Upgrades Factíveis - Leo1A5
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Duas matérias muito interessantes sobre a questão da nova familia de blindados SL para o EB. Muito do que já foi colocado aqui neste tópico é contemplado nelas. Ou seja, as soluções para a questão de um novo bldo SL não são muitas. E quanto mais o tempo passa, menores elas ficam.
http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... -proposta/
http://www.planobrazil.com/nova-familia ... e-combate/
abs.
http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... -proposta/
http://www.planobrazil.com/nova-familia ... e-combate/
abs.
Carpe Diem
- Fábio Machado
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
fonte:http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... do-Brasil/
O Futuro carro de Combate do Brasil
Maj Daniel Bernardi Annes
A aquisição da nova família de blindados revitalizou a tropa blindada brasileira, desencadeando uma significativa mudança cultural no trato com os blindados. Contudo, o término da vida útil destes blindados está previsto para 2027. Findo este prazo, há duas soluções possíveis: aplicar um kit de modernização e postergar seu descarte ou substituí-lo por um novo carro de combate ao término de sua vida útil.
O presente ensaio teve por objetivo analisar as possíveis soluções. Sugere que a aquisição de um carro de combate no mercado internacional se apresenta como a solução mais viável, realista e eficiente à substituição da frota Leopard 1A5 BR. Sugere ainda, paralelamente, iniciar o desenvolvimento de um carro de combate nacional.
Introdução
No início do século XXI, em face da necessidade de adequação às exigências do combate moderno, o Governo Brasileiro empreendeu uma nova estruturação de sua defesa. Uma série de documentos foi normatizada, com reflexos para todo o setor, inclusive para as forças blindadas (BRASIL, 2012 a, b, c).
Com fulcro a recuperar a capacidade operacional de sua tropa blindada, o Exército Brasileiro levou a cabo o Projeto Leopard, que contemplou, além da aquisição das viaturas, a aquisição de simuladores, obras de infraestrutura nas Unidades, o suporte logístico integrado, a tradução de manuais e a qualificação dos recursos humanos (RIBEIRO, 2012).
O Projeto revitalizou a espinha dorsal da cavalaria blindada brasileira e atingiu os objetivos a que se propôs, pois desencadeou uma significativa mudança cultural no trato com os blindados. Entretanto, o Leopard 1A5 já atingiu metade de sua vida útil e, por força de contrato, o suporte técnico e logístico, bem como o fornecimento de peças será descontinuado em setembro de 2027, de acordo com o contrato de suporte logístico assinado com a Empresa Krauss-Maffei-Wegmann (BRASIL, 2017).
Conforme a legislação vigente, nos próximos anos, a viatura será reavaliada e o Exército decidirá por realizar um mid-life update¹ e postergar seu descarte ou substituí-la por um novo carro de combate ao término de sua vida útil, seja ele desenvolvido em território nacional ou adquirido no mercado internacional (BRASIL, 2016). Nesse escopo, o presente ensaio tem por objetivo analisar estas possíveis soluções e apresentar algumas considerações sobre o assunto.
Aplicar um kit de modernização
Apesar da versão A5 ser a mais moderna da família Leopard 1, fato é que nosso carro de combate foi concebido na década de 50, priorizando a mobilidade em relação à proteção blindada e ao poder de fogo. Esta deficiência intencional em sua concepção fica agravada nos dias atuais, considerando-se as potentes armas anticarro e a preponderância de cenários urbanos e multidimensionais (BRASIL, 2010 a).
Mesmo tendo sido modernizado na década de 80, com a incorporação de blindagem adicional espaçada de 5mm, contra munição de carga oca, nas laterais e na torre, com visão termal de primeira geração para o atirador e com o sistema de controle de tiro digital EMES 18, nosso carro de combate ainda possui considerável defasagem tecnológica em relação aos carros de última geração. Particularmente nos aspectos referentes à proteção e ao processo de engajamento (ANNES, 2012).
Quanto à proteção, o Leopard 1A5 possui uma blindagem de Face Endurecida de 2ª geração², mais pesada e menos eficiente em relação às blindagens compostas mais modernas. Além disso, sua blindagem é cerca de 10 vezes menos espessa que as blindagens dos carros de combate mais novos e não possui nenhum sistema ativo de proteção (ANNES, 2012).
Quanto ao poder de fogo, o carro manteve o canhão L7A3 raiado, de 105mm, da empresa britânica Royal Ordnance, que proporciona um alcance bem reduzido em relação aos canhões mais modernos (cerca de 1500m menos que os canhões 120mm de 1ª geração e cerca de 2500m menos que os canhões de última geração).
O comandante do carro utiliza ainda a ultrapassada luneta TRP, que é manual, tanto no giro quanto no mecanismo para acoplamento ao canhão. Tais limitações impedem sua utilização com o CC em movimento, sob pena de queimá-la e impõe ao comandante do carro transferir objetivos manualmente. Esta luneta também não possui sistema de visão noturna, o que compromete ainda mais a capacidade de busca, aquisição e transferência de alvos (ANNES, 2012).
