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Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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tflash
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#316 Mensagem por tflash » Seg Fev 28, 2011 9:44 pm

prp escreveu:
LeandroGCard escreveu:Hum, começo a perceber de onde vem certas tradições do Brasil... :lol: .

Leandro G. Card
Filho de peixe, peixinho é.
Cuspido e escarrado. :lol: :lol: :lol: :lol:
Só um aparte. O embaixador não pegou num livro de História nem foi à Wikipédia.

Esse número anormal de chefias deve-se em grande parte à estrutura militar da guerra colonial em que tínhamos quase 200.000 homens em três teatros de operações distintos e uma marinha em três continentes.




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Francoorp
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#317 Mensagem por Francoorp » Ter Mar 01, 2011 2:37 pm

Enlil escreveu:Corte vai atingir indústria bélica

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Roxana Tiron
Bloomberg Businessweek

Nas últimas audiências no Congresso, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, enviou uma mensagem forte à indústria bélica: a era dos orçamentos ultragenerosos do Pentágono está prestes a acabar. A última lembrança da nova austeridade do Pentágono veio o almirante Michael G. Mullen, chefe do Estado-Maior conjunto, que advertiu em 17 de fevereiro que a dívida é a “maior ameaça à nossa segurança nacional”.


E.M.Pinto

Fonte: Valor via NOTIMP

http://planobrasil.com/2011/02/28/corte ... ia-belica/
Pois é e tem essa noticia de ontem que quase ninguém viu, e é realmente impressionante...

OBS: Sugiro aos americanistas de plantão que não leiam estas notas da imprensa vermelha comunista, e acredite na verdade do poder absoluto dos USA predicado nos meios de informação livres e imparciais de Nove York, Londres e Los Angeles!! :mrgreen: :mrgreen:

.........................................................................................


Congresso dos EUA vota resolução temporária para evitar fechamento do Governo

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Washington, 28 fev (EFE).- O Congresso dos Estados Unidos submeterá na terça-feira a votação de uma Resolução de Continuidade que permitirá que o Governo federal continue operando por duas semanas, e evitar assim o temido fechamento da próxima sexta-feira.

No dia 4 de março expira a atual medida provisória de provisão de fundos para o funcionamento dos departamentos federais, por isso que o Governo federal poderia ter que fechar suas portas por falta de fundos.

O último fechamento do Governo ocorreu no mandato de Bill Clinton, durante dois dias em novembro de 1995 e durante outros 21 até janeiro de 1996.

Os republicanos, que são maioria na Câmara de Representantes, remeteram ao Congresso uma proposta de corte de US$ 4 bilhões para que o Governo federal possa seguir funcionando com o nível de despesa atual até o dia 18 de março.

Nessas duas semanas, os dois partidos deveriam alcançar um acordo orçamentário.

"Um fechamento do Governo deteria serviços críticos e necessários nos quais confiam os cidadãos em todo o país, por isso não seria um reflexo do tipo de liderança que os cidadãos esperam de seus representantes no Congresso", explicou o republicano Hal Rogers, presidente do Comitê de Apropriações da Câmara de Representantes.

"Espero que esta resolução seja aprovada rapidamente e que o presidente a ratifique antes que chegue a data limite de 4 de março", acrescentou Rogers em comunicado.

O líder da maioria republicana na Câmara, John Boehner, se mostrou igualmente a favor da aprovação da nova prorrogação.

"Temos uma responsabilidade moral para enfrentar os problemas que temos. Isso significa cortar a despesa e frear o Governo, mas não fechá-lo", disse Boehner em entrevista televisiva na segunda-feira.

Obama apresentou uma proposta para o orçamento de US$ 3,73 trilhões, que incluía um corte no déficit fiscal previsto de US$ 1,64 trilhões, algo que os republicanos criticaram amplamente e se negaram a aprovar.

Por isso, já disseram que não votarão a favor da proposta orçamentária até que se garantam um maior nível de cortes no gasto público, que situaram em torno de US$ 61 bilhões.

Fonte: UOL Economia

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... verno.jhtm




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#318 Mensagem por akivrx78 » Ter Mar 01, 2011 10:36 pm

China e Japão possuem quase 50% da dívida pública dos EUA detida por estrangeiros
01 Março 2011 | 15:07
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
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Cerca de metade da dívida pública está na mão de investidores estrangeiros. A China é, actualmente, o maior credor dos Estados Unidos, detendo 1,17 biliões de dólares da dívida pública norte-americana.
Em segundo lugar surge o Japão, que detém 882,3 mil milhões de dólares em dívida norte-americana, de acordo com os últimos dados divulgados hoje pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos têm, actualmente, uma dívida recorde de 8,96 biliões de dólares e cerca de metade deste montante está nas mãos de investidores estrangeiros.

Ou seja, só a China e o Japão detém, em conjunto, 2,051 biliões de dólares de dívida norte-americano, valor que representa quase 50% da dívida pública dos EUA detida por estrangeiros.

Estes países "vão continuar a comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O euro tem enfrentado problemas e eles precisam de comprar activos em dólares", sublinha um analista da CIBC World Markets Japan, citado pela Bloomberg.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=471005




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#319 Mensagem por alcmartin » Sáb Mar 12, 2011 7:04 pm

Parece bem Vietnã...o speech de um veterano do Iraque que está bombando no youtube:





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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#320 Mensagem por tenso » Dom Mar 13, 2011 12:57 am

Achei este vídeo nos relacionados, também com a mesma perspectiva





kurgan
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#321 Mensagem por kurgan » Qua Abr 13, 2011 8:07 pm

13/04/2011 - 20h04
Pentágono alerta contra grandes cortes no orçamento de defesa

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos teriam de abandonar algumas missões militares e reduzir seu contingente caso o presidente Barack Obama leve adiante suas propostas de cortes no orçamento de defesa do país, disse o Pentágono nesta quarta-feira.

Obama anunciou uma meta de economizar 400 bilhões de dólares em gastos com segurança até 2023, como parte de um objetivo mais amplo de reduzir o déficit orçamentário dos EUA em 4 trilhões de dólares.

O secretário de Defesa Robert Gates, remanescente do governo do republicano George W. Bush, e que deve deixar o cargo neste ano, já fez no passado repetidos alertas contra um excessivo corte nos gastos militares.

Minutos após Obama anunciar seu plano de austeridade, o Pentágono reiterou essas preocupações, embora Gates tenha dado seu aval ao compromisso de Obama de realizar uma minuciosa revisão antes de promover qualquer corte.

Obama prometeu que a redução de seu orçamento não irá comprometer a segurança nacional.

O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, disse que Gates "deixou claro que novos cortes significativos na Defesa não podem ser realizados sem reduzir a estrutura da força e a capacidade militar".

O Pentágono disse que só na terça-feira Gates foi informado sobre a decisão de Obama a respeito dos cortes no orçamento. Segundo Morrell, o assunto não deve afetar os prazos para que Gates deixe o cargo.

