Penguin escreveu: ↑Sex Dez 04, 2020 10:18 pm
prometheus escreveu: ↑Sex Dez 04, 2020 9:46 pm
O negócio é o seguinte... Países como China, Rússia e EUA e até mesmo a Índia estão pouco se importando c isso, se investem nisso é por conta dos benefícios econômicos e políticos nacionais, não p atender o desespero das nações pequenas e escassas como as europeias. É mais que patente que a ONU c suas agendas, sejam ambientais, sejam humanitárias, são usadas por esses países p palanque político e barganha comercial, com fins a manter seu domínio estratégico nessas áreas, proteger seus mercados, interesses políticos etc. Quem imagina o contrário está sendo ingênuo. Não tem nada de ideologia nisso, isso já é realismo político, pragmatismo, fortemente embasado em fatos comprovadamente históricos.
Rússia mais que quintuplicou (!) seu PIB c o Putin nas últimas décadas mesmo c todas as sanções econômicas, políticas e bla blá blá sei lá o que de Europa, EUA e ONU.. a China tb, não deixam de produzir gases carbónicos nas suas indústrias por conta disso não... de questões humanitárias, n preciso falar nada... A única diferença desses paises p o nosso é que lá eles estão pouco se importando p pressões externas, estão se tornando potências mesmo COM pressões externas. Mas aqui não, aqui a gente tem q ceder por conta de pipipi popopo.. e ainda nos tornamos reféns deles, é a síndrome de viralata ate nisso, senhor!! A gente precisa ajustar nossas políticas econômicas p ingles ver até hoje
Então, c todo o respeito, mas me desculpe, que se dane ONU e Europa... Se o custo benefício daqui pender mais p gente, que assim seja...
Ninguém está preocupado com a poluição das indústrias e das grandes cidades do Brasil. Se por passe de mágica fosse possível duplicar a nossa indústria e nesse processo duplicasse também a poluição, não haveria protestos no exterior. Geralmente quem exige o controle sobre esse tipo de poluição é a própria população.
A verdade é que o PIB da Região Amazônica não chega a 10% do PIB nacional e as atividades agropecuárias contribuem com a menor parte desse PIB comparado com a indústria e o setor de serviços. Não é a agropecuária que irá fazer diferença significativa no PIB da Região Amazônica e sim a indústria e os serviços. E a poluição gerada por esses setores nunca atraiu a ira mundial (ZFM, Carajás etc). Colocar ênfase na exploração agropecuária e de garimpo envoltas em ilegalidades, não desenvolverá a Região e tende a prejudicar quem produz dentro da legalidade.
A URSS tinha o 2o PIB mundial atrás apenas dos EUA.
Hoje o PIB da Russia é equivalente ao brasileiro.
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... _(nominal)
Aqui está o crescimento anual em % PIB russo ao longo das últimas décadas, desde o desmantelamento da URSS...
e aqui o crescimento em U$ PIB, valores
Você pode reparar que a Russia, a partir de 2000, entrou num período de crescimento econômico elevadíssimo, só interrompido em 2009... e por quê? por conta da crise financeira mundial, e...... porque a Rússia era uma das maiores exportadoras de commodities (sim, commodities!)..... gás natural e petróle... Gazprom, Lukoil, Rosneft Oil, dentre outras que foram parcialmente privatizadas pelo estado russo, logo elas foram profundamente abaladas. Isso, é claro, fora os minerais no setor energético, que atraíram muitos fluxos de investimentos estrangeiros no país durante este período... Na parte asiática russa, ainda há muita reservas minerais, quase que 80%, logo a tendência é isso aumentar. Na Sibéria Ocidental mesmo, há diversas indústrias de bens intermediários, como siderúrgicas e metalúrgicas. C boom econômico o país tende a inevitavelmente estimular suas indústrias, mormente a de bens de consumo, é uma cadeia, está tudo ligado necessariamente... nem que esse boom seja gerado por... commodities...
Enfim, o que quero dizer c isso? O projeto do Putin, em 2000, era dobrar o PIB, mas ele (quase que) quintuplicou... por conta disso ele começou a dar a cabo projetos expansionistas, anexou a crimeia em 2014, tomou de facto o leste ucraniano todo (em breve serão os países bálticos) e ai sim, você percebe uma queda novamente por conta das sanções e fuga de capitais etc. Mas isso tudo tenderá a mudar porque a Europa ainda é muito dependente dos combustíveis fósseis russos e porque os projetos políticos-expansionistas russos estão estritamente ligadas ao crescimento da sua economia; os EUA mesmo parece que já está meio que "desistindo da europa" e do "oriente médio" e mais preocupado c a porção pacífica dada as últimas movimentações, mas vejamos como isso vai se desenrolar daqui p frente c o Biden... De qualquer forma, a Russia mesmo, pelo que eu saiba, nos ultrapassou recentemente em PIB... não sei se a russia está entre os 3 países que nos ultrapassaram recentemente, mas, ainda que não tenha sido ela, em breve ela nos ultrapassará dada a coordenação geopolítica e econômica estratégica dos seus governos...