A mobilidade, fruto de sua concepção, é o ponto forte do carro. Contudo, mudanças significativas em seus sistemas de proteção e blindagem ou em seus sistemas de armas e controle de tiro acarretariam em aumento de peso, o que poderia vir a comprometer esta mobilidade.
Figura 1: Leopard 1A 5 BR
A aplicação de um kit de modernização robusto, que realmente alterasse as características do Leopard 1A5, acarretaria em custos elevados e um tempo considerável para planejamento, desenvolvimento e posterior implementação. Como nos restam menos de 10 anos até o término de seu ciclo de vida e pela quantidade de itens que carecem de aprimoramento, acredito que esta não seja uma solução viável.
A aplicação de um kit de modernização superficial, seria economicamente mais viável a curto prazo, contudo, não alteraria as características do carro, tampouco mitigaria suas vulnerabilidades face às ameaças que atualmente se descortinam.
Além disso, correríamos o risco que cometer os mesmos equívocos que foram cometidos com o M41, que permaneceu quase meio século em serviço, sofrendo repotencializações insignificantes que não reduziram o hiato tecnológico em relação aos carros mais modernos e pouco ou quase nada contribuíram para o aumento do poder de combate da tropa blindada.
É conveniente ressaltar que nenhum kit de modernização é capaz de transformar o core do projeto que deu origem ao carro, ou seja, o que foi idealizado desde sua gênese, dificilmente será alterado. Em ambos os casos, independentemente de quais itens sejam modernizados, estes apenas mitigariam as vulnerabilidades do carro face as atuais ameaças.
Substituir por outro carro
A análise prospectiva de cenário realizada pelo Pentágono para o ano de 2035 vislumbra um crescimento permanente da influência do Brasil nas relações internacionais (EUA, 2005). A intensificação da projeção do Brasil no concerto das nações e sua maior inserção em processos decisórios internacionais tornam necessário estruturar a Defesa Nacional de modo compatível com a estatura políticoestratégica do País.
Seguindo essa linha de raciocínio, substituir nossos Leopard 1A5 por um carro de combate principal moderno é algo extremamente válido. Além do efeito dissuasório, tal alternativa permite que o País venha futuramente integrar missões internacionais em igualdade de condições com países mais desenvolvidos bem como participar, com propriedade, dos diversos fóruns internacionais.
A substituição por um carro desenvolvido internamente, com alto índice de nacionalização seria o ideal, pois além de propiciar o desenvolvimento da indústria nacional de defesa, tal alternativa permite que o carro seja concebido de forma a atender as demandas contempladas nas nossas hipóteses de emprego.
Fruto da experiência proporcionada pelo projeto Leopard, há atualmente dados disponíveis internamente bastante precisos que nos permitiriam conceber um carro adequado às nossas necessidades (BRASIL, 2010 b).
O parque industrial brasileiro é bastante diversificado e possui condições tecnológicas para levar a cabo um projeto deste porte, desde que haja vontade política. Isso pode ser confirmado ao verificarmos os projetos ousados na área de defesa que tiveram sua gênese em território nacional como, por exemplo, o da aeronave KC-390 (FURLAN, 2015) e o do blindado sobre rodas Guarani. Até mesmo com carros de combate já comprovamos tal capacidade, a partir do desenvolvimento do Osório e do Tamoyo III. (BERTAZZO, 2013).
Figura 2: Carro de combate Osório, de fabricação nacional.
Ainda com respeito à esta alternativa, é conveniente ressaltar que a empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann, fabricante do Leopard, já possui uma base instalada no Brasil e já declarou sua disposição em desenvolver um novo carro de combate no Brasil (BÖGE, 2015).
Entretanto, estudando o caso de países como Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Inglaterra, Israel, Japão e Rússia, todos com know-how de fabricação de carros de combate, a série histórica nos mostra que o projeto de um novo carro de combate, desde sua concepção e estabelecimento dos requisitos operacionais, passando pelo desenvolvimento e seus diversos testes até sua entrada em operação, leva em torno de dez anos (BLANC, 2015; MBT BRAZIL, 2014).
Dessa forma, o desenvolvimento de uma viatura com tecnologia nacional não se apresenta como uma solução imediata viável para este ciclo. Caso a decisão seja por adquirir um carro de combate no mercado internacional, voltamos ao estudo dos veículos desenvolvidos pelos países supra citados.
Nestes estudos verificamos que blindagem composta, armamento principal de 120mm e optrônicos com elevada capacidade de busca, aquisição e transferência de alvos são algumas características comuns a tais carros de combate.
