#729
Mensagem
por Túlio » Seg Jul 30, 2018 4:54 pm
Continuo sem grandes elementos concretos para opinar, igual a todos - sem exceção - os demais que postam aqui; é tudo na base do "li aqui", "li ali", "matéria tale", "entrevista com fulano, beltrano ou sicrano" e a partir de tão pobres bases se cria a famosa opinião formada (ou seja, não vai mudar tão fácil) a respeito.
Como disse, tenho acesso às mesmas fuentes que todos. Dentre estas, não achei ainda uma melhor que o Cel Ozires, por razões óbvias, e me lembro de algo que ele falou, é mais ou menos (em resumo) "a EMBRAER, após criada e produzindo, enfrentou seu primeiro grande desafio em 94, que foi a privatização; claro que havia medo, ninguém sabia que rumo a companhia iria tomar após dar este passo. Mas o pessoal acreditou em si mesmo e aí temos o que a EMB se tornou, a ponto de a Boeing vir procurar, não a EMB ir lá se oferecer. Agora é a mesma coisa, há riscos mas sem arriscar não se chega a lugar algum e parado é que não se pode ficar".
Divirjo - ainda que parcialmente - do Coronel no sentido de que ele parece não ver saída que não seja a associação com a Boeing, e isso porque parece crer que a tomada da linha do CSeries pela Airbus não tem como dar errado. Sei lá, faz tempo que venho dizendo que um passo natural seria o desenvolvimento completo da Família A-220 mas acrescento que ao preço de uma provável autofagia, ainda que parcial, pois chegaria o momento em que se teria que escolher entre A-220-500/700/900 e A-320/321 e estes provavelmente perderiam. Estará a Airbus pronta para dar este passo? Porque, de per si, os -100 e 300 têm mais desvantagens do que vantagens em relação aos E-2. É preciso aumentar a aposta para que esta relação se inverta. Estaria a Airbus disposta a isso?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)