O nome do perpetrador era Mohamed, o que, se não é definitivo, diz muita coisa.Wingate escreveu:Essa atrocidade contra civis inocentes foi também em nome de Allah, O Misericordioso?
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
Testemunhas também escutaram o motorista gritar Allahu Akbar, mas olha, vamos parar com essa xenofobia ai.wagnerm25 escreveu:O nome do perpetrador era Mohamed, o que, se não é definitivo, diz muita coisa.Wingate escreveu:Essa atrocidade contra civis inocentes foi também em nome de Allah, O Misericordioso?
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
Je ne suis pas Nice
Antes de sermos Nice, temos de ser Reyhanli, Haditha, Idlib, Mosul, Beshir, Jalula, Baquba, Tikrit, Homs, Bagdad, Aleppo, Raqqa, Samra, Ninewa, Diyala, Saladin
Texto de João André Costa
Há uns tempos comecei a compilar a seguinte lista de atentados perpetrados pelos Estado Islâmico:
- 11 de Maio de 2013, dois carros bomba explodem na cidade de Reyhanli, Turquia, causando 51 mortos e 140 feridos;
- 2 de Janeiro de 2014, um carro bomba explode em Beirute, causando 4 mortes e ferindo dezenas de pessoas;
- 23 de Fevereiro de 2014, um bombista suicida vitima 7 pessoas em Aleppo, Síria;
- 28 de Fevereiro de 2014, um bombista suicida vitima 7 pessoas em Haditha, Iraque;
- 15 de Março de 2014, o número total de vítimas do Estado Islâmico, por força da guerra e atentados, ascende a 336, às quais se juntam 1563 feridos;
- 20 de Março de 2014, um ataque levado a cabo por membros do Estado Islâmico provoca 2 mortes e 5 feridos;
- 16 de Abril de 2014, o Estado Islâmico assassina o Emir de Idlib, os seus irmãos, a mulher e os dois filhos;
- 1 de Maio de 2014, enquanto o mundo celebra o Dia do Trabalhador, o Estado Islâmico executa sete pessoas em público, algumas delas crucificadas;
- 7 de Junho de 2014, o Estado Islâmico faz reféns mais de 1300 alunos em Ramadi; - Uma bomba em Jalula provoca a morte a 18 elementos das forças curdas;
- 10 de Junho de 2014, o Estado Islâmico executa 600 prisioneiros em Mosul;
- 11 de Junho de 2014, o Estado Islâmico faz refém o Embaixador Turco juntamente com vários elementos da sua equipa;
- 12 de Junho de 2014, entre 1095 e 1700 soldados e 12 Imãs morrem às mãos das forças do Estado Islâmico entre Saladin e Mosul, Iraque;
- 13 de Junho de 2014, duas cidades na província de Diyala são capturadas pelo Estado Islâmico. Relatos falam da morte indiscriminada de soldados, polícias e civis; -
16 de Junho de 2014, o Estado Islâmico executa 28 voluntários perto de Samarra;
- 17 de Junho de 2014, 17 soldados iraquianos são mortos perto de Samarra;
- 18 de Junho de 2014, 20 civis são mortos na província de Saladin;
- 22 de Junho de 2014, o Estado Islâmico toma posse de 4 cidades na fronteira entre o Iraque e a Síria, dizimando um batalhão de soldados iraquianos e 21 líderes locais;
- 30 de Junho de 2014, 215 soldados iraquianos morrem numa tentativa de recaptura de Tikrit, caída às mãos do Estado Islâmico. De acordo com as Nações Unidas, durante o mês de Junho morreram 1531 civis e 886 soldados no Iraque, tendo sido feridas 524 pessoas;
- 7 de Julho de 2014, o Estado Islâmico rapta 11 civis da aldeia de Samra, Iraque;
- 8 de Julho de 2014, um candidato político e um juiz são raptados em Ninewa, Iraque;
- 9 de Julho de 2014, o Estado Islâmico rapta 60 soldados Iraquianos em Mosul;
- 11/12 de Julho de 2014, o Estado Islâmico executa 700 civis turcos em Beshir;
- 13 de Julho de 2014, os corpos de 12 homens executados pelo Estado Islâmico são descobertos em Baquba, Iraque;
- 16 de Julho de 2014, 42 soldados iraquianos são executados pelo Estado Islâmico a sul de Tikrit;
- 15 de Julho de 2014, nova tentativa de recaptura de Tikrit provoca a morte a 52 soldados iraquianos;
- 17 de Julho, os campos de gás de Homs, Síria, são capturados pelo Estado Islâmico. 270 soldados sírios são mortos;
- 19 de Julho de 2014, um bombista suicida em Bagdad provoca 33 mortos e 50 feridos;
- 22 de Julho de 2014, um Imã é assassinado pelo Estado Islâmico em Baquba, Iraque;
- 25 de Julho de 2014, o Estado Islâmico captura a 17a Divisão do Exército Sírio, decapitando vários soldados, cujas cabeças são expostas em Raqqa. Os corpos de 18 polícias iraquianos são descobertos a sul de Tikrit...
