Programa de mísseis da MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de mísseis da MB

#406 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mai 20, 2014 4:31 pm

Alcantara escreveu:A MB tem um programa de desenvolvimento de um torpedo pesado e vai comprar OUTRO torpedo pesado estrangeiro, o F-21. E aí? Tem um projeto nacional em jogo ou não tem?

É tudo munição, Harpoon, MK-46, MK-48, F21... o que "pega" é o danado do "dois pesos".

P-3 -> banguela -> compra dos Harpoon (interinos até o MANSUP) -> Geni
Tupi -> banguela -> compra dos MK-48 (e futuramente dos F-21) -> silêncio
Desculpe... há um engano.

Tupi -> Tp2000 -> chute nas bolas -> Tigerfish -> Atualizou sistemas de combate -> Mk.48
P-3 -> (interinos até o Mansup)? Isso é novidade. Aonde está escrito que é isso que irá acontecer?

O problema que estou vendo é que existe uma tentativa de transformar qualquer argumento contra como se fosse alguma implicância contra a FAB o que de forma alguma é o caso. Acho que dentro do debate temos que parar de rotular quem é contra uma decisão como simplesmente achar que a FAB é a culpada disso ou aquilo. Não é o caso.

Só acho que considerando o estágio atual do MAN-1, foi uma decisão ruim. Só isso.

Comparar com o torpedo pesado que ainda está na folha de papel não acho que tem algo a ver.

E com relação ao P-3, não acho que há nada de mal receber o Mk.46 mesmo sabendo que também temos um programa de torpedo leve em curso.

Tá vendo? ;)

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Re: Programa de mísseis da MB

#407 Mensagem por Alcantara » Ter Mai 20, 2014 4:43 pm

Carlos Lima escreveu:
Alcantara escreveu:A MB tem um programa de desenvolvimento de um torpedo pesado e vai comprar OUTRO torpedo pesado estrangeiro, o F-21. E aí? Tem um projeto nacional em jogo ou não tem?

É tudo munição, Harpoon, MK-46, MK-48, F21... o que "pega" é o danado do "dois pesos".

P-3 -> banguela -> compra dos Harpoon (interinos até o MANSUP) -> Geni
Tupi -> banguela -> compra dos MK-48 (e futuramente dos F-21) -> silêncio
Desculpe... há um engano.

Tupi -> Tp2000 -> chute nas bolas -> Tigerfish -> Atualizou sistemas de combate -> Mk.48
P-3 -> (interinos até o Mansup)? Isso é novidade. Aonde está escrito que é isso que irá acontecer?

[]s
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Cê tá maluco... o Tigerfish é anterior ao Tupi. Foram adquiridos na época dos Oberon, conforme está escrito no texto que postei, por sinal. :roll:
Eu quero saber o porque do seu "dois pesos, duas medidas". Os MK-48 foram adquiridos em uma "janela de oportunidade". Os Harpoon também. No caso dos torpedos, existe um projeto nacional de médio/longo prazo visando a substituição do produto estrangeiro. No caso do Harpoon também. O que te leva a raciocinar de forma diferente em um caso e no outro?

Golden Sentry? Você acha, por acaso, que só os americanos possuem esse tipo de cláusula?




Editado pela última vez por Alcantara em Ter Mai 20, 2014 4:54 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Programa de mísseis da MB

#408 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mai 20, 2014 4:53 pm

Alcantara escreveu:
Carlos Lima escreveu: Desculpe... há um engano.

Tupi -> Tp2000 -> chute nas bolas -> Tigerfish -> Atualizou sistemas de combate -> Mk.48
P-3 -> (interinos até o Mansup)? Isso é novidade. Aonde está escrito que é isso que irá acontecer?

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Cê tá maluco... o Tigerfish é anterior ao Tupi. Foram adquiridos na época dos Oberon, conforme está escrito no texto que postei, por sinal. :roll:
Eu quero saber o porque do seu "dois pesos, duas medidas". Os MK-48 foram adquiridos em uma "janela de oportunidade". Os Harpoon também. No caso dos torpedos, existe um projeto nacional de médio/longo prazo visando a substituição do produto estrangeiro. No caso do Harpoon também. O que te leva a raciocinar de forma diferente em um caso e no outro?

