




Moderador: Conselho de Moderação
Túlio escreveu:Eu tô falando, eles nem sabem da Era Vargas...![]()
Todo mundo esquece de 35. Alias todo mundo esquece tudo que esquerda fez antes de 64.WalterGaudério escreveu:Paisano escreveu:A "gloriosa" foi a revanche dos que tentaram e fracassaram em 1954.
Não. Você está esquecendo de 1935...
Sigilo em primeira reunião da Comissão da Verdade na Câmara
A primeira reunião da Comissão da Verdade da Câmara foi cercada de polêmica e sigilo. Realizada a portas fechadas, sem acesso de meios de comunicação, a reunião marcou o depoimento de três testemunhas.
E registrou gritos do deputado Jair Bolsonaro (PPRJ), capitão da reserva do Exército, contrário à comissão: “Tendenciosos.
Vocês estão fazendo é a Comissão da Mentira”, disse ele, que quase trocou tapas com o colega Arnaldo Jordy (PPS-PA).
A Comissão da Verdade da Câmara é ligada à Comissão dos Direitos Humanos e se propõe a ser no Legislativo a linha auxiliar da Comissão da Verdade do Executivo Federal, que ainda não foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff, apesar de a sanção da lei que a criou ter ocorrido em novembro.
Coma demora na escolha dos sete integrantes da Comissão da Verdade, a Câmara instalou a dela.
A reunião ouviu os ex-militares Raimundo Melo e José Antonio Perez e o camponês Lauro dos Santos. Bolsonaro acusou a comissão de manipular dados das testemunhas.
Para Jordy, o depoimento secreto foi necessário porque a comissão precisava saber antes o que os convidados iriam dizer.
Para Jordy, o depoimento secreto foi necessário porque a comissão precisava saber antes o que os convidados iriam dizer.
Guerra escreveu:Todo mundo esquece de 35. Alias todo mundo esquece tudo que esquerda fez antes de 64.WalterGaudério escreveu:
Não. Você está esquecendo de 1935...
ENTREVISTA - Daniel Aarão Reis
Por FSP 24/09/2001 às 10:53
"O caminho da esquerda não passa pelos atentados do Taleban, mas pelas manifestações dos jovens de Seattle e Gênova"
ENTREVISTA
Daniel Aarão Reis
(55 anos, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da
Universidade Federal Fluminense e autor de "Ditadura Militar, Esquerda e
Sociedade")
A partir de 1969, até ser preso, em 1970, o senhor esteve de
armas na mão e era chamado de terrorista pela ditadura
militar. Depois de banido, continuou militando no MR-8, no
Chile, até 1973. Como o senhor está vendo a reação da
esquerda brasileira diante da crise aberta pela destruição do
World Trade Center?
Boa parte dela está reagindo com um regozijo irracional, saído de
um ressentimento primário em relação aos Estados Unidos. Quando
você argumenta, mostrando a natureza criminosa do atentado,
surgem justificativas sem lógica. As pessoas lembram os ataques
americanos ao Iraque e ao Sudão, atribuem o atentado ao desespero
dos oprimidos e, em seguida, solidarizam-se com os oprimidos
desesperados. Esse tipo de atitude é duplamente primitiva. Coloca
todo o povo americano numa só cumbuca, sem entender quão
diversa é aquela sociedade. Além disso, leva a esquerda brasileira a
se deixar atrair para uma polarização absurda, com o presidente
Bush de um lado e Osama bin Laden do outro. Essa polarização é
falsa. O mundo e a nossa realidade são muito mais ricos que isso.
Aderir a esse dilema significa esquecer a tradição iluminista da
esquerda, sobretudo da brasileira.
Iluminismo com terrorismo?
As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser
mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não
compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e no início dos 70
nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência
democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da
anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o
projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada
era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma
ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas
organizações em que elas se apresentassem como instrumento da
resistência democrática. No reverso da moeda, nenhuma
organização defendeu o terror indiscriminado nem praticou ações
que, na concepção, tivessem o objetivo de ferir ou matar pessoas
que não tinham nada a ver com nada. O terror indiscriminado não
faz parte da história da esquerda brasileira. Houve atos violentos,
criminosos, como a ordem da direção do Partido Comunista, em
1936, para que se matasse a jovem Elza Fernandes. Supunha-se,
erradamente, que ela tivesse colaborado com a polícia. Houve
também o assassinato de um marinheiro inglês, em 1973, pelo
simples fato de ser marinheiro inglês. Nessa época, matou-se até
um militante que desejava apenas sair da organização em que
estava. Chamava-se Márcio Leite Toledo. Foram atos praticados
por uma militância em processo de degeneração. Ainda que tenham
existido organizações na esquerda brasileira defendendo a prática
de ações terroristas, não houve uma só que propusesse coisa
parecida com o que ocorreu em Nova York e ocorre toda vez que
Bin Laden fala em matar todos os americanos, sejam civis ou
militares. Eu o ouvi dizendo isso na televisão.
A que o senhor atribui esse estado de confusão da esquerda?
Como sair dele?
A confusão é mais uma consequência da desagregação do
socialismo. As referências e os valores da esquerda
enfraqueceram. Há um sentimento hostil e confuso em relação aos
americanos, mas as pessoas parecem esquecer que as
manifestações contra a globalização começaram em Seattle, nos
Estados Unidos. Em todo o mundo, a militância do protesto contra a
globalização vem dos jovens, de jovens que não militam em partidos.
Em 1998, fui a Paris para a reunião comemorativa dos 150 anos do
"Manifesto Comunista". Fiquei surpreso ao verificar que quase
todos os participantes eram velhos. Só havia jovens nos serviços
burocráticos da secretaria, trabalhando. Acredito que só vamos sair
dessa crise pelo caminho da reorganização militante. O caminho da
esquerda não passa pelos atentados do Taleban, mas pelas
manifestações dos jovens de Seattle e Gênova. Nessa mobilização,
os intelectuais podem vir a desempenhar um papel relevante,
juntando-se aos jovens que estão fazendo algo novo, atual. A
esquerda e seus intelectuais não podem virar massa de manobra de
polarizações absurdas como essa de Bush x Bin Laden.
Fonte: http://www.midiaindependente.org/eo/red ... 7240.shtml
Boss escreveu:Bela maneira de evitar uma ditadura, com outra...
É a mesma coisa que se prevenir de um câncer no pulmão contraindo um no intestino...
O que será que estão escondendo?Vamos ter que esperar mais 30 anos para abrir os documentos secretos da comissãoda verdadePara Jordy, o depoimento secreto foi necessário porque a comissão precisava saber antes o que os convidados iriam dizer.