MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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marcelo l.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2356 Mensagem por marcelo l. » Seg Jan 16, 2012 9:07 am

Em fevereieo de 2011, o governo fez um esforço fiscal com o corte anunciado de R$ 50 bilhões no orçamento. Na ocasião falei que esse corte deveria comprometer a execução do investimento público, pois essa é a única forma de reduzir o crescimento da despesa pública no curto prazo.

O ano de 2011 terminou com o crescimento de despesa pública menor que 2010, mas a despesa primária deve ter crescido, em termo reais, entre 4,5% e 5%, acima portanto do crescimento do PIB esperado que deve ser próximo a 3%. Infelizmente, a execução do investimento público teve redução nominal bem como a parcela do investimento do PAC financiado com recursos do orçamento fiscal e da seguridade social.

O investimento público em 2011 deve ter fechado o ano entre R$ 43,8 e R$ 45,8 bilhões (os jornais estão falando em R$ 42 bilhões, mas acho esse valor muito baixo); valor menor que os R$ 47,1 bilhões de 2011. O gráfico abaixo mostra os valores nominais do investimento público desde 2002 em valores correntes. Essa queda nominal na execução do investimento havia sido observado, em 2003, no primeiro ano do governo Lula, quando a meta de superávit primário foi elevada em 0,5 ponto do PIB. Em 2011, na prática, também houve um aumento do superávit primário já que, em 2010, o primário foi fechado a “marretadas” (empréstimo do Tesouro para que o BNDES comprasse ações da Petrobrás e esta empresa pagasse ao Tesouro com esse recursos criados por dívida que se transformaram em receita primária).

Gráfico – Execução do Investimento Público – (2002-2011) – R$ bilhões correntes

Imagem

Fonte: SIAFI. Elaboração: Mansueto Almeida

Investimento público = investimento pago do orçamento do ano + Restos a Pagar Pagos.

Da mesma forma que muitos adoram falar que o mercado erra, em entrevista do Secretário do Tesouro Nacional ao jornal Valor Econômico, no dia 10 de maio de 2011, o secretário afirmou que:

“Teremos uma trajetória no ano de crescimento abaixo do PIB nominal para as despesas de custeio e acima do PIB nominal para as despesas com capital (investimento). Para a despesa de pessoal, minha estimativa é que venha a crescer abaixo do PIB nominal. Queremos mudar o perfil da despesa pública no sentido de que o percentual de investimento do setor público vá aumentando. Toda a nossa estrutura de liberação orçamentária, de planejamento do gasto está voltada para isso”.

Ao que parece, o governo errou na suas expectativas em relação ao investimento público e em outra entrevista hoje (16/01/2012), ao mesmo jornal, o secretário do Tesouro explica o motivo:

Reconheço, no entanto, que o ritmo de crescimento dos investimentos em 2011 foi abaixo do que gostaríamos. Mas foi um ritmo normal, considerando um primeiro ano de gestão, de equipes novas. Em 2012, o ritmo dos investimentos continuará forte e essa nossa expectativa é baseada no fato de que, no início do PAC 1, os desembolsos demoraram um pouco. No PAC 2 está ocorrendo a mesma coisa.”

Eu não acredito nessas explicações por três motivos. Primeiro, no ano que teve início o PAC, em 2007, a execução do investimento público aumentou em relação ao ano de 2006, que foi um ano eleitoral como foi 2010. Assim, a explicação que a desaceleração da execução do investimento público foi por causa do início de um PAC-2, na minha opinião, não tem fundamento. Além do fato que o PAC não é nada mais que reunir um conjunto de obras e chamá-las de PAC. Se não existisse a sigla “PAC” não mudaria coisa alguma, pois os investimentos em portos, aeroportos, estradas, saneamento, etc. teriam que ser feitos da mesma forma.

Segundo, a explicação que se trata de um primeiro ano de um novo governo também não faz muito sentido a meu ver porque a espinha dorsal do governo da presidenta Dilma vem do governo Lula e, assim, houve uma forte continuidade nas obras que haviam sido planejadas e nos titulars dos ministérios. As obras são as mesmas e as prioridades, por enquanto, as mesmas.

Terceiro, todos aqueles que entendem um pouco de finanças públicas sabem também que o contingenciamento orçamentário atrapalha a execução dos investimentos públicos. Quando o dinheiro é liberado e empenhado no segundo semestre, já é muito tarde para o gestor fazer a licitação. Isso parece não acontecer, no entanto, com as grandes obras que têm o seu empenho preservado.

O governo cumpriu o que prometeu em relação à meta do primário em 2011? Sim, mas é preciso lembrar que houve uma arrecadação além do que havia sido planejado de R$ 44 bilhões e queda do investimento público. Essas duas condições não foram planejadas.

