Mísseis, de todos os tipos e não apenas os anti-navio, são hoje armamento básico em praticamente todos os cenários, tão importantes quanto artilharia de tubo ou metralhadoras de apoio. E qualquer força armada que não puder contar com eles em quantidades adequadas corre o risco de acabar sofrendo nas mãos até mesmo de guerrilheiros mulambentos que os recebam de aliados pouco escrupulosos ou tenham $$$ para comprá-los no mercado negro. E com a proliferação dos sistemas eletrônicos modernos e baratos que agora inundam o mercado isso só vai piorar daqui para a frente, qualquer moleque que saiba como montar um drone e tenha acesso a um motor-foguete como o dos Quassam palestinos feitos no fundo de quintal já poderá preparar um míssil de artilharia guiado .Túlio escreveu:joao fernando escreveu:Não acho que a idéia seja obsoleta. A menos que vc acredite que dominar o sistema em sí, seja pouco (não é, pelo contrário).
Para países como o Brasil, que não tem justificativas (porque recursos temos sim) para adquiri-los em grandes quantidades em tempos de paz e nem aliados com interesses que justificassem o fornecimento irrestrito para nós em tempo de conflito, a opção seria a capacidade de desenvolvê-los aqui, de forma a se e quando necessário podermos produzir nós mesmos na quantidade que for preciso. E neste contexto qualquer desenvolvimento na área, mesmo de sistemas em princípio obsoletos, já seria melhor do que nada.
De fato o problema está aí.Túlio escreveu:O problema é a CREDIBILIDADE, JF véio. Se ao menos desse para acreditar que a MB, após desenvolver essa tranqueira (em termos de propulsão, o resto não sei em que pé está) do MANSUP, mantivesse P&D para o desenvolvimento até ter um Msl no estado da arte, eu seria o maior entusiasta. Tem tudo para ser um Msl do primeiro time.
Mas, como dizia o Grande Ídolo da MB, o Jobim, "a jurisprudência não lhes é favorável"; o costume é desenvolver algo e largar de mão, tá pronto e fim, vamos pro próximo programa. Sodas...
PS.: quanto ao Exocet, assim de primeira lembro da Stark e dos navios Ingleses nas Falklands.
Nossas FA's "nunca antes na história deste país" enxergaram qualquer programa de aquisição de armas como uma atividade contínua, destinada a incorporar continuamente os avanços em cada área e manter uma BID com a qual se possa contar em caso de necessidade. E não acredito que isso vai começar agora com o MANSUP ou qualquer outro programa. A ideia é sempre apenas atender a uma necessidade instantânea, e depois podem-se passar décadas antes que se pense de novo no assunto.
Isso seria verdade com a versão de lançamento aéreo. Que está prevista, mas não estará disponível no curto prazo, se é que estará algum dia.joao fernando escreveu:Agora Tulio, é a tecla que aperto: ter sei lá, 50 mansup e podendo fabricar mais, podendo lançar de saraivadas, mete medo e assusta. Mesmo com o A4 rente ao mar, oferece perigo e dá um motivo a mais pro inimigo ter que gastar pra caçar o velho A4. Ai meu filho, é a curvatura da terra e capacidade de ter muitos no paiol.
Leandro G. Card