FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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gabriel219
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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#781 Mensagem por gabriel219 » Qua Ago 31, 2016 1:24 pm

Luís Henrique escreveu:Gabriel,

A SAAB, uma empresa responsável e que possui em seus quadros, pessoas com competências comprovadas, especialistas, engenheiros, cientistas, trabalha no Projeto Sea Gripen há MUITOS ANOS.
Formou uma equipe de especialistas para verificarem todas as mudanças necessárias, etc.

Pessoas que ocupam cargos de diretoria na empresa já declararam o seguinte:

1) custo de desenvolvimento do Sea Gripen de U$ 300 a U$ 400 mi
2) comunalidade entre o Sea Gripen e o Gripen NG de 95%
3) aumento de peso de cerca de 500 kg

Também já foi declarado que o Gripen NG custa U$ 100 mi

Também sabemos que no nosso contrato de U$ 5,4 bi ou U$ 4,6 bi envolve estudos sobre o Sea Gripen.
E que este valor do contrato, que resulta em um valor unitário de cada Gripen NG de U$ 125 à U$ 152 mi, envolve transferências de tecnologias, suporte e mais uma parafernalha de coisas...

Podemos supor que o Sea Gripen da MB terá um custo muito próximo de U$ 100 mi.
E se formos diluir os U$ 400 mi do custo de desenvolvimento por 24 ou 48 aeronaves, teremos um acréscimo de U$ 16,6 ou U$ 8,3 mi em cada aeronave respectivamente.

Portanto não é nenhum exagero imaginar que um contrato de Sea Gripen teria um custo MUITO SEMELHANTE à um contrato de Gripen NG.

O Gripen é considerado o caça ocidental de alto desempenho MAIS BARATO do mercado.
Esta pequena diferença de custo não tornará o Sea Gripen mais caro que Rafale M ou F-35 C...
Você pode escrever isso.
Luis, sinceramente, você acredita que um caça que precisará modificar sua fuselagem frontal, será derivado de um caça maior (F) que a versão E, que terá trens de pouso diferentes e tudo mais terá 95% de comunalidade? Nem o Mi-35 e o Mi-28, que são da mesma empresa e um derivado do outro possui isso. Aumento de peso não será no máximo de 500 kg, mas sim no MÍNIMO de 500 kg, o próprio Gripen E teve aumento de peso e não teve a ver com navalização.

Espera ai, deixa eu ver se entendi, você está me dizendo que o Sea Gripen, um aeronave que deverá utilizar ligas como Al-Ti e Al-Li em sua fuselagem para reforça-la será de USD 100 milhões? Só para constar, materiais que citei são usados no Rafale M. O mesmo deverá ficar por volta de USD 150 milhões com sorte, eu trabalho com estes materiais, são caríssimos.

Nunca disse que o SG ficará mais caro que o Rafale e o F-35C, disse que é um péssimo negócio gastar USD 4,2 Bilhões (150 milhões cada aeronave + 400 milhões do desenvolvimento + 200 milhões em armamentos e treinamento) em 2030 para desenvolver uma aeronave naval de 4,5ª geração, sendo que poderíamos utilizar o mesmo dinheiro em um projeto como FS-2020, que será muito mais proveitoso.

Você está levando a sério demais um estudo que nem teste de campo teve. No máximo esse slide é um estudo conceitual\proposta de mercado e não um desenvolvimento. Se eles possuem a muitos anos pouco importa, mas o que está neste slide não é o suficiente para transformar uma aeronave em naval, além do mais o próprio estágio atual do Gripen E já derruba este slide.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#782 Mensagem por Wilton kvalheiro » Qua Ago 31, 2016 2:48 pm

A pergunta afinal é: O GRIPEN NAVAL É POSSÍVEL DE SER CONSTRUÍDO DE FORMA ECONOMICAMENTE VIÁVEL TENDO EM VISTA UMA PADRONIZAÇÃO COM A FAB?
.
Desculpem, mas dizer que não é possível a SAAB fazer um Gripen naval não da, o que tem que ver é se vale a pena $$$.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#783 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 31, 2016 3:35 pm

Com dinheiro tudo é possível no Brasil.

abs.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#784 Mensagem por Wilton kvalheiro » Qua Ago 31, 2016 3:43 pm

FCarvalho escreveu:Com dinheiro tudo é possível no Brasil.

abs.
Concordo...




