Modernização dos AMX!!!

[FCarvalho]

De uma frota de 53 caças apenas 12 modernizados, tirando as perdas operacionais, mal chega a 22% da frota.
Se por um lado isto é muito ruim em termos de gestão de projetos, por outro abre mais uma brecha na FAB para argumentação, e pressão, para a sua substituição no curto e médio prazo. Os F-5 no papel começariam a ser aposentados a partir de 2027. Os A-1 estavam previstos durarem até 2033.
A ver como a FAB irá resolver esta questão da manutenção da frota e da durabilidade da vida útil das células de ambos.
Por enquanto nada de 2o lote a vista. E mesmo que venha, as entregas só começam na melhor das hipóteses depois de 2026. Mais cinco anos de espera, no mínimo, para vermos os F-5 serem retirados de linha. Quanto aos A-1, imagino que os 12 modernizados serão os únicos a voarem pelo próximos dez anos.

[knigh7]

Sim, com apenas 12 A-1 modernizados reforça o argumento da FAB para a necessidade de aquisição de um segundo lote de Gripens.

[FCarvalho]

Fico pensando só na cara de satisfação dos cmtes dos 2 esquadrões do 10o Gav operando 12 aviões para ambos nos próximos anos. Ou até 2033, se durarem até lá.
Ao menos peças de reposição não irá faltar.

[Cassio]

Foram 11 aeronaves modernizadas, sendo que uma foi danificada em acidente a parece que não será recuperada. Então são 10 os AMX na ativa, com cerca de 4 ou 5 operacionais.
Não se prevê a modernização de outras células.

[FCarvalho]

Foram 11 aeronaves modernizadas, sendo que uma foi danificada em acidente a parece que não será recuperada. Então são 10 os AMX na ativa, com cerca de 4 ou 5 operacionais.
Não se prevê a modernização de outras células.

Cássio, sabes dizer quantos seriam os A-1A/B ainda operacionais e se eles ainda tem como serem mantidos operacionais e por quanto tempo?
Li que a FAB estaria tendo problemas para manter estes caças em operação face a dificuldade de conseguir peças de reposição para os mesmos.

[Cassio]

Foram 11 aeronaves modernizadas, sendo que uma foi danificada em acidente a parece que não será recuperada. Então são 10 os AMX na ativa, com cerca de 4 ou 5 operacionais.
Não se prevê a modernização de outras células.

Cássio, sabes dizer quantos seriam os A-1A/B ainda operacionais e se eles ainda tem como serem mantidos operacionais e por quanto tempo?
Li que a FAB estaria tendo problemas para manter estes caças em operação face a dificuldade de conseguir peças de reposição para os mesmos.

Não sei dizer. A única coisa que sei é que a mesma falta de peças está afetando a operação dos modernizados.
Interessante isso, considerando que mais de metade da frota já foi desmobilizada e que serviria para aumentar o estoque de peças. Isso indica que esta falta de peças não vem de longe.
Triste ver as fotos de inúmeras carcaças de AMX amontoadas, desmontadas, num armazém do PAMASP, inclusive as células que já estavam passando por revitalização estrutural na Embraer, procedimento que precedia a modernização.

[FCarvalho]

É realmente lamentável este fim de vida dos A-1. Uma aeronave com a história que ela tem nã merecia um fim como este.

[Cassio]

É realmente lamentável este fim de vida dos A-1. Uma aeronave com a história que ela tem nã merecia um fim como este.

Segundo o que apurei já não existem aeronaves AMX não modernizadas em operação.

[FCarvalho]

É realmente lamentável este fim de vida dos A-1. Uma aeronave com a história que ela tem nã merecia um fim como este.

Segundo o que apurei já não existem aeronaves AMX não modernizadas em operação.