Golden Sentry? Você acha, por acaso, que só os americanos possuem esse tipo de cláusula? Hahahahaha... [003]
Cara,

Como expliquei anteriormente, o Tigerfish foi utilizado nos Tupi porque os suecos não cumpriram com que haviam prometido com o TP2000. Como não tínhamos outro torpedo disponível, os Tupi/Tikuna utilizaram o Tigerfish até o momento aonde tiveram que ser atualizados e daí como parte do pacote da atualização dos sistemas de combate do Tupi (Lockeed Martin), vieram os Mk.48.

A "Janela de oportunidade" aí foi o fato do Tupi precisar de uma atualização meia-vida e os torpedos originalmente pretendidos pela MB nunca terem sido comprados e tivemos que ficar 'a ver navios' com o Tigerfish.

O Harpoon está acontecendo ao mesmo tempo em que temos um projeto de mísseis sendo desenvolvido e em um estágio adiantado 'hoje'.

Os torpedos ainda vão levar um bom tempo para sair do papel.

Não são dois pesos e duas medidas, e sim uma questão de melhor investimento.

Quanto ao Golden Sentry, esse é um programa muito diferente de outras restrições que tivemos no passado.

É só se informar. ;)

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Re: Programa de mísseis da MB

#409 Mensagem por Alcantara » Ter Mai 20, 2014 4:59 pm

Os torpedos ainda vão levar um bom tempo para sair do papel.
Ah, tá... e a versão ar-mar do MANSUP, que ainda vai levar, pelo menos, uma década? :roll:
Quanto ao Golden Sentry, esse é um programa muito diferente de outras restrições que tivemos no passado.
Não, não é. :|

Guerra das Lagostas
Na época, o Departamento de Estado americano enviou mensagem ao Brasil lembrando que nossos navios de guerra – na época arrendados aos Estados Unidos – por contrato não poderiam se envolver em conflito com países amigos dos norte-americanos. Ordenava por isso que eles voltassem imediatamente às suas bases. O Brasil recusou-se a atender ao pedido americano, mencionando o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e usando um argumento caro aos brios militares daquele país: por ocasião do ataque à base de Pearl Harbor, em 1941, o Brasil declarara guerra ao Japão, em solidariedade aos Estados Unidos.




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Re: Programa de mísseis da MB

#410 Mensagem por Penguin » Ter Mai 20, 2014 5:45 pm

Carlos Lima escreveu:
Alcantara escreveu:Vejam que não estou criticando a Marinha por ter comprado o Mk-48, ou pretender comprar o F-21! Estas aquisições estão dentro de uma estratégia maior, de médio ou longo prazo, e são plenamente justificáveis do ponto de vista prático, operacional.

Vejo a mesma lógica no comportamento na FAB. A minha crítica vai justamente na direção do "dois pesos, duas medidas".
Acho que você embolou totalmente o meio de campo... :lol:

O Mk48 veio como parte do acordo do update dos Tupi e Tikuna e veio como parte do pacote do upgrade que incluiu outros sistemas de combate (não somente o torpedo).

O problema dos Torpedos na verdade está relacionado ao fato de que queríamos e tínhamos pago para termos o TP2000 dos suecos. Tudo certo, tudo bem até que os suecos nos deixaram 'a ver navios' porque não podiam cumprir com o que tinham prometido. Devolveram o $ (como era de se esperar), mas ficamos "banguelas" e tivemos que nos virar com os Tigerfish até que uma solução fosse encontrada e essa solução veio com a atualização de meia-vida do Tupi/Tikuna o que viabilizou a atualização dos seus sistemas de combate e a compra do Mk 48.

No caso de torpedos, hoje a FAB está avaliando o Mk.46 para os seus P-3 pelos próximos 6 meses e eu não disse absolutamente nada sobre isso. Pois não temos nada a médio ou curto prazo que possa resolver essa lacuna.

Então o Mk. 46 é uma boa solução. E além disso o P-3 vai cumprir a sua principal tarefa que é de fato 'caçar subs'.

Quanto ao Harpoon eu já tentei explicar umas trocentas vezes que o problema é que temos um programa de desenvolvimento de mísseis ativo, hoje, inclusive com disparos e qualificações de diversas etapas (motor foguete, etc).

Uma variante prevista para esse míssil seria a variante lançada do ar. A minha questão é na verdade bem simples, eu prefiro pegar 300 milhões de Reais e investir no adiantamento da pesquisa dessa variante do que comprar o Harpoon (que por sinal não tem a ver com o fato de ser "Americano" e sim com o fato do investimento não estar indo para o míssil brasileiro).

