz algum dia, mesmo tendo aqui propostas da Avibrás para isso há anos.

Mais do que doutrina, nos falta uma cultura no país para entender e vislumbrar todas as gigantescas possibilidades que os VANT podem nos trazer, principalmente levando em conta o fator daquele tipo de guerra assimétrica, que de dois anos para cá está meio que fora de moda por causa do conflito na Ucrânia e dos dois anões do Cáucaso.

Eu penso que seria o caso de colocarmos os carros na frente dos bois, se quisermos de fato dar saltos qualitativos e quantitativos no sentido de apor aos muitos projetos que temos na indústria hoje o espaço que lhes é mister nas ffaa's. E não há argumentos que justifiquem qualquer demora ou procrastinação neste sentido, já que as tecnologias estão dominadas, são de fácil acesso e assimilação e os custos de aquisição, operação e logística de apoio serão\seriam todos em reais, e bem abaixo, creio, de soluções importadas, como vemos hoje. O problema é a eterna burrocracia da administração pública - inclusive a militar - que impede qualquer avanço mais célere neste e em outros campos operacionais.

Se formos pensar direitinho, olhando a atual organização das forças, temos vaga para VANT desde o nível pelotão até divisão no exército, idem para o CFN e MB, e a FAB só não tem mais porquê não quer. O que há de proposto aí no SISFRON é apenas a ponta de lança para engajar vários modelos em diversas categorias, principalmente a partir dos PEF, mas que infelizmente continuam limitados à incapacidade e\ou falta de vontade do EB, e demais forças, de avançar com mais firmeza na área.

Dizem que a necessidade é a mãe de todas as soluções. Quem sabe alguém no MD um dia lembra deste ditado. Tudo tem de começar por ali.

[Túlio]

Se formos pensar direitinho, olhando a atual organização das forças, temos vaga para VANT desde o nível pelotão até divisão no exército, idem para o CFN e MB, e a FAB só não tem mais porquê não quer. O que há de proposto aí no SISFRON é apenas a ponta de lança para engajar vários modelos em diversas categorias, principalmente a partir dos PEF, mas que infelizmente continuam limitados à incapacidade e\ou falta de vontade do EB, e demais forças, de avançar com mais firmeza na área.

O modelo portátil que citei seria em nível GC, eu diria; já mostrei várias vezes fotos (salvei num pendrive) de um que faziam aqui perto, em Porto Alegre, por uma empresa que ainda existe mas saiu do ramo industrial e foi para o de serviços, chamada SKYDRONES. O bichinho cabia na palma da mão, comp x larg de 12 cm, peso vazio de 120 g e total de 320, podendo levar até - fabuloso para a época - FLIR! Excelente para engajamentos a distâncias mais curtas, até uns 2 km, podendo fazer desde reduzir a necessidade de fatiamento ao longo da progressão (a gente faz isso por não saber o que está à frente, agora imagines como seria sabendo) até Counter Sniping ou Reconhecimento; e tudo isso era tecnologia de fins da PRIMEIRA DÉCADA!!!

O "irmão maior" dele é que era nível Pel; passava fácil pela escotilha de um Leopard e tornaria obsoleto o CASCAVEL e até o CENTAURO, para fins de Reconhecimento e Patrulha. O primeiro poderia criar um "hemisfério de segurança" de uns 100 m a 2 km para o GC, o segundo poderia fazer o mesmo a até (lembrar, mais de uma década atrás) uns 6 km, alcance máximo com alguma precisão das melhores Pç e Mun 120/125 da época, sendo isso devido mais ao alcance do UAV, com suas então novíssimas baterias Li-Po, que mal aguentavam meia hora de voo, do que aos sensores. Aqui os dois juntos, com uma caneta comum perto, para avaliar o quão pequenos (não achei a do modelo menor na minha mão mas esta img também é minha, uses à vontade), abaixo o maior no case, que também passava fácil pela citada escotilha (foto minha também), e a tecnologia ainda era tão revolucionária que é visível que o citado case foi improvisado a partir de uma maleta comum:






Agora imagines as dimensões, peso e capacidades se pudessem ter aproveitado mais de uma década para evoluir...