Então vamos com as 10 que sobraram e seja o que Deus quiser.
O Centauro e o Poker, pode-se dizer, estão com a operacionalidade praticamente jogada ao léu. Diria que existem apenas para manter a mão do pessoal e as horas de voo. Operacionalmente não dá nem para considerar estes esquadrões como um ativo militar.
Triste. Muito triste. Alguém deveria responder por este fim inglório dos A-1 da força aérea.
Isto torna a aquisição de um segundo e quiçá terceiro lotes do Gripen E/F algo impositivo no curtíssimo prazo. Mas como conseguir algo assim em meio ao pandemônio econômico vividos, quando a FAB luta para mesmo manter o contrato atual dentro do cronograma?
Vamos ter que contar com a sorte, para quem nela acredita, que esta dezena de aeronaves cheguem pelo menos ao final desta década.
Afinal, se aviões voam, também podem cair, sofrer acidentes, ficarem indisponíveis, faltar peças, manutenção em dia, etc...
Que situação.

[J.Ricardo]

Isso acaba fazendo a gente temer até pelo futuro do F-39, se não houverem mais encomendas que tornem sua linha de produção mais saudável, no futuro as peças do mesmo vão ficando cada vez mais caras e escassas... ou haja impressora 3D pra dar conta da manutenção...

[FCarvalho]

Eu não sei como fazem o planejamento da frota de caças da FAB, mas me parece que os números sempre são algo pouco claros em termos de necessidades efetivas.
A julgar apenas pelo número de esquadrões que temos hoje, seriam precisos no mínimo 72 caças, com 12 por esquadrão. Mas se levamos em conta o esquadrão a 18 unidades como proposto para o GDA, então seriam os propalados 108 caças.
Nunca vi ninguém da FAB nestes últimos vinte anos vir a público, e menos ainda ir lá no congresso e no Planalto, e dizer claramente: "precisamos de X números de caças, e nada menos que isso nos serve".
Talvez esse seja o nosso maior problema. Quase ninguém neste país sabe de fato o que as forças armadas precisam. E quem sabe, pouco ou nada esclarece ao público pagador de impostos suas reais necessidades. Como se isso fosse um segredo de Estado imutável.

[knigh7]

Isso acaba fazendo a gente temer até pelo futuro do F-39, se não houverem mais encomendas que tornem sua linha de produção mais saudável, no futuro as peças do mesmo vão ficando cada vez mais caras e escassas... ou haja impressora 3D pra dar conta da manutenção...

A AMI está operando apenas 32 AMX. Eles estão sendo substituídos pelo F-35. Em 2019 os italianos estabeleceram o deadline para ele para dezembro deste ano. Isso significa que, mesmo que haja algum atraso no fim da retirada, por 1 ou 2 anos, não vale a pena investir na aquisição de suprimentos da aeronave.

Ou seja, só sobrou a FAB.

No caso do Gripen E seria de fato perigoso se a SAAB não conseguir vender para mais ninguém. Poderia ter o mesmo problema do AMX. Mas eu acredito que não: o caça sueco é multifuncional, a 5ª geração está enfrentando atrasos e/ou são muito caros de operar, e junta o fato do Gripen E ser um caça monomotor de 4,5G no meio de bimotores desta geração. Tem o F-16 como rival direto.

A Suécia não é um país que tem tanta força de vendas, mas há no mundo operando aprox 170 Gripens C/D e estão bem. Numa AFM de 2 anos atrás, o comandante da Força Aérea da Tailândia elogiou o baixo custo operacional dele. É uma versão que está há 2 décadas em operação e demonstra que o suporte logístico vai bem.

O que NÃO pode é a FAB querer operar o caça por mais de 30 anos. Seja por questões logísticas, seja pelas tecnologias disruptivas que irão tomar conta dos céus nas próximas décadas.

[FCarvalho]

O que NÃO pode é a FAB querer operar o caça por mais de 30 anos. Seja por questões logísticas, seja pelas tecnologias disruptivas que irão tomar conta dos céus nas próximas décadas.

Creio que o fato de possivelmente estarmos ainda recebendo caças Gripen E/F ao longo da próxima década será mais que suficiente para vermos estes caças para além de 2050 sem maiores problemas. Independente se ele esteja sendo fabricado ou não.