E o que vai acontecer em 2012?

O projeto de Lei Orçamentária aprovado no final do ano no Congresso Nacional (LOA 2012) não é consistente ainda com a meta cheia do primário por três motivos: (i) o Congresso Nacional aumentou a receita em R$ 26 bilhões em relação ao valor estimado pelo governo; (ii) o governo está descontando na proposta aprovada pelo Congresso R$ 25,6 bilhões de gastos do PAC do primário; e (iii) o jornalista Ribamar Oliveira do Valor mostrou que há uma aumento de despesa oficial em pelo menos R$ 8 bilhões que não foi incorporado na proposta aprovada pelo Congresso Nacional.

Assim, para tornar o orçamento aprovado consistente com a meta cheia do primário, pelas contas do próprio governo, será necessário um corte no orçamento aprovado de, no mínimo, uns R$ 60 bilhões. O que mais? Bom, foi aprovado um orçamento de investimento de R$ 80,3 bilhões. Como o governo garantiu que nada do PAC será descontado (apesar do orçamento dizer o contrário), isso significa que o orçamento real do investimento será de R$ 54,7 bilhões (valor necessário para atingir a meta do primário sem precisar descontar os gastos do PAC).

Teoricamente, esse valor de R$ 54,7 bilhões comportaria uma crescimento do investimento perto de R$ 10 bilhões, em 2012, mas há aqueles malditos R$ 8 bilhões de gastos extras que ainda não estão contabilizados nas despesas aprovadas. Resultado, ou a receita ajuda ou o crescimento do investimento público em 2012 será muito pequeno, reduzindo pelo segundo ano consecutivo o investimento público como proporção do PIB. Há sim uma margem de manobra muito pequena para o crescimento do investimento público, em 2012, e a manutenção da meta cheia do primário.

O que o governo vai fazer então? Não há mágica. Se quiser aumentar o investimento público terá que fazê-lo de forma indireta, abraçando a agenda de concessões e dar adeus ao discurso de ser contra as privatizações. A outra forma é simplesmente aumentar o investimento público e jogar a conta via Restos a Pagar para 2013 e/ou descontar parte do PAC do superávit primário. É claro que, se o governo conseguir transformar aqueles R$ 26 bilhões de receita extra que o Congresso “achou” em receita real, o contigenciamento poderá ser relaxado, mas se isso ocorrer apenas segundo semestre poderá ser tarde para “salvar o investimento”.

Ao que parece, é justamente a agenda de concessões que poderá conciliar aumento do investimento público com a tentativa difícil de manutenção do superávit primário em 2012.

http://mansueto.wordpress.com/2012/01/1 ... o-em-2011/

________________

Entrevista com o Pérsio Árida que por sinal é boa para governo.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1034 ... rida.shtml




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2357 Mensagem por PRick » Seg Jan 16, 2012 9:30 am

Economia do País se recupera e cresce 1,15% em novembro, aponta BC
No ano, até novembro, crescimento acumulado é 2,88%; em 12 meses avanço foi de 3,04%, segundo dados do Banco Central

iG São Paulo | 16/01/2012 08:37

A economia brasileira retomou o crescimento em novembro, recuperando-se do recuo verificado em outubro , segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira pela autoridade monetária.

O indicador fechou o penúltimo mês de 2011 com 140,19 pontos, contra 138,60 em outubro, o que indica uma expansão de 1,15%, considerando os dados dessazonalizados.

Esse movimento aponta que a economia do País retomou o cresicmento no quarto trimestre, após a estagnação verificada no período de julho a setembro, quando o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 0%. Em outubro, o IBC-Br desacelerou 0,3%

Índice de Atividade Econômica


Em 2011, no acumulado até novembro, a expansão foi de 2,88%. Já a taxa anualizada, que compreende os últimos 12 meses terminados em novembro, mostra crescimento de 3,04%, também na série dessazonalizada.

O IBC-Br mostra a estimativa para a produção mensal dos três setores da economia (indústria, agricultura e serviços), e de impostos sobre produtos.

O indicador é visto pelo mercado como uma boa antecipação do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País em um determinado período de tempo.

O resultado do PIB é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) após o encerramento de cada trimestre.

http://economia.ig.com.br/economia-do-p ... 00015.html




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2358 Mensagem por Penguin » Seg Jan 16, 2012 12:04 pm

VALOR, 16 de Janeiro, 2012 - 09:40 ( Brasília )
Indústria de média-alta tecnologia puxa déficit

Marta Watanabe

Historicamente deficitários na balança comercial, os segmentos que dependem mais da importação de tecnologia desenvolvida no exterior passaram a contribuir menos para a deterioração do saldo total de exportações e importações da indústria brasileira de transformação. Com saldo negativo de US$ 29,98 bilhões em 2011, os setores de alta tecnologia registraram alta de 14,6% no déficit comercial, na comparação com o ano anterior.

