MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3796 Mensagem por Túlio » Qua Jun 05, 2013 8:26 pm

Sei não, a UFPel parece mais teu estilo... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3797 Mensagem por Bourne » Qui Jun 06, 2013 7:55 am

Mais sobre a opressão da classe média pelo programa de bolsas desse governo nazi-comuna-terceiro mundista. Se cortassem as bolsas seria possível reduzir impostos e melhor atender a classe média. :|

Não sigam o exemplo britânico.
O Bolsa Família e outras bolsas

Por Alberto Carlos Almeida Para o Valor, de São Paulo

Fonte: http://www.senado.gov.br/noticias/senad ... 840508&t=1

O recente episódio dos boatos de extinção do Bolsa Família e o impacto coletivo que isso causou, quando milhares de pessoas em vários Estados correram para as agências da Caixa a fim de sacar o benefício, motivou falas de políticos e formadores de opinião, uns defendendo e outros criticando essa política social. A presidente Dilma veio a público em defesa do benefício e disse que não se tratava de pura e simples distribuição de recursos, como se fosse uma "bolsa esmola", mas, sim, de uma política social muito bem pensada. Aécio Neves, futuro candidato do PSDB a presidente, disse que o Bolsa Família foi criado pelo seu partido. As palavras de Aécio foram muito claras: "Se tivéssemos um jeito de tirar o Bolsa Família, pegar no berço e fazer o exame de DNA, veríamos que o pai dele é o PSDB".
Nas duas últimas campanhas eleitorais presidenciais, em 2006 e 2010, o Bolsa Família foi um tema importante do PT e do PSDB. Não há no Brasil, hoje, uma força política relevante que proponha acabar com o benefício. O máximo que se propõe é a criação de uma suposta "porta de saída", isto é, algum tipo de política social paralela ao Bolsa Família, como medidas para gerar empregos para os beneficiários do programa, de tal maneira que as famílias, com o passar dos anos, deixem de precisar do benefício. A busca de uma porta de saída tem a ver com a crítica de que o Bolsa Família não passa de um programa assistencialista.
Recordar é viver. Em 2006, ninguém menos do que o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, d. Geraldo Magela, criticou o caráter assistencialista do programa. O líder religioso afirmou que "o Bolsa Família é assistencialismo, não é promoção humana. Em alguns casos, o programa estimula as pessoas a não fazerem nada, em troca de R$ 60, R$ 90 por mês. O que nós [a CNBB] queremos é trabalho e educação para todos". Será fácil encontrar os inúmeros críticos do Bolsa Família com base no argumento geral de que causaria acomodação nas famílias pobres; basta fazer uma pesquisa rápida na internet.
Há no Brasil a concepção predominante de que tudo que vem de fora é melhor do que o que é criado ou executado aqui. Trata-se do que Nelson Rodrigues batizou de "complexo de vira-latas", que o dramaturgo definiu assim: "Por "complexo de vira-lata" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima". Para muitos, o Bolsa Família entra no leque de provas de que somos inferiores. O argumento, nesse caso, é simples: só mesmo no Brasil se adotaria uma política social que resultaria na acomodação dos pobres face ao trabalho e à educação.
O Brasil adotaria políticas sociais que resultariam na dependência, ao passo que, por exemplo, o Reino Unido pós-Thatcher seria o exemplo de dinamismo e de alocação eficiente de recursos. A maioria dos críticos do Bolsa Família também idealiza o que acontece em outros países. Nada mais distante da realidade do que achar que somente no Brasil os mais pobres recebem algum tio de auxilio do governo para sobreviver. Na verdade, o Brasil é um dos países que menos auxílio presta aos mais pobres. Mais uma vez, o exemplo do Reino Unido é paradigmático: lá existe até mesmo o bolsa funeral.
Isso mesmo. Chama-se, em inglês, "funeral payments". O bolsa funeral britânico pode ser utilizado para cobrir despesas com velório, cremação, atestado de óbito, compra do caixão, flores e até mesmo viagem de parente para organizar o enterro. A quantia por funeral é de até 700 libras. Informações detalhadas sobre o benefício podem ser encontradas em http://www.gov.uk/funeral-pay ments/overview. O morto, um dos beneficiários do bolsa funeral, terá direito a um enterro digno e jamais poderá ser acusado de acomodação causada por uma política social.
