Wilton kvalheiro escreveu:A pergunta afinal é: O GRIPEN NAVAL É POSSÍVEL DE SER CONSTRUÍDO DE FORMA ECONOMICAMENTE VIÁVEL TENDO EM VISTA UMA PADRONIZAÇÃO COM A FAB?
.
Desculpem, mas dizer que não é possível a SAAB fazer um Gripen naval não da, o que tem que ver é se vale a pena $$$.
É possível, aliás o Sea Gripen é uma proposta mais barata que os concorrentes.
O que discuto aqui é se vale a pena gastar bilhões no Sea Gripen se podemos utilizar a verba para desenvolver uma aeronave de 5ª geração em conjunto com a própria SAAB. Comercialmente falando, é muito melhor para a SAAB, pois irá disponibilizar uma aeronave de 5ª geração mais barata do mercado (duvido ser mais caro que F-35 e deve ficar um preço parecido com o J-20 e com o PAK-FA, devido a desvalorização das moedas de ambos os países, porém o custo de operação deverá ficar muito menor). Muito melhor que o Sea Gripen que só terá encomendas do Brasil, pois dificilmente a Índia encomendaria tais unidades.
Luís Henrique escreveu:Saab has long considered the potential for its Gripen fighter to be adapted for maritime use from STOBAR and CATOBAR aircraft carriers. The inherent strength built into the airframe to permit regular road based/short field operations, the excellent forward field of view on approach, the outstanding handling characteristics at all speeds gave confidence that Gripen had all the basics to build upon. Of the ten critical criteria that all carrier based aircraft require, Gripen possessed seven. Since 2004, increasingly detailed work to prove this concept has borne out the original thinking – that Gripen will indeed make a first class carrier based fighter, retaining all the capability and cost efficiencies of the land based Gripen E/F. The final detailed design work, conducted by linked teams in London and Linköping, was completed in August 2012.
Aircraft carrier capabilities such as low landing speed, high pitch & roll authority, high-precision glide slope control, high-precision landing capability, high sink rate clearance, strengthened airframe etc., are built-in from the beginning in the Gripen E/F platform.
Ta certo, me mostre quais materiais são utilizados no Gripen E\F. Se o Gripen E\F já estivesse sido desenvolvido com tais capacidades, não seria necessário nem mudar o trem de pouso, apenas colocar suporte para catapulta e para o Tailhook, a própria SAAB entra em contradição sobre o que diz que está fazendo e sobre o que diz ter feito. Me mostre uma lista dos materiais que compõe a parte frontal da fuselagem do Gripen.
Se você acredita nessa propaganda absurda, tudo bem. Procure qualquer engenheiro aeronáutico e mostre esse relatório a ele. As demais ditas foram apenas capacidades que a aerodinâmica trazem.
Só para provar o que digo, se a parte frontal da fuselagem for feito de um material da mesma ductilidade que a parte média (onde fica o tanque de combustível) e que a parte traseira, por si só cai por terra isso tudo.
Penguin escreveu:Gabriel,
O Reino Unido e a RN estavam comprometidos com o programa F-35 muito antes do Sea Gripen ou Gripen NG aparecer.
A dúvida deles era se a versão a ser adquirida para os PA seria o F-35C (CATOBAR) ou F-35B (STOVL). No final prevaleceu o F-35B (STOVL).
Nunca houve solicitação de proposta de Sea Gripen, de Super Hornet ou de Rafale N ou qq outra opção, pois nunca houve espaço para isso. Aconteceria apenas se o projeto F-35 falhasse. O que não ocorreu.
O Rafale naval pesa 500kg mais que o Rafale normal. Como o Gripen é menor e mais leve que o Rafale, é perfeitamente plausível que a diferença entre as versões seja menor que 500kg como apontado pela Saab. O MTOW pode ser o mesmo desde que a carga externa máxima seja menor.
O Goshawk (versão naval do Bae Hawk) pesa praticamente o mesmo que Hawk normal.
[]s
Pense do ponto de vista comercial. Não, escolheram o F-35B após decidirem que o Queen Elizabeth II seria STOBAR, tanto é que pensaram até no EF-2000 como versão naval, descartada em 2001 por conta dos custos, até então o Queen Elizabeth seria CATOBAR.
Não, não é perfeitamente plausível, não do posto de vista da engenharia. Comparar o Sea Gripen com o Goshawk chega a ser um insulto, pois ambos são para propostas diferentes, serão lançados com pesos diferentes (isso aumenta ou diminuir a quantidade de estresse na fuselagem) e entre outros favores, como capacidades de voo e pousos com determinadas cargas. Cada aeronave possui sua singularidade. Seria o mesmo que afirmar que um Su-27 pôde ser transformado no Su-33 então o PAK-FA vai ser a mesma coisa.