Quem mais contribuiu para o saldo negativo foi o segmento de média-alta tecnologia, cujo déficit cresceu 33,4% no mesmo período, atingindo US$ 52,36 bilhões em 2011. O déficit total da indústria de transformação em 2011 foi de US$ 48,74 bilhões.

Os cálculos da balança industrial de acordo com a intensidade tecnológica são do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Para Julio Gomes de Almeida, economista do Iedi, os dados revelam que a origem do crescimento do déficit comercial da indústria não está mais concentrada na produção de alta tecnologia, na qual se destacam os segmentos de aeronáutica, informática, TV, comunicação e os farmacêuticos.

A maior deterioração da balança da indústria em 2011 foi provocada principalmente por setores de média-alta tecnologia - automóveis, produtos químicos, bens de capital mecânicos e elétricos -, além de segmentos tradicionais de baixa tecnologia, como têxtil, vestuário e calçados. "O jogo é o mesmo, mas mudou a escalação", resume Almeida.

O déficit comercial mantém a tendência de aumento, mas está sendo alimentado por setores com menor dependência tecnológica, explica. "Isso significa que estão pesando mais a falta de competitividade e os custos dos fatores de produção."

O economista lembra que nos segmentos de alta tecnologia o fraco desempenho da exportação foi o fator que pesou mais para o saldo negativo. A indústria aeronáutica exportou no ano passado 0,5% a menos do que em 2010 e a indústria brasileira de áudio, vídeo e telecomunicações amargou queda de 15,1% nos embarques.

O total do segmento de alta tecnologia ficou com aumento de apenas 2,6% de exportação. As importações de alta tecnologia aumentaram 11,4%, bem abaixo da alta de 23,5% verificada no total da indústria de transformação.

No setor de média-alta tecnologia, porém, houve uma dinâmica diferente. As importações cresceram em ritmo acima da média, com alta de 25,9%. Nos segmentos de automóveis e produtos químicos (exceto farmacêuticos), por exemplo, as exportações também tiveram alta, mas em grande descompasso com o ritmo mais acelerado das importações. A indústria de automóveis exportou no ano passado 15,7% a mais do que em 2010, mas as importações cresceram 29,1% no mesmo período.

Em média-alta tecnologia estão segmentos que foram muito dinâmicos no período recente da economia brasileira, diz Almeida. O descompasso entre embarques e desembarques é um sinal do avanço das importações na economia do país, acredita. Apesar do dinamismo no mercado interno, lembra, são setores que aproveitaram parcialmente o crescimento econômico porque houve maior concorrência com os importados.

Silvio Campos Neto, economista da Tendências, acredita que a elevação de importados nesses segmentos não está restrita a bens finais, mas também à troca de insumos nacionais pelos adquiridos de fornecedores externos. O câmbio ainda foi favorável às importações e permitiu à indústria nacional melhorar sua competitividade com a compra de matéria-prima a preços mais baixos. "A maior concorrência com os importados ficou evidente no setor de veículos, o que resultou no aumento de imposto para os importados", diz, referindo-se ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cuja alíquota aumentou em 30 pontos percentuais para carros comprados do exterior.

A expansão dos importados foi permitida pela expansão da classe média, que aumentou a demanda doméstica, diz Welber Barral, sócio da M Jorge Consultores. "A indústria nacional, porém, não conseguiu aproveitar esse crescimento para ganhar mercado."

No segmento de máquinas e bens de capital, diz Barral, há também um problema de falta de oferta nacional. "Máquinas e equipamentos para a indústria de petróleo e gás, por exemplo, são importados simplesmente porque o Brasil não produz", explica. Em outros segmentos, há, porém, a questão de competitividade. "A indústria do setor sofreu com o aumento de custos de produção local. Insumos como aço e eletricidade ficaram bem mais caros. Além disso, a indústria brasileira muitas vezes não é capaz de concorrer com a importação sustentada por mecanismos de financiamento externo, com juros muito baixos", acrescenta.