Obviamente o "bonus" de ser atrelado ao Golden Sentry e todas as suas regras não ajuda em nada a percepção que eu tenho sobre tal investimento.

Só para completar... o Mk.48 não está atrelado ao Golden Sentry... o Harpoon sim.

Resumindo:

P-3 - Mk. 46 [100]
P-3 - MAN-1 [100]
Subs - Mk. 48 [100]
P-3 - Harpoon + Golden Sentry [002]

:lol:

[]s
CB_Lima
Quanto ao Harpoon eu já tentei explicar umas trocentas vezes que o problema é que temos um programa de desenvolvimento de mísseis ativo, hoje, inclusive com disparos e qualificações de diversas etapas (motor foguete, etc).


Uma coisa é o projeto do MAN-1 (MANSUP) e outra coisa é o remotorização de Exocets antigos (MM-40 block 1) da MB com o sistema de propulsão AV-RE40 da Avibrás.

Os "disparos e qualificação" se referem a remotorização dos antigos Exocets da MB e não ao MAN-1.

Qual o status no projeto MAN-1 (ou MANSUP)? Já existe algum protótipo? Alguma maquete pelo menos? Um desenho?
Qual o cronograma e a programação financeira desse projeto? A MB e o GF estão investindo nele o que devem ou o GF está contingenciando esse projeto? Sem essas respostas, esse debate entre em uma zona de suposições e especulações.

A remotorização dos Exocets da MB parecem que não é um projeto prioritário para a MB e o GF levando-se em conta o recente corte do repasse para a Avibrás (justamente para finalizar o desenvolvimento do motor do Exocet). Claramente há projetos prioritários na MB que não foram afetados ou foram menos afetados pelo contingenciamento e outros menos prioritários, mais afetados.

Lembrar que o MAN-1 será um míssil mar-mar. "Quando" ele ficar pronto e "quando" for adotado pela MB operacionalmente, creio que se poderá sim desenvolver uma versão ar-mar e ela poderá ser adotada tanto pela MB como pela FAB.

Até lá a MB está programando a aquisição de novos AM-39 Exocets Block 2 Mode 2, possivelmente com motores da Avibrás para equipar os EC725. Ou seja, ela também não vai esperar os MAN-1 ar-mar ficarem prontos.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Ter Mai 20, 2014 6:31 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Programa de mísseis da MB

#411 Mensagem por Marino » Ter Mai 20, 2014 6:14 pm

Alcântara, o Brasil NUNCA declarou guerra ao Japão.
O que aconteceu foi que um representante americano foi falar com o CEMA e recebeu a resposta de que o Brasil era signatário de um tratado anterior a OTAN, o TIAR, assim como os EUA e que, desta maneira, os EUA deveriam cumpri-lo e declarar guerra à França.
Após esta fala expulsou o tal representante de sua sala.
----
Aqui mesmo no DB foi postado há tempos a autorização para a versão ar x mar do MANSUP.
A versão mar x mar está no final de desenvolvimento, com o lote econômico encomendado pela MB, por contrato.




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Re: Programa de mísseis da MB

#412 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mai 20, 2014 6:18 pm

Marino escreveu:Alcântara, o Brasil NUNCA declarou guerra ao Japão.
O que aconteceu foi que um representante americano foi falar com o CEMA e recebeu a resposta de que o Brasil era signatário de um tratado anterior a OTAN, o TIAR, assim como os EUA e que, desta maneira, os EUA deveriam cumpri-lo e declarar guerra à França.
Após esta fala expulsou o tal representante de sua sala.
----
Aqui mesmo no DB foi postado há tempos a autorização para a versão ar x mar do MANSUP.
A versão mar x mar está no final de desenvolvimento, com o lote econômico encomendado pela MB, por contrato.
Só para destacar...

Essa é a diferença.

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Re: Programa de mísseis da MB

#413 Mensagem por Penguin » Ter Mai 20, 2014 6:29 pm

Carlos Lima escreveu:
Alcantara escreveu:Vejam que não estou criticando a Marinha por ter comprado o Mk-48, ou pretender comprar o F-21! Estas aquisições estão dentro de uma estratégia maior, de médio ou longo prazo, e são plenamente justificáveis do ponto de vista prático, operacional.