No Reino Unido existe também o bolsa aquecimento no inverno. É como se no Brasil existisse um benefício do governo para que as pessoas pagassem o ar-condicionado no verão. Para que um britânico seja beneficiário do bolsa aquecimento no inverno ("winter fuel payment") não é preciso ser pobre; basta ser idoso. Ou seja, todos os que têm mais de 80 anos, independentemente da renda, podem receber de 100 a 300 libras no inverno, mesmo se não morarem no Reino Unido. Há também o bolsa clima frio (http://www.gov.uk/cold-wea ther-payment), que cada britânico pode solicitar caso a temperatura da região onde mora fique igual ou menor que zero grau Celsius. Vale também a previsão do tempo. Se, por sete dias, a previsão for essa, a pessoa pode requisitar o bolsa clima frio. Parece piada que benefícios desse tipo existam no Reino Unido, mas quem quiser confirmar os encontrará na internet, na página que apresenta todos os benefícios sociais do governo (http://www.gov.uk/browse/benefits).
O Reino Unido também tem bolsa família, lá denominado "child benefit". Trata-se de um benefício para famílias na qual a renda individual do chefe seja menor do que 50 mil libras por ano. Para cada criança ou jovem abaixo de 20 anos de idade, desde que matriculado na escola ou em algum tipo de treinamento, o governo paga 20 libras por semana. Isso é pago para a primeira criança. Para quem tem mais filhos são adicionadas 13 libras por semana, por criança.
O Reino Unido gasta muito mais do que nós, brasileiros, com numerosos benefícios sociais. Não há a menor dúvida de que a rede de proteção social deles é bem mais ampla do que a nossa. Sabe-se também que há correlação entre bem-estar social e, por exemplo, violência. As sociedades menos desiguais e com as mais amplas redes de proteção social tendem a ter índices menores de criminalidade. Não é possível ter tudo. Não dá para abolir o Bolsa Família e, ao mesmo tempo, não ter criminalidade elevada. As políticas repressivas são importantes, mas não resolvem sozinhas a criminalidade, em particular no longo prazo.
Alguns poderão afirmar: no Brasil nada funciona; temos Bolsa Família e a criminalidade ainda assim é alta. Cabem aqui duas ponderações. A primeira é mais do que óbvia: não fosse o Bolsa Família, a criminalidade provavelmente seria muito mais elevada. A outra ponderação tem a ver com a abrangência da rede de proteção social. Talvez fosse preciso, para diminuir a violência, adotar também o bolsa funeral, o bolsa ar-condicionado no verão e outros benefícios equivalentes aos britânicos.
Novamente, cumpre sublinhar que é impossível ter tudo. No Brasil de hoje, o combate à inflação por meio do aumento de juros pode resultar em desemprego mais elevado. Desemprego crescente ou alto resulta em mais violência. Blindar os automóveis, andar com seguranças e controlar horários e locais frequentados não resolve tudo ? sem falar que não é uma forma agradável de viver.
É fato que as duas principais forças políticas do Brasil, PT e PSDB, convergiram acerca de várias políticas, tanto econômicas quanto sociais. Há consenso acerca de que a inflação precisa ser combatida, de que não se pode dar trégua a ela. Há consenso de que são necessárias políticas sociais como o Bolsa Família. Aliás, o PSDB criou a Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), que assegura uma renda mínima para os aposentados pobres. É também consenso que o seguro-desemprego deve ser mantido.
O Brasil, porém, é bem diferente da Europa. Nossa rede de proteção social jamais se assemelhará à existente nos países europeus. Duvido também que nossa criminalidade se torne um dia tão baixa quanto a deles. Nosso consenso é diferente do europeu. Em termos de políticas sociais, tudo indica que o Brasil já está e ficará entre Estados Unidos e Europa. Teremos mais benefícios do que nos Estados Unidos e menos do que na Europa. Essa é uma escolha social, resultado da interação entre a sociedade e seus representantes. É isso que faz do Brasil o Brasil.