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#785 Mensagem por Penguin » Qua Ago 31, 2016 5:08 pm

gabriel219 escreveu:
Penguin escreveu: Leia a documentação com atenção e o que foi feito: estudos de viabilidade e iniciais. Atenderam a um RFI da Marinha indiana em 2011 e o interesse da MB no FX2.
Foi postado apenas alguns slides resumindo os estudos feito pelo centro que a Saab criou em Londres (Sea Gripen Design Centre: https://www.flightglobal.com/news/artic ... uk-357137/).
Sim, o alvo de MTOW é 16,5t.

Agora, se vamos ter capacidade para investir em tal empreitada, creio que não. O cobertor da MB anda curto para tantas necessidades.
bcorreia escreveu:Pelo que entendi são modificações estruturais principalmente nas áreas da fuselagem onde estão os trens, vide o trem frontal deslocado 20cms para frente, de qualquer forma acho eu que é muita energia e muito dinheiro aplicados em um avião com conceito de quarta geração.
Respondendo ambos os colegas:

Tais estudos do Sea Gripen foram trabalhados no Reino Unido para enviarem uma proposta a Royal Navy que, até aquele momento, pretendia adotar, em seus Queen Elizabeth, sistemas CATOBAR. Enviaram um Gripen para o país e começou os testes. Esse material de estudo por si só é inválido, pois o muita coisa mudou no próprio projeto do Gripen NG.

Como disse, foi um estudo de 2011.

Não é apenas deslocar o trem de pouso e reforça-los, isso apenas muda o lado ou local em que o estresse sobre a fuselagem será maior, o fato é que terão que reforçar a fuselagem frontal e um pouco a traseira. Tal reforço, dependendo do material empregado, poderá determinar o custo ou peso adquirido pela aeronave, tais como Aluminium-Titanium Alloy (TiAl) e Aluminium-Litium Alloy (AlLi) que são ligas leves e bem caras ou conjuntos compostos de Kevlar, Fibra ou Nanofibra de Carbono, Termoplástico ou outro material.

De todo o jeito, o aumento de peso do Gripen deve variar entre 500 kg (na mais otimista das hipóteses) até 1,500 kg (dependendo dos materiais empregados). Isso acarretará em encarecimento do projeto ainda mais e duvido que fique nos USD 400 milhões. Se a aeronave já estivesse sendo desenvolvida para ter um gancho para uma aeronave naval, tudo bem, mas o Gripen NG não está sendo desenvolvido assim, tanto que o Sea Gripen é um estudo por fora.

Com o aumento do peso, que haverá, terá uma diminuição no desempenho, sendo obrigado a utilizar uma turbina mais potente ou até transportar mais combustível. Se o Gripen F for uma aeronave alongada e não apenas um Gripen E com assento a mais, sem dúvidas será base para o projeto do Sea Gripen, uma aeronave maior. Por tanto, mais combustível, motor mais potente... maior diferenciação de peças e menor comunalidade (95%? Isso é fantasia).

Agora digamos que USD 400 milhões seja o valor do desenvolvimento, certo? Digamos que cada aeronave ficasse por volta de USD 150 milhões, aquisição de 24 aeronaves, mais USD 200 milhões para aquisição de armamentos, treinamento, simuladores e entre outros: USD 4,2 Bilhões, este é o custo verdadeiro do programa e não pagar USD 400 milhões e do nada ter 24 aeronaves. Se caso for com 48 aeronaves, dá USD 7,8 Bilhões.

Não tenho dúvidas que seria um baita caça, junto com o Gripen NG um dos melhores de sua posição, se não o melhor, porém vale a pena gastar USD 4,2 Bilhões para 24 aeronaves que só irão operar por 5 anos no A-12? Com este custo, daria para modernizar o A-12, adquirir os F-18 e seus armamentos e até investir o que sobrou num programa de caça de 5ª geração.

Não vale a pena gastar isso tudo no Sea Gripen. Se já reclamam que estaremos adotando aeronaves de 4,5ª geração em 2020 (para mim nada a ver, já que caças da mesma geração estarão sendo adotados na mesma época), imagina em 2030 desenvolver o Sea Gripen.
Gabriel,

O Reino Unido e a RN estavam comprometidos com o programa F-35 muito antes do Sea Gripen ou Gripen NG aparecer.
A dúvida deles era se a versão a ser adquirida para os PA seria o F-35C (CATOBAR) ou F-35B (STOVL). No final prevaleceu o F-35B (STOVL).

Nunca houve solicitação de proposta de Sea Gripen, de Super Hornet ou de Rafale N ou qq outra opção, pois nunca houve espaço para isso. Aconteceria apenas se o projeto F-35 falhasse. O que não ocorreu.