Vejo a mesma lógica no comportamento na FAB. A minha crítica vai justamente na direção do "dois pesos, duas medidas".
Acho que você embolou totalmente o meio de campo... :lol:

O Mk48 veio como parte do acordo do update dos Tupi e Tikuna e veio como parte do pacote do upgrade que incluiu outros sistemas de combate (não somente o torpedo).

O problema dos Torpedos na verdade está relacionado ao fato de que queríamos e tínhamos pago para termos o TP2000 dos suecos. Tudo certo, tudo bem até que os suecos nos deixaram 'a ver navios' porque não podiam cumprir com o que tinham prometido. Devolveram o $ (como era de se esperar), mas ficamos "banguelas" e tivemos que nos virar com os Tigerfish até que uma solução fosse encontrada e essa solução veio com a atualização de meia-vida do Tupi/Tikuna o que viabilizou a atualização dos seus sistemas de combate e a compra do Mk 48.

No caso de torpedos, hoje a FAB está avaliando o Mk.46 para os seus P-3 pelos próximos 6 meses e eu não disse absolutamente nada sobre isso. Pois não temos nada a médio ou curto prazo que possa resolver essa lacuna.

Então o Mk. 46 é uma boa solução. E além disso o P-3 vai cumprir a sua principal tarefa que é de fato 'caçar subs'.

Quanto ao Harpoon eu já tentei explicar umas trocentas vezes que o problema é que temos um programa de desenvolvimento de mísseis ativo, hoje, inclusive com disparos e qualificações de diversas etapas (motor foguete, etc).

Uma variante prevista para esse míssil seria a variante lançada do ar. A minha questão é na verdade bem simples, eu prefiro pegar 300 milhões de Reais e investir no adiantamento da pesquisa dessa variante do que comprar o Harpoon (que por sinal não tem a ver com o fato de ser "Americano" e sim com o fato do investimento não estar indo para o míssil brasileiro).

Obviamente o "bonus" de ser atrelado ao Golden Sentry e todas as suas regras não ajuda em nada a percepção que eu tenho sobre tal investimento.

Só para completar... o Mk.48 não está atrelado ao Golden Sentry... o Harpoon sim.

Resumindo:

P-3 - Mk. 46 [100]
P-3 - MAN-1 [100]
Subs - Mk. 48 [100]
P-3 - Harpoon + Golden Sentry [002]

:lol:

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DoD’s EUM (End-Use Monitoring) program = Golden Sentry

Há duas modalidades de monitoramento:

1) End-Use Monitoring (EUM)
End-Use Monitoring (EUM) is a program designed to verify that defense articles or services transferred by the United States Government (USG) to foreign recipients are being used in accordance with the terms and conditions of the transfer agreement or other applicable agreement.
2) Enhanced EUM (EEUM)
Enhanced EUM, based on the principle of trust with verification, is required for defense articles and services or individual transfers specifically designated for EEUM by the MILDEP's export policy, the inter-agency release process, or by DoD policy as a result of consultation with Congress.
Fonte: http://www.samm.dsca.mil/chapter/chapter-8#C8.2.

As duas modalidades implicam em visitas de verificação, como também fazem os demais fornecedores que zelam por suas tecnologias, França incluída.

- Praticamente todos os itens de defesa se enquadram no item 1) EUM.
- O Harpoon Block II assim como outros itens (AMRAAM, AIM-9X, Javelin, JASSM, JSOW, Stinger, TOW-2B, Night Vision Devices etc) se enquadram na categoria 2) ou EEUM, mais rigorosa que o 1) EUM.

O fato é que para diversos itens de defesa de origem americana já estamos enquadrados no EUM.
Muitos países usam itens enquadrados no EEUM e convivem com isso, incluindo Índia, Paquistão, Indonésia, Alemanha, Turquia, Finlândia, Malásia etc etc etc.