O Pentágono disse que irá realizar uma ampla revisão das suas missões, capacidades e do "papel da América no mundo", identificando alternativas para que Obama leve em conta.

"O secretário acredita que esse processo deve ser sobre o gerenciamento dos riscos associados às futuras ameaças e aos desafios à segurança nacional, e sobre identificar missões que o país está disposto a fazer os militares abrirem mão," disse Morrell.


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... efesa.jhtm




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Sterrius
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#322 Mensagem por Sterrius » Qua Abr 13, 2011 10:52 pm

Os militares ainda nao entenderam que eles nao tem mais condições de manter a mesma capacidade militar.

Quem tudo quer tudo perde.




kurgan
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#323 Mensagem por kurgan » Sáb Abr 23, 2011 7:41 pm

23/04/2011 - 19h17
EUA pagam o preço do declínio de seu poder

Por Chrystia Freeland

NOVA YORK (Reuters) - Política econômica deixou de ser apenas uma preocupação interna. Isso é o que devemos concluir depois da instabilidade do mercado essa semana, incluindo a mudança da Standard & Poor em relação aos EUA, que deu com uma perspectiva negativa devido à elevada divida pública, e a reunião do FMI e do Banco Mundial.

Isso é um fato comum para os países menores. As nações emergentes há muito tempo já entenderam que julgamentos realizados em Wall Street ou na sede do FMI em Washington muitas vezes têm mais poder para moldar a sua política econômica do que as propostas dos seus próprios ministros de finanças e diretores do banco central. Mais recentemente, países fiscalmente mais fracos como Grécia, Irlanda e Portugal aprenderam essa lição, também.

Agora, quando o poder relativo dos EUA na economia global está caindo, essa é uma realidade com a qual os norte-americanos têm que aprender a conviver. Esse é um dos recados importantes que a decisão da S&P do começo dessa semana mandou, ao colocar os EUA sob uma perspectiva negativa. Isso é basicamente um aviso que a agência de classificação não tem mais a certeza que os EUA vão manter a sua classificação

"AAA".

Há uma série de razões para que o alerta do S&P seja encarado com cautela. Primeiro porque as agências de classificação não acertaram seus prognósticos no período que antecedeu a crise financeira e, certamente, não merecem status de oráculo hoje em dia, se é que alguma vez mereceram.

Por outro lado, o alerta da S&P não foi uma novidade. Com um déficit orçamentário de 10 por cento no ano passado, e com a dívida interna de 91,6 por cento do PIB, era óbvio há algum tempo que as finanças públicas dos EUA estavam um caos. Não precisava ser um gênio para concluir isso. A divida e o déficit se tornaram uma questão importante. Vide o crescimento do movimento Tea Party --um movimento social e político conservador de ultradireita--, que tem dominado os debates políticos em Washington nos últimos seis meses.

Mas há uma boa razão para que a perspectiva negativa da S&P tenha atraído tantas manchetes. Ela foi um lembrete de que a política econômica dos EUA não se prendia apenas aos debates em Washington ou a o que acontece nas convenções partidárias de Iowa. A política econômica dos EUA precisa se reunir com os mercados globais e com os credores estrangeiros também.

Isso é uma velha história para todos os outros países do mundo. Mas os EUA estavam acostumados a ser a economia dominante no mundo e a ser o dono da máquina de impressão das suas reservas. As duas coisas ainda são verdadeiras, mas menos do que antes. Além disso, pelo seu tamanho, a dívida colossal dos EUA significa que eles já estão dependendo da confiança dos compradores estrangeiros dos títulos do Tesouro Americano, incluindo governos que administram gigantescos superávits, como a China.

Isso quer dizer que as decisões econômicas nacionais, como gastos do governo ou a taxa de tributação, não são mais exclusivamente questões nacionais. Nos orgulhosos dias do chamado Consenso de Washington, após o colapso do muro de Berlim e do triunfo do capitalismo ocidental, experts americanos e legisladores se acostumaram a emitir decretos de Washington sobre como os mercados emergentes deviam administrar suas economias. O inverso ainda não é verdade, mas a ação da S&P é um sinal de que os EUA precisam começar a pensar sobre como sua política econômica vai refletir em Pequim e Dubai, assim como em Washington e New Hampshire.

Não é apenas a divida e o déficit que estão fazendo com que a política econômica seja econômica seja uma preocupação internacional. Como as reuniões do FMI e do Banco Mundial revelaram, uma das consequências da globalização foi de dar mais força internacional às decisões econômicas internas.

Essa não é uma noção completamente nova para os EUA. As queixas dos EUA sobre a política cambial da China e sua estratégia de crescimento devido às exportações, são um claro exemplo da convicção pública que a estratégia econômica interna de um país, é uma questão importante e legítima para debates internacionais.

Agora o resto do mundo está começando a tomar a mesma posição que os EUA. Na semana passada, em Washignton, o ministro de finanças do Brasil, Guido Mantega, reclamou que a política do Federal Reserve projetada para ajudar os EUA a se recuperar da sua pior crise financeira desde a Grande Depressão começou a ter consequências inesperadas e malignas em outras partes do mundo.

Baixas taxas de juros em países como os EUA, alertou Guido Mantega, "foram o gatilho primário de muitos dos problemas econômicos atuais."

"Coações políticas internas tem sido muito facilmente aplicadas por países emissores de reservas monetárias, como um motivo para adotar medidas monetárias ultra expansivas," ele disse numa declaração ao comitê de políticas do FMI. "Mas isso não muda o fato de que essas políticas geram excedentes que dificultaram a vida de outros países."

Mantega não é o único a se preocupar. Durante uma mesa redonda em Bretton Woods, na qual foi o moderador há algumas semanas, Andrés Velasco, ex-ministro das finanças do Chile alertou: "Então, se você é o Brasil hoje ou se é um dos muitos países do resto do mundo, você olha pela janela e vê um tremendo tsunami de riqueza vindo na sua direção. E isso, que poderia ter sido bem vindo em outros tempos, eu e muitos habitantes desses países vemos como uma visão realmente aterradora. Por quê? Porque esse tsunami dificultará a sua política, a sua vida, caso você seja ministro, muito desagradável e os seus macro vantagens e desvantagens realmente muito afiados".

Quando pensamos sobre as questões espinhosas da política externa, pensamos primeiro sobre a tumultuada intervenção na Líbia ou na guerra agonizante no Afeganistão. Mas o verdadeiro desafio de administrar as relações entre os países é o problema apontado por Velasco, Mantega e a S&P: administrar o mundo em que a minha política econômica doméstica é o seu tsunami econômico internacional.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... poder.jhtm




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Penguin
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#324 Mensagem por Penguin » Sáb Abr 23, 2011 10:30 pm

Los robots toman el control
La ingeniería japonesa sufre un revés al delegar en máquinas de EE UU la inspección de la central de Fukushima
RAFAEL MÉNDEZ | Tokio (ENVIADO ESPECIAL) 22/04/2011

Fukushima ha sacudido la autoestima de la ingeniería de Japón. El país no solo ha admitido que va a tardar casi un año en controlar la nuclear -en el mejor de los casos-, sino que ha pedido ayuda al exterior. Primero solicitó a la francesa Areva expertos para tratar el agua radiactiva que se escapa de la central, y ahora ha visto cómo han sido robots de EE UU los primeros en entrar en los edificios de los reactores para medir la radiactividad. Un duro golpe para el país que se consideraba el padre de la robótica.

