Primeiro gostaria de esclarecer que em nenhum momento eu disse que por ser maior o SU-35 tem maior RCS. O que falei foi que, por ser maior, ele carrega mais cabides e armamentos externos e, portanto, presume-se que o RCS seria maior que um caça que carrega menos cabides e armamentos externos e tem uma turbina a menos.
Você se esquece dos inseparáveis tanques externos, um grande fonte de RCS, aliás já foi até postada uma imagem mostrando isso. Mais motores não significam mais RCs obrigatoriamente, ou o EF teria mais RCS que o Gripen e diz-se por aí que não é assim.
E mais!
A carga externa não é fixa no SU-35S nem em caça algum, ela pode variar conforme a missão, então os dois podem estar com a mesma carga. Como o SU-35S normalmente trabalha sem tanques externos, a diferença será equilibrada.
Agora, um Gripen-NG decolando com dois A-Darter, sem tanques externos, é realmente útil em quais situações?
Curtíssimo alcance, persistência mínima, sem capacidade BVR... É uma configuração irreal, suicida.
Esclarecido isso, então acredito que chegamos a primeira conclusão: NÃO HÁ COMO SE AFIRMAR QUE O RCS DO SU-35 EQUIPADO PARA O MESMO TIPO DE MISSÃO SERÁ IGUAL OU MENOR DO QUE O DO GRIPEN NG, que é o que alguns pareciam querer fazer entender.
Pelo que li até agora ninguém quis fazer parecer isso, se puder destacar onde está escrito seria bom para esclarecermos.
O que se diz é que carregar armas externamente anula a furtividade de avião, e pela milésima vez, tanto é assim que caças realmente furtivos carregam suas armas internamente.
O RCS do NG pode ser menor, mas quando decentemente armado para combate essa diferença não será significativa diante de um caça pesado com um radar potente e uma antena grande.
Agora resta saber o quanto que esse índice aumenta pela presença de armamento externo, você diz cerca de 2m, o CM disse 10 m2 (
se fosse assim nem radar precisava evoluir), e o Alcantra disse que eh na casa dos centésimos.
Não fui eu que disse, se você está realmente lendo todo o debate sabe que foi outra pessoa que trouxe a informação, se não me engano o Marechal, e esse valor vai de 10 a 100m2, escolhi o menor valor.
Se realmente estivesse lendo, teria visto que no meu último post eu simulei um alvo de
2,1m2.
Sobre os centésimos de RCS de um míssil, isso seja talvez para um míssil WVR tipo ASRAAM ou A-Darter, sem aletas. Para um AIM-120 a coisa já muda de figura, um Exocet ou Harpoon mais ainda, um tanque combustível muito mais.
Além disso, o míssil
sozinho tem esse RCS, mas quando associado a um cabide e às estruturas do avião, ele se torna mais uma peça na equação, refletindo em conjunto com todo o resto. Já postei várias imagens sobre isso.
Mais uma vez, é por isso que existem as baias internas.
Sobre o radar não precisar evoluir, você já pensou num combate entre caças similares, um NG e um F-16 , por exemplo?
Percebe que nesse caso, com capacidades similares quem tiver vantagem no RCS vai ter mais chances?
Percebe que a evolução dos radares pode incluir algo além de alcance de detecção como rastreamento, capacidade de ECCM, rastreamento simultâneo de múltiplos alvos, rastreamento de alvos aéreos e terrestres simultaneamente, LPI, agilidade de feixe, de frequência, de modos, de pulsos; GMTI, SAR ...
Seguindo...
Entre um caça leve e um pesado com medidas de redução de RCS, uma coisa anula a outra e a diferença de assinatura radar passa a ser menos relevante. Eu tentei mostrar tudo isso didaticamente, mas parece que não se quer ler.
Estudo com pilone de concreto não contribui em nada, alguma fonte crível quanto a este aspecto?
Você leu que a matéria se refere ao RCS
DO MÍSSIL?
Percebe que o pedestal precisa ser de material pouco reflexivo, que poderia ser madeira, plástico, papelão...
Agora é avaliar se esse aumento de RCS pela presença de componentes externos torna o tema inútil nos cacas de 4G (o que acho um pouco dificl já que todos os fabricantes parecem dar especial atencao a isso, bem como as FA que adquirem cacas 4G também fazem avaliações neste aspecto), ou se, de fato, um caça 4G com menor RCS total, mesmo com a presença de componentes externos, em certas configurações, terá uma vantagem sobre outro de maior RCS no combate aéreo.
Se formos avaliar simplesmente o RCS sem avaliar os radares envolvidos, a discussão é inútil.
Pra que baixo RCS sem radares?
O que se está avaliando é se um caça leve carregando armas externas perde sua baixa furtividade.
Acho que não resta dúvida que sim.
Este aumento de RCS implica em detecção por outro radar numa distância útil?
Idem, já mostrei até vídeo de teste do IRBIS-E contra um alvo aéreo sendo detectado a 280Km.
1 - Concordamos que o SU-35 não tem o mesmo RCS ou menor do que o Gripen quando ambos estiverem configurados para o mesmo tipo de missão.
Mas essa diferença é útil?
Fiz uma simulação com um caça de
ZERO RCS mas com armas carregadas externamente, mas parece que ninguém leu.
2 - Resta saber se esta diferença é ou não útil no combate aéreo, com estudos que concretos que não exijam um penoso exercício de imaginação, como Pilones de Concreto
.
Bem, eu acabei de postar todas as informações de autoria e fonte e um estudo de anos e anos, justamente por causa desse tipo de afirmação.
Dizer que um estudo desses é um exercício de imaginação realmente colabora muito.
“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Mujica.