Ademais, todos estes modelos foram concebidos observando o conceito da modularidade, podendo receber blindagens adicionais, reativas ou não, sistemas de proteção ativos e kits modulares para missões variadas como, por exemplo, operações em áreas urbanizadas ou em áreas com condições climáticas extremas, dentre outras (MBT BRAZIL, 2014).
Desta forma, acredito que no caso de uma futura aquisição, devemos buscar um carro que possua as características que atendam a estas tendências centrais. Outra tendência de diversos exércitos, particularmente os membros da OTAN, é primar pela tecnologia em relação à quantidade.
Mantém uma tropa pequena (nível esquadrão ou regimento) no estado da arte e o restante das guarnições, dotadas de carros de combate mais modestos, dentro das possibilidades econômicas do país. Encaram essa estratégia como uma forma de projetar poder, uma vez que nas missões externas, prioritariamente, empregam suas tropas no estado da arte (BRASIL, 2010 b).
Tal solução permite também que, em seus respectivos centros de treinamento, sejam desenvolvidos estudos a respeito do que há de mais moderno, estando, a qualquer tempo, em condições de operacionalizar instruções e treinamentos de tropas de maiores efetivos.
Algumas Considerações
Precisamos ter o cuidado de não repetirmos os erros do passado, mantendo um carro de combate em serviço por vários anos mesmo com altos índices de indisponibilidade. Isso, além de ocasionar uma sensível perda de poder de combate, acaba por criar uma lacuna temporal na transmissão de conhecimentos e experiências no emprego de blindados.
Ademais, gera uma grande desmotivação na tropa e corrói a cultura do blindado. Face ao exposto, considero que ainda que a aplicação de um kit de modernização não seja a melhor solução, tal alternativa é melhor que nada.
Acredito que a aquisição de um carro de combate no mercado internacional se apresenta como a solução mais viável, realista e eficiente à substituição da frota Leopard 1A5 BR. Uma sugestão seria a VBC Leopard 2A4, pois além de possuir todas estas vantagens em relação ao nosso atual carro de combate, é da mesma família de blindados, o fabricante já possui base industrial no País e ambos modelos guardam enorme similaridade em seus sistemas de controle de tiro.
Este último aspecto proporcionaria uma significativa redução no tempo de adaptação das guarnições à nova viatura. Outro argumento que reforça esta sugestão é que o Exército já possui especialistas nesta viatura.
A criação de novos cursos, portanto, iria requerer menores esforços e custos. Acredito, ainda, que a solução ideal seja, em paralelo, iniciar o desenvolvimento de um carro de combate nacional. Mesmo que esta solução não seja viável temporalmente até o término da vida útil do Leopard 1A5, ela não deve ser descartada para o próximo ciclo.
Caso esse desenvolvimento não seja considerado, uma sugestão alternativa seria seguir o modelo OTAN e adquirir uma subunidade de viaturas da família Leopard no estado da Arte (modelos 2A6 ou 2A7), aumentando assim o poder dissuasório e criando, desde já, uma massa crítica em condições de operar tais meios e em condições de rapidamente expandir tal capacidade para as demais guarnições.
-x-
¹É uma modernização aplicada ao material no meio de sua vida útil com a finalidade de ampliar suas capacidades, visando reduzir o hiato tecnológico com as versões mais recentes e mantendo-o operativo por mais tempo.
²Blindagem resultante da observação da dureza na resistência à penetração. Busca a obtenção de um comportamento ótimo a partir de um compromisso entre dureza e tenacidade. É a união metalúrgica, via laminação, de 2 chapas de aço com características químicas diferentes, a externa extremamente dura (mais resistente) e a interna macia (mais tenaz), graças ao diferente teor de carbono.
O Futuro carro de Combate do Brasil
Maj Daniel Bernardi Annes
A aquisição da nova família de blindados revitalizou a tropa blindada brasileira, desencadeando uma significativa mudança cultural no trato com os blindados. Contudo, o término da vida útil destes blindados está previsto para 2027. Findo este prazo, há duas soluções possíveis: aplicar um kit de modernização e postergar seu descarte ou substituí-lo por um novo carro de combate ao término de sua vida útil.
O presente ensaio teve por objetivo analisar as possíveis soluções. Sugere que a aquisição de um carro de combate no mercado internacional se apresenta como a solução mais viável, realista e eficiente à substituição da frota Leopard 1A5 BR. Sugere ainda, paralelamente, iniciar o desenvolvimento de um carro de combate nacional.
Introdução
No início do século XXI, em face da necessidade de adequação às exigências do combate moderno, o Governo Brasileiro empreendeu uma nova estruturação de sua defesa. Uma série de documentos foi normatizada, com reflexos para todo o setor, inclusive para as forças blindadas (BRASIL, 2012 a, b, c).