La empresa que se apunta la medalla de Fukushima es iRobot, fundada hace 21 años por ingenieros del Instituto de Tecnología de Massachusetts, el prestigioso MIT. La firma fabrica robots militares para las tropas de EE UU en Afganistán e Irak, y sus máquinas inspeccionaron en el lecho marino el vertido de BP en el golfo de México y trabajaron en las Torres Gemelas tras el 11-S.

Que sea tecnología de EE UU la elegida demuestra los diferentes enfoques que da cada país a los robots. Japón es líder mundial en el sector, pero buena parte del desarrollo lo ha dedicado a robots humanoides, destinados al ocio. En EE UU las empresas siguen las directrices del Departamento de Defensa, que exige robots útiles, sin fuegos artificiales.

El consejero delegado de iRobot, Colin Angle, dejó patente la diferencia en una entrevista en 2010 en la revista especializada Pocket-lint: "Los robots no deberían tener piernas. Los brazos tienen sentido y la cabeza también. Nosotros no tenemos ruedas, pero los robots pueden. (...) En Japón los robots se usan como símbolo de estatus y como herramientas de marketing. Sus empresas no crean beneficios, sino sueños".

La prueba de que busca la utilidad es el producto estrella de iRobot, el aspirador Roomba, que "limpia todo tipo de suelos, las esquinas y los rodapiés y debajo de los muebles". Es un sencillo disco que gira sin cables por el suelo aspirando el polvo. Solo en España el año pasado se vendieron más de 80.000 unidades (entre 349 y 599 euros, depende del modelo) y en el mundo hay más de cinco millones de aparatos, según el distribuidor, Ges Solutions.

Un portavoz de iRobot explica en un correo electrónico que la empresa obtuvo el año pasado 400 millones de dólares en ingresos y emplea a 600 personas. Gracias al aspirador, el 66% de los ingresos procedió del sector doméstico, que ha superado al militar.

El 18 de marzo, solo una semana después del terremoto, la empresa envió cuatro robots a Japón: dos Packbot 510 (para explorar el terreno) y dos del modelo Warrior 710 (capaces de levantar carga pesada). Iban equipados con sistemas para medir la radiación. Seis empleados de iRobot viajaron a Japón para instruir a los operarios de la eléctrica Tepco. Francia y Alemania, entre otros, habían ofrecido sus propios robots, algunos especialmente diseñados para entrar incluso a los reactores nucleares, donde la radiación es tan alta que daña los equipos electrónicos.

Los robots que han entrado a Fukushima son los PackBot, los mismos que el Ejército de EE UU envió a Afganistán en 2002 para inspeccionar cuevas y búnkeres en busca de bombas. Entraron primero en los edificios de los reactores 1 y 3, donde nadie ha pisado desde el terremoto-tsunami del 11 de marzo. No enviaron buenas noticias: la radiactividad en el reactor 1 osciló entre los 10 y los 49 milisievert a la hora; en el 3, entre 28 y 57. En el reactor 2 no pudieron ver nada porque la humedad, de más del 90%, empañó la cámara. La radiación medida ahí era menor, 4,1 milisievert a la hora.

Como la dosis máxima para un trabajador en Fukushima es de 250 milisievert en un año (nivel dos veces y media el de situaciones normales), cada operario no podría estar más de cinco horas en el edificio. De los aproximadamente 300 empleados que están en la planta, 28 no podrían estar ni ese tiempo, porque ya han pasado el límite de 100 milisievert. Además, hay subcontratas que rechazan las ofertas de Tepco para trabajar en Fukushima a pesar de los elevados salarios. Los robots no rechazan la tarea.

© EDICIONES EL PAÍS S.L. - Miguel Yuste 40 - 28037 Madrid [España] - Tel. 91 337 8200




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#325 Mensagem por Junker » Seg Mai 02, 2011 4:24 pm

The Passing of a Generation
4/30/11 A Perspective on the Evolving Global Marketplace by Ed Timperlake and Robbin Laird

American Labor Unions are in a self inflicted “Hurt Locker.” (http://www.imdb.com/title/tt0887912/).With the actuarial tables taking the sad but inevitable final toll on the men and women identified as “The Greatest Generation,” (http://en.wikipedia.org/wiki/Greatest_Generation) a significant demographic shift has occurred.

With the decline of the American industrial base and the rise of public sector unions a significant force in American politics has shifted focus. There was an old saying that with their solid pro-military conservative principles union members would vote their “American Legion Card over their Union Card.” The demographics were simple approximately 16 Million Americans served in uniform during WW II and returned to build America into a truly amazing industrial colossus. Clint Eastwood understood this perfectly in his brilliant movie “Gran Torino. (http://www.imdb.com/title/tt1205489/).

In the nineteen nineties the late Chairman Gerald Solomon of House Rules Committee tried to stand up against the PRC unlawful rise to power and influence in America. Huge money to think tanks and lobbyist were aligned against him. To compound the problem, bribes, graft, sweetheart deals, and favorable export policies tilting to China were aided and abetted by a squishy middle. There was and still is a “trade uber allis” group of Republicans and Democrats. But, this huge force had a counter balancing power— American Industrial Unions. What was not much commented on in those days was Chairman Solomon was a strong friend of organized labor.

His mature balance of both protecting American National Security and the America worker was extremely skillful. His legislative prowess as the Chairman of the most powerful Committee in the House was legendary. He set up both “The Cox Committee” on uncovering Chinese Espionage (http://www.sldinfo.com/?p=17754) and ran the impeachment inquiry. The fact impeachment issues went off on a “Monigate” tangent was not his fault. The Chairman only wanted to only focus on illegal money transactions but was overruled by the Speaker. In those days when China tried to buy their way into the American political process one of Chairman Solomon’s strongest allies against such activities was the AFL/CIO.

Now everything is rapidly changing because the Union movement is myopic and their membership base is much more domestically focused in protecting public sector employees. There are several huge examples of this stumbling and bumbling with huge miscalculations.

America still dominates the cutting edge fighter world — the F-22 and F-35 prove that point. Imitation is the sincerest form of flattery the Russian TF-50 (think F-22ski) and the PLAAF J-20 “Annihilator” (think target) were rolled out to the surprise of Secretary Gates and President Obama, who actually called the F-22 outdated. With the F-22 line prematurely ended at 187 and thus no hope for an export version, the spiking of the F-22 will mean the significant loss of jobs.