Editado pela última vez por Penguin em Ter Mai 20, 2014 6:56 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Programa de mísseis da MB

#414 Mensagem por Penguin » Ter Mai 20, 2014 6:53 pm

Marino escreveu:Alcântara, o Brasil NUNCA declarou guerra ao Japão.
O que aconteceu foi que um representante americano foi falar com o CEMA e recebeu a resposta de que o Brasil era signatário de um tratado anterior a OTAN, o TIAR, assim como os EUA e que, desta maneira, os EUA deveriam cumpri-lo e declarar guerra à França.
Após esta fala expulsou o tal representante de sua sala.
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Aqui mesmo no DB foi postado há tempos a autorização para a versão ar x mar do MANSUP.
A versão mar x mar está no final de desenvolvimento, com o lote econômico encomendado pela MB, por contrato.
Curioso Marino, segundo Macegueiro no FBM, a versão ar-mar do MAN-1 não está sendo desenvolvida ( http://www.basemilitar.com.br/forum/vie ... &start=285 ).
O que tenho lido que foi autorizado é integração do AM-39 Exocet no EC725 e a utilização dos motores da Avibrás nos mísseis a serem adquiridos pela MB (quando forem adquiridos): http://www.naval.com.br/blog/2013/05/09 ... asileiros/




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Re: Programa de mísseis da MB

#415 Mensagem por Marino » Ter Mai 20, 2014 6:57 pm

Pois procure aqui, em anos anteriores, a própria MB se manifestando.
Outra coisa, o número de mísseis já encomendados para o lote econômico na versão mar x mar atinge 3 dígitos. Contrato assinado.
Outra coisa mais: é evidente que o desenvolvimento dos motores do AM-39 será utilizado na versão ar x mar do MANSUP. Isto é óbvio, o óbvio ululante como diria Nelson Rodrigues.




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Re: Programa de mísseis da MB

#416 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mai 20, 2014 7:00 pm

Penguin escreveu:
Carlos Lima escreveu: Acho que você embolou totalmente o meio de campo... :lol:

O Mk48 veio como parte do acordo do update dos Tupi e Tikuna e veio como parte do pacote do upgrade que incluiu outros sistemas de combate (não somente o torpedo).

O problema dos Torpedos na verdade está relacionado ao fato de que queríamos e tínhamos pago para termos o TP2000 dos suecos. Tudo certo, tudo bem até que os suecos nos deixaram 'a ver navios' porque não podiam cumprir com o que tinham prometido. Devolveram o $ (como era de se esperar), mas ficamos "banguelas" e tivemos que nos virar com os Tigerfish até que uma solução fosse encontrada e essa solução veio com a atualização de meia-vida do Tupi/Tikuna o que viabilizou a atualização dos seus sistemas de combate e a compra do Mk 48.

No caso de torpedos, hoje a FAB está avaliando o Mk.46 para os seus P-3 pelos próximos 6 meses e eu não disse absolutamente nada sobre isso. Pois não temos nada a médio ou curto prazo que possa resolver essa lacuna.

Então o Mk. 46 é uma boa solução. E além disso o P-3 vai cumprir a sua principal tarefa que é de fato 'caçar subs'.

Quanto ao Harpoon eu já tentei explicar umas trocentas vezes que o problema é que temos um programa de desenvolvimento de mísseis ativo, hoje, inclusive com disparos e qualificações de diversas etapas (motor foguete, etc).

Uma variante prevista para esse míssil seria a variante lançada do ar. A minha questão é na verdade bem simples, eu prefiro pegar 300 milhões de Reais e investir no adiantamento da pesquisa dessa variante do que comprar o Harpoon (que por sinal não tem a ver com o fato de ser "Americano" e sim com o fato do investimento não estar indo para o míssil brasileiro).

Obviamente o "bonus" de ser atrelado ao Golden Sentry e todas as suas regras não ajuda em nada a percepção que eu tenho sobre tal investimento.

Só para completar... o Mk.48 não está atrelado ao Golden Sentry... o Harpoon sim.

Resumindo:

P-3 - Mk. 46 [100]
P-3 - MAN-1 [100]
Subs - Mk. 48 [100]
P-3 - Harpoon + Golden Sentry [002]

:lol:

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Há duas modalidades de monitoramento:

1) End-Use Monitoring (EUM)
End-Use Monitoring (EUM) is a program designed to verify that defense articles or services transferred by the United States Government (USG) to foreign recipients are being used in accordance with the terms and conditions of the transfer agreement or other applicable agreement.
2) Enhanced EUM (EEUM)
Enhanced EUM, based on the principle of trust with verification, is required for defense articles and services or individual transfers specifically designated for EEUM by the MILDEP's export policy, the inter-agency release process, or by DoD policy as a result of consultation with Congress.
Fonte: http://www.samm.dsca.mil/chapter/chapter-8#C8.2.