Alberto Carlos Almeida, sociólogo, é diretor do Instituto Análise e autor de "A Cabeça do Brasileiro".
:arrow: O autor não presta é quadrilheiro conhecido. Não é brincadeira.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3798 Mensagem por P44 » Sex Jun 07, 2013 7:09 am

Dívida
S&P corta ‘outlook' do Brasil

Catarina Melo
07/06/13 09:11


O lento crescimento económico e a política orçamental expansiva justificam a revisão.

A agência Standard & Poor's (S&P) baixou o ‘outlook' para a dívida brasileira de estável para negativo, admitindo assim um possível corte no ‘rating' actual de BBB, dois níveis acima da categoria ‘junk'.


A agência de notação financeira alerta que o lento crescimento económico, conjugado com a política orçamental expansionista que está a ser levada a cabo pelo governo brasileiro, poderá conduzir a uma subida do nível de endividamento público.

Este movimento, que ameaça acabar com uma década de longa extensão de actualizações de classificação para o maior país da América Latina, foi despoletado pelas previsões para um terceiro ano de crescimento económico "modesto", política orçamental "mais fraca" e uma deterioração da credibilidade do governo, afirmou a S&P.

De salientar que a economia brasileira cresceu 0,9% no último ano e as previsões para 2013 apontam para um crescimento de apenas 2,77%, segundo dados de Junho do banco central do Brasil.

Siobhan Morden, especialista em dívida do Jefferies Group, afirmou em declarações à Bloomberg que esta revisão em baixa "tem a ver com inconsistência política, o ‘trade off' entre inflação alta e baixo crescimento e a perda de credibilidade do banco central".

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, visita Portugal na próxima segunda-feira.
Outros dois gigantes emergentes - México e Rússia - também estão com ‘outlook' negativo.

http://economico.sapo.pt/noticias/sp-co ... 70958.html




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3799 Mensagem por NettoBR » Sex Jun 07, 2013 9:36 am

P44 escreveu:S&P corta ‘outlook' do Brasil

A agência Standard & Poor's (S&P) baixou o ‘outlook' para a dívida brasileira de estável para negativo, admitindo assim um possível corte no ‘rating' actual de BBB, dois níveis acima da categoria ‘junk'.
Olha a imprensa da elite neocon-nazi-facista do 1º Mundo atacando os países emergentes novamente... :x




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3800 Mensagem por Sterrius » Sex Jun 07, 2013 9:57 am

Detalhe que a divida interna continua em queda.
Admito que o governo ser mais enfático no que deseja é uma boa. Mas com a divida em queda/estavel não vejo porque subir o risco.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3801 Mensagem por NettoBR » Sex Jun 07, 2013 10:50 am

FMI propõe que Brasil crie comitê para monitorar riscos no sistema financeiro
Outra recomendação é para que o Brasil desenvolva modelos analíticos avançados para avaliar o risco sistêmico
Agência Estado | 07/06/2013 09:02:08

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, na quinta-feira, 6, nota técnica avaliando o setor financeiro brasileiro e o conjunto de medidas adotadas em 2010 para garantir a estabilidade do sistema. O documento foi concluído em janeiro e traz sete recomendações. Uma das sugestões é para que o País crie um comitê para monitorar o risco sistêmico e coordenar a reação a crises. O comitê seria formado por representantes do setor financeiro.

Outra recomendação é para que o Brasil desenvolva modelos analíticos avançados para avaliar o risco sistêmico. O relatório também propõe um índice de preços de moradia, com abrangência nacional. O documento do FMI revela preocupação com a alta de preços dos imóveis, que tem sido rápida em algumas regiões metropolitanas, especialmente São Paulo e Rio. Em média, o preço dos imóveis tem subido cerca de 30% ao ano, moderando um pouco em 2011, destaca o relatório.

Sobre o sistema financeiro o documento destaca a concentração do setor, sobretudo na mão de grandes instituições locais, e a forte presença dos bancos públicos no mercado de crédito. A presença de instituições estrangeiras, que representam 20% dos ativos, é considerada baixa. O documento aponta que o risco sistêmico é baixo, mas o ambiente é desafiador. Um dos riscos mencionados é sobre a possibilidade de aumento de inadimplência, em meio ao forte crescimento do crédito em anos recentes, que elevou os níveis de endividamento das famílias a níveis que devem ser olhados com cuidado. O Brasil está exposto às incertezas da economia global e à volatilidade do fluxo de capital, mas as grandes reservas internacionais do País dão um "colchão" significativo.

IOF

Na nota técnica, o FMI avalia que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Brasil, para controlar os fluxos de capitais ao País em 2009 e 2010 e evitar a valorização excessiva do real, foi eficiente no curto prazo em relação a capitais específicos. Mas a análise também mostra que os investidores estrangeiros tentaram logo depois dos anunciados aumentos do IOF contornar a alta do tributo direcionando suas aplicações a outros ativos e prazos diferentes.

O FMI faz uma avaliação de algumas medidas, chamadas macroprudenciais, adotadas a partir do fim de 2009, mas sobretudo em 2010, quando o Brasil teve grande entrada de recursos externos de curto prazo. A alta do IOF para os investimentos estrangeiros na renda fixa e ações foi uma dessas medidas.

O relatório aponta que a decisão do governo foi acertada naquele momento. O aumento do tributo foi "largamente eficaz", mas a estratégia de colocar as taxas do IOF em diferentes ativos e com prazos diversos levou os investidores a tentar burlar o aumento direcionando os investimentos a novas aplicações.