Concurrently, there has been little active support of the F-35 as “coast weenies” drive that debate. In fact, there has been active opposition as some try to cling to an aircraft (the F/A-18) that had had its’ outstanding day in the sun. But this mindset is showing Unions are now leveraging the past not the future.

What has not been strongly recognized is that the 5th Generation F-35 has huge untapped and unrecognized combat performance capabilities that will dominate the global TacAir market for decades. This will be re-enforced as the F-35 networks with Unmanned Aerial Systems, Robots and Navy fleet radar and missiles AND allies.

Instead to use the DOD phrase “leaning forward,” the Union movement is leaning backward to focus on aging 4th Generation legacy aircraft, F-16, F-15 and especially F-18. And they are doing that badly. This is understandable but extremely short sighted and eventually a huge disaster waiting to happen.

The beginning of America losing market share in world wide tactical aviation has been recently seen by India throwing out any consideration of American 4th Gen aircraft in favor of newer European models.

This is the loss of billions. Another huge buy of F/A-18s is in play in Brazil while senior Union leadership is going out of their way to trash a Brazilian Combat proven aircraft the Super Tucano because it might conflict with a non-combat certified derivative of the T-6 trainer. (http://thehill.com/blogs/congress-blog/ ... -to-brazil).

Myopia from some Union leaders is personified by those who fail to grasp the potential of losing billions in a Brazil F/A-18 deal in order to spike a 20 plane light attack American purchase. Apparently, they do not understand the Super Tucano will be configured in America (Florida) by American workers.

So as teacher unions capture the headlines and service workers drive the debate, American industrial union leadership need to realize they must fight inside their Union halls and meetings to keep an intelligent, balanced and visionary focus on National Security. It is good for America and will be good for them.

The easiest way to do that is to embrace and fight for 5th Gen American revolutionary technology, the F-22 (tragically that battle is almost flat lined) and F-35 and then there then will be a resurgence of industrial America for decades to come.

The choice is to support the equities and interests of the American worker and national security capabilities or myopic protection of vested interests and see the U.S.’s ability to influence global events shrink.
http://www.sldinfo.com/?p=18028




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#326 Mensagem por Túlio » Seg Mai 02, 2011 4:41 pm

alcmartin escreveu:Parece bem Vietnã...o speech de um veterano do Iraque que está bombando no youtube:



Era o que estava faltando: um Guevara ianque... :roll: :roll: :roll: :roll:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#327 Mensagem por Quiron » Qui Mai 19, 2011 9:50 am

Para reduzir o déficit: as opções vão do drástico ao draconiano

O governo dos EUA gasta mais do que arrecada, uma prática que é ilegal na maior parte dos estados e que é duramente criticada quando levada a cabo por famílias e empresas. Durante boa parte do século passado, porém, foi essa a regra, então por que só agora a questão do déficit de custos e despesas do governo parece ter se tornado tão importante? Estariam os EUA à beira do colapso? Será que vão funcionar os planos de redução do déficit em discussão pelo governo americano? O remédio será amargo demais?

Em resposta a um pedido para que avaliasse de zero a dez a importância do assunto, Franklin Allen, professor de finanças da Wharton, disse que, sem dúvida, "o assunto merece um dez na escala de importância. Em última análise, se não nos livrarmos do déficit, teremos mais adiante uma crise econômica das grandes por causa da dívida [...] Não podemos nos dar ao luxo de assistir à interrupção das funções básicas do governo".

Para a maior parte dos especialistas, os EUA não estão à beira de uma catástrofe, já que podem empurrar a presente situação durante anos. Contudo, acrescentam, se o governo não lidar com o problema em algum momento, ele poderá arruinar os investimentos e o crescimento econômico ampliando o desemprego, debilitando a competitividade do país e corroendo também a qualidade de vida dos americanos.

Controlar o déficit "é de importância vital para a saúde econômica dos EUA a longo prazo", diz Mark Zandi, economista-chefe e um dos fundadores do atual Moody's Economy.com. Caso contrário, diz ele, haverá futuramente um aumento preocupante das taxas de juros sufocando o crescimento econômico e obrigando o governo a destinar um volume cada vez maior do imposto arrecadado para pagamento de dívidas passadas, reduzindo dessa maneira a quantia destinada ao financiamento de serviços e de outras funções do governo condenando a economia a um "encolhimento". As opções, acrescenta Allen, são drásticas: "Se as pessoas quiserem continuar a desfrutar dos programas de que hoje dispõem, terão de pagar mais impostos. Se não quiserem pagar, haverá cortes de benefícios."

O déficit é a lacuna anual que se forma entre despesas e receitas, e a dívida total é o resultado dos déficits anuais acumulados ao longo de décadas. No ano fiscal corrente, o déficit projetado deverá exceder US$ 1,5 trilhão, ante US$ 459 bilhões em 2008 e de um superávit de cerca de US$ 128 bilhões em 2001. A dívida hoje é de quase US$ 14,3 trilhões — que é o limite atual fixado pelo Congresso — em comparação com menos de US$ 8 trilhões dez anos atrás. Uma das questões mais urgentes consiste em saber se o Congresso deveria elevar o limite da dívida, de modo que o governo possa continuar a tomar emprestado depois de atingir o teto atual dentro de alguns meses.

Uma análise mais detalhada

Tanto o déficit quanto a dívida cresceram de maneira espetacular nos últimos anos, em grande parte como consequência das guerras do Iraque e do Afeganistão, do estímulo ao gasto promovido pelo governo durante a Grande Recessão, baixas receitas fiscais devido à fragilidade da economia e ao gasto crescente com a concessão de direitos através do Medicare, da Seguridade Social e do programa de auxílio-medicamento em vigor desde 2003.

O déficit e a dívida foram temas de importância fundamental para o movimento do Tea Party que ajudou os republicanos a tomar o controle da Câmara dos Deputados no outono passado, obrigando os republicanos e, portanto, também os democratas, a tratar novamente do assunto.

A crise atual que enfrentam atualmente diversos países europeus deu muita visibilidade à questão do déficit alcançando, inclusive, o público leigo. Em meados de abril, a Standard & Poor's, conhecida agência de risco, revisou sua perspectiva da dívida do governo americano de "estável" para "negativa", porque os EUA não apresentaram ainda um plano de redução do déficit de longo prazo. Por volta da mesma época, Bill Gross, gerente da Pimco Total Return Fund, o maior do mundo do mundo avaliado em US$ 237 bilhões, disse que havia retirado os títulos da dívida do Tesouro americano de sua carteira em razão dos parcos retornos proporcionados por eles. A China, o maior credor dos EUA, informou que deverá diversificar sua dívida para reduzir riscos.

