Eu espero que você esteja coberto de razão.FCarvalho escreveu:Dificilmente, na minha opinião, os americanos irão tentar nos barrar em alguma coisa neste projeto do Gripen NG, porque isso indiretamente significaria, também, atingir a já grande participação de peças e componentes de fornecedores americanos deste caça. E eu não creio que por estes tempos de economias tão integradas quanto possível, esta atitude tenha algum valor, seja econômico ou comercial/industrial. Enfim, em termos práticos, eles não tem nada a ganhar com isso, a não ser mais antipatia e mais um tremendo imbróglio diplomático para resolver.
Eles podem ser arrogantes como forem, e estritamente zelosos de seus interesses, ao ponto de passar por cima de qualquer um, até de seus próprios cidadãos, para conseguirem o que querem. Mas uma coisa definitivamente eles não são: burros.
Os USA tem interesses muito maiores no Brasil que um simples processo de aquisição de caças. É só ver o tom da nota da Boeing. Se até mesmo nós mesmo, apesar da alienação geral do brasileiro médio, estamos começando a nos reconhecer como atores mais destacados e importantes no cenário mundial, quiçá os americanos, que não são bobos e nem iniciantes nesta área não o fariam.
É preciso agora medir os impactos deste projeto nos vários espaços de influência que ele terá sobre nossas capacidades, e não somente as militares. O Gripen NG irá nos levar para um novo patamar, independente das limitações impostas a ele por atores externos e/ou internos. E como vamos nos aproveitar disso deve ser o norte das discussões agora. E os americanos sabem disso, talvez até melhor do que nós.
Então é preciso objetividade e celeridade nas negociações que serão feitas ao longo deste ano, a fim de que o resultado delas seja-nos a melhor possível, e o mais próximos das promessas e garantias dadas pelos suecos. Afinal, com tantos interesses econômicos envolvidos neste projeto, entre fabricantes, fornecedores e projetistas, certamente não haverá muitos espaços e/ou tolerância para meias soluções e nem soluções de continuidade.
A ver.
Espero mesmo.
Para eles não é assim que a coisa funciona, cristalina e preto no branco. É bem mais cinza do que qualquer outra coisa. Exemplos não faltam... dá para escrever um livro só sobre exemplos.
Mas em todo o caso eu realmente espero que você esteja certo e que eles não nos vejam como antes.
Aí tudo bem...
Uma maneira de validar isso é prestar atenção quando o momento chegar de como os contratos serão negociados e a posição sueca caso recebamos alguma negativa.
Passou desse estágio, ainda existem riscos, mas a coisa melhora e muito sem dúvida.
[]s
CB_Lima