O estudo do FMI avalia os dados até dezembro de 2012. Por isso, as estatísticas de 2013 e a mudança anunciada pelo governo esta semana, que zera a alíquota do IOF na renda fixa, não fazem parte da análise.

Para as medidas macroprudenciais adotadas de 2009 a 2011, que incluem, além da alta do IOF, aumento de reservas exigidas dos bancos e mais capital para empréstimos ao consumo, entre outras, o relatório do FMI nota que ela foram efetivas em cumprir os objetivos de curto prazo. Medidas assim, no entanto, só devem ser usadas dentro deste contexto de assegurar estabilidade macroeconômica e financeira, destaca o relatório do Fundo.

Fonte: http://economia.ig.com.br/2013-06-07/fm ... ceiro.html




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3802 Mensagem por akivrx78 » Dom Jun 09, 2013 10:29 am

O governo perdeu o rumo
09 de junho de 2013 | 2h 07

JOSÉ ROBERTO MENDONÇA DE BARROS* - O Estado de S.Paulo

Uma sucessão de más notícias fez o governo perder o rumo. O PIB do primeiro trimestre foi péssimo, mais do que confirmando nossa análise neste espaço ("2013 não começou bem I e II", publicados respectivamente, em 20/01 e 17/02). Ao mesmo tempo, as pesquisas mostraram claramente que a inflação e especialmente o custo da alimentação entraram firme na vida e na preocupação das famílias, algo grave para um governo, antes de tudo, empenhado na reeleição.

Por outro lado, aceleraram-se os sinais de piora do setor externo, tanto na balança comercial como na conta corrente, o que colocou pressão sobre o real, gerando uma forte tendência de desvalorização.

A menor arrecadação, por seu turno, torna o expansionismo fiscal mais claro e complicado. Finalmente, o Congresso, pelo menos por um momento, recusou-se a aprovar tudo o que o Executivo queria.

Esses eventos aconteceram em meio a uma cada vez mais clara recuperação da economia global. Os últimos dados dos EUA (incluindo a divulgação de um volume de emprego bastante decente, gerado no mês de maio), do Japão e de vários emergentes reportam essa visão. A valorização do dólar (que reforça a pressão para o enfraquecimento do real) e a extrema sensibilidade dos mercados a qualquer sinal, vindo do Fed, de mudanças na política monetária são indicativos da aceitação pela maior parte do mercado que a economia americana está da vez mais próxima de uma fase de crescimento, algo que já tratamos por várias vezes.

Resta ainda, é verdade, o receio de que a economia chinesa possa fraquejar, não conseguindo segurar os 7,5% de crescimento do PIB em 2013. Embora esta seja uma possibilidade, não é nosso cenário base. Nele, o rebalanceamento da economia chinesa na direção de ganhos de salário real, do consumo e de mais investimentos em qualidade da água, do ar e da energia alternativa deverão continuar. A proposta de compra da Smithfield (empresa americana líder na produção de suínos) feita pela Shuanghui é um grande indicador da importância de melhorias substanciais na qualidade da alimentação demandada pela população e tão relevante nesta fase do crescimento chinês.

Em resumo, os problemas e o enfraquecimento do crescimento brasileiro não podem ser debitados ao exterior. São produtos de uma estratégia que fracassou, agravando questões que vêm se acumulando.

De fato, após o vale-tudo que foi a campanha de 2010, os excessos econômicos produziram uma piora na situação macroeconômica que se tornou clara, com pressões inflacionárias e outros desequilíbrios, que levaram a um crescimento modesto em 2011. A estratégia do governo, então, foi de relançar a economia a partir dos estímulos no consumo e da tentativa de avançar investimentos a partir da liderança do Estado, incluindo empresas estatais.

Dezesseis pacotes depois e um crescimento pífio em 2012 (0,9%), pode-se dizer que a estratégia fracassou. A demanda de consumo, ao invés de crescer, desacelerou; as exportações enfraqueceram e as importações seguem ocupando espaços cada vez maiores no mercado; o investimento público pouco avançou, os custos subiram muito e os atrasos são recorrentes (a transposição do São Francisco e a ferrovia Transnordestina são os exemplos mais acabados desses atrasos). A Petrobrás tem vivido um momento difícil com a estagnação da produção; a Eletrobrás está com o seu fluxo de caixa totalmente comprometido e não terá como funcionar direito se o Tesouro não a socorrer. Os ditos campeões nacionais não adicionaram nada de relevante para o crescimento. O PIB de 2011-2013 será um pouco maior que 2% e, por melhor que seja 2014, a média do governo Dilma será da mesma magnitude.