O que mais chama a atenção, diz Barral, são os segmentos que até pouco tempo contribuíram com superávit, viraram o sinal e agora vêm aprofundando o déficit. Além de automóveis, são exemplos os segmentos de têxteis, couros e calçados. De acordo com o levantamento do Iedi, essas três atividades tiveram déficit de US$ 1,5 bilhão em 2011. No ano passado, o saldo devedor foi de US$ 215 milhões, mas em 2009 esses segmentos ainda geravam superávit, de US$ 354 milhões. Nesses setores de mão de obra intensiva, pesou o custo com salários.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2359 Mensagem por PRick » Seg Jan 16, 2012 12:45 pm

Com o resultado da economia de Novembro, o Brasil a economia brasileira cresceu em 2011, entre 3 e 3,5%, agora vamos ver a ginástica do Boletim Focus para alterar as previsões do que já passou. :lol: :lol:

[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2360 Mensagem por Andre Correa » Qua Jan 18, 2012 2:38 pm

Banco Mundial prevê crescimento de 3,4% para o Brasil em 2012
18 de janeiro de 2012 • 02h15 • atualizado 07h59

O crescimento da economia da América Latina e do Caribe sofrerá ligeira desaceleração a 3,6% em 2012 e será de 4,2% em 2013, devido ao contexto de incerteza global, à desaceleração da China e ao fraco desempenho da Europa, indicou o Banco Mundial nessa terça-feira. A região encerrou 2011 com uma taxa de crescimento de 4,2%. A estes fatores se somam as políticas de ajuste tomadas pelas autoridades locais diante dos sinais de superaquecimento que moderaram a demanda interna. Um exemplo é o Brasil, a principal economia latino-americana, que deverá crescer 3,4% em 2012, muito longe dos 7,5% de 2010, para depois subir ligeiramente a 4,4% em 2013.

"O arrefecimento da demanda interna coincidiu com a redução da demanda externa, o que provocou uma desaceleração mais aguda que a esperada", assinalou o relatório intitulado "Incertezas e Vulnerabilidades". O BM prevê que outra das grandes economias latino-americanas, o México, rebaixará seu crescimento a 3,2% em 2012, contra os 4% alcançados em 2011, subindo em 2013 a 3,7%. Devido à retirada das medidas de estímulo econômico e ao declínio no poder de compra dos consumidores, a Argentina verá seu crescimento cair dos 7,5% de 2011 para 3,7% em 2012 e 4,4% em 2013.

Os países exportadores de petróleo e gás da região, como Equador, Bolívia e Venezuela, se beneficiaram da alta dos preços internacionais e registraram crescimentos sustentados em 2011 de 6,1%, 4,8% e 3,8%, respectivamente. No entanto, também deverão ser afetados em 2012 pela redução da demanda internacional, segundo o relatório.

As remessas de emigrantes registraram um melhor comportamento em 2011, ao expandir-se 7,6% em média com relação aos 6,3% de 2010, o que permitiu a recuperação dos países mais dependentes destes fluxos, como El Salvador, Jamaica, Honduras, Nicarágua, Haiti e Guatemala. Outro dos riscos para a região é que, apesar da recente moderação da demanda interna, a inflação continua elevada, especialmente em Brasil, Argentina, Peru e Colômbia.

Como conclusão, o BM aponta como possíveis recomendações para as autoridades locais "o emprego de medidas contracíclicas e o aumento das despesas com redes de seguridade social e projetos de infraestrutura". Além disso, indica que seria útil aumentar "a supervisão dos sistemas financeiros e realizar testes de resistência em entidades financeiras mais expostas ao contágio internacional devido à rápida expansão do crédito vivida na região nos últimos anos".
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2361 Mensagem por Andre Correa » Qua Jan 18, 2012 2:40 pm

Setor imobiliário se prepara para crescer menos em 2012
18 de janeiro de 2012 • 07h19 • atualizado 08h44

Na esteira da desaceleração já vista em 2011, o calo parece ter apertado mais para o mercado imobiliário brasileiro, que começa a ver a euforia desenfreada de 2010 ser substituída por preocupação e cautela, cenário que tende a se manter este ano. Na visão de especialistas que acompanham o setor, esse desaquecimento, que resultou em crescimento menor no ano passado, deve se intensificar nos próximos meses, com as empresas tendo de administrar altos volumes de lançamentos, endividamento considerável e necessidade de gerar caixa.

Imagem
Mercado imobiliário deve crescer menos neste ano
Foto: Getty Images

"Vamos ver um crescimento menor que em 2011, que foi o começo do período de ajuste", disse à Reuters o analista Marcelo Motta, do JPMorgan. "As empresas sofreram com falta de planejamento, queriam crescer demais, entrar em novas regiões onde nem sempre havia escala para operar, o que prejudicou as margens".

Segundo ele, para começar a reverter a situação, as companhias devem priorizar os resultados, concentrando as operações em segmentos e regiões onde já atuam para garantir melhores margens. "O setor imobiliário vive um momento de desaquecimento, após um período prolongado de forte expansão", afirmou o analista Paulo César das Neves, da LCA, que citou ainda a elevação dos preços de imóveis como inibidor da demanda. "(É) pouco provável uma queda abruta dos preços em 2012."