O Rafale naval pesa 500kg mais que o Rafale normal. Como o Gripen é menor e mais leve que o Rafale, é perfeitamente plausível que a diferença entre as versões seja menor que 500kg como apontado pela Saab. O MTOW pode ser o mesmo desde que a carga externa máxima seja menor.
O Goshawk (versão naval do Bae Hawk) pesa praticamente o mesmo que Hawk normal.

[]s




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#786 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qua Ago 31, 2016 7:59 pm

Não adianta discutir com crédulos...

Fico com aqueles que fazem bom uso da lógica e esta manda dizer que o próximo caça naval virá junto com o novo navio aeródromo, sendo por isso uma compra de prateleira.
Sea Gripen é mais um conto da SAAB para que os bobocas do sul lhe banquem.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#787 Mensagem por Penguin » Qua Ago 31, 2016 10:06 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:Não adianta discutir com crédulos...

Fico com aqueles que fazem bom uso da lógica e esta manda dizer que o próximo caça naval virá junto com o novo navio aeródromo, sendo por isso uma compra de prateleira.
Sea Gripen é mais um conto da SAAB para que os bobocas do sul lhe banquem.
Até a presente data, quem tem manifestado interesse no Sea Gripen é a MB.
Mas, como não há recursos no curto e médio prazo e há uma infinidade de prioridades na MB, esse investimento não se viabilizará.
Novo porta aviões apenas no longo prazo e olhe lá.
E no longo prazo não se sabe quais vetores embarcados existirão (com certeza Rafale M, SH e Mig-35 serão opções bastante surradas e não mais fabricadas).




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#788 Mensagem por Luís Henrique » Qui Set 01, 2016 12:24 am

gabriel219 escreveu:
Luís Henrique escreveu:Gabriel, o projeto do Sea Gripen, como você sabe, existe há MUITOS ANOS.

Talvez o que você não saiba é que gente grauda dentro da SAAB já disse ANOS ATRÁS que o desenvolvimento do Gripen NG LEVOU EM CONTA DESDE O INÍCIO UMA VERSÃO NAVALIZADA, e que MUDANÇAS foram feitas para FACILITAR o desenvolvimento da versão naval.

Ou seja, o Gripen NG não é um caça naval, mas foi OTIMIZADO para que uma versão naval seja MUITO MAIS FACILMENTE IMPLEMENTADA.

Se eu não me engano, até o Bengt Janer declarou isto...
Vemos que a estrutura do NG é muito parruda. Falam até que a capacidade de 16,5T talvez seja ampliada.
Talvez até esse peso de 8T vazio seja resultado de alguns desses objetivos. Objetivos de tornar a estrutura mais resistente ou de aumentar a capacidade de carga...
Luis, o Gripen NG não tem NADA de navalizado. Não foram feitos nem estudos em túnel de vento, apenas estudos teóricos sobre a POSSIBILIDADE do desenvolvimento do Gripen.

Se caso este fosse, já veríamos reforço primário nos trens de pouso, ligas de Al-Ti ou Al-Li na fuselagem da parte frontal, suporte para tailhook e entre outros. Tanto é que o pensamento para MTOW do Sea Gripen era o mesmo do Gripen NG, ou seja, os estudos foram totalmente teóricos que nem calcularam o aumento de peso, nem que seja 500 kg.

O próprio Gripen E já teve acréscimo de peso em seu protótipo, você acredita que o Sea Gripen terá MTOW de 16,5? Acha que apenas trocando os trens de pouso vai tornar uma aeronave naval?

Eu sou um dos defensores mais ferrenhos do Gripen, mas o que foi mostrado aqui de estudos de 2009-2011 não tem absolutamente nenhum peso para o que seria o Sea Gripen, são estudos teóricos, sem protótipo e nem peça para túnel de vento. Qualquer Engenheiro sabe isso.

O Sea Gripen foi falado que será derivado do Gripen F, então jamais o MTOW será de 16,5, sendo que o Gripen E já teve seu peso aumentado. Isso já basta para derrubar qualquer tese que os estudos serão seguidos a risca para desenvolvimento do próprio. Assim sendo, o próprio Gripen F, que deverá ser uma aeronave MAIOR que o Gripen E, por tanto mais pesada (não só mais metais, mas também equipamentos embarcados para o copiloto).