Hoje, certas coisas estão absolutamente claras. Três anos de crescimento próximo de 2% não representam um evento fortuito, mas uma tendência mais estrutural, passado o efeito dos grandes ganhos de preços de commodities.

Em segundo lugar, nosso problema não está na demanda, mas sim, na falta de competitividade da produção nacional. Alterar essa situação vai exigir um programa estrutural de longo fôlego e duração. Tal programa ainda não existe. Discursos salvacionistas serão solenemente ignorados pelos fatos.

Em terceiro lugar, a situação macroeconômica está desarranjada, a começar pela inflação que se mantém firme no topo da meta. O IPCA de maio mostrou que 230 dos 365 componentes do índice subiram mais que 10% nos últimos doze meses!

Isto levou o Banco Central a elevar os juros e sinalizar que vem mais por aí. Entretanto, ao mesmo tempo, as autoridades permitiram uma nova desvalorização do real, para a faixa de R$ 2,15 por dólar, o que vai pressionar a inflação, pelo menos, via alimentos. De fato, na semana terminada na última quinta-feira, o milho tinha subido 1,9% e a soja 3,8%. Para completar o quadro, o Tesouro resolveu injetar R$ 15 bilhões na infausta Valec (!!!)

A alta de juros e da inflação, a desvalorização do real e a política fiscal expansionista não se casam.

Corremos o risco de acabar por piorar um pouco mais o crescimento, a inflação, o setor externo e a dívida do governo.

Mais uma vez, o ativismo e o movimento estão tentando substituir a reflexão, com baixa taxa de sucesso. *ECONOMISTA, SÓCIO DA MB ASSOCIADOS
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0464,0.htm




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3803 Mensagem por Wingate » Dom Jun 09, 2013 11:20 am

akivrx78 escreveu:O governo perdeu o rumo
09 de junho de 2013 | 2h 07

JOSÉ ROBERTO MENDONÇA DE BARROS* - O Estado de S.Paulo

Uma sucessão de más notícias fez o governo perder o rumo. O PIB do primeiro trimestre foi péssimo, mais do que confirmando nossa análise neste espaço ("2013 não começou bem I e II", publicados respectivamente, em 20/01 e 17/02). Ao mesmo tempo, as pesquisas mostraram claramente que a inflação e especialmente o custo da alimentação entraram firme na vida e na preocupação das famílias, algo grave para um governo, antes de tudo, empenhado na reeleição.

Por outro lado, aceleraram-se os sinais de piora do setor externo, tanto na balança comercial como na conta corrente, o que colocou pressão sobre o real, gerando uma forte tendência de desvalorização.

A menor arrecadação, por seu turno, torna o expansionismo fiscal mais claro e complicado. Finalmente, o Congresso, pelo menos por um momento, recusou-se a aprovar tudo o que o Executivo queria.

Esses eventos aconteceram em meio a uma cada vez mais clara recuperação da economia global. Os últimos dados dos EUA (incluindo a divulgação de um volume de emprego bastante decente, gerado no mês de maio), do Japão e de vários emergentes reportam essa visão. A valorização do dólar (que reforça a pressão para o enfraquecimento do real) e a extrema sensibilidade dos mercados a qualquer sinal, vindo do Fed, de mudanças na política monetária são indicativos da aceitação pela maior parte do mercado que a economia americana está da vez mais próxima de uma fase de crescimento, algo que já tratamos por várias vezes.

Resta ainda, é verdade, o receio de que a economia chinesa possa fraquejar, não conseguindo segurar os 7,5% de crescimento do PIB em 2013. Embora esta seja uma possibilidade, não é nosso cenário base. Nele, o rebalanceamento da economia chinesa na direção de ganhos de salário real, do consumo e de mais investimentos em qualidade da água, do ar e da energia alternativa deverão continuar. A proposta de compra da Smithfield (empresa americana líder na produção de suínos) feita pela Shuanghui é um grande indicador da importância de melhorias substanciais na qualidade da alimentação demandada pela população e tão relevante nesta fase do crescimento chinês.

Em resumo, os problemas e o enfraquecimento do crescimento brasileiro não podem ser debitados ao exterior. São produtos de uma estratégia que fracassou, agravando questões que vêm se acumulando.

De fato, após o vale-tudo que foi a campanha de 2010, os excessos econômicos produziram uma piora na situação macroeconômica que se tornou clara, com pressões inflacionárias e outros desequilíbrios, que levaram a um crescimento modesto em 2011. A estratégia do governo, então, foi de relançar a economia a partir dos estímulos no consumo e da tentativa de avançar investimentos a partir da liderança do Estado, incluindo empresas estatais.

