Lord Nauta escreveu: ↑Seg Abr 08, 2019 12:05 amPrezados senhores,
Em relação a compras de oportunidade de navios de segunda mão pela MB acredito que ficarão resumidas aos seguintes meios:
1. NaApLo classe Wave;
2. NCM de origem sueca ou italiana; e
3. Outros navios de apoio ou para a DHN.
Acredito que a MB dificilmente ira obter, por exemplo, navios de escolta. A modernização da Barroso, a conclusão das repotencialização das Julio de Noronha e da Jaceguai e tês FCN e a estratégia para se evitar a compra de navios de segunda mão. As belonaves citadas serão substituídas por FCT ou Meko 200.
Em relação a navios anfíbios poderá haver a obtenção caso algum navio, por exemplo, de origem europeia com no máximo 20 anos de idade seja colocado a disposição ou algum exemplar da US Navy em muito boas condições de conservação.
Os próximos passos em relação a meios navais será a conclusão da construção dos NaPa 500 ex-Eisa e a de NaPaOc.
Sds
Lord Nauta
Olá Nauta,
Me parece que o caso do único classe Wave disponível parece estar encaminhado e é só questão de tempo e negociar um preço adequado a se pagar por ele. Desde que os ingleses não queiram nos esfolar a pele, o navio deve estar por aqui ano que vem ou mais tardar em 2021. O Fort Victória também seria uma aquisição para lá de desejável, mas o navio passou recentemente por um PMG completo e a RN não irá se livrar dele antes de 2030. O irmão dele infelizmente, salvo engano, virou sucata, embora ainda fosse um navio relativamente novo... para os nossos padrões claro.
A MB ainda não deu uma posição oficial sobre a substituição dos navios varredores, mas sabe-se que há uma decisão no sentido de o mais breve possível definir um navio em seu lugar. Os suecos parece terem alguma vantagem neste aspecto, dada a proposta feita no ano passado. Mas italianos e alemães estão também no páreo. A ver como se disporá a questão orçamentária, que até o momento é o que impede a MB de fechar o negócio.
Se aquele percentual de 10% aprovados do FMM realmente vier a se tornar real, no curto prazo haverá a possibilidade tanto de resolver no curto e médio prazo o problema dos Macaé como a compra por oportunidade de vários navios de apoio necessários as capitânias e distritos navais. Vamos torcer para que dê certo.
O NaPaOc deve dar um pouco mais de trabalho, já que o investimento nele exigirá valores bem além do que a reserva do FMM poderá dispor. A MB vai ter que decidir entre utilizar o mesmo esquema hora empregado para adquirir as CCT ou partir para a seleção de um estaleiro que seja capaz de colocar o projeto do CPN no mar com os menores custo possíveis.
Aliás, é bom lembrar que um navio de patrulha não é um navio de guerra, e portanto seu projeto e construção são bem menos exigentes e complexos do que estes. O custo acompanha essa lógica. Se o projeto do CPN for algo que possa ser aproveitado dentro deste raciocínio, não vejo porque não fazê-lo. Ademais, com são navios mais simples, tanto os NaPa 500 BR como os NaPaOc do CPN pela quantidade que irão demandar, podem servir perfeitamente de base para teste e emprego de quase todos os sistemas hoje em projeto em desenvolvimento, seja pelo menor risco e pela menos complexidade de uso e aplicação.
Estou aqui de dedos cruzados para que um segundo lote das Meko 100 seja envidado no curtíssimo prazo, pois a janela política - e financeira/orçamentária - para isso é menor ainda. Seriam no mínimo mais 4 navios para substituir todas as Inhaúma. Na sequência pode-se começar a pensar na substituição das Niterói e T-22, quiçá na mesma proporção 1x1, o que nos permitiria pensar em até 10 unidades da Meko 200. Seriam em todo caso 18 navios que a MB pretende. Ou talvez, numa outra hipótese, 6 Meko 200 e 4 fragatas pesadas. Esta última alternativa me parece mais viável e equilibrada para a nossa realidade.
Quanto a navios anfíbios, nos próximos anos não há perspectiva de navios a serem aproveitados em compras de oportunidade. Conquanto, sou de opinião que deveríamos nos fixar no apronto do projeto de navio de transporte do CPN e na aquisição de mais 1 ou 2 NDD a fim de possibilitar o deslocamento primário de ao menos uma UAnf do fuzileiros navais. O previsto na primeira edição do PEAMB foi parcialmente atingido e poderia ser alcançado adaptando-se o mesmo as oportunidades e navios já dispostos pela esquadra no presente momento. Temos o Atlântico e o Bahia. Teremos possivelmente mais um navio tanque na forma do Wave Ruler. Ainda faltaria comprar mais um navio de apoio e como disse 1 ou 2 NDD para oferecer um apoio verdadeiramente efetivo à FFE. Isso pode ser conseguido tanto por compra de oportunidade, que creio ter poucas chances nos próximos dez anos em relação a navios semi-novos, ou por aquisição de modelos importados novos mas que caibam no bolso da MB e façam o trabalho.
abs