Se será biplace ou monoplace, só o tempo dirá, mas algumas conclusões já podemos tirar como o próprio NUNCA terá o mesmo MTOW de 16,5 toneladas, NÃO se tornará uma aeronave naval apenas trocando os trens de pouso, o buraco é muito mais embaixo, o Gripen E NÃO terá nada navalizado em seu projeto, pelo menos não por enquanto e o custo do programa NÃO será de apenas USD 400 milhões.
Saab has long considered the potential for its Gripen fighter to be adapted for maritime use from STOBAR and CATOBAR aircraft carriers. The inherent strength built into the airframe to permit regular road based/short field operations, the excellent forward field of view on approach, the outstanding handling characteristics at all speeds gave confidence that Gripen had all the basics to build upon. Of the ten critical criteria that all carrier based aircraft require, Gripen possessed seven. Since 2004, increasingly detailed work to prove this concept has borne out the original thinking – that Gripen will indeed make a first class carrier based fighter, retaining all the capability and cost efficiencies of the land based Gripen E/F. The final detailed design work, conducted by linked teams in London and Linköping, was completed in August 2012.


Aircraft carrier capabilities such as low landing speed, high pitch & roll authority, high-precision glide slope control, high-precision landing capability, high sink rate clearance, strengthened airframe etc., are built-in from the beginning in the Gripen E/F platform.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#789 Mensagem por Luís Henrique » Qui Set 01, 2016 10:36 am

gabriel219 escreveu:
Luís Henrique escreveu:Gabriel,

A SAAB, uma empresa responsável e que possui em seus quadros, pessoas com competências comprovadas, especialistas, engenheiros, cientistas, trabalha no Projeto Sea Gripen há MUITOS ANOS.
Formou uma equipe de especialistas para verificarem todas as mudanças necessárias, etc.

Pessoas que ocupam cargos de diretoria na empresa já declararam o seguinte:

1) custo de desenvolvimento do Sea Gripen de U$ 300 a U$ 400 mi
2) comunalidade entre o Sea Gripen e o Gripen NG de 95%
3) aumento de peso de cerca de 500 kg

Também já foi declarado que o Gripen NG custa U$ 100 mi

Também sabemos que no nosso contrato de U$ 5,4 bi ou U$ 4,6 bi envolve estudos sobre o Sea Gripen.
E que este valor do contrato, que resulta em um valor unitário de cada Gripen NG de U$ 125 à U$ 152 mi, envolve transferências de tecnologias, suporte e mais uma parafernalha de coisas...

Podemos supor que o Sea Gripen da MB terá um custo muito próximo de U$ 100 mi.
E se formos diluir os U$ 400 mi do custo de desenvolvimento por 24 ou 48 aeronaves, teremos um acréscimo de U$ 16,6 ou U$ 8,3 mi em cada aeronave respectivamente.

Portanto não é nenhum exagero imaginar que um contrato de Sea Gripen teria um custo MUITO SEMELHANTE à um contrato de Gripen NG.

O Gripen é considerado o caça ocidental de alto desempenho MAIS BARATO do mercado.
Esta pequena diferença de custo não tornará o Sea Gripen mais caro que Rafale M ou F-35 C...
Você pode escrever isso.
Luis, sinceramente, você acredita que um caça que precisará modificar sua fuselagem frontal, será derivado de um caça maior (F) que a versão E, que terá trens de pouso diferentes e tudo mais terá 95% de comunalidade? Nem o Mi-35 e o Mi-28, que são da mesma empresa e um derivado do outro possui isso. Aumento de peso não será no máximo de 500 kg, mas sim no MÍNIMO de 500 kg, o próprio Gripen E teve aumento de peso e não teve a ver com navalização.

Espera ai, deixa eu ver se entendi, você está me dizendo que o Sea Gripen, um aeronave que deverá utilizar ligas como Al-Ti e Al-Li em sua fuselagem para reforça-la será de USD 100 milhões? Só para constar, materiais que citei são usados no Rafale M. O mesmo deverá ficar por volta de USD 150 milhões com sorte, eu trabalho com estes materiais, são caríssimos.

Nunca disse que o SG ficará mais caro que o Rafale e o F-35C, disse que é um péssimo negócio gastar USD 4,2 Bilhões (150 milhões cada aeronave + 400 milhões do desenvolvimento + 200 milhões em armamentos e treinamento) em 2030 para desenvolver uma aeronave naval de 4,5ª geração, sendo que poderíamos utilizar o mesmo dinheiro em um projeto como FS-2020, que será muito mais proveitoso.

Você está levando a sério demais um estudo que nem teste de campo teve. No máximo esse slide é um estudo conceitual\proposta de mercado e não um desenvolvimento. Se eles possuem a muitos anos pouco importa, mas o que está neste slide não é o suficiente para transformar uma aeronave em naval, além do mais o próprio estágio atual do Gripen E já derruba este slide.
1) A Dassault nos anos 2000 provou que é capaz de produzir um caça naval com diferença de 500 kg para a versão da força aérea. E isto em um caça da classe de 10 toneladas.
O Gripen NG pesando 8 toneladas e levando em conta os avanços tecnológicos de 2 DÉCADAS, é muito provável que consiga uma diferença ainda MENOR.