As duas modalidades implicam em visitas de verificação, como também fazem os demais fornecedores que zelam por suas tecnologias, França incluída.

- Praticamente todos os itens de defesa se enquadram no item 1) EUM.
- O Harpoon Block II assim como outros itens (AMRAAM, AIM-9X, Javelin, JASSM, JSOW, Stinger, TOW-2B, Night Vision Devices etc) se enquadram na categoria 2) ou EEUM, mais rigorosa que o 1) EUM.

O fato é que para diversos itens de defesa de origem americana já estamos enquadrados no EUM.
Muitos países usam itens enquadrados no EEUM e convivem com isso, incluindo Índia, Paquistão, Indonésia, Alemanha, Turquia, Finlândia, Malásia etc etc etc.
Pois é,

Fomos """"promovidos"""" à categoria mais rigorosa de inspeções e demos bye bye para 300 milhões que poderiam ir para o nosso próprio programa de mísseis" ar-mar.

Na minha opinião não é o investimento mais acertado, mas é o que eu penso.

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Re: Programa de mísseis da MB

#417 Mensagem por henriquejr » Ter Mai 20, 2014 7:08 pm

Ainda acho que criticam a FAB de forma injusta. A MB vai adquirir AM-39 BII, para os UH-15A, e não vi nenhum desses críticos reclamando.




.
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Re: Programa de mísseis da MB

#418 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mai 20, 2014 7:18 pm

henriquejr escreveu:Ainda acho que criticam a FAB de forma injusta. A MB vai adquirir AM-39 BII, para os UH-15A, e não vi nenhum desses críticos reclamando.
A FAB pelo visto vai comprar os Mk.46 e acho que está mais do que correta em fazer isso.

A MB vai comprar AM-39 BII? Ou vai utilizar os mísseis recondicionados pela Avibrás para os UH-15A? (pelo menos é isso o que eu sei).

O problema é essa coisa de transformar o debate naquilo que ele não é.

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Re: Programa de mísseis da MB

#419 Mensagem por Penguin » Ter Mai 20, 2014 7:26 pm

Marino escreveu:Pois procure aqui, em anos anteriores, a própria MB se manifestando.
Outra coisa, o número de mísseis já encomendados para o lote econômico na versão mar x mar atinge 3 dígitos. Contrato assinado.
Outra coisa mais: é evidente que o desenvolvimento dos motores do AM-39 será utilizado na versão ar x mar do MANSUP. Isto é óbvio, o óbvio ululante como diria Nelson Rodrigues.
Sei que a MB está financiando o desenvolvimento do MAN-1 ou MAN-SUP, míssil superfície-superfície. Sei que a Omnisys está desenvolvendo o seeker do míssil e que a Avibrás o motor. Mas até agora a Mectron não divulgou nem foto da maquete desse míssil.
Sinceramente, nunca vi nada sobre uma versão ar-superfície. Nem aqui ou em outro lugar.

Alguns divulgaram a imagem abaixo como se fosse o MAN-1/MAN-SUP, mas na verdade isso é um MM-40 Exocet mar-mar remotorizado com o motor da Avibrás AV-RE40.

Imagem




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Re: Programa de mísseis da MB

#420 Mensagem por Penguin » Ter Mai 20, 2014 7:37 pm

Carlos Lima escreveu:
henriquejr escreveu:Ainda acho que criticam a FAB de forma injusta. A MB vai adquirir AM-39 BII, para os UH-15A, e não vi nenhum desses críticos reclamando.
A FAB pelo visto vai comprar os Mk.46 e acho que está mais do que correta em fazer isso.

A MB vai comprar AM-39 BII? Ou vai utilizar os mísseis recondicionados pela Avibrás para os UH-15A? (pelo menos é isso o que eu sei).

O problema é essa coisa de transformar o debate naquilo que ele não é.

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CB_Lima
A MB possui nos seus estoques antigos AM-39 Block I "analógicos" que estavam integrados aos SH-3. Esse não são mais fabricados. Creio que esses mísseis nem serão remotorizados por não poderem mais ser utilizados por nenhuma aeronave da MB ou FAB.
O que está sendo integrado ao EC725, pago pelo Brasil diga-se, é o AM-39 Block 2 Mode 2, do qual a MB não possui nenhum e que terá que ser adquirido em algum momento. Ou investe-se esse recurso em uma versão ar-mar do MAN-SUP e espera-se.

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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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