Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

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Bender

Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#76 Mensagem por Bender » Qua Dez 01, 2010 11:15 am

Túlio escreveu:SE ele fez, Projeto: e se o embaixador ianque apenas SUPÔS isso do desenrolar da conversa e a transcreveu à luz de suas conjeturas? Isso é impossível? Só Brasileiro erra?
Sobre o tumor cerebral do Evil Morales: isso pode explicar MUITA kôza... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Hader escreveu:Vou colocar aqui uma premissa da diplomacia, que deve ajudar os colegas a entender um pouco melhor o jogo: um canal de comunicação livre e franco deve ser mantido com a parte contrária, sob pena de incorrer em graves erros de informação e aumentar exponencialmente as possibilidades de manipulação. O Jobim fazia isso. Nem o Itamaraty, nem ninguém, deve correr solto na raia. O Estadista é um equilibrista que precisa de multiplas vias. Gerenciar as correntes internas e tirar proveito disso é uma das habilidades requeridas de um bom governante.

[]'s

Ambos, perfeitos nas opiniões!!! [009]

SDS.


PS: Sou obrigado a rir,quando vejo que acreditam cegamente no que um embaixador americano excreve em um relato diplomático. Realmente eles tem muita credibilidade junto a opinião pública aqui no Brasil.




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marcelo l.
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#77 Mensagem por marcelo l. » Qua Dez 01, 2010 11:16 am

Bom, já que estamos interpretando na via dupla das informações para utilizar uma expressão feliz do Hader...

- Os americanos não pretendem repassar tecnologia no F-X-2,
- Não querem o subnuc,
- Não acham que o Brasil precisa de uma indústria militar nacional...

Ou seja, o NJ tem muitas razões em algumas afirmações dele, quem dizia que anti-americanismo, agora sabe que é realidade e que ele nem é contra tio sam, só estava informado :roll:





http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/

Telegramas enviados a Washington por Cliford Sobel em 9 de janeiro de 2009, fazem duras críticas ao Plano Nacional de Defesa, anunciado em dezembro de 2008 pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. Na visão do ex-embaixador, não se trata de uma estratégia, mas de “um conjunto de ideias” sobre o papel dos militares no desenvolvimento do País, que não explica como será executado ou de onde virá o dinheiro. “Ainda não está certo quantas das recomendações vão ser implementadas”, descreve.
“Independência”, na visão de Sobel, é uma palavra-chave do Plano Nacional de Defesa. Isso significa que o Brasil quer controlar a produção de armamentos e só deve fazer alianças com países que queiram transferir tecnologia. Mas, no caso da compra dos caças, pelo número relativamente pequeno, ele acha que “não faz sentido economicamente”.

Mangabeira
O então ministro do Planejamento Mangabeira Unger é mencionado algumas vezes porque “dá mais importância à “independência” do que à capabilidade militar ou ao uso eficiente de recursos”. O relato destaca também o interesse do Brasil em controlar tecnologia nos setores espacial, cibernético e nuclear. Mas critica a prioridade à indústria de defesa nacional, vista como “não competitiva”.
‘Elefante branco’

O diplomata considera uma ‘paranoia’ a atividade de organizações na Amazônia e a proteção das reservas petrolíferas. “Não há nenhuma ameaça às reservas de petróleo brasileiras, mas os líderes brasileiros e a mídia têm citado as descobertas de petróleo no mar como razão urgente para melhorar a segurança marítima. Essa preocupação se fundiu à busca de duas décadas do Brasil por desenvolver um submarino nuclear, dando um novo ímpeto à pesquisa sobre um pequeno reator para propulsão naval”. Sobel chama de “elefante branco” o submarino nuclear de construção anunciada em 2008, em parceria com a França.

Lula

Em um dos comentários do telegrama, Sobel escreve que “algumas das propostas do plano têm menos a ver em melhorar a estrutura militar e mais com a integração da Segurança Nacional com o desenvolvimento do País”. “A ênfase em benefícios sociais em detrimento ao profissionalismo no serviço militar coincide com a visão de um presidente e outros líderes cujas carreiras na política começaram durante o regime militar e que agora querem minimizar a capacidade dos militares de se envolverem na área”. O ex-diplomata credita ao “passado socialista” do PT, partido do presidente Lula, tais esforços.




