C-235 / C-295
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Re: C-235 / C-295
Está sendo testada a aerodinâmica, a eletrônica será israelense. O radar terá 360o de cobertura e também será de varredura eletrônica.
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Re: C-235 / C-295
Sapão, sobre a primeira questão, ela é um equivoco de quem a levantou. Sobre a segunda, nem modernização e nem substituição. Não há até onde se sabe qualquer indício de que este ou aquele caminho serão tomados no caso dos E-99 da FAB. Parece que as prioridades são outras.sapao escreveu:São duas coisas diferentes FCarvalho:
- uma é responder ao colega que quis fazer uma comparação entre uma aeronave que é um projeto com outra que ja tem sua operação testada e comprovada;
-a outra é a que você levantou em relação a idade dos vetores, e provavelmente ou ela sofrerá uma modernização a curto prazo ou será substituida.
Sobre a pratica de se usar até o osso para depois fazer a manutenção acredito que suas fontes estejam enganadas.
Quanto ao "uso até o osso", não utilizei fontes para embasar minha fala. Apenas me referenciei no tratamento histórico dispensado aos diversos vetores da FAB, desde os mais antigos, e que parece ser a prática padrão na força. Senão vejamos:
Transporte/Patrulha:
C-95: depois de mais de trinta anos de operação, somente agora, quando a maioria das células estão praticamente no fim de suas vidas úteis de vôo a FAB encetou um programa de modernização, menos pelas qualidades do vetor e mais pela sua incapacidade de investir em um novo avião na mesma categoria. Ou seja, como sempre, solução de continuidade.
C-130: aplica-se a mesma acertiva acima, com o diferencial que agora a FAB conseguiu, a partir de uma iniciativa privada(Embraer) convencer o GF a investir em um substituto a altura ou melhor que os Hércules.
GTE: toda a frota usada a anos foi sumariamente substituida por aeronaves através de compra de oportunidade(E145/135), sem jamais terem passado por um programa real de modernização de maior monta. E mesmo hoje, os E-jet não possuem, de público, qualquer indicação de modernização, a não ser aquelas demandadas quando de sua manutenção geral.
C-97: estes, também compras de oportunidade, estão sendo usados em várias unidades e sem perspectivas de modernização e/ou substituição. Não há planejamento para sua substituição ou modernização. Serão usados enquanto a manutenção os puder fazer voar. Como os Búffalos.
P-95: o bandeirulha também após trinta anos de serviço initerrupto não possuem quaisquer melhorias significativas em seus sistemas e equipamentos em relação aos originais, e só recentemente serão objeto do mesmo programa de modernização dos Bandeirante face à ausência de recursos para investimento em um substituto no mesmo nivel ou superior como os P-235/295.
Caça:
F-5EM: estes caças, comprados a quase 40 anos, passaram a maior parte da sua história sem receber quaisquer melhorias significativas, mas somente a manutenção requerida e obrigatória. E depois de mais de 30 anos, no fim por falencia das células devido sua vida útil curta, e a impossibilidade de se definir um substituto imediato, convencionou-se sua modernização até que haja a possibilidade de compra de seu sucessor. Veja que a modernização foi tomada como solução de continuidade e não como função normal da qualificação e adequação da plataforma.
A-1M: sua modernização vem mais como resultado positivo da experiência com os F-5, e menos pela plataforma. A continua incapacidade financeira da FAB em adquirir substitutos para seus vetores de caça levaram a força a embarcar em programas de modernização de envergadura com os quais ela jamais conviveu, visto a prática de utilização/manutenção dos vetores que possui. A modernização saiu mais por uma questão de sobrevivência operacional da força do que uma escolha deliberada e útil pela manutenção qualitativa dos vetores que possui.
F-103: este é o exemplo mais primário da cultura de manutenção da FAB. Foram mingüadas as tentativas de modernização destes vetores ao longo de sua vida útil. Como não havia uma cultura de modernização dos vetores, mas de manutenção, o pouco que se tentou fazer foi indeferido pela ausência de motivação/interesse do alto comando e da própra inexperiência das FAB neste campo. Sempre foi até os anos 70/80 comprar e substituir qualquer vetor usado até então. Neste sentido, os investimentos não eram tão altos para a equipar a frota e o nosso super-mercado lá nos altos das américa estava sempre disposto a nos forncer os materiais que julgasse conveniente. Até que veio os anos noventa e tudo começou a mudar.
EMB-326: outro que não recebeu nenhum programa de modernização ao longo do tempo, sendo usado com sistemas e componentes originais até ser retirado de serviço mais de 40 anos depois, e mesmo sem um substituto direto, ano passado, salvo engano.