E parei por aqui, nauseado, como se ainda agora estivesse a meio da “Lista de Schindler“ e a menina de vermelho fosse a caminho da pira funerária.
Tantas mortes... e faltam-me as palavras para poder continuar, seja a ver o Holocausto, seja a ver o massacre mais o êxodo diário de milhões de pessoas cuja única culpa é a de viverem lá longe, no médio oriente, e não em Paris, ou Nice, cidades de tal modo perto de nós que nos é impossível não reconhecer os seus corpos mais as pessoas que um dia foram.
Não sei quem foram as (pelo menos) 84 pessoas cujas vidas pereceram ontem em Nice às mãos do Estado Islâmico. Mas enquanto não soubermos quem são todas as pessoas executadas, crucificadas, esquartejadas, violadas, raptadas, guilhotinadas, fuziladas, querem que continue, emparedadas, imoladas, apedrejadas, sufocadas, afogadas, eu sei lá, são tantos os modos e a as maneiras para nos matarem entre a Síria e o Iraque que de outro modo não nos é possível explicar o porquê da fuga de 14 milhões de pessoas mais a ignorância que todo o Ocidente lhes dedica, lá está, como se toda esta gente não fosse gente, não fossemos nós, não fosses tu e não fosse eu. Porque enquanto não soubermos todos os seus nomes vos garanto como se ontem tivemos Paris, hoje temos Nice, o qual não é senão o reflexo de um ódio que se permite, ainda hoje e desde 2013, andar à solta para que no fim tenhamos petróleo barato. Por isso não posso ser Nice. Hoje não. Porque antes de sermos Nice, temos de ser Reyhanli, Haditha, Idlib, Mosul, Beshir, Jalula, Baquba, Tikrit, Homs, Bagdad, Aleppo, Raqqa, Samra, Ninewa, Diyala, Saladin, entre tantos outros, entre tantas outras pessoas de cujas vidas nunca vamos tomar conhecimento, pelo menos até que um dia os meus amigos se lembrem de colorir os seus perfis no Facebook com as cores da bandeira da Síria ou do Iraque. Quando esse dia chegar, talvez eu acredite, talvez haja esperança. Até lá, continuaremos, hoje e sempre, a contar corpos.
http://p3.publico.pt/actualidade/socied ... s-pas-nice
Antes de sermos Nice, temos de ser Reyhanli, Haditha, Idlib, Mosul, Beshir, Jalula, Baquba, Tikrit, Homs, Bagdad, Aleppo, Raqqa, Samra, Ninewa, Diyala, Saladin
Texto de João André Costa
Há uns tempos comecei a compilar a seguinte lista de atentados perpetrados pelos Estado Islâmico:
- 11 de Maio de 2013, dois carros bomba explodem na cidade de Reyhanli, Turquia, causando 51 mortos e 140 feridos;
- 2 de Janeiro de 2014, um carro bomba explode em Beirute, causando 4 mortes e ferindo dezenas de pessoas;
- 23 de Fevereiro de 2014, um bombista suicida vitima 7 pessoas em Aleppo, Síria;
- 28 de Fevereiro de 2014, um bombista suicida vitima 7 pessoas em Haditha, Iraque;
- 15 de Março de 2014, o número total de vítimas do Estado Islâmico, por força da guerra e atentados, ascende a 336, às quais se juntam 1563 feridos;
- 20 de Março de 2014, um ataque levado a cabo por membros do Estado Islâmico provoca 2 mortes e 5 feridos;
- 16 de Abril de 2014, o Estado Islâmico assassina o Emir de Idlib, os seus irmãos, a mulher e os dois filhos;
- 1 de Maio de 2014, enquanto o mundo celebra o Dia do Trabalhador, o Estado Islâmico executa sete pessoas em público, algumas delas crucificadas;
- 7 de Junho de 2014, o Estado Islâmico faz reféns mais de 1300 alunos em Ramadi; - Uma bomba em Jalula provoca a morte a 18 elementos das forças curdas;
- 10 de Junho de 2014, o Estado Islâmico executa 600 prisioneiros em Mosul;
- 11 de Junho de 2014, o Estado Islâmico faz refém o Embaixador Turco juntamente com vários elementos da sua equipa;
- 12 de Junho de 2014, entre 1095 e 1700 soldados e 12 Imãs morrem às mãos das forças do Estado Islâmico entre Saladin e Mosul, Iraque;
- 13 de Junho de 2014, duas cidades na província de Diyala são capturadas pelo Estado Islâmico. Relatos falam da morte indiscriminada de soldados, polícias e civis; -
16 de Junho de 2014, o Estado Islâmico executa 28 voluntários perto de Samarra;
- 17 de Junho de 2014, 17 soldados iraquianos são mortos perto de Samarra;
- 18 de Junho de 2014, 20 civis são mortos na província de Saladin;