Com fulcro a recuperar a capacidade operacional de sua tropa blindada, o Exército Brasileiro levou a cabo o Projeto Leopard, que contemplou, além da aquisição das viaturas, a aquisição de simuladores, obras de infraestrutura nas Unidades, o suporte logístico integrado, a tradução de manuais e a qualificação dos recursos humanos (RIBEIRO, 2012).
O Projeto revitalizou a espinha dorsal da cavalaria blindada brasileira e atingiu os objetivos a que se propôs, pois desencadeou uma significativa mudança cultural no trato com os blindados. Entretanto, o Leopard 1A5 já atingiu metade de sua vida útil e, por força de contrato, o suporte técnico e logístico, bem como o fornecimento de peças será descontinuado em setembro de 2027, de acordo com o contrato de suporte logístico assinado com a Empresa Krauss-Maffei-Wegmann (BRASIL, 2017).
Conforme a legislação vigente, nos próximos anos, a viatura será reavaliada e o Exército decidirá por realizar um mid-life update¹ e postergar seu descarte ou substituí-la por um novo carro de combate ao término de sua vida útil, seja ele desenvolvido em território nacional ou adquirido no mercado internacional (BRASIL, 2016). Nesse escopo, o presente ensaio tem por objetivo analisar estas possíveis soluções e apresentar algumas considerações sobre o assunto.
Aplicar um kit de modernização
Apesar da versão A5 ser a mais moderna da família Leopard 1, fato é que nosso carro de combate foi concebido na década de 50, priorizando a mobilidade em relação à proteção blindada e ao poder de fogo. Esta deficiência intencional em sua concepção fica agravada nos dias atuais, considerando-se as potentes armas anticarro e a preponderância de cenários urbanos e multidimensionais (BRASIL, 2010 a).
Mesmo tendo sido modernizado na década de 80, com a incorporação de blindagem adicional espaçada de 5mm, contra munição de carga oca, nas laterais e na torre, com visão termal de primeira geração para o atirador e com o sistema de controle de tiro digital EMES 18, nosso carro de combate ainda possui considerável defasagem tecnológica em relação aos carros de última geração. Particularmente nos aspectos referentes à proteção e ao processo de engajamento (ANNES, 2012).
Quanto à proteção, o Leopard 1A5 possui uma blindagem de Face Endurecida de 2ª geração², mais pesada e menos eficiente em relação às blindagens compostas mais modernas. Além disso, sua blindagem é cerca de 10 vezes menos espessa que as blindagens dos carros de combate mais novos e não possui nenhum sistema ativo de proteção (ANNES, 2012).
Quanto ao poder de fogo, o carro manteve o canhão L7A3 raiado, de 105mm, da empresa britânica Royal Ordnance, que proporciona um alcance bem reduzido em relação aos canhões mais modernos (cerca de 1500m menos que os canhões 120mm de 1ª geração e cerca de 2500m menos que os canhões de última geração).
O comandante do carro utiliza ainda a ultrapassada luneta TRP, que é manual, tanto no giro quanto no mecanismo para acoplamento ao canhão. Tais limitações impedem sua utilização com o CC em movimento, sob pena de queimá-la e impõe ao comandante do carro transferir objetivos manualmente. Esta luneta também não possui sistema de visão noturna, o que compromete ainda mais a capacidade de busca, aquisição e transferência de alvos (ANNES, 2012).
A mobilidade, fruto de sua concepção, é o ponto forte do carro. Contudo, mudanças significativas em seus sistemas de proteção e blindagem ou em seus sistemas de armas e controle de tiro acarretariam em aumento de peso, o que poderia vir a comprometer esta mobilidade.
Figura 1: Leopard 1A 5 BR
A aplicação de um kit de modernização robusto, que realmente alterasse as características do Leopard 1A5, acarretaria em custos elevados e um tempo considerável para planejamento, desenvolvimento e posterior implementação. Como nos restam menos de 10 anos até o término de seu ciclo de vida e pela quantidade de itens que carecem de aprimoramento, acredito que esta não seja uma solução viável.
A aplicação de um kit de modernização superficial, seria economicamente mais viável a curto prazo, contudo, não alteraria as características do carro, tampouco mitigaria suas vulnerabilidades face às ameaças que atualmente se descortinam.
Além disso, correríamos o risco que cometer os mesmos equívocos que foram cometidos com o M41, que permaneceu quase meio século em serviço, sofrendo repotencializações insignificantes que não reduziram o hiato tecnológico em relação aos carros mais modernos e pouco ou quase nada contribuíram para o aumento do poder de combate da tropa blindada.
É conveniente ressaltar que nenhum kit de modernização é capaz de transformar o core do projeto que deu origem ao carro, ou seja, o que foi idealizado desde sua gênese, dificilmente será alterado. Em ambos os casos, independentemente de quais itens sejam modernizados, estes apenas mitigariam as vulnerabilidades do carro face as atuais ameaças.