Dezesseis pacotes depois e um crescimento pífio em 2012 (0,9%), pode-se dizer que a estratégia fracassou. A demanda de consumo, ao invés de crescer, desacelerou; as exportações enfraqueceram e as importações seguem ocupando espaços cada vez maiores no mercado; o investimento público pouco avançou, os custos subiram muito e os atrasos são recorrentes (a transposição do São Francisco e a ferrovia Transnordestina são os exemplos mais acabados desses atrasos). A Petrobrás tem vivido um momento difícil com a estagnação da produção; a Eletrobrás está com o seu fluxo de caixa totalmente comprometido e não terá como funcionar direito se o Tesouro não a socorrer. Os ditos campeões nacionais não adicionaram nada de relevante para o crescimento. O PIB de 2011-2013 será um pouco maior que 2% e, por melhor que seja 2014, a média do governo Dilma será da mesma magnitude.

Hoje, certas coisas estão absolutamente claras. Três anos de crescimento próximo de 2% não representam um evento fortuito, mas uma tendência mais estrutural, passado o efeito dos grandes ganhos de preços de commodities.

Em segundo lugar, nosso problema não está na demanda, mas sim, na falta de competitividade da produção nacional. Alterar essa situação vai exigir um programa estrutural de longo fôlego e duração. Tal programa ainda não existe. Discursos salvacionistas serão solenemente ignorados pelos fatos.

Em terceiro lugar, a situação macroeconômica está desarranjada, a começar pela inflação que se mantém firme no topo da meta. O IPCA de maio mostrou que 230 dos 365 componentes do índice subiram mais que 10% nos últimos doze meses!

Isto levou o Banco Central a elevar os juros e sinalizar que vem mais por aí. Entretanto, ao mesmo tempo, as autoridades permitiram uma nova desvalorização do real, para a faixa de R$ 2,15 por dólar, o que vai pressionar a inflação, pelo menos, via alimentos. De fato, na semana terminada na última quinta-feira, o milho tinha subido 1,9% e a soja 3,8%. Para completar o quadro, o Tesouro resolveu injetar R$ 15 bilhões na infausta Valec (!!!)

A alta de juros e da inflação, a desvalorização do real e a política fiscal expansionista não se casam.

Corremos o risco de acabar por piorar um pouco mais o crescimento, a inflação, o setor externo e a dívida do governo.

Mais uma vez, o ativismo e o movimento estão tentando substituir a reflexão, com baixa taxa de sucesso. *ECONOMISTA, SÓCIO DA MB ASSOCIADOS
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0464,0.htm
Catrastofismo paranóico habitual ou um outro "Vôo da galinha" sendo confirmado?

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3804 Mensagem por NettoBR » Seg Jun 10, 2013 12:49 pm

http://www.youtube.com/watch?v=eIuLRVeHoLs




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3805 Mensagem por rodrigo » Seg Jun 10, 2013 4:38 pm

S&P revisa perspectiva sobre seis bancos médios brasileiros

SÃO PAULO - A Standard & Poor’s (S&P) anunciou hoje a revisão para baixo da perspectiva de risco de seis bancos de médio porte brasileiros: BicBanco, Fibra, Intermedium, Mercantil do Brasil, Paraná Banco e Indusval. A perspectiva de todos passou de “estável” para “negativa”.

“Vemos que o risco da indústria no setor bancário brasileiro como crescente”, diz a S&P em comunicado, justificando sua ação. Na opinião da agência, a classificação de risco dos bancos pode piorar em algum momento nos próximos seis meses a dois anos.

Para a S&P, o forte crescimento do crédito entre os bancos públicos somado à pressão do governo pela redução dos spreads criou “distorções” no mercado.

Se os bancos privados decidirem seguir as instituições públicas para ganhar mercado, a S&P avalia que o risco pode aumentar, já que terão de reduzir suas margens.

A S&P alerta que pode vir a rebaixar a classificação de risco em um nível dos bancos se a âncora desses instituições for rebaixada. Âncora é o ponto de partida para a S&P avaliar o risco dos bancos. O Indusval poderia ser rebaixado em até dois níveis se houver revisão da âncora e também uma redução nas notas atribuídas ao capital e ao lucro, que poderiam cair de “forte” para “adequado”.

(Carolina Mandl | Valor)

Leia mais em:

http://www.valor.com.br/financas/304438 ... z2VqNv6CJI




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3806 Mensagem por Clermont » Seg Jun 10, 2013 6:49 pm

A aposta certa.