Bom, é preciso dizer que não estou fazendo aqui uma critica à FAB pela melancolia da situação atual. Pelo contrário, apenas exponho meu ponto de vista, sobre o que já acompanho pelo menos a uns bons vinte e poucos anos o que acontece no campo militar de nosso país. Claro, posso estar equivocado, como também posso estar certo. É apenas a visão de um leigo.
Mas também é mister chamar-se a atenção para essa "cultura da manutenção" na FAB, coisa que não lhe é paticular somente. Mas antes, atinge a todas as nossas ffaa's. Esta "cultura" lembra-me um fato que li em certo livro no ensino médio sobre a FEB, em que um tenente no front pedia mais salvas da artilharia de seu regimento ao que do outro lado do fone o oficial responsável pela linha de fogo respondia encardido" Economia de munição tentente! Economia de munição! - Cito este exemplo porque me parece que até hoje temos ffaa's tão apegadas ao pouco que dispõe que não lhe parece ser crível a necessidade de uma modernização de seus vetores, uma vez que se lhes é prestada a tão almejada economia da manutenção.
Fica a pergunta, que nestes anos todos tem permeado o pensamento dos estados-maiores das ffaa's: é mesnos ruim gastar em modernização ou poupar com manutenção?
abs
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- FCarvalho
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Re: C-235 / C-295
Tenho um ditado pessoal bem ordinário para exemplificar a situação acima: " Cachorro vira-latas acostumado a roer osso, quando come uma bisteca, pensa que é filé mignon."
Este, infelizmente, parece ser a mentalidade dos nossos militares quanto ao uso de seus vetores. Mas isso, está sendo paulatinamente modifcado. Demorará ainda bastante tempo, mas ainda seremos capazes de utilizar nossos recursos bélicos sem tanto medo de ser feliz.
abs
Este, infelizmente, parece ser a mentalidade dos nossos militares quanto ao uso de seus vetores. Mas isso, está sendo paulatinamente modifcado. Demorará ainda bastante tempo, mas ainda seremos capazes de utilizar nossos recursos bélicos sem tanto medo de ser feliz.
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Re: C-235 / C-295
Acho que a frase que mais se adequa seria a de que cachorro acostumado a comer bisteca, quando fica com fome roe até o osso...
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
F-5M: sem me delongar, vide post F-X.
A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
F-103:Idem ao F-5M, vide o post do F-X.
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
A caça está esperando o file desde 1995.
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
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A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
F-103:Idem ao F-5M, vide o post do F-X.
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
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[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: C-235 / C-295
Sapão, sobre a substituição C-95, não havia um interesse no Casa C-212?
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Alberto -
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Re: C-235 / C-295
Houve sim, mas não foi para frente por uma serie de fatores.
Um deles foi a propria idade do projeto, que é da epoca do bandeirante; a outra enlvolveu a falta de interesse da propria industria nacional de entrar no processo.
Só a FAB pagando a conta não ia dar, como ja vimos antes.
Um deles foi a propria idade do projeto, que é da epoca do bandeirante; a outra enlvolveu a falta de interesse da propria industria nacional de entrar no processo.
Só a FAB pagando a conta não ia dar, como ja vimos antes.
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Re: C-235 / C-295
O C-97 (EMB-120) não seria o substituto natural do C-95??? Lembro que alguns anos atrás a FAB começou a comprar os C-97 para substituir os C-95! Porque isso não teve continuidade??
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- Alitson
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Re: C-235 / C-295
Comprou unidades usadas do mercado civil.
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Re: C-235 / C-295
Abs.sapao escreveu:Acho que a frase que mais se adequa seria a de que cachorro acostumado a comer bisteca, quando fica com fome roe até o osso...
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Não é doutrina não, é cultura mesmo. Cultura da "pouca farinha, meu pirao primeiro."
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
A princípio o C-212. Mas esta opção não foi para frente como sabemos; ainda que antigo, o projeto demonstra melhores qualidades e capacidade de crescimento, como podemos ver em sua última versão. O Bandeirante é/sempre foi apenas uma adaptação com as limitações impostas pelo projeto.
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
Não desta vez. A diferença aqui, como disse, é que se dependesse somente da cultura Fabiana e governamental, iriamos ter C-130 ad eternum. Mas um fator diferencial nos livrou de continuar roendo o osso: a Embraer. Nossa bisteca ou quem sabe filé mignon.E quem começou tudo foi a iniciativa privada e não o GF/FAB. Estes vieram a reboque e pegaram o bonde andando. Ainda bem.