2) O custo de desenvolvimento do Gripen NG ficou abaixo dos 2 bi. O custo de desenvolvimento do Sea Gripen já foi ESTIMADO pela SAAB e ficaria entre U$ 300 e U$ 400 mi.
Faz todo o sentido. O que não faria sentido é uma VERSÃO DO CAÇA possuir custo de desenvolvimento superior ao do caça. Pois as diferenças são pequenas em relação às semelhanças.
Todos os sistemas eletrônicos, radar AESA, sistema de contra-medidas, computadores, IRST, REVO e mais uma parafernalha eletrônica, antenas e tudo mais, será tudo igual.
As 10 estações de armas idem. O canhão de 27mm idem. Os armamentos idem. O motor muito provavelmente o mesmo, a tela WAD idem. Enfim, se analisarmos os MILHARES de equipamentos e peças do caça, quase tudo será igual.
A estrutura de um caça, por mais avançada que seja não pode custar tanto. O mais caro são os sistemas e equipamentos instalados.

3) Concordo com você que o ideal seria partir para o desenvolvimento de uma aeronave de 5a geração.
Mas o custo será MUITO maior.
O Sea Gripen custará cerca de U$ 300 à U$ 400 mi. O Gripen NG custou quase U$ 2 bi. Um FS2020 custaria MAIS que U$ 2 bi, talvez MUITO MAIS.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#790 Mensagem por joao fernando » Qui Set 01, 2016 10:39 am

Os caras não desistem. Alias eles acham que o maior governo corrupto do universo só não roubou no projeto FX...




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#791 Mensagem por mmatuso » Qui Set 01, 2016 11:39 am

Dessa vez posso dizer que ainda bem que a MB não tem recursos, porque gastar em um abacaxi defasado como um Gripen Naval seria bizarro.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#792 Mensagem por gabriel219 » Qui Set 01, 2016 12:00 pm

Wilton kvalheiro escreveu:A pergunta afinal é: O GRIPEN NAVAL É POSSÍVEL DE SER CONSTRUÍDO DE FORMA ECONOMICAMENTE VIÁVEL TENDO EM VISTA UMA PADRONIZAÇÃO COM A FAB?
.
Desculpem, mas dizer que não é possível a SAAB fazer um Gripen naval não da, o que tem que ver é se vale a pena $$$.
É possível, aliás o Sea Gripen é uma proposta mais barata que os concorrentes.

O que discuto aqui é se vale a pena gastar bilhões no Sea Gripen se podemos utilizar a verba para desenvolver uma aeronave de 5ª geração em conjunto com a própria SAAB. Comercialmente falando, é muito melhor para a SAAB, pois irá disponibilizar uma aeronave de 5ª geração mais barata do mercado (duvido ser mais caro que F-35 e deve ficar um preço parecido com o J-20 e com o PAK-FA, devido a desvalorização das moedas de ambos os países, porém o custo de operação deverá ficar muito menor). Muito melhor que o Sea Gripen que só terá encomendas do Brasil, pois dificilmente a Índia encomendaria tais unidades.
Luís Henrique escreveu:Saab has long considered the potential for its Gripen fighter to be adapted for maritime use from STOBAR and CATOBAR aircraft carriers. The inherent strength built into the airframe to permit regular road based/short field operations, the excellent forward field of view on approach, the outstanding handling characteristics at all speeds gave confidence that Gripen had all the basics to build upon. Of the ten critical criteria that all carrier based aircraft require, Gripen possessed seven. Since 2004, increasingly detailed work to prove this concept has borne out the original thinking – that Gripen will indeed make a first class carrier based fighter, retaining all the capability and cost efficiencies of the land based Gripen E/F. The final detailed design work, conducted by linked teams in London and Linköping, was completed in August 2012.


Aircraft carrier capabilities such as low landing speed, high pitch & roll authority, high-precision glide slope control, high-precision landing capability, high sink rate clearance, strengthened airframe etc., are built-in from the beginning in the Gripen E/F platform.
Ta certo, me mostre quais materiais são utilizados no Gripen E\F. Se o Gripen E\F já estivesse sido desenvolvido com tais capacidades, não seria necessário nem mudar o trem de pouso, apenas colocar suporte para catapulta e para o Tailhook, a própria SAAB entra em contradição sobre o que diz que está fazendo e sobre o que diz ter feito. Me mostre uma lista dos materiais que compõe a parte frontal da fuselagem do Gripen.