Substituir por outro carro
A análise prospectiva de cenário realizada pelo Pentágono para o ano de 2035 vislumbra um crescimento permanente da influência do Brasil nas relações internacionais (EUA, 2005). A intensificação da projeção do Brasil no concerto das nações e sua maior inserção em processos decisórios internacionais tornam necessário estruturar a Defesa Nacional de modo compatível com a estatura políticoestratégica do País.
Seguindo essa linha de raciocínio, substituir nossos Leopard 1A5 por um carro de combate principal moderno é algo extremamente válido. Além do efeito dissuasório, tal alternativa permite que o País venha futuramente integrar missões internacionais em igualdade de condições com países mais desenvolvidos bem como participar, com propriedade, dos diversos fóruns internacionais.
A substituição por um carro desenvolvido internamente, com alto índice de nacionalização seria o ideal, pois além de propiciar o desenvolvimento da indústria nacional de defesa, tal alternativa permite que o carro seja concebido de forma a atender as demandas contempladas nas nossas hipóteses de emprego.
Fruto da experiência proporcionada pelo projeto Leopard, há atualmente dados disponíveis internamente bastante precisos que nos permitiriam conceber um carro adequado às nossas necessidades (BRASIL, 2010 b).
O parque industrial brasileiro é bastante diversificado e possui condições tecnológicas para levar a cabo um projeto deste porte, desde que haja vontade política. Isso pode ser confirmado ao verificarmos os projetos ousados na área de defesa que tiveram sua gênese em território nacional como, por exemplo, o da aeronave KC-390 (FURLAN, 2015) e o do blindado sobre rodas Guarani. Até mesmo com carros de combate já comprovamos tal capacidade, a partir do desenvolvimento do Osório e do Tamoyo III. (BERTAZZO, 2013).
Figura 2: Carro de combate Osório, de fabricação nacional.
Ainda com respeito à esta alternativa, é conveniente ressaltar que a empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann, fabricante do Leopard, já possui uma base instalada no Brasil e já declarou sua disposição em desenvolver um novo carro de combate no Brasil (BÖGE, 2015).
Entretanto, estudando o caso de países como Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Inglaterra, Israel, Japão e Rússia, todos com know-how de fabricação de carros de combate, a série histórica nos mostra que o projeto de um novo carro de combate, desde sua concepção e estabelecimento dos requisitos operacionais, passando pelo desenvolvimento e seus diversos testes até sua entrada em operação, leva em torno de dez anos (BLANC, 2015; MBT BRAZIL, 2014).
Dessa forma, o desenvolvimento de uma viatura com tecnologia nacional não se apresenta como uma solução imediata viável para este ciclo. Caso a decisão seja por adquirir um carro de combate no mercado internacional, voltamos ao estudo dos veículos desenvolvidos pelos países supra citados.
Nestes estudos verificamos que blindagem composta, armamento principal de 120mm e optrônicos com elevada capacidade de busca, aquisição e transferência de alvos são algumas características comuns a tais carros de combate.
Ademais, todos estes modelos foram concebidos observando o conceito da modularidade, podendo receber blindagens adicionais, reativas ou não, sistemas de proteção ativos e kits modulares para missões variadas como, por exemplo, operações em áreas urbanizadas ou em áreas com condições climáticas extremas, dentre outras (MBT BRAZIL, 2014).
Desta forma, acredito que no caso de uma futura aquisição, devemos buscar um carro que possua as características que atendam a estas tendências centrais. Outra tendência de diversos exércitos, particularmente os membros da OTAN, é primar pela tecnologia em relação à quantidade.
Mantém uma tropa pequena (nível esquadrão ou regimento) no estado da arte e o restante das guarnições, dotadas de carros de combate mais modestos, dentro das possibilidades econômicas do país. Encaram essa estratégia como uma forma de projetar poder, uma vez que nas missões externas, prioritariamente, empregam suas tropas no estado da arte (BRASIL, 2010 b).
Tal solução permite também que, em seus respectivos centros de treinamento, sejam desenvolvidos estudos a respeito do que há de mais moderno, estando, a qualquer tempo, em condições de operacionalizar instruções e treinamentos de tropas de maiores efetivos.
Algumas Considerações
Precisamos ter o cuidado de não repetirmos os erros do passado, mantendo um carro de combate em serviço por vários anos mesmo com altos índices de indisponibilidade. Isso, além de ocasionar uma sensível perda de poder de combate, acaba por criar uma lacuna temporal na transmissão de conhecimentos e experiências no emprego de blindados.
Ademais, gera uma grande desmotivação na tropa e corrói a cultura do blindado. Face ao exposto, considero que ainda que a aplicação de um kit de modernização não seja a melhor solução, tal alternativa é melhor que nada.