O governo financia o déficit através de empréstimos, que são contratados por meio da venda de títulos do governo — títulos do Tesouro, por exemplo — que, em seguida, vende novos títulos para pagar os antigos, tal como o consumidor que transfere sua dívida de um cartão de crédito para o outro. "Acontece que a taxa de juros devida começa a aumentar, porque os credores temem que o tomador talvez não consiga pagar o dinheiro que tomou emprestado, por isso exigem juros mais altos", diz Allen. Em vista da experiência recente de alguns países europeus, o perigo parece se tornar mais evidente quando os títulos do governo começam a render 6% ou 7%. O titulo de dez anos do Tesouro americano, de enorme importância, rende atualmente 3,35%.

Lidar com a dívida requer que se discuta que elementos devem ser incluídos nessa polêmica, acrescenta Allen. O limite atual da dívida de US$ 14,3 trilhões corresponde praticamente a 100% do PIB dos EUA, sendo que as projeções para o nível crítico geralmente se situam entre 120% e 150%. Contudo, o teto atual não leva em conta passivos futuros referentes a despesas inevitáveis como é o caso da Seguridade Social, do Medicare e Medicaid. Se forem incluídos, a dívida talvez chegue a US$ 75 trilhões, ou cinco vezes o PIB, diz Allen. "Trata-se de um nível de comprometimento que, creio eu, não podemos sustentar sem elevar os impostos."

Apesar de tantas preocupações, o céu ainda não desabou. As taxas de juros continuam visivelmente altas — no passado, os títulos de dez anos do Tesouro sempre rendiam acima de 5%. Fatores diversos sustentam a demanda por títulos do Tesouro, ajudando a manter as taxas baixas. A China, por exemplo, não pode simplesmente reduzir seu portfólio, uma vez que a avalanche de títulos em oferta derrubaria os preços reduzindo o valor das reservas em seu poder. Seria difícil para a China encontrar um volume suficiente de outros investimentos que substituíssem a vasta oferta de títulos americanos.

Kent Smetters, professor de seguros e de gestão de risco da Wharton e um dos autores de um estudo sobre o assunto escrito há vários anos, diz que os investidores aparentemente acreditam que Washington dará um jeito na crise, uma vez que as consequências da inação seriam terríveis. Os títulos do Tesouro ainda parecem seguros se comparados a alternativas como ações, títulos corporativos ou títulos do governo de outros países, acrescenta. "Muita gente dirá: 'Muito bem, o que você está dizendo sobre a dívida americana é terrível, mas onde mais posso aplicar meu dinheiro?'"

Em outros países, os governos que têm problemas de dívida sempre adotam políticas que incentivem a inflação, o que lhes permite pagar dívidas antigas com dinheiro mais barato. Trata-se de uma estratégia muito dura para quem investe em títulos, porque a inflação reduz o valor dos ganhos fixos. O rendimento dos títulos tende a aumentar quando o investidor se preocupa com o aumento da inflação. Portanto, os parcos rendimentos atuais significam que os investidores não estão muito preocupados com a possibilidade de que o governo opte pela inflação , diz Smetters. Desse modo, os mercados financeiros acreditam que o governo recorrerá a alguma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, ambos mais fáceis de assimilar pelo investidor do que a inflação. Ele acrescenta, porém, que no passado muitos governos recorreram de fato à inflação para atenuar os problemas com a dívida; por conseguinte, os mercados financeiros estão se deixando iludir por algum tipo de autoengano.

As chances de um calote

Os governos não podem simplesmente declarar falência para se livrar de suas dívidas, como fazem as pessoas e as empresas, observa Itay Goldstein, professor de finanças da Wharton. Mas os governos têm a seu dispor algumas opções de gestão da dívida além de cortar gastos, aumentar impostos e estimular a inflação, diz Goldstein. O governo poderia, por exemplo, mudar a regulação, de modo que os fundos de pensão fossem obrigados a ter um volume maior de investimentos de risco, o que os forçaria a emprestar ao governo por meio da aquisição de títulos do Tesouro. Inflar artificialmente a demanda dessa forma ajudaria a manter um teto sobre as taxas de juros, embora possa desestimular os retornos dos fundos de pensão. Além do crescimento econômico, que estimula a receita fiscal, "todas as demais opções têm consequências indesejáveis", diz Goldstein.

No caso mais extremo, o governo se declara inadimplente, ou simplesmente para de pagar aos investidores em títulos o que lhes deve. Com isso, porém, torna-se impossível tomar empréstimos, que é um procedimento essencial para a continuidade das operações. As taxas de juros de todo tipo de empréstimo bateriam nas nuvens, dificultando a aquisição de carros e casas pela população e a expansão dos negócios.

De acordo com Zandi, as chances de o governo dar o calote são "nulas [...] Acho que as implicações de um calote são tão sérias que os gestores de políticas não devem sequer considerar essa possibilidade".

Como o governo sempre gasta mais do que arrecada, ele se vê obrigado a aumentar rotineiramente o limite da dívida, o que requer a aprovação do Congresso. Em algum momento nos próximos meses, o limite terá ser ampliado para que se possam contratar mais empréstimos. O governo Obama quer elevar o teto, mas os republicanos resistem. "Há uma pequena possibilidade de que ele não consiga fazê-lo em tempo hábil", diz Zandi. "Mesmo assim, não creio que o Tesouro deixe de pagar a dívida." Em vez de recorrer ao calote, o governo provavelmente adiará o pagamento de outras dívidas como, por exemplo, a dívida com o funcionalismo e com fornecedores. Poderia até, numa situação extrema, segurar os pagamentos da previdência e do Medicare.

Na prática, diz Zandi, Washington tem muito tempo para tratar do problema do déficit e da dívida. "Acho que o governo acabará encontrando uma saída. Não creio que o faça antes da próxima eleição, em 2012. Eu diria que as chances são de uma em seis, ou sete, de que o governo faça algo antes da próxima eleição. Acho que as chances de que se faça algo depois das eleições são bem maiores, talvez entre 65% e 75%."

Atualmente, Washington tem duas propostas importantes, sendo que cada uma delas pretende reduzir os gastos em excesso do governo na casa dos US$ 4 trilhões no decorrer dos próximos dez a 12 anos. A Câmara, controlada pelos republicanos, aprovou uma proposta do deputado Paul Ryan, de Wisconsin, enquanto os democratas, de modo geral, apóiam a proposta do presidente Obama divulgada em meados de abril. Embora ambos os planos deixem de lado numerosas questões, o plano de Ryan propõe o corte nas alíquotas do imposto de renda na expectativa de que isso estimule o crescimento econômico resultando em um volume maior de receita fiscal, derrubando a alíquota individual mais alta de 35% para 25%. Obama aumentaria a receita fiscal permitindo que os cortes de impostos concedidos aos ricos na era Bush expirassem e elevando a alíquota individual para 39,6%. Nenhum plano prevê cortes drásticos nos gastos com a defesa.