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Agora, retornando ao Brasil... historicamente, a América Latina adotou um modelo de industrialização denominado de "substituição de importações", isto é, desde fins do século XIX, sempre fomos exportadores de matérias primas para os países desenvolvidos e industrializados, certo? Porém, com a crise de 29, esses países começaram a nos exportar menos, e ai isso nos causou problemas internamente, porquanto sempre éramos dependentes deles não só nisso como tb em capitais. Isso fez com que alguns estadistas destes países iniciassem uma industrialização tardia por aqui, mas quem é que construiu isso? As mesmas aristocracias latinfundiárias que acumularam capital c as exportações de produtos agropecuários... como esses Estados passaram a promover essas políticas, esses aristocratas começaram a investir na indústria, comércio, sistema financeiro etc., fornecendo empréstimos para a instalação de muitas indústrias nesses países, era o chamado capital interno privado: e aí citamos os estancieros argentinos, c suas exportações de carne e trigo; os cafeicultores aqui no Brasil; os proprietários de haciendas no México, c agave e café etc. Mas não só... o capital interno estatal também foi importante, com a implementação de bens intermediários (mineração, siderurgia, petrolífera etc) e construção de infraestrutura (transportes, telecomunicações, energia etc). A petrobrás mesmo é o nosso exemplo clássico disso... Enfim, a acumulação de capitais é, sim, muito importante, se houver uma coordenação estratégica por trás dela. Você sabe muito bem que historicamente somos MUITO dependentes de capitais estrangeiros, e isso nos trouxe MUITOS problemas ao longo da história com endividamentos, décadas perdidas, volatilidade de investimentos especulativos, etc. Mas o Brasil, no decênio 2000, comparado a esses outros países, foi o que menos se abalou c a crise de 2008, justamente por conta do nosso saldo comercial favorável (advindo das commodities) e ainda acúmulo de reservas cambiais... enquanto a argentina e o méxico estavam profundamente abalados, nós já nos recuperamos rápido...
Logo, concordo contigo na questão das indústrias e serviços, mas acho que todos os setores são importantes, se coordenados conjuntamente. Os conglomerados nacionais ligados a agroindústria se internacionalizaram de uns tempos pra cá, tornando-se transnacionais, enquanto que nossas indústrias se desnacionalizaram muito com a abertura econômica de 90... Mas claro, pelo menos nos tornamos um pouco mais competitivos e sólidos. Importante destacar que a Europa, EUA e China não deixarão de ser os maiores produtores agrícolas não, pelo contrário, aumentarão também, logo tb é um setor importante, até p evitar crises, como as de 2008. É importante estrategicamente diversificar nessa área, até p que não nos tornemos dependentes caso nossa indústria não se torne competitiva, por exemplo...
Agora, referente a indústria... acho que o problema é muito estrutural, temos problema c conta de energia elétrica (e novamente, batemos na questão das energias limpas), flutuação cambial desvalorizada (ainda dependemos muito de bens de capital...), nossa logística, novamente, é péssima (nos torna menos competitivos porque nosso sistema modal predominante é o rodoviário), nosso investimento tecnológico é parco, nossa educação não foca muito nessas áreas ai de exatas por que a politização nas universidades alegam que isso nos torna "alienados" e bla bla, nossa carga tributária é elevada, fora as barreiras dos demais países... com esse acordo UE então, acho que nos quebraríamos totalmente... não sei por que tem gente que defende isso, c todo respeito... Pois bem, os próprios tigres asiáticos eram agrícolas, e se tornaram desenvolvidos rapidamente por conta disso: incentivos, controle da política cambial, medidas protecionistas contra concorrentes estrangeiros, investiu em setores estratégicos educacionais e etc. Logo acho sim que temos condições de nos desenvolver, mas é preciso saber dosar tudo de acordo c o momento histórico... Mas concordo, a ênfase ilegal lá não funciona, teríamos que legalizar mesmo, ou mudar a legislação... a indústria extrativa mesmo nos ajudaria muito nesse processo... a gente tá é perdendo muito c isso e c a inviabilidade econômica por lá..
abs!