Bourne escreveu:Não sei como o contrato foi feito. vai que a proteção a propriedade intelectual é tão pesada que não permite estudar nem a aerodinâmica.
Aprender a montar, desmontar e aplicar conceito é fundamental para uma universidade tecnologia como a UFABC e outros departamentos. Seja no que for para encontrar outras aplicabilidades de drones, avião civil ou outro projeto qualquer.
Bourne, boa tarde.
Acho excelente e importante investir em Educação, mas tem que ser um projeto que traga benefícios, além de custos.
Para a FAB, o ideal seria que a própria Universidade, ou quem a suporta, arcasse com os custos. Ainda assim, seriam apenas os custos financeiros, pois o trabalho inicial teria que ser feito por pessoal especializado que, no momento, é da FAB.
Quanto aos benefícios, um avião "fechado" (como o das praças públicas) é quase inútil para fins acadêmicos. Para abri-lo, de novo são necessários recursos externos. Para fechá-lo ou completá-lo para a próxima turma, tudo isso deve ser refeito, requisitando pessoal, documentação e ferramentas e equipamentos de apoio no solo.
Ainda sobre o "como será usado", um exemplo: na disciplina Conhecimentos Técnicos de Aeronaves que eu ministrava em uma Universidade, eu tinha alocados apenas três tempos de aula para tratar completamente do assunto Propulsão a Jato. Isso não era nem suficiente para uma viagem teórica sobre o tema. No entanto, a Faculdade tinha recebido há anos, e estava jogado num canto, um motor de Xavante (cortado em V). Não tivemos tempo nem para chegar perto dele.
Ou seja. A ideia de distribuir as aeronaves para universidades é boa, mas é necessário atuar no projeto completo.
"Enfiar" na Universidade não é o caminho para melhorar a Educação no Brasil.
Abraço,
Justin