Essa conversa de RCS para aviões que carregam armas e tanques em cabides externos é balela, não existe
avião furtivo ou
mais ou menos furtivo com tanques, armas e cabides espalhados pelas asas.
Sobre quem veria quem antes, na verdade ambos os RWR detectariam as emissões bem antes de poderem ser detectados como alvos válidos.
Se alguém ligar o radar, aparece no RWR do outro, e todos são bons.
Se ambos ligarem - que seria o caso se não estiverem atuando sob o apoio de um AWACS - aí eu apostaria no SU-35 achando o Rafale bem antes.
Se o Rafale ejetasse todas as armas e todos os tanques e voasse uma proa direta contra o SU-35BM para poder mostrar um ângulo em que seu RCS fosse de 0,1 m2, por essa tabela vê-se que seria visto a 70~90 milhas náuticas.
Ou seja, ele estaria pelado e sereia detectado a 126 Km, no mínimo.
Seria um pato na lagoa, sem comb. para fugir nem armas para morrer ao menos lutando.
Mesmo que o Rafale visse antes, teria que chegar no mínimo a 100 Km para lançar o Meteor, ou menos ainda para lançar o MICA.
Esses nºs são de alcances máximos e ótimos, ou seja, a melhor situação possível para lançar as armas.
Mas agora entra uma grande vantagem de uma antena PESA/AESA móvel.
A 100Km, com certeza o Rafale já teria sido visto, e mesmo que disparasse um Meteor, bastaria ao SU-35 virar e colocá-lo a 90º do seu eixo de tiro para diminuir o alcance do míssil em NO MÍNIMO 50%.
O alcance diminui mais ainda, porque o SU-35 se deslocando lateralmente obrigará o Meteor a voar numa curva de perseguição, apontando para o ponto futuro, ou seja gastando energia.
Durante essa manobra de F-Pole, o SU-35 manteria o Rafale travado o tempo todo, sem jamais perdê-lo de "vista".
Assim, um R-77 poderia ser lançado contra o Rafale e este, ou manobraria, ou seria atingido.
Para manter o Meteor informado da posição do alvo (que está virando 90º e afastando), o Rafale teria que mantê-lo no seu cone radar de 60º a frente.
Para isso, teria que manter uma proa direta em direção ao alvo, ou ao menos na direção deste em no mínimo 30º (60º= 30º+30º).
Assim, se desviar do R-77 com uma F-Pole, perde o tiro do Meteor, que ele tem poucos para gastar.
Se tentar manter o alvo no radar, arrisca tomar um R-77 de frente e provavelmente dentro da NEZ dessa arma.
O Meteor voaria numa longa curva e o R-77 num vôo direto contra o alvo. Quem chega primeiro no seu alvo????
Nesse momento, o Rafale ( e qualquer outro caça que dependa de tanques externos) já terá ejetado seus tanques para melhorar a perfomance aerodinâmica, resultando ter apenas seu comb interno daí para frente.
E os tanques tomaram o lugar de valiosos mísseis, ou seja, tem poucos tiros para gastar.
Por outro lado, um Su-35BM não ejeta nada e mantém todo o comb. o tempo todo = mais tempo de manobra, mais persistência, mais capacidade de perseguição, jogo de gato e rato, ou mesmo "fuga".
Fuga entre aspas porque um SU-35 pode voar mais rápido, por muito mais tempo.
Sem tanques= muito menos arrasto e muito mais armas.
E isso tudo contra o melhor caça da bost-list!
Não vou nem comentar sobre tijolos e fantasmas.
Como se percebe facilmente, o SU-35BM está numa categoria bem acima dos caças medíocres que o Brasil selecionou para sua bost-list.
O Brasil merece é ....... mesmo.