O mais curioso disso tudo é que
faz sentido! Lembremos, este tópico foi criado para debater
upgrades factíveis para o Leo1A5 e acabou perdendo parte de sua razão de existir, ante o fato - até então - de não existir alternativa economicamente viável para fazer isso. Uma questão na qual não toquei (de propósito, por ter certeza de que minha proposta seria rechaçada de imediato, e com bons motivos) foi qual MBT atual ou em projeto poderia substituir o que usamos atualmente. Sugestões apresentadas (Leo2A4 e Abrams, na maioria dos casos, além de alguns
exotismos da Ásia/Eurásia) por outros Colegas sempre esbarravam nessa
inconveniência chamada Realidade. P ex, se o Leo1A5 já tem severas limitações de MOBILIDADE TÁTICA (mesmo no RS, pois quem conhece aqui pessoalmente ao invés de pelo
Google Maps sabe muito bem que na prática a teoria é outra e comparações mesmo da Pampa Gaúcha com uma mesa de sinuca são completamente estapafúrdias) e muito maiores em MOBILIDADE ESTRATÉGICA (para saírem daqui do RS
por terra (pranchões rodo-ferroviários) em direção a, sei lá, o NE ou CO, há uns poucos pontos de passagem viáveis que, pela previsibilidade, podem ser facilmente obliterados e, por conseguinte, limitariam a ação das VBCCCs ao RS e talvez parte de SC;
por mar a Marinha não conseguiria levar um simples Esquadrão completo por falta de meios, além de um único SSN/SSGN já botar a Operação toda em altíssimo risco;
pelo ar não temos um só meio capaz de levar sequer um Leo1, mesmo que lhe removam a torre e até motor e transmissão, agora imaginem Leo2 ou Abrams
). Assim, não conheço substituto aceitável para os requisitos do EB e, portanto, mesmo não sendo a melhor escolha (nem de longe, carro antiquíssimo, torre de RHA fundida, baixa disponibilidade de peças de reposição*), aparentemente optou-se por ficar com o que se tem. Não me parece errado, eis que a alternativa seria desenvolver algo novo e específico para os ROB do nosso TO de uns 8,5M km², em sua maioria hostil ao uso deste tipo de meio. Por certo o nosso véio Mestre
@eligioep sabe melhor do que eu (MUITO melhor, na verdade) do que estou falando, resultado de longas charlas com Oficiais do mesmo C I Bld e que não entrarei em maiores detalhes
nem aqui, minha palavra não tem prazo de validade e garanti que não sairia espalhando certos assuntos.
Assim, e considerando que um Leo1A5 reformado continuaria servindo apenas para Treinamento e formação de Doutrina (além de manter os vizinhos de cabeça baixa
), eu sugeriria apenas alguns
upgrades, renovando o que falei nos começos (APU primeiro) e acrescentando lagartas de melhor qualidade; para umas poucas unidades (talvez compartilhadas entre o 1º RCC e o C I Bld) poderia ser interessante, com o tempo e disponibilidades orçamentárias, a adição de alguns sistemas ADS, como o
Trophy de Israel, que abririam um novo "front" para estudos doutrinários. Adicionalmente, algo que
VI sendo tentado* ainda na primeira metade desta década, o uso de
minidrones** (quadricópteros) pelo menos no Carro do Comandante, que dão a famosa visão "além da próxima colina", coisa inestimável na Guerra Moderna.
NOTAS
* - O L7/M68 não tem apenas tubo como necessidade de reposição, há ainda todo o mecanismo de absorção de recuo a ser examinado e manutenido.
** - Já publiquei até fotos aqui mesmo do
minidrone de que falo, da empresa SKYDRONES, de Porto Alegre, RS. Conversei longamente com o CEO da empresa, tanto na sede da mesma quanto por chat. Segundo ele, não havia má vontade por parte do EB, era falta de dinheiro mesmo...