Acredito que a aquisição de um carro de combate no mercado internacional se apresenta como a solução mais viável, realista e eficiente à substituição da frota Leopard 1A5 BR. Uma sugestão seria a VBC Leopard 2A4, pois além de possuir todas estas vantagens em relação ao nosso atual carro de combate, é da mesma família de blindados, o fabricante já possui base industrial no País e ambos modelos guardam enorme similaridade em seus sistemas de controle de tiro.
Este último aspecto proporcionaria uma significativa redução no tempo de adaptação das guarnições à nova viatura. Outro argumento que reforça esta sugestão é que o Exército já possui especialistas nesta viatura.
A criação de novos cursos, portanto, iria requerer menores esforços e custos. Acredito, ainda, que a solução ideal seja, em paralelo, iniciar o desenvolvimento de um carro de combate nacional. Mesmo que esta solução não seja viável temporalmente até o término da vida útil do Leopard 1A5, ela não deve ser descartada para o próximo ciclo.
Caso esse desenvolvimento não seja considerado, uma sugestão alternativa seria seguir o modelo OTAN e adquirir uma subunidade de viaturas da família Leopard no estado da Arte (modelos 2A6 ou 2A7), aumentando assim o poder dissuasório e criando, desde já, uma massa crítica em condições de operar tais meios e em condições de rapidamente expandir tal capacidade para as demais guarnições.
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¹É uma modernização aplicada ao material no meio de sua vida útil com a finalidade de ampliar suas capacidades, visando reduzir o hiato tecnológico com as versões mais recentes e mantendo-o operativo por mais tempo.
²Blindagem resultante da observação da dureza na resistência à penetração. Busca a obtenção de um comportamento ótimo a partir de um compromisso entre dureza e tenacidade. É a união metalúrgica, via laminação, de 2 chapas de aço com características químicas diferentes, a externa extremamente dura (mais resistente) e a interna macia (mais tenaz), graças ao diferente teor de carbono.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Há quanto tempo isso já é discutido no EB?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- joao fernando
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Desde o Renault 17?Marechal-do-ar escreveu:Há quanto tempo isso já é discutido no EB?
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Instigante: será que após mais de 20 anos de C I Bld a tigrada do EB ainda não sabe o que é um MBT moderno? Acho brabo isso mas diria que vale o debate, mesmo - apenas do meu ponto de vista, tri? Nem apaguei nada - não tendo sido este o real motivo do post. Aliás, vejo ainda mais razão no post do JF véio, pois me parece que o Maj Daniel B. Annes deve ser adepto fervoroso do "puxadinho" como única alternativa para comprar caco véio obsolescente/obsoleto (e cuja implantação - alterações em infraestrutura & quetales - custaria na prática mais ou menos o mesmo que MBT zeradinho). Até concede que uma unidade use Leo 2A6/7, quanta generosidade dele...joao fernando escreveu:Desde o Renault 17?Marechal-do-ar escreveu:Há quanto tempo isso já é discutido no EB?
Agora vejamos: não temos mais ENGESA nem Bernardini, assim, comemos na mão dos outros. Bueno, a KMW fica ao lado do 1 RCC e tem até escritório dentro do citado C I Bld; o Leo1A5 tem mais 10 anos de garantia (extensível por mais 5): não daria para fazer um negócio tipo Guarani (mas com MBT) com os caras? São 15 anos, POWS!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Tem razão, teve um erro de digitação, mas a pergunta, como ficou, também achei interessante, ai vai como deveria serTúlio escreveu:mesmo não tendo sido este o real motivo do post.
Marechal-do-ar escreveu:Há quanto tempo isso já é discutido no DB?
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
E há quanto tempo temos trocentas respostas diferentes?Marechal-do-ar escreveu:Há quanto tempo isso já é discutido no DB?
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
A resposta é sim, Túlio. Mas há outra questão a responder antes: há vontade política, e por consequência, alocação de verbas com temporalidade e regularidades com fins de proposição, gestão e consecução de tal projeto? Sem saber isso antes, não existe resposta possível para questão da substituição dos Leo 1A5, ou mesmo de uma suposta atualização/modernização.Túlio escreveu:[Agora vejamos: não temos mais ENGESA nem Bernardini, assim, comemos na mão dos outros. Bueno, a KMW fica ao lado do 1 RCC e tem até escritório dentro do citado C I Bld; o Leo1A5 tem mais 10 anos de garantia (extensível por mais 5): não daria para fazer um negócio tipo Guarani (mas com MBT) com os caras? São 15 anos, POWS!!!
Fato é que o EB hoje, e no curto e médio prazo, não está em condições de solicitar - e nem de arcar -
recursos para um novo projeto de carro de combate, para não dizer da VBTP-SL, ainda pendente, apesar dos M-113 durarem até 2033. Seriam na prática projetos concorrentes da VBTP-SR Guarani em termos de verbas, e cujo cronograma de desenvolvimento foi totalmente descaracterizado por imposições econômicas e financeiras alheias ao EB já desde o seu início. E não se poderia esperar coisa diferente destes dois outros programas.
