Pois, concordo com o Túlio e com o CB.
Não adianta imaginarmos N maneiras diferentes de justificar evitar quaisquer parcerias com os EUA baseado no que já aconteceu. O Brasil não foi uma constante na sua história, e todos nós já vimos como hora íamos para um lado, hora para outro. É óbvio que isso cria uma desconfiança, pois o Brasil somente tem tradição em Futebol e Carnaval. No resto, a política, segurança, etc, sempre foi uma zona total.
Agora, em 2012, temos já uma história para contar, pois sobrevivemos a uma crise mundial, conseguindo evoluir, enquanto os "grandes" apenas patinaram, e alguns já estão a perder o horizonte de vista. Com essa prerrogativa, somos mais confiáveis, ou seja, não é provável que com um governo de oposição vamos mudar a proa novamente, pois foi justamente a oposição, a esquerda, que conseguiu, num momento oportuno, alavancar o desenvolvimento nacional.
Com isso, agora podemos iniciar alianças com potências, mas que beneficiem o Brasil a priore, desde que haja dinheiro para tal. Ou seja, estamos a corrigir os nossos erros, com ajuda de outros. Mas não podemos confiar o nosso futuro aí. Temos que "aprender" o básico, e desenvolver o necessário.
Como o colega Enlil disse, não há mais país que desenvolva grandes projectos sozinhos, apesar de vermos aí Rafale, PAK-FA, caça Chinês, etc, sendo desenvolvidos sozinhos, ou seja, quem os desenvolve, possui o domínio total das tecnologias mais sensíveis, ou seja, aquilo que os impediria de operar, fabricar ou desenvolver, em casos de embargos.
Já o Brasil está a ir na contra-mão. Deseja receber tecnologias sensíveis, mas não será capaz de absorver as principais, ou seja, haverá muito dinheiro a entrar, para pouco proveito. Tanto tempo, e tanto dinheiro gasto, e que ainda será gasto, e ainda não dominamos os principais.
Depois, dizem que não devemos confiar nos EUA pelo histórico de embargos, onde somente eles levam a "culpa selectiva", e que, ao confiar nos seus aliados, não sofreremos com imposições e possíveis embargos futuros. Puro sonho utópico, pois se esse é o motivo para os evitar, estamos a remar contra a maré.
Sim, o SubNuc é um grande ponto positivo, pois num momento em que estávamos neutros em relação ao resto do mundo, conseguimos alguém que nos auxiliasse a caminhar neste sentido, mas o principal está a ser desenvolvido no Brasil, que é o reactor. A França não está a nos ensinar isso, e sim nós que aprendemos, mesmo que muito atrasados, e apenas aproveitamos para comprar as restantes tecnologias a França. Ou seja, no futuro, mesmo que essa aliança seja quebrada, o principal já dominamos, e isso vale para todo o resto.
Sim, é preferível ir agora buscar tecnologias que não dominamos lá fora, e desenvolver nacionalmente, mas temos que garantir que isso será feito, e não deixado de lado por outros interesses. Com o tamanho que tem, o Brasil DEVE ser capaz de desenvolver seus motores, Radar e armamentos. Que paguem agora o preço do ostracismo, mas que sigam por esses parâmetros, para que daqui 20/30 anos não tenham que nos ensinar novamente como fazer o bê-a-bá.
Temos que buscar o que é melhor para o Brasil, independente da onde vem, enquanto somos "amigos" de todos, pois podem ter certeza, que isso não será eterno, pois não esqueçam que, enquanto que o mundo acabam com recursos aqui e ali, o Brasil ainda está por ser "explorado", como mostra essa foto nocturna:
Tirando regiões áridas e inóspidas, onde mais estão os recursos do "mundo"?
Pois, eu pelo menos já estou farto de discursinhos disto ou daquilo, e quase nada a ser feito, sempre pois achamos algum culpado externo para a nossa morosidade e incompetência política.
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