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
Não falei em relação as aeronaves da embraer, mas dos vetores anteriores que durante sua longa vida no GTE nunca tiveram planejamento para sua modernização ao longo da vida útil. Os VC-99, embora modernos, o serão por quanto tempo? Daqui a 10 anos ainda o serão? A FAB vai esperar eles começarem a apresentar problemas, limitações ou a cair para justificar o investimento na sua modernização ou só uma boa manutenção basta para garantir que os mesmo serão sempre o melhor que o GTE poderá usar?
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
Da década re-trasada, certo. O E-120 e sua tecnologia são da década de 80. E se o passageiro fosse eu, com certeza. Ou por acaso a FAB faz diferença entre os passageiros que leva? EFIS "para quem pode" e reloginhos "para quem não pode"... E eu não digo colocar tudo, mas mantê-los ao menos em paridade tecnologica com os outros vetores da Embraer utilizados pela FAB. Não vejo nada demais nisso. Seriam recursos para a manutenção e melhoria da segurança do vôo. Se empresas particulares fazem isso pensando nos custos, creio que a FAB não seja tão diferente assim.
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
Sapão, sabes melhor que eu, que uma coisa está ligada a outra. E não é gosto por coisa velha, é necessidade mesmo.
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
No olhômetro, não me atreveria a comparações, mas tenho certeza que a plataforma do CN-235/295 tem capacidade e recursos de sobra para ampliar as limitações do nosso bandeirulha.
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
Eu também. Mas a própria FAB desdenhou o projeto e preferiu continuar a roer o seu osso, olhando para trás, com uma aeronave de mais de 50 anos, ao invés de olhar para frente mais cinquenta anos com P-190/195.
F-5M: sem me delongar, vide post F-X. Esse assunto já até me embrulha o estômago.
A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
Desconheço essa estória de F-32. O que falei é que nossa cultura de manutenção fez deste projeto uma alternativa para a continuidade da capacidade opacional da força aérea, e que se tivessemos "culhões" no passado, hoje ele talvez estivesse sendo substituido por outro vetor mais moderno, se nacional ou não, é outra coisa, ao invés de ter a sua vida útil prolongada por mais 15/20 anos, quando então já estará mais do que ultrapassado mesmo para nosso TO.
F-103:Idem ao F-5M, vide o post do F-X.
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
A ver no que vai dar. Mas este caminho que foi tomado em relação ao chavante deveria ser, penso eu, uma exceção e não regra, como visto por aí.
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
A caça está esperando o file desde 1995.
Claro, vivemos em um país em que filé é coisa para poucos e para quem pode. E quem não pode, obedece... e continua roendo o osso.
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Re: C-235 / C-295
São categorias de aeronaves diferentes, e mesmo que cumpram uma certa quantidade de missões iguais, existem coisas que o C-95 faz que o C-97 não faz ou tem mais restrições para realizar.henriquejr escreveu:O C-97 (EMB-120) não seria o substituto natural do C-95??? Lembro que alguns anos atrás a FAB começou a comprar os C-97 para substituir os C-95! Porque isso não teve continuidade??
[justificar]“ Se não eu, quem?
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Re: C-235 / C-295
FCarvalho escreveu:É bem por ai mesmo...sapao escreveu:Acho que a frase que mais se adequa seria a de que cachorro acostumado a comer bisteca, quando fica com fome roe até o osso...
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Não é doutrina não, é cultura mesmo. Cultura da "pouca farinha, meu pirao primeiro."
Pode ser a sua visão.
Na minha "é pouca farinha, e vai comendo aos poucos porque não vai ver de novo tão cedo..."
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
A princípio o C-212. Mas esta opção não foi para frente como sabemos; ainda que antigo, o projeto demonstra melhores qualidades e capacidade de crescimento, como podemos ver em sua última versão. O Bandeirante é/sempre foi apenas uma adaptação com as limitações impostas pelo projeto.
O Bandeirante foi a base de tudo o que é hoje a EMBRAER, e coube ao GF da o inicio neste processo. Logico que ele precisa de um substituto, mas quem vai banca-lo?
O GF sozinho?
Por mais que o C-212 seja uma boa opção, e eu estou concordando que ele é, QUEM vai fabrica-lo?
E melhor, QUEM vai COMPRA-LO?
Basta convencer o empresario de que existe um mercado real para ele que o projeto vai sair, mas a verdade é que não existe, não que justifique uma linha de montagem.