[FCarvalho]

Eu não tenho certeza, mas hoje, mais de dez anos depois, talvez a empresa se empolgasse voltar a investir nestes drones caso houvesse concretamente interesse e um projeto de parte do MD visando equipar as forças em todos os níveis e categorias de VANT.
Não sei dizer se agora há empresas na BID ou fora dela que tenham em mente drones como estes que mostrastes; e grato pela imagens.
Mas suponho que com tudo o que se vê por aqui e o que é publicado na imprensa especializada em defesa, talvez a nossa visão das capacidades da indústria neste campo seja ainda periférica.
Em dezembro tem outra mostra BID Brasil. Talvez seja mais uma oportunidade para quem investe em drones no Brasil mostrar os seus produtos e quem sabe despertar o interesse dos militares e do MD.
Gente pesquisando e produzindo soluções é o que mais temos neste momento. Falta o Estado cumprir com o seu papel.

[FCarvalho]

Parei para pensar agora em como os nossos pelotões de exploradores ainda estão defasados em termos de equipamentos e recursos ISR, dependendo muitas vezes apenas do "olhômetro" para fazer o seu trabalho.
E não seria nenhum problema maior incluir drones cat 0 e cat 1 neles junto com os novos LMV, radares de superfície, e sistemas ISR e C3 mais capazes.

[Aim For The Top]

[gabriel219]

Ao invés do Enforcer, porque não o Spike SR?

É somente 1,5 kg mais pesado, mais barato e seria uma opção também para tropas em solo.

Tudo bem, sei que a MBDA procurou diretamente a XMBOTS, porém se o EB estiver interessado - e deveria estar - nesse tipo de armamento, opte por um mais barato. Aposto que, a exemplo do MMP, o Enforcer deve custar o preço de um Spike ER2.

[FCarvalho]

VANT VTOL Scorpion

https://www.tecnosat.com.br/vant-vtol-scorpion

[pewdiepie]

[Lucubus]

pqp..... esse caiafa ta difícil kkkkk

esse charuto com asas da Stella com munição loitering....

[pewdiepie]

pqp..... esse caiafa ta difícil kkkkk

esse charuto com asas da Stella com munição loitering....

Acho que perdi o fio da meada. Qual o BO com o Caiafa?

Sobre a Stella e seu charutinho... é formidável o que eles estão conseguindo fazer por conta própria. Tem outro "drone" que queimou 60 milhões do contribuinte. Hoje ele é peça de museu, literalmente.

[Duka]

Se cada ppt dessas empresas duvidosas virassem produtos reais e competitivos a gente seria uma super potência militar e tecnológica...
É sempre muito render e fantasia em busca de FINEPs da vida.

[pewdiepie]

Se cada ppt dessas empresas duvidosas virassem produtos reais e competitivos a gente seria uma super potência militar e tecnológica...
É sempre muito render e fantasia em busca de FINEPs da vida.

Caro Duka,

O Atobá é um produto real cujo projeto foi financiado com capital exclusivamente privado. O projeto custou 11,5 milhões de reais.

Segundo a FAPESP, o Falcão da Avibras consumiu 85 milhões de reais.

Por mais empresas duvidosas no mercado!

[FCarvalho]

A Stella Tecnologia está dando mostras de que apesar da indiferença dos militares e do MD com a empresa, ela é plenamente capaz de gerar soluções independentes e com capacidades múltiplas de uso para seus drones. E isso não é pouca coisa. Principalmente em um país pouco afeto a gerar conhecimento e tecnologia fora do agro.
Então, antes de dizer que a empresa é isso e aquilo é bom considerar a realidade em que ela se encontra e o que ela está propondo em vista do que precisamos nas ffaa's mas que não temos iniciativa ou predisposição para avançar além do mínimo básico necessário.
O que será que o MD está fazendo em relação a tudo o que vem sendo feito e desenvolvido nos últimos anos na área de VANT no Brasil face ao enorme abismo em que nos encontramos mesmos quando compararmos a países sem qualquer tradição em defesa.

[Strike91]

Pessoal segue mais informações sobre os "drones kamikazes" da Stella com uma arte informativa e um vídeo produzido pela empresa à respeito dos novos lançamentos, inclusive com um suposto vídeo de deste deste novo drone kamikaze, divulgado no canal Caiafa Master.