Me parece que o EB raciocina em termos da nova família de bldos SL em separado para o CC e a VBTP. Ou seja, a hipótese do desenvolvimento de um novo CC/VBTP a partir da mesma base até o momento não é algo aceitável. Até prova em contrário, claro.
Temos 15 anos para encontrar uma solução para os Leo 1A5, que a meu ver passa por uma atualização do que for possível e necessário, afinal serão mais uma década e meia de operação, e junto a isso a proposição de um novo carro de combate. Eu acredito que comprar um novo tanque pronto lá fora não nos seria interessante, mas adquirir o projeto de um determinado modelo que atenda nossas necessidades e produzi-lo aqui deveria também ser algo a se pensar. Existem propostas e projetos no mercado neste sentido. Seria importante acompanhar de perto esta evolução.
O EB já falou não oficialmente em um CC com cerca de 50 tons. Podemos imaginar então que um novo CC tem de partir deste parâmetro, ou seja, algo entre 45 e 55 tons. A participação da industria nacional seria condição sine qua non para a aceitação e aquisição de qualquer modelo, pronto ou não.
E se tudo o mais falhar, ainda temos aqui a KMW. Leo 2A7 está aí, ou até mesmo o novo CC que alemães e franceses estão projetando.
Ou até mesmo um CC russo, porque não?
abs
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- Túlio
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Dificilmente uma solução tipo MBT para o EB deixará de passar pela KMW. Como vi ainda em 2013, eles oferecem uma família inteira, desde o APC (para mim obsoleto) até o IFV (imprescindível, e li depois que entrou na equação até um MBT com Pç 120 da classe do Osório). Com até 15 anos pela frente, se pode estudar a questão sem custos maiores, mais como um exercício intelectual, e o C I Bld adora isso.
À medida que os estudos evoluírem, se pode pensar mais a sério. E aí o $$$ vai acabar aparecendo, pois os politiqueiros podem até não entender nada de Guerra Blindada mas por certo não irão aceitar um EB sem "tanques de guerra". Aliás, é uma das principais razões pelas quais sou contra o Centauro 105/120 e mesmo o Guarani 8 x 8 artilhado, por ter certeza de que serão os novos "tanques", na cabeça dos FDPs ladrões.
A alternativa proposta pelo Major? LINDO, seguir como sempre, ou seja, pegar algo balatim balatim na aquisição e depois passar o diabo e gastar os tubos para operar/manutenir.
Não gostaria que meus impostos fossem esbanjados assim.
À medida que os estudos evoluírem, se pode pensar mais a sério. E aí o $$$ vai acabar aparecendo, pois os politiqueiros podem até não entender nada de Guerra Blindada mas por certo não irão aceitar um EB sem "tanques de guerra". Aliás, é uma das principais razões pelas quais sou contra o Centauro 105/120 e mesmo o Guarani 8 x 8 artilhado, por ter certeza de que serão os novos "tanques", na cabeça dos FDPs ladrões.
A alternativa proposta pelo Major? LINDO, seguir como sempre, ou seja, pegar algo balatim balatim na aquisição e depois passar o diabo e gastar os tubos para operar/manutenir.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- FCarvalho
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Eu sempre disse aqui desde o começo dessa história de KMW no Brasil que os alemães não viriam aqui a passeio. Ainda mais colocando uma planta de apoio operacional para os Leo 1A5. Claro, apenas o começo para algo muito maior.
E tenho cá para mim, falando em termos de realidade real, a Iveco já levou a família Guarani SR, e isso já é muita coisa. E eles sabem muito bem como a banda toca por estes lados. Os alemães, que não são neófitos no negócio, se anteciparam e deram o primeiro passo, que é, simplesmente estar aqui em termos físicos, olhando lá na frente a substituição dos CC's e da VBTP-sl, não se resumindo apenas a motar "escritórios de representação" como muitos fazem.
Vamos ver no que isso vai dar. Os Leo querendo ou não vão precisar de uma atualização, qualquer que seja, e a KMW já ofereceu isso também.
Se tivermos alguma sorte, talvez lá para o começo da próxima década, dependendo de quem estiver na cadeira do rei lá no planalto, vamos ter que dar uma resposta concreta para isso.
Eu ainda não descarto outras possibilidades totalmente.
Quem sabe na LAAD'2021 a gente senta e conversa mais sobre isso.
abs
E tenho cá para mim, falando em termos de realidade real, a Iveco já levou a família Guarani SR, e isso já é muita coisa. E eles sabem muito bem como a banda toca por estes lados. Os alemães, que não são neófitos no negócio, se anteciparam e deram o primeiro passo, que é, simplesmente estar aqui em termos físicos, olhando lá na frente a substituição dos CC's e da VBTP-sl, não se resumindo apenas a motar "escritórios de representação" como muitos fazem.