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
Não desta vez. A diferença aqui, como disse, é que se dependesse somente da cultura Fabiana e governamental, iriamos ter C-130 ad eternum. Mas um fator diferencial nos livrou de continuar roendo o osso: a Embraer. Nossa bisteca ou quem sabe filé mignon.E quem começou tudo foi a iniciativa privada e não o GF/FAB. Estes vieram a reboque e pegaram o bonde andando. Ainda bem.
E você lembra quem foi que criou o bezzero que hoje é nosso filé mingon?
Dizer que o KC-390 nasceu e se criou na mercado civil e a FBA/GF vieram a reboque é uma inverdade, você está alheio aos processos que geraram tal projeto.
Nos moldes do R-99, do A-29 e do proprio Bandeirante; o KC-390 nasceu de uma necessidade da força que JUNTO com a EMBRAER viu uma oportunidade de viabilizar mais uma empreitada.
Ninguem veio a reboque e muito menos pegou o bonde andando, muito pelo contrario.
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
Não falei em relação as aeronaves da embraer, mas dos vetores anteriores que durante sua longa vida no GTE nunca tiveram planejamento para sua modernização ao longo da vida útil. Os VC-99, embora modernos, o serão por quanto tempo? Daqui a 10 anos ainda o serão? A FAB vai esperar eles começarem a apresentar problemas, limitações ou a cair para justificar o investimento na sua modernização ou só uma boa manutenção basta para garantir que os mesmo serão sempre o melhor que o GTE poderá usar?
Você então não tem andado de aviação comercial, porque considerar um VC-99 velho ou ultrapassado acho meio fora da realidade.
Um H-1H eu até entendo, mas um LEGACY?
E sim, como toda a frota da FAB ele sofre atualizações durante as revisões de manutenção com troca de equipamentos e de sistemas, e dentro do que a força considera que seja sua vida util normalmente 15 anos da sua aposentadoria são feitos estudos para a substituição, que vão depender de verba para virarem realidade, por mais que você ache o contrario, que a FAB adore voar velharia.
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
Da década re-trasada, certo. O E-120 e sua tecnologia são da década de 80. E se o passageiro fosse eu, com certeza. Ou por acaso a FAB faz diferença entre os passageiros que leva? EFIS "para quem pode" e reloginhos "para quem não pode"... E eu não digo colocar tudo, mas mantê-los ao menos em paridade tecnologica com os outros vetores da Embraer utilizados pela FAB. Não vejo nada demais nisso. Seriam recursos para a manutenção e melhoria da segurança do vôo. Se empresas particulares fazem isso pensando nos custos, creio que a FAB não seja tão diferente assim.
O projeto é da decada de 70, mas se o modelo que estamos falando foi PRODUZIDO na decada de 90, ou na passada, você considera a data de fabricação?
Não, porque toda a tecnologia embarcada é diferente de seus antecessores, dai as diferenças dentro das familias de aeronaves.
Sobre paridade tecnologica, temos que ter a tecnologia para voar com SEGURANÇA e não com automação ou com telas bonitas. E isso o C-97 faz com folga, mesmo com a tecnologia de 1 geração atrás.
E não, a comercial não coloca EFIS pensando nos custos, ele utiliza aquilo que for mais rentavel.
Varias empresas de pequeno porte utilizam paineis analogicos ou uma mescla (como o C-97) e isso não está ligado a segurança.
Alias, no mercado com mais fiscalização possivel que é a de OFF-SHORE, a grande maioria é tudo analogico.
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
Sapão, sabes melhor que eu, que uma coisa está ligada a outra. E não é gosto por coisa velha, é necessidade mesmo.
Então não entendo, se é necessidade, como é que pode ser uma cultura organizacional?
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
No olhômetro, não me atreveria a comparações, mas tenho certeza que a plataforma do CN-235/295 tem capacidade e recursos de sobra para ampliar as limitações do nosso bandeirulha.
Duas coisas: o CN-235 é BEM diferente do CN-295, não podemos colocar os dois como uma coisa só.
Como disse, se for para comprar o 235 prefiro continuar com o P-95, se for para o 295 prefiro o P-99.
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
Eu também. Mas a própria FAB desdenhou o projeto e preferiu continuar a roer o seu osso, olhando para trás, com uma aeronave de mais de 50 anos, ao invés de olhar para frente mais cinquenta anos com P-190/195.
Muito mais por necessidade do que por vontade, tenha certeza disso.
Qual o armamento está homologado para operar no P-99? E qual no P-190/195?
Ou melhor, quem vai pagar a homologação do armamento nestas aeronaves?