Em contrapartida, ainda que o cenário pareça preocupante, a perspectiva traçada pelos profissionais não é totalmente pessimista. A demanda que se mantém em níveis saudáveis e indicadores macroeconômicos como inflação e confiança do consumidor sob controle devem contribuir para amenizar a desaceleração prevista.

"O mercado imobiliário residencial está mais difícil do que antes, mas não estamos em 'modo de crise' como em 2008/2009", ponderou o analista Guilherme Rocha, do Credit Suisse. Agora, de qualquer forma, indicadores de rentabilidade das incorporadoras e construtoras serão acompanhados mais de perto, sendo que o grande evento deste ano, segundo os agentes de mercado, será o fluxo de caixa positivo.
"Existe uma cobrança do mercado por geração de caixa positiva. A empresa que não entregar vai ser penalizada. Tem que gerar caixa de forma saudável", disse Motta, apostando na capacidade das companhias de cumprir a meta de gerar caixa em 2012. "Pelo que as empresas têm indicado, o cenário está se armando para isso no segundo ou terceiro trimestres."

Rocha, do Credit Suisse, não descarta uma revisão dos orçamentos por parte das empresas para incluir um estouro de custos com obras e, entre as ponderações, recomenda que os investidores sejam seletivos quanto ao setor. "A retomada estrutural do setor vai exigir a combinação de mais clareza dos cenários mundial e local, maior visibilidade dos balanços das companhias e uma clara tendência de geração de caixa positivo", afirmou.

Motta, do JPMorgan, tem as ações de PDG Realty, MRV Engenharia e Rossi Residencial entre suas recomendações. Em relação à Cyrela Brazil Realty, que enfrentou o revés de revisão de orçamento e dúvidas sobre cumprimento de metas, ele acredita em um corte nas estimativas de vendas e lançamentos, embora a empresa esteja "se recuperando de forma mais rápida que esperado".

De fato, o vice-presidente financeiro e diretor de Relações com Investidores da Cyrela, José Florêncio Rodrigues, disse a jornalistas na segunda-feira que a empresa deve reduzir até o final de janeiro suas metas para 2012. Atualmente, a estimativa da companhia para este ano, que já foi alvo de revisão para baixo em uma ocasião, é de lançamentos entre R$ 8,7 bilhões e R$ 9,8 bilhões, com vendas de R$ 8 bilhões a R$ 8,9 bilhões.

Em 2011, a Cyrela totalizou vendas contratadas de R$ 6,5 bilhões, abaixo da faixa prevista de R$ 6,9 bilhões a R$ 7,7 bilhões. Em novembro, a Gafisa reduziu a previsão de lançamentos em 2011 para a faixa de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões, contra meta entre R$ 5 bilhões e R$ 5,6 bilhões antes.
A Brookfield também cortou a estimativa de lançamentos para o último ano de entre R$ 4,75 bilhões e R$ 5,25 bilhões para de R$ 4 bilhões a R$ 4,2 bilhões. Para 2012, a meta passou de R$ 5,25 bilhões a R$ 5,75 bilhões para entre R$ 4,25 bilhões e R$ 4,75 bilhões.

Crescimento em 2012
A construção civil brasileira deve crescer 5,2% em 2012, após fechar o ano passado com alta de 4,8%, conforme previsões do Sindicato da Construção (SindusCon-SP). Em 2010, o avanço foi de 15,2%.

"A previsão para 2012 deve se concretizar desde que o governo continue tomando medidas econômicas para assegurar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)", afirmou a entidade em dezembro, assinalando como positivas medidas envolvendo desoneração da produção, estímulo à produtividade na iniciativa privada e aumento da eficiência da administração pública.

Conforme dados do sindicato da habitação Secovi-SP, referentes à cidade de São Paulo, as vendas de imóveis residenciais novos vêm crescendo em ritmo inferior aos lançamentos desde meados de 2011. "Parte dessa divergência entre os ritmos de crescimento pode ser atribuída à desaceleração da atividade econômica como um todo", ressaltou Neves, da LCA. Motta, do JPMorgan, acrescentou: "A perspectiva para o setor não é ruim, mas já não é mais tão fácil comprar imóvel como antes pelos preços mais altos".
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2362 Mensagem por Andre Correa » Qua Jan 18, 2012 2:45 pm

Famílias gastam mais com saúde do que o governo, diz IBGE
18 de janeiro de 2012 • 10h19 • atualizado 10h38


As despesas com serviços de saúde no Brasil atingiram R$ 283,6 bilhões em 2009, o que correspondeu a 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total, as despesas do governo somaram R$ 123,6 bilhões, enquanto as famílias gastaram mais, com R$ 157,1 bilhões. Instituições sem fins lucrativos contribuíram com mais R$ 2,9 bilhões.