- 22 de Junho de 2014, o Estado Islâmico toma posse de 4 cidades na fronteira entre o Iraque e a Síria, dizimando um batalhão de soldados iraquianos e 21 líderes locais;
- 30 de Junho de 2014, 215 soldados iraquianos morrem numa tentativa de recaptura de Tikrit, caída às mãos do Estado Islâmico. De acordo com as Nações Unidas, durante o mês de Junho morreram 1531 civis e 886 soldados no Iraque, tendo sido feridas 524 pessoas;
- 7 de Julho de 2014, o Estado Islâmico rapta 11 civis da aldeia de Samra, Iraque;
- 8 de Julho de 2014, um candidato político e um juiz são raptados em Ninewa, Iraque;
- 9 de Julho de 2014, o Estado Islâmico rapta 60 soldados Iraquianos em Mosul;
- 11/12 de Julho de 2014, o Estado Islâmico executa 700 civis turcos em Beshir;
- 13 de Julho de 2014, os corpos de 12 homens executados pelo Estado Islâmico são descobertos em Baquba, Iraque;
- 16 de Julho de 2014, 42 soldados iraquianos são executados pelo Estado Islâmico a sul de Tikrit;
- 15 de Julho de 2014, nova tentativa de recaptura de Tikrit provoca a morte a 52 soldados iraquianos;
- 17 de Julho, os campos de gás de Homs, Síria, são capturados pelo Estado Islâmico. 270 soldados sírios são mortos;
- 19 de Julho de 2014, um bombista suicida em Bagdad provoca 33 mortos e 50 feridos;
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- 25 de Julho de 2014, o Estado Islâmico captura a 17a Divisão do Exército Sírio, decapitando vários soldados, cujas cabeças são expostas em Raqqa. Os corpos de 18 polícias iraquianos são descobertos a sul de Tikrit...
E parei por aqui, nauseado, como se ainda agora estivesse a meio da “Lista de Schindler“ e a menina de vermelho fosse a caminho da pira funerária.
Tantas mortes... e faltam-me as palavras para poder continuar, seja a ver o Holocausto, seja a ver o massacre mais o êxodo diário de milhões de pessoas cuja única culpa é a de viverem lá longe, no médio oriente, e não em Paris, ou Nice, cidades de tal modo perto de nós que nos é impossível não reconhecer os seus corpos mais as pessoas que um dia foram.
Não sei quem foram as (pelo menos) 84 pessoas cujas vidas pereceram ontem em Nice às mãos do Estado Islâmico. Mas enquanto não soubermos quem são todas as pessoas executadas, crucificadas, esquartejadas, violadas, raptadas, guilhotinadas, fuziladas, querem que continue, emparedadas, imoladas, apedrejadas, sufocadas, afogadas, eu sei lá, são tantos os modos e a as maneiras para nos matarem entre a Síria e o Iraque que de outro modo não nos é possível explicar o porquê da fuga de 14 milhões de pessoas mais a ignorância que todo o Ocidente lhes dedica, lá está, como se toda esta gente não fosse gente, não fossemos nós, não fosses tu e não fosse eu. Porque enquanto não soubermos todos os seus nomes vos garanto como se ontem tivemos Paris, hoje temos Nice, o qual não é senão o reflexo de um ódio que se permite, ainda hoje e desde 2013, andar à solta para que no fim tenhamos petróleo barato. Por isso não posso ser Nice. Hoje não. Porque antes de sermos Nice, temos de ser Reyhanli, Haditha, Idlib, Mosul, Beshir, Jalula, Baquba, Tikrit, Homs, Bagdad, Aleppo, Raqqa, Samra, Ninewa, Diyala, Saladin, entre tantos outros, entre tantas outras pessoas de cujas vidas nunca vamos tomar conhecimento, pelo menos até que um dia os meus amigos se lembrem de colorir os seus perfis no Facebook com as cores da bandeira da Síria ou do Iraque. Quando esse dia chegar, talvez eu acredite, talvez haja esperança. Até lá, continuaremos, hoje e sempre, a contar corpos.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
O que dá medo, é que tem brasileiro retardado que se alista nesse EI...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
França: "Uns estão a perder a paciência e outros estão a perder a cabeça"
Rute Sousa Vasco
Bruno Lorvão vive em França há 20 anos e ontem cumpriu o ritual do feriado do 14 de Julho, em Lyon, onde estava com a família. Diz que todos pensaram que podia acontecer algo como acabou de acontecer em Nice e que essa é a nova "normalidade" que se vive em França. Um país com "um sentimento de racismo a aumentar", mas onde também "há muitas pessoas a lutar contra a simplificação da história para que o pior não aconteça".
