Não é pegar o motor que "oferecem", é pegar um que caiba nele. Se o objetivo é gastar US$ 500 mil no Leopard 1A5, não farão absolutamente nada nele. Só a modernização dos M113 foi quase US$ 200 mil nele e não mudaram nada além da mobilidade.FCarvalho escreveu: ↑Dom Abr 19, 2020 3:32 pmO processo de atualização proposto no ROB é indicativo do que se precisaria para manter o CC rodando e apto a servir como um meio de manutenção da doutrina. Nada do que está escrito é categoricamente impositivo quanto a sua adoção na íntegra. Podem ser adotadas medidas parciais de cada requisito, ou não. A solução para cada questão proposta é tentar encontrar soluções que comportem as limitações orçamentárias do EB.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Abr 18, 2020 10:21 pm Claro, a palavra de Engenheiros do Exército faz com que, magicamente, apareçam peças para motores que foram descontinuados na década de 80.
Ninguém disse isso aqui e nem em outro lugar Gabriel. Sabes disso. O documento serve para referência do que se pleiteia necessário para colocar os Leo 1A5 em condições de serem usados por mais alguns anos até que um substituto seja encontrado. Leve em consideração que mesmos os requisitos obrigatórios podem não ser assumidos na íntegra, enquanto os desejáveis sequer adotados. Então, o valor do que será feito, ou não, nestes CC pode variar, e muito.
É incrível o nível de grosseria num único ROB, querem uma blindagem pra uma munição que nem existe mais. Mas, claro, eles são estudados e sabem o que estão fazendo.
Melhor questionar isso junto ao pessoal que elaborou o ROB, não eu. Eu sequer tenho conhecimentos em engenharia, ou de munições, etc para dizer se o que está escrito é atual ou não. Mas, enfim, seria uma boa questionar o pessoal que escreveu. Talvez haja uma resposta técnica que explique tudo isso, imagino.
http://www.cibld.eb.mil.br/index.php/fo ... de-contato
http://www.ctex.eb.mil.br/contatos
http://www.dct.eb.mil.br/index.php/contato
http://www.ime.eb.mil.br/pt/
Mesmo se falarem de APFSDS - que é BEM diferente de APDS, mas MUITO -, o nível de blindagem para se colocar no Leo 1A5, que mal suporta um AT-4, elevaria o peso da viatura a um ponto de ter que colocar um motor com, no mínimo, 1200 Hp's. Pior ainda é suportar isso há 1000 metros, logo um MBT casca de ovo.
Apesar de ter que trocar seu motor de um jeito ou de outro, imagine o custo disso?
Sério, que sandice! Cadê o @Túlio para ver uma barbaridade dessa
Boa sorte tentando remanufaturar o mesmo motor pela terceira ou quarta vez, como se não existisse perda de material em usinagem, algo que dá pra fazer pra sempre.
O requisito do motor é absoluto. Pode retificar, trocar, ou não. Se trocar for necessário, penso que deva haver no mínimo uma concorrência para isso. Afinal, ninguém vai pegar o primeiro motor que oferecerem, e suponho, também não vão aceitar qualquer coisa que a MTU oferecer. Resta saber qual a resposta é a mais aceitável. Se houver.
Acredito que não haverá muitas modificações no CC, principalmente no que se refere aos requisitos desejáveis, que simplesmente podem ser dispensados em sua grande maioria. E como disse, os requisitos absolutos podem não ser adotados na sua íntegra cada um. Ou podem nem ser adotados.
Duvido que o EB admita gastar sequer US 500 mil dólares para manter um CC em fim de carreira e que irá ficar sem qualquer apoio logístico contratual a partir de 2027. Ou seja, vamos estar por conta e risco para manter estes CC. Como tenho colocado, a princípio, a ideia é verificar o quanto a BID e a indústria nacional conseguem propor soluções técnicas cabíveis a manutenção e atualização do blindado dentro das limitações financeiras do EB. Quanto menos se depender da logística externa melhor.