Editado pela última vez por marcelo l. em Qua Dez 01, 2010 11:20 am, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#78 Mensagem por soultrain » Qua Dez 01, 2010 11:19 am

Hader escreveu:Vou colocar aqui uma premissa da diplomacia, que deve ajudar os colegas a entender um pouco melhor o jogo: um canal de comunicação livre e franco deve ser mantido com a parte contrária, sob pena de incorrer em graves erros de informação e aumentar exponencialmente as possibilidades de manipulação. O Jobim fazia isso. Nem o Itamaraty, nem ninguém, deve correr solto na raia. O Estadista é um equilibrista que precisa de multiplas vias. Gerenciar as correntes internas e tirar proveito disso é uma das habilidades requeridas de um bom governante.

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Perfeito, o homem publico não pode ser condenado pelo que diz em privado. O que de imediato parece uma coisa, a longo prazo pode ser outra.

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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#79 Mensagem por FoxTroop » Qua Dez 01, 2010 11:20 am

O que me espanta, tanto em Portugal como no resto do mundo, é a maneira como as coisas graves passam ao lado e as pessoas apenas tomam atenção às laterais e inocuas. Embrulhe-se uma verdade inconveniente em conversa chachada e meia duzia de trivialidades que ninguém repara nela.




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#80 Mensagem por Túlio » Qua Dez 01, 2010 11:21 am

Bender escreveu:Sou obrigado a rir,quando vejo que acreditam cegamente no que um embaixador americano excreve em um relato diplomático. Realmente eles tem muita credibilidade junto a opinião pública aqui no Brasil.
Perfeito! Yankee rulez!!! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#81 Mensagem por Bender » Qua Dez 01, 2010 11:28 am

lelobh escreveu:
Bender escreveu:
Esta ânsia em atingir o ministro Nelson Jobim parece carregar algo mais além do que a simples desavença política,e poderá macular e jogar por terra o projeto FX2 o que atenderia perfeitamente os próprios interesses derrotados norte americanos neste negócio,irônico não?

Mas muito utíl e conveniente.
Que isso amigo, vai defender o cara?
Se o objetivo fosse melar o FX2 vazaria apenas os documentos do Brasil.

Não se esqueça que o Jobim reconhece o encontro (ou encontros, quem sabe)com o embaixador dos EUA, em alguma ocasião... Então meu caro, já que o encontro aconteceu, e a questão é o conteúdo, podemos concluir que, ou Jobim (o que alterou a constituição) mente para nós, ou o embaixador dos EUA mente para Washington... Ficamos com qual hipótese?
Cada um defende o que acredita amigo,essa é a maior qualidade deste espaço. Estranho seria termos um Ministro da Defesa e uma diplomacia que não se encontrasse e falasse com ninguem.

Quem disse que o objetivo é melar o FX? O que coloquei, é como essa pressão sobre o ministro pode afetar o FX,e a qual interesses atende essa pressão na mídia,coisa somente para se pensar.

Eu fico com a hipótese que americanos mentem para todos no mundo,inclusive para nós e para seus chefes. Questão de opinião pessoal,só. Onde estavam as armas de destruição em massa e quimicas do Sadam? PÔ mas estavam no relatório da CIA!.


SDS.




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#82 Mensagem por lobo_guara » Qua Dez 01, 2010 11:37 am

01/12/2010 - 08h35
EUA avaliam que submarino nuclear é 'elefante branco'
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Dois telegramas produzidos pela Embaixada dos EUA em Brasília no início de 2009 fazem duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008.

Em um desses dois despachos aos quais a Folha teve acesso, ambos assinados pelo então embaixador norte-americano no Brasil, Clifford Sobel, há uma contestação sobre como as Forças Armadas brasileiras serão empregadas no futuro, sobretudo na proteção do mar territorial do país por causa da descoberta das reservas de petróleo da camada do pré-sal.