A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
Desconheço essa estória de F-32. O que falei é que nossa cultura de manutenção fez deste projeto uma alternativa para a continuidade da capacidade opacional da força aérea, e que se tivessemos "culhões" no passado, hoje ele talvez estivesse sendo substituido por outro vetor mais moderno, se nacional ou não, é outra coisa, ao invés de ter a sua vida útil prolongada por mais 15/20 anos, quando então já estará mais do que ultrapassado mesmo para nosso TO.
O F-32 vem da visão de que pelo preço de cada A-1 comprariamos 2 F-16 a epoca.
Quanto ao prolongamento da vida operacional dele, você não acho que está ligada nem um pouco ao F-X?
Só como exemplo cito a modernização dos Pantera do EB e os A-4 da MB.
Será que todo mundo que vive com aviação militar gosta mesmo de roer o osso ou existe algo mais nestes casos?
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
A ver no que vai dar. Mas este caminho que foi tomado em relação ao chavante deveria ser, penso eu, uma exceção e não regra, como visto por aí.
Já vimos no que deu e deu certo, acredito que seja uma caminho sem volta.
Como lhe disse, existe sim um planejamento para cada vetor da frota, com estudos de possibilidades e projeções que estão lá no papel, dai a virar realidade vai uma grande diferença, infelizmente.
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
A caça está esperando o file desde 1995.
Claro, vivemos em um país em que filé é coisa para poucos e para quem pode. E quem não pode, obedece... e continua roendo o osso.
Abs
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
Re: C-235 / C-295
O substituto do C-95 poderia ser o Su-80. Ele possui uma rampa de carga traseira, além de ser bem mais moderno que o CASA:sapao escreveu:São categorias de aeronaves diferentes, e mesmo que cumpram uma certa quantidade de missões iguais, existem coisas que o C-95 faz que o C-97 não faz ou tem mais restrições para realizar.henriquejr escreveu:O C-97 (EMB-120) não seria o substituto natural do C-95??? Lembro que alguns anos atrás a FAB começou a comprar os C-97 para substituir os C-95! Porque isso não teve continuidade??
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Re: C-235 / C-295
Não sei... o SU-80 chega a ser maior que o Brasília...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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- Bolovo
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Re: C-235 / C-295
Ele só falou pq é russo, parece que vc não conhece o nosso saudoso Ilya. Pra entender o Bandeco temos que ver o contexto. Foi o primeiro avião da Embraer, então a FAB comprou um monte e usou nos ETA da vida que era importantes para a integração nacional na época e tal. Hoje isso mudou. Diria que dá pra fechar 90% dos ETA e usar apenas alguns Bandecos, que dá pra modernizar, afinal a FORÇA AÉREA Brasileira precisa ter caças de primeira linha e o contrário como é hoje. Avião de transporte, avião de treinamento e etc pode ser tudo porcaria na minha opnião, desde que a força de combate seja de primeira linha.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: C-235 / C-295
"Avião de transporte, avião de treinamento e etc pode ser tudo porcaria na minha opnião, desde que a força de combate seja de primeira linha."
Não poderia estar mais errado Bolovo.
A caça é apenas 1 dos ramos, mas apesar do glamour não é nem mais nem menos importante do que qualquer outra aviação.
Só para rebater 2 exemplos que você citou, o caçador vai ser formado em uma aeronave de treinamento; e se esse avião for uma droga provavelmente tambem será a formação do piloto.
Já a de transporte, carinhosamente chamada de "Carroça", e a razão pela qual TODAS as outras aviações voam.
Com aeronaves de transporte ruims, toda a força para.
Pode reparar que as primeiras aeronaves a chegarem nos deslocamentos para as manobras (RED FLAG, SALITRE, CRUZEX) são as de transporte, normalmente distribuindo combustivel as de caça que estão a reboque.
Não poderia estar mais errado Bolovo.
A caça é apenas 1 dos ramos, mas apesar do glamour não é nem mais nem menos importante do que qualquer outra aviação.
Só para rebater 2 exemplos que você citou, o caçador vai ser formado em uma aeronave de treinamento; e se esse avião for uma droga provavelmente tambem será a formação do piloto.
Já a de transporte, carinhosamente chamada de "Carroça", e a razão pela qual TODAS as outras aviações voam.
Com aeronaves de transporte ruims, toda a força para.
Pode reparar que as primeiras aeronaves a chegarem nos deslocamentos para as manobras (RED FLAG, SALITRE, CRUZEX) são as de transporte, normalmente distribuindo combustivel as de caça que estão a reboque.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]