Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

[gogogas]

A nomenclatura 408 vem do Cesna skycourier !

[FCarvalho]

Eu não seria tão apressado em dizer que este ou aquele avião de transporte foi escolhido pela FAB. O novo governo tem como marca registrada, e necessidade premente, aumentar a capacidade de investimento do Estado nos diversos setores econômicos, a fim de fazer com que os números propagados na campanha se tornem no curto e médio prazo visíveis ao público eleitor e aos "especialistas em economia" da tv e internet.

Os programas estratégicos das ffaa's tem orçamento no PLOA 2023 que os mantém, ainda, com o nariz fora d'água, e é somente isso. Não há previsão de verbas para ir mais rápido ou na velocidade proposta nos cronogramas militares originalmente. Sobra a questão trazida no texto: de onde tirar dinheiro para manter os milicos ocupados com seus próprios projetos e "esquecerem" o vida política do país; isto ainda tem de ser estudado, daí a presença do pessoal da FIESP e da BIDS no encontro.

Neste momento o que se precisa resolver é como financiar os projetos sem terminar de quebrar as contas do governo. E eu não diria que a FAB abandonou o STOUT, ela apenas se omitiu em colocar grana que não tinha nele. Agora que o governo é outro, vamos ver de que forma o MD e ministérios da Fazenda, Planejamento e indústria e comércio tiram da cartola uma solução para tentar resolver mais este imbróglio.

Como disse outras vezes, o Brig Damasceno irá seguir a lógica administrativa e decisória construída pelo antigo comando da FAB, do qual aliás ele fazia parte, e ajudou a conceber, planejar e colocar na prática tudo o que foi feito até agora. E não é porque virou comandante que irá sabotar o próprio trabalho, e muito menos dos demais oficiais do EMAer e do cmdo da FAB que estão e estiveram com ele. O barco ainda é o mesmo para todos. E ele não comanda a força aérea sozinho.

Há sim, temos 3 projetos no papel com potencial para se candidatar a substituto dos Bandeirante, Brasília e Caravan, com 3 empresas diferentes propondo soluções. Melhor do que isso eu nunca poderia imaginar. Sorte da FAB e do GF. É só escolher a melhor, ou melhores, solução para o país.

[Túlio]

A nomenclatura 408 vem do Cesna skycourier !

So what? É um produto ianque já pronto, enquanto o (pelo jeito natimorto) STOUT seria Brasileiro e com novas possibilidades, como propulsão híbrida e talvez até puramente elétrica, mais à frente.

[FCarvalho]

A Embraer já disse que o STOUT segue sendo desenvolvido mesmo sem a FAB. Isto com certeza não foi em vão ou uma simples nota de roda pé para o mercado. Chegou aonde devida chegar quando foi dito.
Então, é questão de tempo o pessoal sentar para conversar com o MD, e depois veremos o que acontece.
Idem para o ATL-100\300 e o avião da AKAER.
Só para lembrar. O EB não abriu mão da asa fixa para a Avex. E a MB continua com seus planos de retomada da asa fixa na aviação naval.
O momento é muito propício para sentar e conversar com todo mundo.
Nunca tivemos oportunidade assim antes.
Dizem que a sorte não bate duas vezes na mesma porta.

edit: após a modernização os C-95M\P-95M ue ainda operam serão mantidos, segundo a FAB, por mais 10 a 15 anos de operação. O último avião a ser modernizado foi entregue recentemente. Temos pela frente até o final desta década até que a FAB comece de fato a procurar um substitutos para os Bandeirante, e a posteriori, Brasília e Caravan. Um novo avião deve ser introduzido apenas no começo dos anos 2030. De qualquer forma, Embraer, DESAER e AKAER terão tempo para terminar de fazer o seu dever de casa, seja para exportar, seja para vender no mercado interno.

[arcanjo]

O piloto de testes Corey Eckhart apresenta nos mínimos detalhes o terceiro protótipo da aeronave SkyCourier



abs.

arcanjo

[FCarvalho]

Será um excelente avião para a minha região, para empresas de taxi aéreo.

Eu já voei no Caravan, e vou te contar, é um pesadelo em rotas que levem mais de 30 a 45 minutos. Não só porque é pequeno, apertado, lento e sem recursos de quase nada para os passageiros, mas sobretudo porque é uma aeronave destinada a pequenas rotas, e não mais que isso. Depois de uma hora de voo se você tiver mais de 1,65 não vai conseguir mais sentir as pernas...

O voo que eu fiz furou 4 horas, com duas paradas até o destino final. É extremamente desconfortável. E tudo isso porque a cidade para onde fui não tem voos diretos para Manaus. O que também é fruto da desorganização do setor de transporte regional no país, e do pouco ou nenhum interesse dos governos e das empresas em investir no setor.

Se for para a FAB usar SkyCorrier no lugar dos Bandeirante, para as missões que eles realizam diariamente nas regiões norte e centro oeste, principalmente, melhor é esperar pelo STOUT, ATL-100 ou pelo ALFA da Akaer, muito melhor e mais adequados aos requisitos de operação do século XXI do que o avião da Cessna; não que ele não sirva, mas é um projeto feito sob medida para o mercado civil. Uma simples adaptação ao mercado militar não nos traria nenhuma vantagem efetiva hoje em relação aos C-95, pelo contrário. É só olhar para os projetos das indústrias que estão sendo propostos e, a olhos vistos, se percebe o tremendo avanço que eles representam em relação aos aviões que se pretendem substituir, fora as possibilidades no mercado civil interno e externo. Não e preciso dizer que a aviação regional no Brasil há décadas se recente de apoio e alternativas para tentar sair do buraco em que está devido a não relação do poder público com o setor.

