Carlos Lima escreveu:Alcantara escreveu:Vejam que não estou criticando a Marinha por ter comprado o Mk-48, ou pretender comprar o F-21! Estas aquisições estão dentro de uma estratégia maior, de médio ou longo prazo, e são plenamente justificáveis do ponto de vista prático, operacional.
Vejo a mesma lógica no comportamento na FAB. A minha crítica vai justamente na direção do "dois pesos, duas medidas".
Acho que você embolou totalmente o meio de campo...
O Mk48 veio como parte do acordo do update dos Tupi e Tikuna e veio como parte do pacote do upgrade que incluiu outros sistemas de combate (não somente o torpedo).
O problema dos Torpedos na verdade está relacionado ao fato de que queríamos e tínhamos pago para termos o TP2000 dos suecos. Tudo certo, tudo bem até que os suecos nos deixaram 'a ver navios' porque não podiam cumprir com o que tinham prometido. Devolveram o $ (como era de se esperar), mas ficamos "banguelas" e tivemos que nos virar com os Tigerfish até que uma solução fosse encontrada e essa solução veio com a atualização de meia-vida do Tupi/Tikuna o que viabilizou a atualização dos seus sistemas de combate e a compra do Mk 48.
No caso de torpedos, hoje a FAB está avaliando o Mk.46 para os seus P-3 pelos próximos 6 meses e eu não disse absolutamente nada sobre isso. Pois não temos nada a médio ou curto prazo que possa resolver essa lacuna.
Então o Mk. 46 é uma boa solução. E além disso o P-3 vai cumprir a sua principal tarefa que é de fato 'caçar subs'.
Quanto ao Harpoon eu já tentei explicar umas trocentas vezes que o problema é que temos um programa de desenvolvimento de mísseis ativo, hoje, inclusive com disparos e qualificações de diversas etapas (motor foguete, etc).
Uma variante prevista para esse míssil seria a variante lançada do ar. A minha questão é na verdade bem simples, eu prefiro pegar 300 milhões de Reais e investir no adiantamento da pesquisa dessa variante do que comprar o Harpoon (que por sinal não tem a ver com o fato de ser "Americano" e sim com o fato do investimento não estar indo para o míssil brasileiro).
Obviamente o "bonus" de ser atrelado ao Golden Sentry e todas as suas regras não ajuda em nada a percepção que eu tenho sobre tal investimento.
Só para completar... o Mk.48 não está atrelado ao Golden Sentry... o Harpoon sim.
Resumindo:
P-3 - Mk. 46
![[100]](./images/smilies/100.gif)
P-3 - MAN-1
![[100]](./images/smilies/100.gif)
Subs - Mk. 48
![[100]](./images/smilies/100.gif)
P-3 - Harpoon + Golden Sentry
[]s
CB_Lima
Hummm...
DoD’s EUM (End-Use Monitoring) program = Golden Sentry
Há duas modalidades de monitoramento:
1) End-Use Monitoring (EUM)
End-Use Monitoring (EUM) is a program designed to verify that defense articles or services transferred by the United States Government (USG) to foreign recipients are being used in accordance with the terms and conditions of the transfer agreement or other applicable agreement.
2) Enhanced EUM (EEUM)
Enhanced EUM, based on the principle of trust with verification, is required for defense articles and services or individual transfers specifically designated for EEUM by the MILDEP's export policy, the inter-agency release process, or by DoD policy as a result of consultation with Congress.
Fonte:
http://www.samm.dsca.mil/chapter/chapter-8#C8.2.
As duas modalidades implicam em visitas de verificação, como também fazem os demais fornecedores que zelam por suas tecnologias, França incluída.
- Praticamente todos os itens de defesa se enquadram no item 1) EUM.
- O Harpoon Block II assim como outros itens (AMRAAM, AIM-9X, Javelin, JASSM, JSOW, Stinger, TOW-2B, Night Vision Devices etc) se enquadram na categoria 2) ou EEUM, mais rigorosa que o 1) EUM.
O fato é que para diversos itens de defesa de origem americana já estamos enquadrados no EUM.
Muitos países usam itens enquadrados no EEUM e convivem com isso, incluindo Índia, Paquistão, Indonésia, Alemanha, Turquia, Finlândia, Malásia etc etc etc.