Principais fatores: Medicare e Medicaid

A maior diferença diz respeito à gestão do Medicare, o programa de saúde para pessoas com 65 anos ou mais de idade; e o Medicaid, o plano de saúde para os pobres. O Comitê por um Orçamento Federal Responsável, um grupo apartidário, analisou os planos sob um mesmo prisma e chegou à conclusão que a proposta do presidente cortaria os gastos em US$ 2,28 trilhões no decorrer de dez anos, ao passo que o Plano Ryan cortaria os gastos em cerca de US$ 4,02 trilhões nesse mesmo período.

O comitê diz que pelo plano de Obama, o Medicare e o Medicaid continuariam a arcar com a maior parte das despesas dos beneficiários, buscando ao mesmo tempo poupar cerca de US$ 340 bilhões em dez anos através de uma série de medidas como a padronização de algumas taxas de pagamento, reforma do programa de auxílio-medicamento e atacando as fraudes. O objetivo seria limitar a expansão do Medicare situando-o numa taxa igual ao crescimento do PIB mais 0,5%, isso por meio da concessão de amplos poderes ao Conselho de Assessoria de Pagamento Independente criado pela lei da saúde de 2010. A partir de 2015, esse conselho terá poderes para fixar o reembolso do Medicare aos provedores sem a aprovação do Congresso há tempos solicitada.

O plano de Ryan repele a lei de reforma da saúde de 2010 e altera drasticamente o Medicaid e o Medicare. O comitê diz que tentaria economizar US$ 800 bilhões ao longo de dez anos convertendo o Medicaid num sistema de concessões em bloco aos estados e que tentaria economizar US$ 600 bilhões repelindo as provisões de impostos e a cobertura da lei de reforma da saúde. Tentaria também limitar o crescimento dos gastos com o Medicare de acordo com a taxa de inflação, dando às pessoas um subsídio governamental para ajudá-las a pagar as apólices de seguro-saúde compradas de empresas privadas através de um novo sistema de trocas. Como os custos com saúde tendem a subir a taxas muito mais altas do que a inflação, o plano Ryan transferiria uma fatia cada vez maior dos custos do seguro-saúde do governo para as pessoas, porém Ryan diz que a concorrência entre seguradoras, juntamente com o desejo do beneficiário de minimizar o prêmio, manteriam os custos num patamar baixo.

Qualquer que seja a forma com que o governo ataque o problema do déficit, os beneficiários do Medicare terão de se sujeitar a mudanças significativas, diz Smetters. "O problema com o enfoque atual é que o governo paga quase tudo", diz ele, salientando que tal prática é insustentável.

A essa altura, não há como prever o nível de assistência médica que um sistema privatizado deve proporcionar, ou quantas pessoas poderiam participar do prêmio do seguro, acrescenta Smetters. Possivelmente, elas teriam de escolher entre vários níveis de cobertura, da mesma forma que os motoristas escolhem os níveis de responsabilidade, isto é, se desejam cobertura contra colisão ou quanto pagar em descontos para o seguro do seu carro.

Os planos de Ryan e de Obama partem de pressupostos sobre o crescimento econômico e despesas com saúde que estão abertos ao debate, porém ambas as propostas reconhecem que o Medicare e o Medicaid são os principais fatores dos déficits nas próximas décadas, e que deverão gerar dívidas da ordem de trilhões de dólares. Os dois planos reconhecem implicitamente que não há muito apoio público para o aumento de impostos entre a classe média, embora ambos façam referência a cortes nas deduções do imposto de renda sem entrar, porém, em detalhes.

A reforma do Medicare e do Medicaid seriam essenciais a um plano realista de redução do déficit? Será realmente possível reduzir o déficit sem aumentar impostos? Para evitar quaisquer possíveis aumentos a longo prazo, os benefícios do Medicare, Medicaid e da Seguridade Social teriam de ser reduzidos a ponto de desmantelar as reformas do New Deal de Franklin Delano Roosevelt e da Grande Sociedade de Lyndon B. Johnson, diz Allen. Para ele, Ryan e Obama são ambos otimistas demais em relação às receitas fiscais futuras. Os índices de participação da mão de obra — parte da força de trabalho que está trabalhando de fato ou está em busca de trabalho — estão baixos atualmente por causa da recessão e deverão continuar assim. Allen acrescenta que os valores dos imóveis deverão continuar como estão durante um bom tempo — outro golpe sobre a riqueza da nação que poderá prejudicar a receita fiscal. Por fim, as taxas de juros deverão subir consideravelmente, mesmo que não haja crise da dívida. Isso afetará o crescimento e obrigará o governo a pagar mais juros à medida que vender novos títulos para pagar os antigos, minando os pressupostos dos planos de Ryan e de Obama, diz ele. "Eles estão sendo otimistas demais em relação à perspectiva de longo prazo."

Todo plano de redução de déficit acarreta num processo de longo prazo com alguns poucos benefícios imediatos, ressalta Zandi. "Temos de lidar com o Medicare e o Medicaid", diz ele. "E, mais especificamente, temos de lidar com o crescimento acentuado do custo da saúde. Não creio, porém, que tenhamos de fazê-lo agora [...] se isso representar um problema político muito grande [...] Acho que essa é uma questão que pode ser deixada para daqui a dez anos." E acrescenta: "O plano Ryan é radical demais. Ele propõe uma mudança excessivamente profunda no Medicare de hoje. Seu objetivo, no fim das contas, é privatizá-lo. Já a estratégia de Obama é muito superficial, porque lida com a questão de maneira pontual demais."

Faria mais sentido, diz Zandi, lidar com as dificuldades de financiamento da Seguridade Social. Embora os políticos detestem tratar desse tópico politicamente sensível, Zandi ressalta que, em comparação com a saúde, os problemas da Seguridade Social podem ser tratados com alguns poucos remédios objetivos e bem conhecidos: prorrogação da idade para a aposentadoria, redução dos aumentos dos benefícios baseados no custo de vida, aumento da renda máxima sujeita a impostos na folha de pagamentos e utilização de testes de renda para determinação dos benefícios pagos às pessoas.

Allen argumenta, porém, que não considera cedo demais para tratar dos problemas do Medicare e do Medicaid, uma vez que a demora tornará o remédio ainda mais amargo. "Esse será o problema daqui a dez ou 20 anos", diz ele.

Com relação à possibilidade de se evitar ou não os aumentos de impostos, Zandi diz que a experiência em outros países mostra que eles se saíram melhor tampando os buracos do orçamento com restrições de gastos, e não com grandes aumentos de impostos. "Creio, porém, que precisamos de um volume maior de receita fiscal", diz ele, "em parte porque essa receita, como parte do PIB, ainda é pequena, praticamente próxima de baixas recordes". A melhor maneira de aumentar a receita fiscal, diz Zandi, consiste em reduzir as deduções e os créditos, e não aumentar as alíquotas do imposto. "Acho que foi assim que tamparam a lacuna politicamente."