As despesas públicas per capita com consumo de bens e serviços de saúde foram de R$ 645,27 em média. Já as despesas per capita privadas atingiram R$ 835,65 em 2009. De acordo com o IBGE, as principais despesas de consumo das famílias com itens relacionados à saúde foram com consultas e exames (36,3% do total) e com medicamentos (35,8%).

A renda gerada pelas atividades econômicas de saúde (R$ 173,3 bilhões) cresceu 2,7%, uma desaceleração em relação a 2008, quando havia crescido 5,9%. Em 2009, 4,5% dos postos de trabalho e 7,8% das remunerações pagas aos trabalhadores estavam em atividades de saúde.
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2363 Mensagem por Demir » Qua Jan 18, 2012 3:32 pm

Brasil avalia impacto de novas restrições comerciais da Argentina
Por LUCIANA MAGALHÃES e ERIN MCCARTHY

O Brasil está avaliando o impacto das novas regulamentações de comércio exterior da Argentina em suas exportações para o país vizinho, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que expressou descontentamento com as crescentes restrições comerciais da Argentina.

"A Argentina tem sido um problema permanente. Temos boas relações políticas, mas economicamente é difícil lidar com eles", disse Pimentel, na terça-feira, em uma entrevista à Dow Jones Newswires. A partir de fevereiro, os importadores argentinos terão que garantir uma pré-aprovação da agência argentina de impostos antes de comprar bens no estrangeiro, dando ao governo argentino uma ferramenta importante para dominar as importações, à medida que o país busca reforçar seu superávit comercial que está em declínio.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, que tomou posse no mês passado para um segundo mandato, tem promulgado uma série de medidas protecionistas para ajudar os fabricantes locais e proteger o superávit comercial do país desde que assumiu o cargo em 2007.

Estas barreiras incluem a expansão, no ano passado, do número de produtos sujeitos a longos processos de licenças de importação não-automáticas, a exigência para as empresas de equilibrar as importações com as exportações de igual valor e proibições informais da entrada de diversos produtos, que vão desde bonecas Barbie até queijo francês.

Para o Brasil, a última rodada de medidas protecionistas da Argentina poderia significar um golpe às exportações, principalmente para a indústria de autopeças.

"Nós temos um superávit comercial de cerca de US$ 6 bilhões com a Argentina. Eles têm um superávit com o resto do mundo, mas não com o Brasil", disse o ministro. Ele acrescentou que não vai tentar negociar com o governo argentino antes da nova medida ser colocada em prática.

O superávit comercial da Argentina tem diminuído enquanto a alta taxa de crescimento econômico do país estimula as importações. O Banco Central argentino tem previsão de um superávit US$ 8,9 bilhões para 2012, em comparação com quase US $ 17 bilhões em 2009. O superávit comercial anual do Brasil aumentou em 2011 para US $ 30 bilhões, ajudado pelo aumento dos preços internacionais das commodities no início do ano, em comparação com um superávit de US $ 20 bilhões em 2010.

Além da Argentina, o Brasil permanece focado no ambiente comercial global, em meio à desaceleração do crescimento econômico mundial, e em como a política de comércio exterior de outros países atinge o Brasil, disse Pimentel.

O governo brasileiro está estudando medidas, que provavelmente vão estar prontas em março, para estimular a exportação de bens industrializados. Pimentel disse que a ideia é oferecer novos instrumentos de crédito para permitir que os exportadores brasileiros conquistem uma fatia maior de mercados da África ou mesmo da América Latina, onde há uma intensa competição com os produtos chineses.

No ano passado, o Brasil solicitou à Organização Mundial do Comércio um debate sobre o impacto das políticas de câmbio sobre o comércio. Pimentel disse que, como a China continua a controlar firmemente sua moeda, o yuan, novas maneiras de lidar com taxas de câmbio e como elas afetam o comércio são necessárias.

O próprio Brasil tem sido criticado por um movimento no final do ano passado para proteger sua indústria automobilística nacional, proporcionando uma significativa redução de impostos para carros fabricados localmente, que respondem por cerca de 75% do mercado. Pimentel defendeu a medida que, segundo ele, é temporária e está prevista para expirar em dezembro.

O governo atualmente está revendo as regras e incentivos relacionados à indústria automobilística e deve estar pronto para a implantação de novas regras possivelmente já em fevereiro ou março. O país pretende fomentar e estimular a inovação, disse o ministro. Pimentel acrescentou que, entre outros, carros elétricos e híbridos terão mais incentivos fiscais.

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... _portugues




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2364 Mensagem por Andre Correa » Sex Jan 20, 2012 2:42 pm

20/01/2012 08h40 - Atualizado em 20/01/2012 09h54
Dilma sanciona Orçamento da União para 2012
Lei estima receita da União em R$ 2.257.289.322.537,00.
Orçamento efetivo prevê R$ 1,494 trilhões, excluído pagamento da dívida.