A conta da Suécia é de 60 aeronaves até o momento. Eles também ainda estarão recebendo estes caças pelo menos até o começo dos anos 2030. Os Gripen C/D terão mais 10/15 anos de vida útil na frota sueca. E como o modelo de atualização do caça é muito bom e diferenciado da concorrência, permitindo agregar valor ao mesmo ao longo dos anos em suas manutenções de praxe, não vejo como improvável eles ainda estarem em operação por lá muito além de 2050.

Levar em conta que os modelos C/D e E/F devam ser potencialmente vendidos a países já clientes, ou novos, o que prolongará a linha de produção pelo próximos 10 anos, no mínimo. A Finlândia, caso o Gripen vença por lá, só começam a ser entregues em 2024/2025 caso a decisão seja tomada ano que vem. Ou depois, caso a decisão seja postergada. O que não acredito. E ainda tem Canadá, Filipinas, Ucrânia, e outros possíveis clientes onde o caça concorre.

Enfim, temos espaço e tempo para operar o Gripen E/F bem mais de 30 anos, por baixo. A não ser que os suecos façam uma curva decisória pelo Tempest no futuro, o que penso ser no momento algo bastante improvável, já que isto quebraria a regra de desenvolvimento independente da Suécia no campo da defesa. Mas, os tempos são outros. A ver.

[henriquejr]

[Túlio]

Vou dizer de novo: PARA MING o substituto do AMX não será tripulado; já falei isso várias vezes ao longo dos anos, inclusive neste tópico e não sou profeta (logo, não me venham pedir os números da Mega-Sena ) e vários indicativos podem ajudar a chegar a esta conclusão e mantê-la, que vão desde o aparente desinteresse da FAB por UAVs/UCAVs convencionais endógenos, oferecidos por desde startups de fundo de quintal até empresas conhecidas como a AVIBRAS, em prol da importação pura e simples (prateleira) de meios assim de Israel, País conhecido por seus poucos escrúpulos em, se bem pago, compartilhar conhecimentos e tecnologias sem maiores restrições. E a ideia se torna mais plausível com este estudo que vai patrocinar na toda-poderosa EMBRAER, a qual o ilustrou com o que parece demais com algum tipo de Loyal Wingman. Acrescentemos a isso que ali pelo fim da década a FAB já vai ter um conhecimento PRÁTICO bastante razoável sobre as novas possibilidades oferecidas pelo Gripen F (biplace), além do E, eis que envolvida com o Programa desde bem antes da assinatura do contrato.



Acrescentemos também que os -99 foram recentemente modernizados mas a capacidade que mais chama a atenção geral é o upgrade no Erieye e no data-link: que outras não estarão ocultas? Uma me parece meio óbvia: se o BVR Meteor for mesmo adquirido e integrado ao Gripen, o passo lógico a seguir é aproveitar um dos seus grandes diferenciais, que é a capacidade de ser apenas lançado pelo caça (em "silêncio-radar") mas guiado pelo AEW/AWACS até o momento em que recebe o comando para ligar seu próprio sensor. Ou o -99 tem/recebe esta capacidade ou o míssil estará claramente sendo subutilizado.

In fact, the launching jet’s pilot may never have to use his own radar at all to engage a target. Instead he simply assigns the missile a target on his situational display. The missile then gets continuous updates from third party sources—rather than the fighter that fired it—right up to its final attack sequence.

https://www.thedrive.com/the-war-zone/4 ... -the-world

Mas e a seguir? Se é possível exercer C&C sobre um AAM (e é), que tale sobre um LW? A equação se moveria de -99 > Gripen E/F > Meteor/MICLA > AMX para em lugar deste ter-se um Loyal Wingman.

Se vai ser feito? Não sei mas ACHO QUE SIM (frisar o "acho", claro), pois simplesmente comprar mais e mais Gripen agregará pouco mais do que números, já um UCAV de ponta é mais por menos.

É o que penso (desde uma década atrás).