A ver se o go verno atual irá permitir que se empenha os escassos recursos públicos em um avião estrangeiro quando temos aqui - nunca antes na história desse país - simplesmente três projetos diferentes ao mesmo tempo de aviões regionais, e todos com características que os habilitam a prosperar em qualquer mercado em que vierem a ser inseridos.

A ver.

[Lucubus]

Um detalhe não menor nesta matéria sobre o C-408, foi a participação do Jackson Schineider. Lembrar que ele foi membro ativo no governo de transição.

[FCarvalho]

Notar que entre os projetos nacionais, apenas o ATL-100 se aproxima do Bandeirante em relação as características físicas, de desempenho e operacionalidade, com óbvios ganhos em relação a estes dois últimos. Já o STOUT e o ALFA estão mais para o Brasília do que os C-95. Aí é só pensar com a cabeça, e não apenas com o fígado, ou o bolso, e ver o que é melhor para nós.

Lembrando, o EB tem apenas 4 Bavex, e no planejamento busca obter a priori 12 aviões de asa fixa. Não custa lembrar que a aviação do exército não cobre o país todo em termos de infraestrutura e recursos, materiais e humanos, com destaque para a região nordeste e sul. E isso já tem quase 40 anos, depois de sua criação.

A MB precisará de aviões de carga leve e médio para cobrir as missões de apoio aos DN, CFN, OpsEsp, Esquadra, ligação, comando, transporte, esclarecimento e patrulha marítima, SAR e C-SAR, guarda costeira e fluvial, e no futuro, aeronaves ISR e mesmo AEW&C para compor juntos aos substitutos dos A-4M; e antes que me esqueça, vetores REVO, também.

Para quem ainda não notou, o ALFA, segundo a AKAER é um projeto derivado de um modelo que a empresa pretende lançar de um avião de carga sem piloto. Não é pouca coisa, apesar de não sabermos sobre os detalhes do mesmo. Mas no vídeo sobre o modelo aqui neste tópico, ele parece ser da mesma categoria do avião pilotado. Mais um ponto para nós prestarmos atenção a este projeto. Antes que alguém pague por ele e leve embora.

Eu entendo que não dá para simplesmente fechar os olhos para tudo isso a título de limitações orçamentárias e outras prioridades. A aviação de transporte da FAB sempre foi, e continua sendo, um tipo de "prioridade 0", ou seja, mesmo sem estar escrito no papel, ela vem antes de quaisquer outras que se possa elencar oficialmente. E o KC-390 representa muito bem essa questão.

Bem, eu fosse os militares, tratava de arrumar um bom planejamento ($$$) para levar ao cmte em chf uma forma de tocar os 3 projetos ao mesmo tempo para todas as forças. E isto é possível se nós sairmos dessa eterna caixinha de mínimo básico necessário - ou seja, esse negócio de 'manter doutrina' - onde só cabe o que estiver ao alcance do bolso no momento. Não é o caso de voltar as megalomanias de vinte anos atrás, mas de pensar e organizar os vetores de acordo com a realidade da infraestrutura atual, e demandas de curto e médio prazo, de modo que os políticos possam vislumbrar ganhos efetivos (para eles) em relação aos investimentos que se possa fazer na indústria de defesa. Sem isso, podemos ter certeza que nada do que a indústria está propondo aí sairá do papel, ou do computador, como queiram, em tempo visível. Azar o nosso. De novo.

[FCarvalho]

Um detalhe não menor nesta matéria sobre o C-408, foi a participação do Jackson Schineider. Lembrar que ele foi membro ativo no governo de transição.

Podes ter certeza de que ele não estava ali por mero acaso. O papel dele é bem maior do que parece no atual governo.
E ele vai largar a presidência da EDS em março ou abril.
Não é à toa. Também.

[Marcelo Ponciano]

Um detalhe não menor nesta matéria sobre o C-408, foi a participação do Jackson Schineider. Lembrar que ele foi membro ativo no governo de transição.

Podes ter certeza de que ele não estava ali por mero acaso. O papel dele é bem maior do que parece no atual governo.
E ele vai largar a presidência da EDS em março ou abril.
Não é à toa. Também.

Ele é membro do conselho de comércio exterior da FIESP. Pelo menos oficialmente estava lá por isso.

[FCarvalho]

Brigadeiro Mesquita destaca prioridades da nova gestão da Seprod em plenária da ABIMDE

https://abimde.org.br/pt-br/noticias/br ... da-abimde/

Pelo que se deu a entender, agora oficialmente é cada um por si e Deus por nós todos.
O governo quer industrialização, mas sem investir do próprio bolso para isso. Olho no PAED.
A ver o que acontece.

[artenobre]

https://www.defesaemfoco.com.br/akaer-v ... ronautica/

[Aim For The Top]

A SIATT faz parceria com uma empresa paquistanesa.

Solunox from Pakistan and SIAT from Brazil Join Forces to augment Global Security

https://defensetalks.com/solunox-from-p ... -security/

[EduClau]

Que coisa, na imagem da nota aparece um render de um Matador (ou seria um Mansup com turbina) lançado desde uma Tamandaré, ou corveta (V35) ?

[Aim For The Top]

Que coisa, na imagem da nota aparece um render de um Matador (ou seria um Mansup com turbina) lançado desde uma Tamandaré, ou corveta (V35) ?

é um render do projeto da corveta tamadaré feito pelo emgepron em 2014 antes da competição.