Ontem, Bruno Lorvão, franco-português, residente em França há 20 anos, tinha escrito sobre a relação dos portugueses com França e com os franceses, ainda a propósito da vitória nacional no Euro 2016 (texto a publicar em breve, no SAPO24). À noite viajou com a família para Lyon e, como tantos outros, assistiu ao fogo de artíficio do 14 de Julho nessa cidade francesa. Em família. Hoje, menos de 24 horas depois do ataque em Nice, recorda o que passou pela cabeça ao grupo onde estava, em Lyon: “ Todos os adultos que ali estavam, no meio da multidão, pensaram que um ataque podia surgir a qualquer momento”.
Desde os ataques de 13 de novembro, em Paris, que “está na mente de cada um de nós que pode voltar a acontecer em qualquer lugar, em qualquer momento”, relata o realizador, casado com uma francesa e pai de duas crianças pequenas, de cinco e oito anos. E é precisamente com os filhos que Bruno sente mais dificuldade em lidar com uma situação de alerta que se tornou permanente. “Na escola, tudo é aumentado. É preciso antecipar perguntas. Um mês depois dos ataques em Paris, ainda havia crianças com problemas de sono por causa do que tinha acontecido”.
Na sua vida quotidiana, o realizador, que vive em Paris, assume que mudou pouco ou nada. “Não vamos mudar a nossa maneira de viver, mas sempre com a ideia que as coisas podem correr mal, que pode acontecer um atentado”. Aliás, sublinha, as autoridades avisaram que seria assim: em novembro, “foi dito que o último [atentado] não seria o último”.
No que respeita às relações entre franceses e franco-magrebinos, Bruno Lorvão considera que há atitudes diferenciadas na sociedade. “Por um lado, há um sentimento de racismo a aumentar, mas por outro há muitas pessoas a lutar contra a simplificação da história para que o pior não aconteça”. Dá o seu exemplo, com amigos magrebinos, “fartos de injustiça”, e amigos judeus, “que já só querem vingança”. “Uns estão a perder a paciência e outros estão a perder a cabeça” e é preciso encontrar respostas. Na sua opinião, mais do que religião, é na crise económica, no desemprego, nos problemas de integração social que reside a verdadeira origem dos extremismos que acabam por ser quase um “pretexto” para tudo o resto.
http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs- ... r-a-cabeca
Rute Sousa Vasco
Bruno Lorvão vive em França há 20 anos e ontem cumpriu o ritual do feriado do 14 de Julho, em Lyon, onde estava com a família. Diz que todos pensaram que podia acontecer algo como acabou de acontecer em Nice e que essa é a nova "normalidade" que se vive em França. Um país com "um sentimento de racismo a aumentar", mas onde também "há muitas pessoas a lutar contra a simplificação da história para que o pior não aconteça".
Ontem, Bruno Lorvão, franco-português, residente em França há 20 anos, tinha escrito sobre a relação dos portugueses com França e com os franceses, ainda a propósito da vitória nacional no Euro 2016 (texto a publicar em breve, no SAPO24). À noite viajou com a família para Lyon e, como tantos outros, assistiu ao fogo de artíficio do 14 de Julho nessa cidade francesa. Em família. Hoje, menos de 24 horas depois do ataque em Nice, recorda o que passou pela cabeça ao grupo onde estava, em Lyon: “ Todos os adultos que ali estavam, no meio da multidão, pensaram que um ataque podia surgir a qualquer momento”.
Desde os ataques de 13 de novembro, em Paris, que “está na mente de cada um de nós que pode voltar a acontecer em qualquer lugar, em qualquer momento”, relata o realizador, casado com uma francesa e pai de duas crianças pequenas, de cinco e oito anos. E é precisamente com os filhos que Bruno sente mais dificuldade em lidar com uma situação de alerta que se tornou permanente. “Na escola, tudo é aumentado. É preciso antecipar perguntas. Um mês depois dos ataques em Paris, ainda havia crianças com problemas de sono por causa do que tinha acontecido”.