Se você acredita nessa propaganda absurda, tudo bem. Procure qualquer engenheiro aeronáutico e mostre esse relatório a ele. As demais ditas foram apenas capacidades que a aerodinâmica trazem.

Só para provar o que digo, se a parte frontal da fuselagem for feito de um material da mesma ductilidade que a parte média (onde fica o tanque de combustível) e que a parte traseira, por si só cai por terra isso tudo.
Penguin escreveu:Gabriel,

O Reino Unido e a RN estavam comprometidos com o programa F-35 muito antes do Sea Gripen ou Gripen NG aparecer.
A dúvida deles era se a versão a ser adquirida para os PA seria o F-35C (CATOBAR) ou F-35B (STOVL). No final prevaleceu o F-35B (STOVL).

Nunca houve solicitação de proposta de Sea Gripen, de Super Hornet ou de Rafale N ou qq outra opção, pois nunca houve espaço para isso. Aconteceria apenas se o projeto F-35 falhasse. O que não ocorreu.

O Rafale naval pesa 500kg mais que o Rafale normal. Como o Gripen é menor e mais leve que o Rafale, é perfeitamente plausível que a diferença entre as versões seja menor que 500kg como apontado pela Saab. O MTOW pode ser o mesmo desde que a carga externa máxima seja menor.
O Goshawk (versão naval do Bae Hawk) pesa praticamente o mesmo que Hawk normal.

[]s
Pense do ponto de vista comercial. Não, escolheram o F-35B após decidirem que o Queen Elizabeth II seria STOBAR, tanto é que pensaram até no EF-2000 como versão naval, descartada em 2001 por conta dos custos, até então o Queen Elizabeth seria CATOBAR.

Não, não é perfeitamente plausível, não do posto de vista da engenharia. Comparar o Sea Gripen com o Goshawk chega a ser um insulto, pois ambos são para propostas diferentes, serão lançados com pesos diferentes (isso aumenta ou diminuir a quantidade de estresse na fuselagem) e entre outros favores, como capacidades de voo e pousos com determinadas cargas. Cada aeronave possui sua singularidade. Seria o mesmo que afirmar que um Su-27 pôde ser transformado no Su-33 então o PAK-FA vai ser a mesma coisa.

Se a carga externa for menor, isso comprova que foi adquirido mais peso que potência na aeronave, pois o peso foi maior que a potência adquirida, como por exemplo não trocar a turbina por uma mais avançada.

Sobre o Rafale, vou explicar como isso se deu na resposta ao Luis.
Luís Henrique escreveu:1) A Dassault nos anos 2000 provou que é capaz de produzir um caça naval com diferença de 500 kg para a versão da força aérea. E isto em um caça da classe de 10 toneladas.
O Gripen NG pesando 8 toneladas e levando em conta os avanços tecnológicos de 2 DÉCADAS, é muito provável que consiga uma diferença ainda MENOR.

2) O custo de desenvolvimento do Gripen NG ficou abaixo dos 2 bi. O custo de desenvolvimento do Sea Gripen já foi ESTIMADO pela SAAB e ficaria entre U$ 300 e U$ 400 mi.
Faz todo o sentido. O que não faria sentido é uma VERSÃO DO CAÇA possuir custo de desenvolvimento superior ao do caça. Pois as diferenças são pequenas em relação às semelhanças.
Todos os sistemas eletrônicos, radar AESA, sistema de contra-medidas, computadores, IRST, REVO e mais uma parafernalha eletrônica, antenas e tudo mais, será tudo igual.
As 10 estações de armas idem. O canhão de 27mm idem. Os armamentos idem. O motor muito provavelmente o mesmo, a tela WAD idem. Enfim, se analisarmos os MILHARES de equipamentos e peças do caça, quase tudo será igual.
A estrutura de um caça, por mais avançada que seja não pode custar tanto. O mais caro são os sistemas e equipamentos instalados.

3) Concordo com você que o ideal seria partir para o desenvolvimento de uma aeronave de 5a geração.
Mas o custo será MUITO maior.
O Sea Gripen custará cerca de U$ 300 à U$ 400 mi. O Gripen NG custou quase U$ 2 bi. Um FS2020 custaria MAIS que U$ 2 bi, talvez MUITO MAIS.
Luis, você tem uma lista dos materiais utilizados no Gripen E\F para comparar ao Rafale?
O Rafale, desde o início, utiliza compostos cerâmicos, termoplástico e fibra de carbono, além de materiais como Al-Ti e Al-Li. SE o Gripen E\F utilizar os mesmos materiais, ficaria muito feliz de ver esse relatório, se não, não há como especificar.