Raul Velloso, O Globo - 09.06.13.

A volta de um giro de apenas duas semanas em países menos desenvolvidos da Europa mostrou na carne como nossa infraestrutura é precária e inferior à do resto do mundo. Além disso, a leitura da mídia atrasada revela como a percepção sobre o desempenho econômico brasileiro vem se deteriorando nos últimos tempos. Essas coisas estão fortemente interligadas.

As condições caóticas que os brasileiros estão enfrentando na área de transportes mostram que os governos foram longe demais no abandono aos assuntos da área. Só se tem pensado em aumentar gasto corrente e, com exceção da fase 1995-2002, a postura das autoridades é claramente hostil ao investimento privado.

Isso é muito curioso, pois se dá exatamente na hora em que os investidores mais preparados deveriam ser cortejados para suprir as deficiências da gestão pública com investimentos de alta qualidade.

Na economia, a queda dos investimentos e do crescimento do PIB mostram que o modelo exacerbado pró-consumo, que vem sendo idolatrado nos últimos tempos, já não tem mais vez. Ele se alimenta primeiro do gasto público corrente, cujo forte crescimento pressiona a carga de impostos para cima, sufocando o setor privado, e deixa o investimento em transportes de fora.

Não é de hoje que o gasto público corrente cresce tanto. Mas só foi possível levá-lo agora aos píncaros por conta das reformas e ajustes que vieram com o Plano Real. Só que estamos de novo às vésperas de perder o controle sobre a dívida pública.

O modelo se alimenta também da forte expansão do crédito, que era muito baixo em 2002 e cujo peso no PIB já dobrou! Qualquer um percebe que essa parte da rota já se estreitou. Não há como um país suportar um crescimento tão forte do crédito para o resto da vida.

Dentro de um modelo pró-consumo, uma hora falta produto ou serviço para entregar à demanda explosiva, e aí vem a inflação.

A terceira peça-chave do modelo pró-consumo é o forte crescimento da massa salarial que tem resultado de todo o processo recente, e que, no fundo, é a menina dos olhos do marketing governamental, pelo que implica em termos de ganhos de popularidade. Mas não há lanche grátis. Uma hora isso também bate na inflação.

O forte crescimento do consumo num mundo abundante em divisas e onde os mercados de industrializados são dominados fora do Brasil leva ao forte crescimento do setor serviços, incluindo os respectivos salários e emprego, pois não há como importar serviços em geral e é fácil importar os primeiros.

O aumento de salários resvala para os demais setores, onde a indústria tende a crescer menos por não poder pagá-los, mas felizmente a agricultura desempenha um papel crucial. Na indústria, são as importações que desempenham papel estratégico, para tristeza de seus defensores.

Já na agricultura, como, ao contrário e talvez por consequência, os preços sobem lá fora, agradeçamos a Deus nossa forte vantagem comparativa na dotação de recursos (temos, inclusive, a maior área agricultável ainda não ocupada no mundo) e por termos sido capazes de desenvolver ou absorver tecnologias que nos tornaram campeões.

Assim, a despeito dos altos custos da infraestrutura precária, temos crescido fortemente a produção agrícola e gerado empregos e as divisas adicionais que dão vida bem mais longa ao modelo pró-consumo.

O aumento do preço de serviços em relação aos da indústria equivale a uma apreciação real da taxa de câmbio, que passa a ser a sua tendência natural. E, num mundo abundante em capitais baratos, essa tendência só se acentua.

A agricultura aumenta a vida útil do modelo, mas, resumidamente, o seu esgotamento se mostra: 1 — pelo descalabro das contas públicas; 2 — pelos altos índices de inadimplência; 3 — pela tendência à apreciação cambial real, que sufoca particularmente a indústria; 4 — pelo encolhimento relativo desta, cuja força política é desproporcional à sua participação relativa no PIB; 5 — pela tendência à pressão salarial, agravada pelos baixos índices de desemprego atuais; 6 — pela alta inflação dos serviços, em que pese a ajuda, na maior parte do tempo, da apreciação cambial; 7 — pelo aparente término da fase de preços favoráveis das commodities de exportação.

Assim, a ênfase da política governamental tem de ser redirecionada do consumo para o investimento, e a infraestrutura, sob liderança privada, tem, obviamente, de ser o carro-chefe do novo processo.

Primeiro, pelo caos existente, que não tem como ser resolvido sem maiores investimentos locais, que surgiriam naturalmente se o governo agisse de outra forma.