A presidente Dilma Rousseff sancionou e foi publicado nesta sexta-feira (20) no "Diário Oficial da União" a lei que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2012.

O valor previsto é de R$ 2,257 trilhões - aproximadamente R$ 187 bilhões a mais em comparação ao Orçamento de 2011. Desse montante, foram reservados R$ 655 bilhões para o refinanciamento da dívida pública.

O Orçamento efetivo de 2012 (que exclui gastos com pagamento da dívida) prevê R$ 1,494 trilhões em receitas, cerca de R$ 108 bilhões a menos do que o estimado no texto aprovado pelo Congresso.

O texto do Orçamento Fiscal de 2012, que também exclui o montante destinado ao pagamento da dívida pública, prevê R$ 959 bilhões em receitas. O orçamento da Seguridade Social prevê R$ 535,7 bilhões. A despesa fixa da União ficou em R$ 2,150 trilhões, o mesmo que a soma dos orçamentos fiscal e da seguridade social. O montante total destinado para investimentos é de R$ 106,8 bilhões.

Aprovado em 22 de dezembro pelo Congresso Nacional em votação simbólica, o Orçamento da União para 2012 segue sem a previsão de aumento de 11,7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo e sem aumento para servidores do Judiciário, que queriam 56%.
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2365 Mensagem por Andre Correa » Sex Jan 20, 2012 2:47 pm

Após aprovação, Dilma faz reuniões por cortes no Orçamento
20 de janeiro de 2012 • 11h20 • atualizado 11h54

A presidente Dilma Rousseff sancionou na quinta-feira o Orçamento do governo federal para este ano, conforme lei publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União, dando início à contagem regressiva para os esperados cortes de gastos que o governo quer fazer em seu esforço de aperto fiscal. Até segunda-feira, a presidente está realizando reuniões com os ministros para acertar as metas prioritárias de cada área, o que dará elementos para a definição dos cortes no Orçamento . O anúncio do tamanho total será feito nas próximas semanas.

Segundo fontes, os reajustes salariais aos servidores públicos, a contratação de pessoal e a realização de concursos público devem ser contingenciados. Um dos objetivos do corte orçamentário é assegurar o espaço para o afrouxamento da política monetária, com a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Com isso, o governo pretende estimular o mercado interno a induzir o crescimento econômico, em um cenário possível redução da demanda externa provocada pela crise da zona do euro.

Na quarta-feira, em seu primeiro encontro do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,50% ao ano. Foi o quarto corte seguido dessa magnitude, em um movimento iniciado em agosto passado, e amplamente esperado pelo mercado.

O texto publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial estima a receita da União deste ano em R$ 2,257 trilhões e prevê investimentos de R$ 106,83 bilhões. A despesa total, incluindo os gastos com a seguridade social, soma R$ 2,150 trilhões. Para o refinanciamento da dívida pública federal estão previstos R$ 655,5 bilhões.
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2366 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jan 20, 2012 3:45 pm

E tem gente que ainda acha que os juros não são um problema:
Governo prevê gasto 9 vezes maior com dívida do que com educação

20 de janeiro de 2012 | 14h09

Sílvio Guedes Crespo - Estadão


Número do Dia: R$ 655 bilhões: É o gasto com refinanciamento da dívida em 2012 previsto pelo governo

O governo reservará R$ 655 bilhões em 2012 para refinanciamento da dívida, ou nove vezes mais do que prevê gastar com o Ministério da Educação e sete vezes mais do que com a pasta da Saúde. Essa quantia equivale, também, a 29% da receita total da União, que será de R$ 2,257 trilhões.

Os dados foram publicados nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, e se referem à lei do Orçamento aprovada no Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff.

Os ministérios que mais terão aumento de orçamento neste ano são: Desenvolvimento (alta de 70%), Desenvolvimento Social (28%), Trabalho (26%), Saúde (19%) e Educação (16%). Os que tiveram maior queda foram: Planejamento (sera de 50%), Pesca (de 41%), Turismo (de 27%) e Relações Exteriores (-4,5%).

Em números absolutos, o maior aumento de gastos será o da Previdência Social (alta de R$ 39 bilhões); já a maior redução será justamente com refinanciamento de dívida (diminuição de R$ 23 bilhões).


Refinanciamento

É necessário esclarecer que nessa receita de R$ 2,257 bilhões divulgada no Diário Oficial da União estão inclusos não só a arrecadação de impostos e contribuições como também os recursos que o governo espera captar no mercado financeiro. Refinanciar a dívida significa emitir novos títulos públicos para pagar a parte principal dos papéis vencidos. Ou seja, dentro dos R$ 655 bilhões esperados para pagar os compromissos com investidores há dinheiro dos próprios investidores, não apenas de tributos.