Apesar da áspera discussão política, Zandi aponta algumas razões para uma atitude de otimismo. Tanto democratas quanto republicanos, por exemplo, enfatizam os cortes de gastos em detrimento do aumento de impostos, e ambos estão de acordo com a necessidade de redução nas deduções de alguns impostos. Ambos concordam que o Medicare e o Medicaid precisam de reforma, e ambos dizem que um plano de redução do déficit deveria ter algum tipo de mecanismo de disparo que entraria em ação caso as metas não sejam atingidas. "Na minha opinião, as duas partes estão mais próximas do que imaginava", observa Zandi.

Allen não tem tanta certeza. Ele diz que, no fim das contas, o americano comum terá de enfrentar uma combinação de aumento de impostos ou cortes de benefícios. "É bom que não haja mais uma idade obrigatória em que o indivíduo tenha de se aposentar", diz ele. "Será preciso trabalhar mais, ou cortar gastos."


Publicado em: 18/05/2011

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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#328 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jun 29, 2011 10:34 pm

Este post é um comentário relativo à discussão que estava sendo levada lá nos navais com relação a um possível conflito entre a Chia e os EUA. Para não desvirtuar mais ainda aquele tópico, transferi o comentaria para este.
soultrain escreveu:
Pepê Rezende escreveu:
Há uma enorme diferença entre China e EUA. A China quer cuidar da sua vida. Os EUA querem se impor diante do mundo. Só no Iraque, houve 1 milhão de mortos devido à ação norte-americana direta e indireta na região. O balanço foi realizado por uma respeitada revista médica britânica, a Lancet. Quanto ao Tibete, nas últimas manifestações os chineses deram prova de um alto controle e transparência. Chegaram a colocar vídeos, obtidos por câmeras de segurança, na rede. Vendo-os, fica claro que foi uma minoria, não havia mais de 2 mil manifestantes em Lhasa, que participou dos protestos. Claro, o governo tibetano no exílio jogou uma série de informações, não confirmadas por imagens, de atos violentos cometidos nas províncias de Sichuan, onde há muitos tibetanos étnicos.

Quanto aos uigur, todos acham natural que os EUA combatam o extremismo islâmico, mas criticam os chineses quando o fazem. Quem afirma que Washington é mais justo, não sabe que graças ao PATRIOT Act, no momento, há 450 desaparecidos no país, sem direito a acesso a advogado, comunicar-se com a família e, com grande probabilidade, submetidos a torturas. Dois pesos, duas medidas. Nem Obama conseguiu mudar essa realidade.

Abraços

Pepê
Em segundo, não há aqui discussões sobre quem é melhor ou maior, a China ou os EUA, quem quer levar a conversa para ai não é sério.

O que aqui se discute é a probabilidade dos EUA ganharem a batalha do Mar da China. Eu acho a probabilidade disso acontecer ínfima, só com uma grande traição do lado Chinês. Se a batalha for na costa Americana contra 20 TF inimigas, também digo que elas vão ao fundo, mesmo se os EUA não tiverem uma só TF.

Pepe, o que os EUA buscam é o que os Chineses também procuram: Riquezas. A diferença é que as FA dos EUA são o braço armado dos negócios Americanos e isso ainda não acontece visivelmente na China.
Existe uma diferença básica entre a forma como a China e os EUA se relacionam com o restante do mundo por conta da forma como suas economias são organizadas. A China se especializou em empresas de transformação, basicamente manufaturas, e desde que as matérias primas estejam disponíveis para manter suas fábricas funcionando pouco importa quem está explorando as fontes, e mesmo os preços cobrados são de importância menor. Por mais caro que a Vale do Rio Doce cobre pelo ferro “em pedra”, o valor dele depois de transformado em brinquedos, eletrodomésticos ou automóveis é tão maior que eles pagam o preço sem se importar muito. O mesmo vale para a energia (petróleo), por isso eles o subsidiam pesadamente. Assim, os países produtores destas commodities podem explorar suas próprias riquezas e vendê-las para a China por um bom preço, e os chineses estão perfeitamente satisfeitos com isso, e fornecem até os financiamentos para que estes países possam ampliar sua oferta de produtos básicos.

Já os EUA estão cada vez mais transferindo suas indústrias para fora, por isso não tem a vantagem de agregar valor às matérias primas que compram e depois revendê-las por preços mais altos, e muito do que compram fora é para consumo interno. Além disso eles (e na verdade as nações ocidentais em geral) se tornaram desenvolvidos em uma época em que os países detentores das fontes das matérias primas não tinham condições de explorar sozinhos suas minas e poços de petróleo por absoluta falta das condições técnicas mínimas, e por isso grandes conglomerados americanos foram formados para explorar petróleo, minérios e outras matérias primas ao redor de todo o mundo. Estas empresas enormes (como a EXXON e outras) precisam ter seu próprio acesso às fontes de matérias primas onde quer que estejam, e não apenas aos minérios ou ao petróleo em si. Por isso a tendência americana é por obter o controle dos territórios dos países detentores de matérias primas, de forma a que SUAS empresas e não as locais possam explorar as fontes. E o mesmo se dá no setor terciário, com os servições de construção de infra-estrutura, energia elétrica, telecomunicações, seguros, etc... , é preciso garantir que as empresas americanas ganhem estes negócios, não basta financiar as locais. Daí a facilidade como eles se dispõem a atacar outros países (sempre os mais fracos, pois o custo da guerra em princípio não pode ser mais alto que o dos recursos a serem explorados), e a necessidade que tem de manter uma capacidade de intervenção a nível global que nenhum outro país se preocupa em possuir.

Mas esta época está chegando ao fim, pois os custos das guerras americanas e da manutenção da sua própria capacidade de intervenção está chegando a patamares tão elevados que não há lucro empresarial que possa bancá-los. Vamos ver como eles vão se virar daqui para a frente.


Leandro G. Card




PRick

Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#329 Mensagem por PRick » Qua Jun 29, 2011 10:56 pm

LeandroGCard escreveu:Este post é um comentário relativo à discussão que estava sendo levada lá nos navais com relação a um possível conflito entre a Chia e os EUA. Para não desvirtuar mais ainda aquele tópico, transferi o comentaria para este.
soultrain escreveu: Em segundo, não há aqui discussões sobre quem é melhor ou maior, a China ou os EUA, quem quer levar a conversa para ai não é sério.

O que aqui se discute é a probabilidade dos EUA ganharem a batalha do Mar da China. Eu acho a probabilidade disso acontecer ínfima, só com uma grande traição do lado Chinês. Se a batalha for na costa Americana contra 20 TF inimigas, também digo que elas vão ao fundo, mesmo se os EUA não tiverem uma só TF.