Cara, você ta lendo as coisas erradas, QUEM disse que o custo do Sea Gripen vai ficar mais caro que do Gripen NG? Eu disse que o PROGRAMA (você deve saber estou me referindo ao custo do desenvolvimento + 24 aeronaves + armamentos e treinamentos, certo?) deve custar, se cada Gripen sair por USD 150 milhões, em torno de USD 4,2 bilhões, contando com 24 aeronaves, USD 400 mi do desenvolvimento e USD 200 mi de armamentos e treinamento.

Você ta dizendo que o Sea Gripen vai custar USD 400 milhões, você ta incluindo os preços das aeronaves ou acha que vamos ganha-las de graça? Ah, vai lá, paga isso e do nada aparece 24 aeronaves de graça? Nem o custo de adquirir 18 F-18C de segunda mão vai ser este, quando mais o PROGRAMA do Sea Gripen.

Não, não será quase tudo igual, é como dizer que o Spin tem quase tudo do Onix. Não é assim que as coisas funcionam na engenharia. A SAAB\Comando da Marinha dizer que o Sea Gripen seria derivado da versão F por si só já acaba com o argumento que será tudo igual ao Gripen E. Manter a mesma turbina acarretará em perda de desempenho, como Supercruise e muito provavelmente o desempenho ficaria por volta dos Mach 1.8 e sua carga alar seria diminuída, além do provável alcance. A solução seria uma turbina mais econômica e mais potente.

Só a troca da turbina, parte vital da aeronave, acarretará em 10% de diferença da comunalidade, sem falar que haveria a possibilidade de aumentar uns cm's o tamanho das entradas, dependendo o fluxo de ar e da potência exigida.

O jeito que você fala parece que vamos pegar um Gripen F, botar trem de pouso e voar num NAe com o desempenho de um Gripen E em menos de 2 anos. Além disso, creio que um desenvolvimento de um caça de 5ª geração, sem contar aeronaves e armamentos, deva ficar em torno de USD 8 Bilhões de reais, já que estaríamos desenvolvendo um aeronave um pouco maior que o Gripen, talvez bimotora (EJ2X0 seria uma bela opção para as turbinas) e com MTOW perto das 24 toneladas. Talvez menos, já que este é o custo de desenvolvimento do PAK-FA, em estimativas. USD 4,2 Bilhões já seria um grande passo para dar este desenvolvimento.




Editado pela última vez por gabriel219 em Qui Set 01, 2016 1:19 pm, em um total de 1 vez.
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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#793 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 01, 2016 12:43 pm

Uma alternativa factível para a MB em um futuro no longuíssimo prazo.

http://www.planobrazil.com/wp-content/uploads/2014/06/Mig-39-4.jpg

Fabricante russa lançará caça leve de quinta geração baseado no MiG-35
Posted by E.M.Pinto

http://www.planobrazil.com/fabricante-r ... no-mig-35/




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#794 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Set 01, 2016 3:39 pm

gabriel219 escreveu:Ta certo, me mostre quais materiais são utilizados no Gripen E\F. Se o Gripen E\F já estivesse sido desenvolvido com tais capacidades, não seria necessário nem mudar o trem de pouso, apenas colocar suporte para catapulta e para o Tailhook, a própria SAAB entra em contradição sobre o que diz que está fazendo e sobre o que diz ter feito. Me mostre uma lista dos materiais que compõe a parte frontal da fuselagem do Gripen.

Se você acredita nessa propaganda absurda, tudo bem. Procure qualquer engenheiro aeronáutico e mostre esse relatório a ele. As demais ditas foram apenas capacidades que a aerodinâmica trazem.
Imagino que você tenha estudado alguma coisa de engenharia de materiais antes de escrever isso, pois bem, a questão não é só os materiais, já teve aeronaves navais feitas em alumínio e aço, é sim, possível, construir aeronaves navais com diversos materiais, duas grandes diferenças estão no projeto estrutural delas.