Vamos ver no que isso vai dar. Os Leo querendo ou não vão precisar de uma atualização, qualquer que seja, e a KMW já ofereceu isso também.
Se tivermos alguma sorte, talvez lá para o começo da próxima década, dependendo de quem estiver na cadeira do rei lá no planalto, vamos ter que dar uma resposta concreta para isso.
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- Ilya Ehrenburg
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
O tópico tem o nome de "factível"...
Creio que em termos de Leo 1A5 nada melhor do que o MEXAS:
É isto, ou partir para algo melhor.
Optaria por T-90 novos...
Mas, bem sei que sonho é sonho.
Creio que em termos de Leo 1A5 nada melhor do que o MEXAS:
É isto, ou partir para algo melhor.
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Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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- FCarvalho
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
A bem da verdade, em menos de 10 anos não dá para investir muita coisa em um CC que irá ser substituído no curto prazo.
Me parece então que temos que procurar fazer o mínimo básico necessário e deixar o carro apto a preparar as futuras tripulações do próximo CC a encarar as novas tecnologias com que terão de lidar.
Dentro deste contexto, e das limitações financeiras de sempre o que se pode e deve fazer, em nível interno, para o quê já há propostas e empresas interessadas, é:
motor e mecânica: retificar;
elétrica/eletrônica: substituição;
optrônicos: substituição;
armamento/munições: atualização
Feito isso, teremos um CC capaz de treinar as tripulações que temos para o quê espera-se vira´nos anos de 2030.
Só isso já será um feito e tanto.
A maior parte do acima exposto pode ser feito aqui mesmo com a industria nacional, e o que não for, será de pouca monta e não intervirá na disponibilidade e operacionalidade do Leo 1A5.
Já é melhor do que nada, e ainda ajudamos a capacitar a BID a prover soluções para este tipo de projeto para o qual nós ainda estamos muito longe de poder fazermos algo sozinhos.
abs.
Me parece então que temos que procurar fazer o mínimo básico necessário e deixar o carro apto a preparar as futuras tripulações do próximo CC a encarar as novas tecnologias com que terão de lidar.
Dentro deste contexto, e das limitações financeiras de sempre o que se pode e deve fazer, em nível interno, para o quê já há propostas e empresas interessadas, é:
motor e mecânica: retificar;
elétrica/eletrônica: substituição;
optrônicos: substituição;
armamento/munições: atualização
Feito isso, teremos um CC capaz de treinar as tripulações que temos para o quê espera-se vira´nos anos de 2030.
Só isso já será um feito e tanto.
A maior parte do acima exposto pode ser feito aqui mesmo com a industria nacional, e o que não for, será de pouca monta e não intervirá na disponibilidade e operacionalidade do Leo 1A5.
Já é melhor do que nada, e ainda ajudamos a capacitar a BID a prover soluções para este tipo de projeto para o qual nós ainda estamos muito longe de poder fazermos algo sozinhos.
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- eligioep
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Xirú véio,Túlio escreveu:.................................................................
Agora vejamos: não temos mais ENGESA nem Bernardini, assim, comemos na mão dos outros. Bueno, a KMW fica ao lado do 1 RCC e tem até escritório dentro do citado C I Bld; o Leo1A5 tem mais 10 anos de garantia (extensível por mais 5): não daria para fazer um negócio tipo Guarani (mas com MBT) com os caras? São 15 anos, POWS!!!
corrigindo: a KMW não tem mais escritório fora da "fábrica"(que de fabrica não tem nadica....). Há no CIBld um técnico em eletrônica para fazer a manutenção dos simuladores. Nos 1º e 3º RCC tem técnico em manutenção do blindado.
À propósito, em fins de janeiro teremos a ativação da Rheinmetal Land Systems - RLS. Mais detalhes não sei, mas ela finalmente assinou o contrato de manutenção da família de blindados de apoio derivados Leo 1A5.
Ou seja, novos players na área. A suíça RUAG já está instalada.....
- Pablo Maica
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Já estive diversas vezes nas instalações da KMW, e como o Eligio já falou, não existe nada de fábrica lá, porém é uma excelente estrutura, apesar do local. Aliás, uma curiosidade é que o Christian, é ex piloto da Luftwaffe, e não militar do Bundeswehr como eu imaginava antes.
Um abraço e t+
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- FCarvalho
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
KMW, Rheinmetal, RUAG... as coisas parecem vão ficar bem interessantes por aqui mais pra frente.
Para não falar da Iveco, e quem sabe mais alguém aí que a gente nem sabe.
Ao menos vamos estar melhor do que a 5 anos atrás.
Opções não vão faltar.
A famiília VBTP-SL agradece.
abs.
Para não falar da Iveco, e quem sabe mais alguém aí que a gente nem sabe.
Ao menos vamos estar melhor do que a 5 anos atrás.
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A famiília VBTP-SL agradece.
abs.
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