Pepe, o que os EUA buscam é o que os Chineses também procuram: Riquezas. A diferença é que as FA dos EUA são o braço armado dos negócios Americanos e isso ainda não acontece visivelmente na China.
Existe uma diferença básica entre a forma como a China e os EUA se relacionam com o restante do mundo por conta da forma como suas economias são organizadas. A China se especializou em empresas de transformação, basicamente manufaturas, e desde que as matérias primas estejam disponíveis para manter suas fábricas funcionando pouco importa quem está explorando as fontes, e mesmo os preços cobrados são de importância menor. Por mais caro que a Vale do Rio Doce cobre pelo ferro “em pedra”, o valor dele depois de transformado em brinquedos, eletrodomésticos ou automóveis é tão maior que eles pagam o preço sem se importar muito. O mesmo vale para a energia (petróleo), por isso eles o subsidiam pesadamente. Assim, os países produtores destas commodities podem explorar suas próprias riquezas e vendê-las para a China por um bom preço, e os chineses estão perfeitamente satisfeitos com isso, e fornecem até os financiamentos para que estes países possam ampliar sua oferta de produtos básicos.

Já os EUA estão cada vez mais transferindo suas indústrias para fora, por isso não tem a vantagem de agregar valor às matérias primas que compram e depois revendê-las por preços mais altos, e muito do que compram fora é para consumo interno. Além disso eles (e na verdade as nações ocidentais em geral) se tornaram desenvolvidos em uma época em que os países detentores das fontes das matérias primas não tinham condições de explorar sozinhos suas minas e poços de petróleo por absoluta falta das condições técnicas mínimas, e por isso grandes conglomerados americanos foram formados para explorar petróleo, minérios e outras matérias primas ao redor de todo o mundo. Estas empresas enormes (como a EXXON e outras) precisam ter seu próprio acesso às fontes de matérias primas onde quer que estejam, e não apenas aos minérios ou ao petróleo em si. Por isso a tendência americana é por obter o controle dos territórios dos países detentores de matérias primas, de forma a que SUAS empresas e não as locais possam explorar as fontes. E o mesmo se dá no setor terciário, com os servições de construção de infra-estrutura, energia elétrica, telecomunicações, seguros, etc... , é preciso garantir que as empresas americanas ganhem estes negócios, não basta financiar as locais. Daí a facilidade como eles se dispõem a atacar outros países (sempre os mais fracos, pois o custo da guerra em princípio não pode ser mais alto que o dos recursos a serem explorados), e a necessidade que tem de manter uma capacidade de intervenção a nível global que nenhum outro país se preocupa em possuir.

Mas esta época está chegando ao fim, pois os custos das guerras americanas e da manutenção da sua própria capacidade de intervenção está chegando a patamares tão elevados que não há lucro empresarial que possa bancá-los. Vamos ver como eles vão se virar daqui para a frente.


Leandro G. Card

Esse assunto é muito amplo, mas o que podemos observar é que os EUA está afundando em suas próprias qualidades, quer dizer, os EUA nunca foram um país dependente de comodities, na verdade, dada a natureza do capitalismo dos EUA, sempre foi grande produtor delas, quer em seu próprio território, quer explorando territórios de terceiros.

Essa externalização de lucros, explorando a mão de obra allheia aumentou em muito sua renda nacional, que por sí só, tornou a economia dos EUA menos competitiva, e isso já é fato desde a década de 1960, porém, dado a sua posição de não só como grande produtor industrial e de comodities, mas como detentor da moeda conversível e centro financeiro, a decadência industrial não foi sentida de forma muito intensa pela economia.

Porém, na medida que, surgiram grandes produtores não subordinados a lógica da economia e do imperialismo dos EUA, o castelo de cartas da ciranda financeira, do setor terciário, não pode mais manter o mesmo nível de gastos, da riqueza. A economia dos EUA está viciada num consumismo exarcebado, feito sobre crédito fácil e barato.

Não existe mais como manter o status quo. Serão necessários grandes ajustes, Giovanni Arrighi previu uma perda de pelo menos 20% do PIB relativo até 2050. Um aumento da pobreza e desigualdades sociais.

Vamos ver como os EUA vão lidar com essas novas realidades.

[]´s




kurgan
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#330 Mensagem por kurgan » Qua Jul 13, 2011 11:04 pm

13/07/2011 - 19h48
Calote dos EUA provocaria crise mundial

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um eventual não pagamento da dívida dos Estados Unidos provocaria uma "grande crise", e repercutiria na economia mundial, disse o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Ben Bernanke, nesta quarta-feira.

O assunto tem sido destaque nos últimos dias em meio à antecipação por um acordo entre republicanos e democratas quanto à elevação do teto da dívida pública americana. O limite, de US$ 14,29 trilhões, foi alcançado em maio deste ano. Desde então, o governo não pode mais aumentar seu endividamento.

Se os Estados Unidos não aumentarem o limite máximo de endividamento antes de 2 de agosto, serão obrigados a não honrarem seus compromissos, "levando o sistema financeiro ao caos, afetando muito a economia mundial", declarou Bernanke na Comissão de Finanças da Câmara de Representantes.

O presidente do Fed se referia ao fato de os títulos dos Tesouro americano serem considerados no mundo todo um investimento quase tão seguro quanto o ouro.

Bernanke advertiu que um default do Tesouro americano teria consequências dramáticas para a economia dos EUA e do mundo.

Causaria "problemas enormes", disse: "as taxas de juros começariam a subir" na medida em que os credores questionassem a capacidade do país de pagar as dívidas, o que "enfraqueceria nossa economia e aumentaria ainda mais o déficit".

O Departamento do Tesouro estima que não poderá evitar um default (calote, mesmo que temporário), se o teto legal da dívida pública americana não for elevado até o dia 2 de agosto.

"De um lado é possível que a recente fragilidade da economia se revele mais duradoura que o previsto e reapareçam os riscos de deflação, o que tornaria necessário um apoio adicional de política monetária em favor da economia", declarou Bernanke aos parlamentares.

"De outro, a economia poderia evoluir em um sentido que justificasse uma política monetária menos flexível", acrescentou o presidente do Fed, na apresentação do relatório semestral sobre política monetária do banco à Comissão de Finanças.

"Os dados mais recentes da economia mostram a persistência da fragilidade do mercado de trabalho, mas os fatores que contribuíram para a desaceleração da recuperação no primeiro semestre, principalmente o avanço da inflação, devem ser temporários", disse Bernanke.

Caso um acordo seja atingido, os membros do Comitê de Política Monetária do Fed, FOMC, consideram "que o ritmo da recuperação econômica deva melhorar", permanecendo moderado nos próximos trimestres e que, em consequência, a taxa de desemprego deveria cair apenas gradualmente.

As atas da reunião do FOMC de junho, publicadas na terça-feira, revelaram que o Comitê está dividido entre os que consideram que a conjuntura poderia necessitar de uma ajuda adicional à economia e os que acreditam que o Fed já tem feito muito e deveria começar a recuperar a liquidez que injetou no mercado financeiro.

Vários membros do FOMC já expressaram oposição a uma nova série de recompra de títulos, cuja eficácia questionam. "Os bancos e as empresas americanas estão inundadas de liquidez. Injetar mais não resolverá nossos problemas", declarou um deles, Richard Fisher, nesta quarta-feira.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9432 ... -fed.shtml




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