Enfim, se muito acredito pessoalmente que a parte eletroeletrônica e sistemas optrônicos deve ser atualizada o máximo possível junto com a motorização, suspensão e trem de rolamento. Isso significa adotar soluções que ofereçam apoio direto preferencialmente no Brasil.
Quanto à novas proteções, eu não acredito em adoção de nenhum sistema passivo, dado que, como bem colocastes, isto tornaria o carro muito pesado e traria efeitos colaterais em outros sistemas. Talvez, se o preço compensar, um sistema ativo simples e barato possa ser adotado (se existir). E nem seria para toda a frota.
Quanto a Remax custar R$ 1 milhão a peça, suponho que isto a torna basicamente fora de consideração. Por outro lado, talvez existam sistemas mais baratos oferecidos no mercado externo. Aliás, acho a Remax muito grande para ser colocada na torre do Leo 1A5.
Por fim, eu não tenho ideia se o que está sendo colocado neste ROB irá ser mesmo adotado ou não. O que posso fazer, é tentar debater - este é o objetivo do fórum - se eles podem ser adotados ou não e/ou qual a viabilidade de cada um.
No mais, é sempre bom lembrar que qualquer coisa que se faça, ou deixe de fazer em termos de atualização depende essencialmente de um fator simples: verba.
O tempo está passando e o que temos vistos é o orçamento do EB continuar na mesma situação de sempre. Contigenciamentos anuais, valores solicitados nunca integralizados na LDO, falta de perspectivas de curto prazo para qualquer projeto, remanejamento constante de cronogramas, e assim vai.
Podemos imaginar então que a viabilidade dessa atualização está seriamente ameaçada. Ou para ser mais honesto, ela praticamente está inviabilizada por tempo indefinido, haja vista a atual situação por que passamos.
Assim, sem nenhuma perspectiva real de conseguir apôr os recursos necessários para fazer qualquer coisa em relação aos Leo 1A5 no curto prazo, então o que resta esperar é que eles sejam operados do jeito que estão enquanto durarem. E quando não houver mais condições de fazê-lo, simples, a sua retirada será feita sem maiores dramas ou questionamentos por quem quer que seja. Ou acreditas mesmo que alguém neste ou em qualquer outro governo vai se incomodar pelo fato do EB não dipor de carros de combate?
abs
Quanto a Remax e o preço ser "basicamente fora de consideração":
A conta é simples e a lógica é inequívoca: Se tem dinheiro pra modernizar Leo 1A5, tem pra comprar CC novo; se não tem pra comprar CC novo, não tem pra modernizar Leo 1A5.EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 27/2016 UASG 160069
Processo: 64447020368201601
Objeto: Aquisição de torre remax para dotar VBTP-MR 6X6 – GUARANI
Total de Itens Licitados: 00006
Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993
Justificativa: Fornecedor exclusivo Declaração de Inexigibilidade em 27/12/2016
ANGELO JOSE PENNA MACHADO. Ordenador de Despesas
Substituto. Ratificação em 27/12/2016. GUILHERME CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA FILHO. Comandante Logístico.
Valor Global: R$ 328.057.657,39.
CNPJ CONTRATADA : 33.966.391/0001-52 ARES AEROESPACIAL E DEFESA S.A.(SIDEC-27/12/2016)
Modalidade: 07 – Inexigibilidade de Licitação
Número da Licitação: 27/2016
Situação: INFORMADO
CNPJ/CPF: 33.966.391/0001-52
Razão Social/Nome: ARES AEROESPACIAL E DEFESA S.A.
Item da Licitação: 00001 Cod. do Conjunto Material: 150877
Identificação Conjunto Material: PEÇAS / ACESSÓRIOS ARMAMENTO
Descrição Detalhada do Material: SISTEMA DE ARMAS REMAX
Quantidade: 215
Marca: ARES
Preço Unitário: 1.158.026,18 Valor Total: 248.975.628,70
Há uma década atrás o Chile pensou em modernizar seus Leopard 1 e desistiram, por que será?