Se a carga externa for menor, isso comprova que foi adquirido mais peso que potência na aeronave, pois o peso foi maior que a potência adquirida, como por exemplo não trocar a turbina por uma mais avançada.
Sobre o Rafale, vou explicar como isso se deu na resposta ao Luis.
Luís Henrique escreveu:1) A Dassault nos anos 2000 provou que é capaz de produzir um caça naval com diferença de 500 kg para a versão da força aérea. E isto em um caça da classe de 10 toneladas.
O Gripen NG pesando 8 toneladas e levando em conta os avanços tecnológicos de 2 DÉCADAS, é muito provável que consiga uma diferença ainda MENOR.
2) O custo de desenvolvimento do Gripen NG ficou abaixo dos 2 bi. O custo de desenvolvimento do Sea Gripen já foi ESTIMADO pela SAAB e ficaria entre U$ 300 e U$ 400 mi.
Faz todo o sentido. O que não faria sentido é uma VERSÃO DO CAÇA possuir custo de desenvolvimento superior ao do caça. Pois as diferenças são pequenas em relação às semelhanças.
Todos os sistemas eletrônicos, radar AESA, sistema de contra-medidas, computadores, IRST, REVO e mais uma parafernalha eletrônica, antenas e tudo mais, será tudo igual.
As 10 estações de armas idem. O canhão de 27mm idem. Os armamentos idem. O motor muito provavelmente o mesmo, a tela WAD idem. Enfim, se analisarmos os MILHARES de equipamentos e peças do caça, quase tudo será igual.
A estrutura de um caça, por mais avançada que seja não pode custar tanto. O mais caro são os sistemas e equipamentos instalados.
3) Concordo com você que o ideal seria partir para o desenvolvimento de uma aeronave de 5a geração.
Mas o custo será MUITO maior.
O Sea Gripen custará cerca de U$ 300 à U$ 400 mi. O Gripen NG custou quase U$ 2 bi. Um FS2020 custaria MAIS que U$ 2 bi, talvez MUITO MAIS.
Luis, você tem uma lista dos materiais utilizados no Gripen E\F para comparar ao Rafale?
O Rafale, desde o início, utiliza compostos cerâmicos, termoplástico e fibra de carbono, além de materiais como Al-Ti e Al-Li.
SE o Gripen E\F utilizar os mesmos materiais, ficaria muito feliz de ver esse relatório, se não, não há como especificar.
Cara, você ta lendo as coisas erradas,
QUEM disse que o custo do Sea Gripen vai ficar mais caro que do Gripen NG? Eu disse que o
PROGRAMA (você deve saber estou me referindo ao custo do desenvolvimento + 24 aeronaves + armamentos e treinamentos, certo?) deve custar, se cada Gripen sair por USD 150 milhões, em torno de USD 4,2 bilhões, contando com 24 aeronaves, USD 400 mi do desenvolvimento e USD 200 mi de armamentos e treinamento.
Você ta dizendo que o Sea Gripen vai custar USD 400 milhões, você ta incluindo os preços das aeronaves ou acha que vamos ganha-las de graça? Ah, vai lá, paga isso e do nada aparece 24 aeronaves de graça? Nem o custo de adquirir 18 F-18C de segunda mão vai ser este, quando mais o
PROGRAMA do Sea Gripen.
Não, não será quase tudo igual, é como dizer que o Spin tem quase tudo do Onix. Não é assim que as coisas funcionam na engenharia. A SAAB\Comando da Marinha dizer que o Sea Gripen seria derivado da versão F por si só já acaba com o argumento que será tudo igual ao Gripen E. Manter a mesma turbina acarretará em perda de desempenho, como Supercruise e muito provavelmente o desempenho ficaria por volta dos Mach 1.8 e sua carga alar seria diminuída, além do provável alcance. A solução seria uma turbina mais econômica e mais potente.
Só a troca da turbina, parte vital da aeronave, acarretará em 10% de diferença da comunalidade, sem falar que haveria a possibilidade de aumentar uns cm's o tamanho das entradas, dependendo o fluxo de ar e da potência exigida.
O jeito que você fala parece que vamos pegar um Gripen F, botar trem de pouso e voar num NAe com o desempenho de um Gripen E em menos de 2 anos. Além disso, creio que um desenvolvimento de um caça de 5ª geração, sem contar aeronaves e armamentos, deva ficar em torno de USD 8 Bilhões de reais, já que estaríamos desenvolvendo um aeronave um pouco maior que o Gripen, talvez bimotora (EJ2X0 seria uma bela opção para as turbinas) e com MTOW perto das 24 toneladas. Talvez menos, já que este é o custo de desenvolvimento do PAK-FA, em estimativas. USD 4,2 Bilhões já seria um grande passo para dar este desenvolvimento.