J.Ricardo escreveu: Qui Abr 14, 2022 10:48 am
Qualquer inimigo além dos vizinhos, seria a OTAN, ou alguma coalizão junto com ONU ou EUA.
para os vizinhos, o caminho que estamos trilhando esta certo, só precisamos de mais quantidades, contra a OTAN qualquer coisa que não seja nuclear é perda de tempo, e para o restantes voltamos para o início, só precisamos de mais quantidades.
A questão é: quais as perspectivas da FAB concretamente sobre o futuro no longo prazo para a nossa capacidade de defesa aeroespacial se a questão nukes não for alterada na constituição
E se nestas perspectivas existe espaço, ou não, para um combo Gripen e caça 5a G ou se vamos pensar apenas neste último como substituto imediato do Gripen E\F no pós 2050
Ademais, pensar em quantidades maiores, mesmo olhando estritamente o contexto sul americano, é na prática voltarmos à discussão sobre a capacidade real e efetiva da FAB em ordenar uma frota adequada as suas reais necessidades, e não apenas ao orçamento.
Hoje a FAB está extinguindo os poucos esquadrões de caça que possui, diminuindo a quantidade de bases operacionais, de pessoal, e de materiais e recursos que sustentam todo o sistema de defesa aeroespacial do país. Há pontos positivos e negativos em diversos aspectos. Mas no geral, a força está investindo em operacionalidade e qualidade, em detrimento da quantidade. Mas no nosso caso em específico, é válido na íntegra essa troca sem maiores questionamentos, vide o que está acontecendo a olhos vistos na Ucrânia
Porque por mais que o Gripen E seja um dos melhores caças da atualidade, e seguirá sendo nos próximos anos, mesmo com as suas muitas qualidades não dá para admitir que a nossa defesa aérea esteja completamente segura na mão de algumas poucas dezenas de unidades que estarão sempre operacionais.
E me parece que se formos olhar detalhadamente as versões do PAED da vida, mesmo para uma coalizão feita contra nós, se lográssemos conseguir todos os recursos solicitados pelos militares naqueles planos (vazios), qualquer uma opção militar contra nós seguiria sendo algo no mínimo contraproducente face as expectativas de perdas que seríamos capazes de impor a eventuais adversários. Mas esta é uma ilusão penso já superada até pelos mais otimistas em Defesa, civil ou militar.
Ou seja, resta-nos lamentar que sem uma defesa que seja pensada de forma crível e efetiva, e não apenas viável e possível, estamos muito longe de qualquer vislumbre de capacidade reais de defesa aérea, terrestre e\ou naval. Com ou sem caça de 5a G.
E como Defesa não está na agenda nacional....
