Brigada de Infantaria Paraquedista

[Ckrauslo]

Dimensões do mesmo.

Os dois caras sentados na porta já tem quase a metade da altura dela toda.
Para quem não consegue ler, tem 1,5m de altura dentro da cabine de um blackhawk...Se você senta nos jump seat sua cabeça já ta bem perto do teto.
Imagina eu de 1,85 tentar ficar completamente em pé dentro dele.
Compartimento interno de carga de um C130 tem 2,74m de altura, a porta tem mais de 1,9m

[Ckrauslo]

Nesses videos da pra perceber bem.
Como você precisa ficar curvado dentro do mesmo.

[Henrique Brito]

A Brigada Pqd elimina candidatos com mais de 1,95m por causa da porta do C-95 Bandeirante, eu não consegui achar no Google as dimensões da porta do Bandeirante, mas eu já saltei do Bandeirante e estive perto de helicópteros militares, a minha percepção é que com certeza a porta do Bandeirante é mais estreita, e tenho quase certeza que tem também por volta de 1,5m a 1,60m de altura, e ainda assim, todo pqd, inclusive os de 1,95m, saltam de pé do Bandeirante, precisando apenas se abaixar no momento de abandonar a aeronave.

Eu talvez fique mais impressionado ao ver pqds saltando após arrastar a bunda no chão da aeronave, porque fui treinado em uma cultura e técnica militar, de que o pqd não pode "cair" da aeronave, tem que saltar pra bem longe da aeronave, inclusive, os alunos ainda na área de estágios, são eliminados caso "caiam" da torre, tem que "atacar" a saída e não ser passivo esperando que a gravidade faça o trabalho, porque aqueles que "caem" da torre demonstram geralmente falta de coragem, e além disso, são principalmente eliminados porque ao "cair" da aeronave, aumenta muito a chance de um incidente de salto, pois a fita do paraquedas pode agarrar ou se partir sendo arrastada contra a fuselagem, ou o próprio pqd pode desmaiar se bater a cabeça contra a fuselagem, e se aterrar desmaiado pode quebrar as pernas ou ter traumatismo craniano.

Eu mesmo já vi um aluno "cair" da torre e bater com a cabeça no chão da própria torre, onde ele estava pisando segundos antes.

Tem vários vídeos de precs, comanfs, mecs e forças especiais saltando de helicópteros, e todos eles saltam de pé.

[Ckrauslo]

Eles não apenas caem, eles sentam na beira da porta e se impulsionam a frente com os braços e tronco.
Ao fazer isso você arqueia o corpo para frente.
Existem diferenças enormes que tu não tá levando em consideração, uma coisa é você ter a cabine inteira com 1,5m e outra é ter uma cabine de 1,75 com uma porta de 1,6.
Sem contar que:
No vídeo do salto estático, eles se posicionam daquela maneira por que o gancho com a guia do paraquedas, está preso em pequenos ganchos que ficam atrás deles, nessa de ficar todo mundo em pé, pode ocorrer acidentes, então eles vão sentados até próximo à ZL, sentam-se as portas, o MS prende o gancho e dá o comando de salto.

[FCarvalho]

Deixa eu dar um pitaco na conversa de vocês.
O que define o posicionamento do pqd em um salto dentro de um helo? o tipo do helo, o tipo de salto, os dois, nenhuma deles?

Pergunto porque tenho 1,87 m e já estive dentro de um BH em 1900 e bolinha. E a não ser que você seja um Hobbit, é impossível ficar em pé dentro dele. Mesmo para quem seja bem mais baixo do que eu.

Ainda não vi de perto o interior de um Cougar ou Jaguar do Exército, mas pelo que já vi eles voando aqui perto de casa e em outras ocasiões voando bem baixo, é possível perceber que a altura da cabine é bem maior do que o BH, e as portas laterais são bem maiores também. Não é o caso também de ficar de pé, mas é possível caminhar dentro dele sem ficar de joelhos, coisa que no helo americano sequer é possível fazer.

abs

[Ckrauslo]

Não falo pelo Brasil, mas pela doutrina operacional americana (Tenho vários amigos na 82 e 173).
Quando é salto de linha estática, é dessa maneira, por que o gancho e a linha vai preso em ganchos no piso da aeronave, você em pé pode causar algum acidente.
Sem contar que ela precisa ficar atrás de você.
Não sobraria espaço se todos estivessem ajoelhados mais centro da cabine e provavelmente estariam pisando onde não deveriam.
Salto livre, HALO e HAHO pode ser feito como nos vídeos que mostrei, ficando de joelhos e mergulhando da aeronave.
Abs.

[Henrique Brito]

É, parece que a questão é mais sobre a altura dentro da aeronave do que a altura da porta

[Ckrauslo]

Eu nem lembrei de mencionar, mas o 61 e o 4 BIS davam as instruções de helocast assim, também.
Sentado você se jogava para frente já com as mãos cruzadas sobre o peito.
Isso lá por 2010

[cabeça de martelo]

QP são os militares do Quadro Permanente (Sargentos e Oficiais). O pessoal que é do QP por norma fazem coisas que os contratados não fazem como saltos manuais, saltos para a água, etc. Fora isso só mesmo os Precs é que fazem este tipo de coisas regularmente.