A participação dos contribuintes no pagamento da dívida pública corresponde não ao valor total de refinanciamento da dívida, mas ao chamado superávit primário, que é o montante que o governo separa, a partir da arrecadação de impostos (e de outras receitas como dividendos recebidos de estatais) para pagar seus credores.

Leandro G. Card




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2367 Mensagem por Paulo Lavorato » Sáb Jan 21, 2012 3:47 pm

Dilma quer antecipar gasto para reanimar economia

O governo planeja usar investimentos públicos e privados para reanimar a economia nos primeiros meses deste ano, concentrando despesas no primeiro semestre e adiando para depois de julho a maior parte do sacrifício que precisará fazer para equilibrar as contas do governo, informa reportagem de Natuza Nery, Sheila D'Amorim e Lorenna Rodrigues, publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Em meio à discussão sobre o tamanho do corte de gastos que fará no Orçamento de 2012 --estuda-se algo próximo a R$ 60 bilhões--, a presidente Dilma Rousseff decidiu inverter a lógica adotada em anos anteriores para calibrar as despesas oficiais.

Em vez de começar o ano segurando mais fortemente as despesas e acelerar os gastos no final do ano, a presidente cogita fazer o contrário. Dilma quer conhecer a lista de prioridades dos ministros para só então avaliar qual volume será bloqueado.

Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1037 ... omia.shtml




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2368 Mensagem por Paulo Lavorato » Sáb Jan 21, 2012 3:55 pm

Blogueiro da Editora Globo diz que O Globo mente

Paulo Moreira Leite, que foi redator chefe da Veja e diretor de redação da Época e do Diário de S. Paulo, não se intimidou em classificar em seu blog como inverdade notícia do jornal carioca que afirma que o brasileiro gasta mais com saúde do que o governo. "Falso", diz ele

20 de Janeiro de 2012 às 16:12

247 – "A inverdade do dia na Saúde". Com esse título, o blogueiro da revista Época Paulo Moreira Leite classificou como falsa a notícia publicada pelo O Globo : "Saúde pesa mais no bolso do cidadão do que do governo". "Falso", afirma o jornalista que foi diretor de redação de ÉPOCA e do Diário de S. Paulo, redator chefe da Veja e correspondente da revista em Paris e em Washington.

A manchete do jornal foi baseada na Pesquisa Conta Satélite de Saúde – Brasil, realizada pelo IBGE, que revelou que o brasileiro gasta 29,5% a mais do que o governo para ter acesso a bens e serviços de saúde. Enquanto o Estado tem um dispêndio de R$ 645,27 por pessoa, o gasto per capita fica em R$ 835,65. No país, 55,4% das despesas são arcadas pelas famílias enquanto 43,6% cobertas pela administração pública.

Leia na íntegra a opinião de Moreira Leite sobre o assunto :

"Cada centavo que o brasileiro gasta com saúde pode ser deduzido do imposto de renda. Isso vale para plano de saúde, consulta fora do convenio e até remédios. A condição é ter comprovantes para incluir na declaração. Isso quer dizer o seguinte: você gasta hoje e deduz a despesa a amanhã. Quanto mais você gasta, mais diminui seu imposto.

Se você ficar internado num hospital cinco estrelas de São Paulo, assina a cheque na hora de ir embora e deduz na próxima declaração de renda. Idem para o médico fora do convenio que cobra R$ 900 por consulta.

É um sistema que beneficia quem tem mais e pode pagar na frente.

Também prejudica aqueles assalariados que vivem na informalidade e não têm como justificar rendimentos.

A turma de cima que vive no Caixa 2 também não pode abater o que nunca paga mas dessa gente não é preciso sentir pena.

Outra distorção: você paga o médico privado e deduz a receita no IR. Mas sua cirurgia — quando grave e complicada — é feita pelo SUS. Resultado: você deduz o plano no IR e ainda recebe o serviço do Estado.

Na pura contabilidade, é como se tivesse recebido dinheiro para ser operado.

Quem paga a conta?

O Estado brasileiro, que fica sem recursos para investir em escolas, em infraestrutura e na própria saúde pública.

Isso quer dizer que o dinheiro que falta no posto de saúde do seu bairro pode ter voltado, antes, para o bolso de quem ficou internado num hospital muitas estrelas."
http://www.brasil247.com.br/pt/247/midi ... -mente.htm




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2369 Mensagem por prp » Sáb Jan 21, 2012 3:59 pm

Num é que o cara tem razão.




Carlos Mathias

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2370 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Jan 21, 2012 4:33 pm

Tô esperando os colegas aparecerem para reconhecer...




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