toncat escreveu:FCarvalho escreveu:
Porque que até hoje a Embraer não conseguiu vender seus aviões para TAM, GOL e Avianca?
abs.
Eu não sei o porque. Isso chega a me encomodar.
Um avião com +1700 pedidos (e aumentando) operado por 70 companhias em + de 50 países não serve para essas duas tranqueiras TAM/GOL. Principalmente vindo TAM que operou o Foker 100.
Teve que vir um americano meio brasileiro criar a Azul, se não até hoje não teríamos E-jets. Surreal uma coisa dessas.
Em termos muito resumidos, um troço chamado 'Custo Brasil'. E eu acrescentaria, um enorme, quase gigantesco e paquidérmico ego de parte das empresas aérea nacionais.
Comprar aviões da Embraer direto dela aqui, por mais incrível que possa parecer, custa mais caro as empresas nacionais do que comprar lá fora, no caso de aeronaves nova.
Ademais, neste setor, historicamente, quase todo mundo parece que já nasceu com uma baita mania de grandeza. Por quê? É só olhar o histórico das empresas. Muitas nasceram como regionais, ou até mesmo táxi aéreo, mas desde a gênese do projeto, tendo como pano de fundo, a inexorável mania de querer virar uma nacional, e quiçá internacional, no menor tempo possível. Algumas mesmo já nasceram grandes, querendo ser grandes antes mesmo de decolar, assim mesmo.
Estão aí TAM/GOL e Azul que não me deixam mentir.
Até por isso hoje falta uma aviação regional no Brasil, e isto apesar deste setor ser um grande filão para qualquer empresa bem organizada e objetiva em seus propósitos.
Das 4 grandes, somente a Azul mantém um certo veio regional, mas isso por uma herança da TRIP, e porque de certa forma, isto também estava previsto no projeto da empresa. A fusão com a TRIP simplesmente adiantou esse processo. Mas fora do que já havia, nada mais além se fez, e a empresa agora está à espera dos seus primeiros NEO, apesar da compra de meia centena de E-195 E-2.
As demais estudam, estudam e estudam os E-Jets e E-2, e nunca saiu disso.
Como já disse aqui, mesmo a nova família de jatos da Embraer tendo capacidade e qualidades para operar em mais de 50% das linhas atuais de cada empresa, com vantagens nada desprezíveis em termos de manutenção e relação pax/custo, eles ainda são um grande hiato na frota comercial do país.
Cito um exemplo da minha região. Se considerarmos apenas a ligação entre as capitais da região, seriam 49 linhas. Se acrescentarmos a ligação a Brasília, seriam 64. Se adicionarmos as principais cidades do interior, seriam mais de 100 linhas. E tudo isso com os modelos atuais da família E-Jets. Se pensarmos na versões E-2, melhor ainda. E não vou nem citar as ligações internacionais que poderíamos dispor.
Mas claro, quase ninguém hoje se importa realmente com isso, já que o custo de operar tais linhas não seria tão atrativo quanto disputar as ligações sul-sudeste e sudeste-nordeste do país.
abs.