Na sua vida quotidiana, o realizador, que vive em Paris, assume que mudou pouco ou nada. “Não vamos mudar a nossa maneira de viver, mas sempre com a ideia que as coisas podem correr mal, que pode acontecer um atentado”. Aliás, sublinha, as autoridades avisaram que seria assim: em novembro, “foi dito que o último [atentado] não seria o último”.
No que respeita às relações entre franceses e franco-magrebinos, Bruno Lorvão considera que há atitudes diferenciadas na sociedade. “Por um lado, há um sentimento de racismo a aumentar, mas por outro há muitas pessoas a lutar contra a simplificação da história para que o pior não aconteça”. Dá o seu exemplo, com amigos magrebinos, “fartos de injustiça”, e amigos judeus, “que já só querem vingança”. “Uns estão a perder a paciência e outros estão a perder a cabeça” e é preciso encontrar respostas. Na sua opinião, mais do que religião, é na crise económica, no desemprego, nos problemas de integração social que reside a verdadeira origem dos extremismos que acabam por ser quase um “pretexto” para tudo o resto.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
E outros retardados que apoiam gente que criou e armou essa merda no mundo.J.Ricardo escreveu:O que dá medo, é que tem brasileiro retardado que se alista nesse EI...
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
Holland é um completo incompetente. Três grandes atentados em em 1 ano e meio. Isis está fazendo a festa.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
ISIS ainda não reivindicou a autoria. Seria outro grupo?
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
Reivindicaram. Postaram numa das páginas do grupo.zela escreveu:ISIS ainda não reivindicou a autoria.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
mas a de se confirmar pq o isis confirma até roubo de ladrão de galinha se isso der propaganda.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
hades767676 escreveu:Holland é um completo incompetente. Três grandes atentados em em 1 ano e meio. Isis está fazendo a festa.
Marine Le Pen agradece.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
Ministro francês apela aos cidadãos para se tornarem reservistas
O ministro do Interior de França, Bernard Cazeneuve, apelou hoje a "todos os cidadãos patrióticos que o desejem" a tornar-se reservistas para aumentar a segurança após o atentado de quinta-feira em Nice.
Os "reservistas operacionais" de França incluem cidadãos franceses com ou sem experiência militar, assim como antigos soldados.
Na sexta-feira, o presidente francês, François Hollande, disse que apelaria a todos para reforçassem as fileiras da polícia e da guarda.
Na quinta-feira à noite, um camião avançou durante dois quilómetros sobre uma multidão na Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), em Nice, que estava a assistir ao fogo-de-artifício para celebrar o dia de França.
O último balanço das autoridades francesas aponta para 84 mortos e 202 feridos. Pelo menos um cidadão português ficou ferido no ataque, confirmou o Governo.
O condutor do camião foi abatido pela polícia.
As autoridades francesas consideraram estar-se perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado.
O grupo extremista Estado Islâmico reclamou hoje a autoria do atentado.
http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_ ... eservistas
O ministro do Interior de França, Bernard Cazeneuve, apelou hoje a "todos os cidadãos patrióticos que o desejem" a tornar-se reservistas para aumentar a segurança após o atentado de quinta-feira em Nice.
Os "reservistas operacionais" de França incluem cidadãos franceses com ou sem experiência militar, assim como antigos soldados.
Na sexta-feira, o presidente francês, François Hollande, disse que apelaria a todos para reforçassem as fileiras da polícia e da guarda.
Na quinta-feira à noite, um camião avançou durante dois quilómetros sobre uma multidão na Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), em Nice, que estava a assistir ao fogo-de-artifício para celebrar o dia de França.
O último balanço das autoridades francesas aponta para 84 mortos e 202 feridos. Pelo menos um cidadão português ficou ferido no ataque, confirmou o Governo.
O condutor do camião foi abatido pela polícia.
As autoridades francesas consideraram estar-se perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado.
O grupo extremista Estado Islâmico reclamou hoje a autoria do atentado.
http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_ ... eservistas
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
O problema é que hoje em dia qualquer um faz um ataque suicida e o EI diz que foram eles.hades767676 escreveu:Holland é um completo incompetente. Três grandes atentados em em 1 ano e meio. Isis está fazendo a festa.
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Re: França “em choque” com extrema-direita “às portas do poder”
cabeça de martelo escreveu:O problema é que hoje em dia qualquer um faz um ataque suicida e o EI diz que foram eles.hades767676 escreveu:Holland é um completo incompetente. Três grandes atentados em em 1 ano e meio. Isis está fazendo a festa.
Exato.
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