Segundo, pelos ganhos de produtividade que são inerentes à expansão dos investimentos nesse segmento.

Só que não adianta apenas anunciar planos de expansão. É preciso sair do discurso à ação, despindo a camisa ideológica antimercado e pró-eleição que tem prevalecido, e que desde 2007 tem produzido empreendimentos de baixa qualidade ou nenhum.

Como é difícil cortar gasto corrente e há competência, disposição e recursos abundantes na área privada, por que não jogar todas as fichas nessa aposta?


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Raul Velloso é economista.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3807 Mensagem por NettoBR » Ter Jun 11, 2013 5:55 pm

http://www.youtube.com/watch?v=_H23bV-1RAM




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3808 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jun 11, 2013 7:57 pm

Como é difícil cortar gasto corrente e há competência, disposição e recursos abundantes na área privada, por que não jogar todas as fichas nessa aposta?
Porque sequestram-se recursos que deveriam ser usados para alavancar negócios com alto nível de agregação de valor para aplicá-los em áreas onde o rendimento é baixo, o retorno muito longo e que impactam diretamente a base da pirâmide de custos da economia, prejudicando a competitividade geral de toda a cadeia daí para cima justamente quando o restante do mundo faz exatamente o oposto.

Já tentamos isso também no período FHC e o resultado foi bastante ruim, deixando ainda uma conta que estaremos pagando por gerações. Não há substituto viável para uma boa governança, se o governo é ruim jogar a responsabilidade pelo crescimento do país totalmente sobre a iniciativa privada também não adianta nada.


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3809 Mensagem por Bourne » Qui Jun 13, 2013 5:25 am

:shock: :shock: :shock:

‘Crise econômica’ gera protestos no Brasil, diz El País

http://noticias.terra.com.br/mundo/braz ... z-el-pais/

Imagem




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3810 Mensagem por Bourne » Qui Jun 13, 2013 12:03 pm

Coisa de governinho socialista e populista. :x
Ponta Grossa e Cascavel também reduzem a tarifa do ônibus. Só falta Gustavo Fruet em Curitiba
12 de junho de 2013 - 07:39 -

Fonte: http://www.esmaelmorais.com.br/2013/06/ ... -curitiba/

Só falta o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, reduzir a tarifa do ônibus; Londrina, Cascavel, Ponta Grossa já o fizeram; Maringá também baixará o preço; várias capitais derrubaram o valor das tarifas depois de isenções federais; no Paraná, governador Beto Richa zerou o ICMS do diesel; curitibanos não entendem porque o prefeito ainda não derrubou o preço da passagem depois de todos esses benefícios concedidos;no dia 21, haverá protesto nas ruas da capital paranaense.
A pressão pela redução no preço da tarifa ganha o país, depois que o governo federal isentou o transporte coletivo de impostos. Ontem, estudantes transformaram as ruas centrais de São Paulo em praça de guerra.

Os reflexos das manifestações foram sentidos até no Paraná. Em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, depois de severas críticas, o prefeito Marcelo Rangel (MD) voltou atrás novamente e agora vai baixar a passagem em R$ 0,10 — como havia prometido antes e recuado. Cairá de R$ 2,60 para 2,50.

Em Cascavel, região Oeste, a queda será maior ainda: R$ 0,15. O prefeito Edgar Bueno (PDT) avisa que a redução será de R$ 2,60 para R$ 2,45.

Em Curitiba, no entanto, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) resiste em falar na queda da tarifa. Na capital, mesmo com isenções federais, estadual e municipal, o preço continua em R$ 2,85. No próximo dia 21 de junho, os curitibanos prometem sair às na “2ª Farofada” pela redução da tarifa no transporte coletivo.

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), também baixou o preço da tarifa de R$ 2,45 para R$ 2,35. Ele torceu o nariz para os empresários do setor que chegaram a pedir novo aumento.

Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, a tarifa do ônibus baixou de R$ 2,40 para R$ 2,30 depois das desonerações de Dilma.

Em Vitória, capital do Espírito Santo, a isenção do PIS/Cofins para o setor de transportes possibilitou a redução da tarifa para os usuários de R$ 2,45 para R$ 2,40.

O prefeito Artur Virgílio Neto (PSDB), de Manaus, reduziu o preço da passagem de ônibus de R$ 3 para R$ 2,90.

O governo Dilma Rousseff extinguiu impostos como PIS/PASEP e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) no transporte coletivo. O governo Beto Richa também deu sua contribuição para a redução ao eliminar o ICMS do óleo diesel.

Portanto, só falta Fruet reduzir a preço da tarifa. Por que não o faz? Por quê?




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