Penguin escreveu:O fato estranho que não encaixa é que logo após sofrer um suposto bloqueio dos EUA, a MB seleciona um torpedo e SDT justamente dos EUA! Podia ter selecionado um conjunto francês, italiano ou alemão. Isso não me parece atitude de quem acabou de sofrer um bloqueio. Não mesmo.
Podem haver pelo menos duas explicações para isso:
- O desespero em ter pelo menos um torpedo guiado de fato funcionando (já que segundo notícias os Tigershark jamais funcionaram a contento), o que na época só deixou duas opções, americanos e alemães. E a relação com os alemães azedou tanto que eles perderam o contrato do PROSUB, que muitos já davam como favas contadas. Aí só sobraram os EUA mesmo.
- Grupos com ideias divergentes dentro da própria MB. Um desejando a auto-suficiência pelo menos em termos de armamentos e tentando arranjar atalhos para obtê-la, e o outro pensando apenas em garantir pelo menos uma operacionalidade mínima( dada a quantidade irrisória de torpedos adquiridos), mesmo que como solução interina para ganhar tempo até arranjarem outra com mais calma.
No mais concordo com vc. Devido a regras restritivas na venda de produtos de uso dual e tecnologias militares, fazer negócios com os americanos nessa área requer cuidados e conhecimento prévio sobre as regras e processos envolvidos.
[]s
Não basta conhecer as regras, porque elas mudam ao sabor das flutuações de humor do DoD. Foi o que aconteceu no meu caso, a regra era uma e de repente mudou, deixando a empresa em que eu era sócio "pendurada na broxa". É preciso ter muito cuidado mesmo, ou simplesmente assumir que existe o risco de repente ficar na mão.
Mas não digo que o mesmo não possa acontecer com outros países, apenas não conheço tantos exemplos quanto com os EUA, e nem nunca aconteceu comigo ou com alguém que eu conheça.
Abraços,
Leandro G. Card