Eles estão a saltar assim porque é a única forma.

Em Portugal também não se fazem saltos a partir de helicópteros porque não há qualquer vantagem sobre os aviões, já que o Exército não tem meios aéreos. Uma coisa que se fala à anos é comprar um balão para fazer saltos à Belga. Todos os que experimentarem dizem que é uma forma porreira para se fazer muitos saltos quando se quer sem ter que gastar muito dinheiro. Os Belgas fazem milhares de saltos assim todos os anos e quando querem saltar como deve de ser vêm a Portugal.

[cabeça de martelo]

RPáras - Treino da Torre de saída (chamada de torre americana)



























PQP mas por é que eu meti-me nesta?!...





Fonte: Serrano Rosa

[Henrique Brito]

Imagens da preparação para o Culminating em fevereiro de 2021.

[FCarvalho]

Ninguém me tira da cabeça que o nível de aprestamento e treinamento a que esta companhia está sendo submetida está anos luz à frente do que é feito no dia a dia da brigada. E tudo isso para não fazer feio em um evento no exterior. Tudo praticamente está sendo reavaliado e aperfeiçoado, desde fardamento a equipamentos individuais até a performace pessoal de cada soldado.

Como se trata de pessoal da infantaria dita comum, e não Precs ou forças especiais, há no mínimo de se questionar o nível real de aprestamento e treinamento da brigada como um todo, já que a nossa realidade orçamentária não permite sequer que a OM como um todo seja submetida ao mesmo nível atualização que essa tropa do 25o está recebendo.

Nome e tradição podem até dizer muita coisa sobre uma unidade militar, mas não dizem tudo.

abs

[Henrique Brito]

Eu discordo, talvez a única coisa que se esteja fazendo diferente do normal sejam estes capacetes e as Minimi que não estão padronizados para toda a tropa, de resto, não vi nada ali de diferente do que já fazíamos em 2004, principalmente a FT Santos Dumont, que é baseada no 26 BI Pqdt, vive em constante estado de aprestamento, fazendo dia sim, dia também adestramentos de tiro, salto, rapel, acampamentos, competições internas entre batalhões, adestramentos em todos ambientes do território brasileiro. Mas Imagino, e vejo com naturalidade, que se dê um gás ainda maior com quem vai representar o EB no exterior.

[FCarvalho]

Olá Henrique,

Embora a bgda pqdt seja considerada a principal força de reação do EB, nota-se que a brigada como um todo não tem o mesmo treinamento e disposição de recursos e materiais que esta companhia do 25o.

As FT dentro da brigadas são a forma que o EB encontrou para ter ao menos uma parte da tropa totalmente equipada e adestrada para responder, de fato, a eventuais empregos operacionais em que sejam necessárias. Uma força salvo engano no valor também de uma companhia. Uma ilha de modernidade dentro de outra.

E se é assim, a bgda como uma GU me parece possuir ela mesma diferenças bem grandes entre as diferentes OM que a compõe, com algumas delas recebendo melhor e maior atenção que outras. E isto talvez sequer possa ser considerado exatamente uma novidade, mesmo em unidades com prioridade de recursos dentro do EB.

Agora, me chama bastante a atenção que tudo o que está sendo visto na cia do 25o que vai para este exercício são exceção e não a regra em termos de material dentro da própria bgda. Então, a meu ver, há de se perguntar qual é a real condição de apronto da bgda como um todo, já que não há distribuição e composição material igualitária entre todas as OM que a compõe, inclusive no que tange o nível de treinamento recebido.

abs

[Henrique Brito]

Como te disse, o que essa companhia do 25 tem e que provavelmente a maioria da brigada não tem, são os capacetes e as Minimi, e isso nem tenho certeza, porque tem tempo que não volto na Brigada, mas o treinamento dela não é nada demais em que o treinamento das demais companhias do 25, 26 e 27, enquanto está companhia está se adestrando pro Culminating, tem outras companhias se adestrando na Amazônia em operações na selva, tem outras em São João Del Rei fazendo estágio de operações na montanha, existem outras em Pernambuco se especializando em operações na caatinga, outras se adestrando em salto em massa d'água, outras se adestrando no sul em uma clássica operação aeroterreste cercando a tropa inimiga com nossa força blindada, outras fazendo o estágio de operações táticas do BOPE para guerrilha urbana, outra fazendo estágio de caçador do CML, então, não é porque esta companhia do 25 está focada em treinar pro exercício que vai ser realizado nos EUA, que significa que as outras são menos operacionais ou estão paradas.

E sobre os capacetes e as Minimis, eu acho que as demais companhias ainda não tem, mas não tenho certeza disso, porque geralmente quando chega um material novo pra brigada, chega primeiro pra Cia Prec e pro 26 BI Pqdt que tem efetivo inteiramente profissional, se o 25 já tem Minimis e estes capacetes, provavelmente o 26 também já tenha e o 27 também, já que se chega pro 25 tem que chegar pro 27 também.

Mas acho normal sua suspeita, e se algum dia você vier ao Rio, fique a vontade pra me procurar, te levo lá na Brigada Paraquedista pra vc conhecer de perto o ninho de águas e ver com seus olhos e tirar suas próprias conclusões do nível de preparo da nossa tropa aeroterreste