Aeronaves são "puxadas" pelas turbinas e "seguradas" pelos freios, esses são os dois pontos de origem de forças que o projeto estrutural de uma aeronave "terrestre" precisa levar em consideração, em um projeto naval há dois pontos adicionais, o trem de pouso frontal que "puxa" e o tailhook, que "segura", muitas veses com mais intensidade que os pontos originais, isso exige um reforço, é por isso que no desenho da SAAB está destacado duas linhas na aeronave, eles sabem que precisam de um reforço aqui e indicaram esse reforço, isso pouco afeta a fuselagem, o Gripen pode ter um monte de problemas, mas acho seguro afirmar que a SAAB sabe projetar um avião.
gabriel219 escreveu:Só para provar o que digo, se a parte frontal da fuselagem for feito de um material da mesma ductilidade que a parte média (onde fica o tanque de combustível) e que a parte traseira, por si só cai por terra isso tudo.
Agora fiquei curioso, por que?
gabriel219 escreveu:Pense do ponto de vista comercial. Não, escolheram o F-35B após decidirem que o Queen Elizabeth II seria STOBAR, tanto é que pensaram até no EF-2000 como versão naval, descartada em 2001 por conta dos custos, até então o Queen Elizabeth seria CATOBAR.
O EF-2000 não tem versão naval porque a Alemanha disse não.

Alias, EF-2000 e Rafale tiveram uma origem comum, a França fez parte do consórcio inicial, divergências entre a França e a Alemanha fizeram que o projeto fosse dividido em dois, uma dessas divergências e que a Alemanha não aceitou foi a versão naval.

Pelo número de aeronaves construídas, as objeções alemãs eram muito mais relacionadas a política do que a custos, pessoalmente, acho que a Alemanha errou em suas exigências.
gabriel219 escreveu:Luis, você tem uma lista dos materiais utilizados no Gripen E\F para comparar ao Rafale?
O Rafale, desde o início, utiliza compostos cerâmicos, termoplástico e fibra de carbono, além de materiais como Al-Ti e Al-Li. SE o Gripen E\F utilizar os mesmos materiais, ficaria muito feliz de ver esse relatório, se não, não há como especificar.
Provavelmente o Gripen utiliza os mesmos materias, e como disse antes, se não fosse, isso não o impediria de ser navalizado.
gabriel219 escreveu:Cara, você ta lendo as coisas erradas, QUEM disse que o custo do Sea Gripen vai ficar mais caro que do Gripen NG? Eu disse que o PROGRAMA (você deve saber estou me referindo ao custo do desenvolvimento + 24 aeronaves + armamentos e treinamentos, certo?) deve custar, se cada Gripen sair por USD 150 milhões, em torno de USD 4,2 bilhões, contando com 24 aeronaves, USD 400 mi do desenvolvimento e USD 200 mi de armamentos e treinamento.
Para colocar desenvolvimento, treinamento e armas em potes separados você deve estar assumindo que cada Gripen pelado custa USD 150 milhões, mas de onde veio esse número? Na boa, sem chance... Para a aeronaves pelada USD 50 milhões é mais factível, ao adicionar os custos de desenvolvimento, treinamento e armas diluídos por 24 aeronaves ai sim o custo de cada passa para os USD 100-150 milhões, mas nunca o custo de uma única aeronave sem nada.
gabriel219 escreveu:Além disso, creio que um desenvolvimento de um caça de 5ª geração, sem contar aeronaves e armamentos, deva ficar em torno de USD 8 Bilhões de reais, já que estaríamos desenvolvendo um aeronave um pouco maior que o Gripen, talvez bimotora (EJ2X0 seria uma bela opção para as turbinas) e com MTOW perto das 24 toneladas. Talvez menos, já que este é o custo de desenvolvimento do PAK-FA, em estimativas. USD 4,2 Bilhões já seria um grande passo para dar este desenvolvimento.
O custo do PAK-FA já superou em muito os 8 bi, até ele estar voando sua versão definitiva seu custo deve passar os 50 bi.

Não se iluda, desenvolver aeronaves de 5ª geração significa projetar uma aeronaves com requisitos conflitantes (furtividade vs aerodinâmica), é o tipo de desenvolvimento mais dificil e caro na engenharia (com o F-35 foram mais além ao adicionar ainda mais requisitos conflitantes, e com isso o custo de desenvolvimento já está nos trilhões), não será uma economia de alguns bi na compra de aeronaves usadas que vai fazer sobrar dinheiro para isso.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#795 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 01, 2016 4:15 pm

Eu hoje duvido seriamente, até prova robusta e incontestável em contrário, de que um país como o Brasil, que levou quase 2 décadas para definir a seleção de uma simples aeronave para um único grupo de caça de sua força aérea seja capaz de investir, projetar, produzir, testar, incorporar e operar um caça de 5a G autóctone.

No Brasil isto simplesmente é impossível.

Se a opção por um caça naval passar pela 5a G, ou será F-35, depois de 2050, ou então J-31, ou "Mig-39". Podemos até comprar, mas fazer o ciclo completo, com ou sem parcerias, neste país não.

abs.




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