Lula diz que telegramas vazados são 'insignificantes'
Jobim nega ter dito que ministro 'odeia os EUA'
Documentos revelam infiltrações políticas dos EUA em diferentes países
Hugo Chávez está 'louco' e EUA tentaram isolá-lo
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"Não há (...) informação sobre as possíveis ameaças a áreas de reserva de petróleo e a que a Marinha terá de responder contra-atacando, tornando difícil, por exemplo, avaliar a declaração contida na estratégia de que um submarino nuclear será necessário para proteger essas instalações", diz o telegrama, datado de 9 de janeiro de 2009.

A diplomacia norte-americana classifica como "consistente" o objetivo de modernizar o setor militar no Brasil, mas faz então uma ressalva: "Deixando de lado elefantes brancos politicamente populares como o submarino movido a energia nuclear".

O desejo da Marinha de ter um submarino nuclear é citado sete vezes nos dois telegramas da diplomacia dos EUA. Ao final, esse equipamento é jogado numa lista de itens que podem impedir a concretização da Estratégia Nacional de Defesa.

"Há (...) sérias questões sobre o quanto desse plano será realizado, particularmente com outras supostas prioridades estratégicas, incluindo (...) submarinos nucleares e apoio governamental a empresas do setor de defesa que não sejam competitivas, algo que pode provocar o surgimento de buracos negros que vão sugar todos os recursos disponíveis", diz o telegrama, confidencial.

A compra dos submarinos foi fechada em setembro de 2009. São quatro modelos convencionais Scorpène e o desenvolvimento do casco e da integração de um reator brasileiro a uma unidade com propulsão nuclear. O negócio soma 6,5 bilhões de euros (R$ 14,5 bilhões pela cotação de ontem).

Os dois documentos (um total de 12 páginas) a que a Folha teve acesso ontem fazem parte de um grande lote de telegramas dos diplomatas dos EUA que estão sendo vazados desde domingo pela organização não governamental WikiLeaks.

As informações estão surgindo no site da entidade. A Folha.com criou uma seção especial sobre o caso.

Os telegramas lidos pela Folha são dedicados a analisar a Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.

Os textos chamam a atenção para o fato de que o governo "permite 'parceiros estratégicos', mas esses são vistos como os países que aceitam transferir tecnologias que tornarão o Brasil mais independente, não como um colaborador em operações de segurança".

MANGABEIRA

O então embaixador dos EUA escreve em um trecho que "parece que Lula dá atenção" ao que dizia o então ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. Na verdade, a influência dele --hoje fora do governo-- era mais retórica do que prática.

Colaborou IGOR GIELOW de Brasília




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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EDSON
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#83 Mensagem por EDSON » Qua Dez 01, 2010 12:00 pm

01/12/2010 - 11h32
EUA fazem duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa; leia versão em inglês
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DE SÃO PAULO
Dois telegramas produzidos pela Embaixada dos EUA em Brasília no início de 2009 fazem duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008.

EUA veem 'paranoia' em defesa da Amazônia
EUA avaliam que submarino nuclear é 'elefante branco'
Lula diz que telegramas vazados são 'insignificantes'
Jobim nega ter dito que ministro 'odeia os EUA'
Documentos revelam infiltrações políticas dos EUA em diferentes países
Hugo Chávez está 'louco' e EUA tentaram isolá-lo
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Confira a versão orginal dos telegramas, em inglês:

C O N F I D E N T I A L SECTION 01 OF 05 BRASILIA 000034

SIPDIS

DEPARTMENT FOR WHA/BSC AND PM/RSAT

E.O. 12958: DECL: 01/08/2019
TAGS: PREL MARR BR
SUBJECT: BRAZIL,S NEW DEFENSE STRATEGY--STRATEGY FOR DEVELOPMENT

REF: A. 08 SAO PAULO 268 B. 08 BRASILIA 175 BRASILIA 00000034 001.2 OF 005
Classified By: Ambassador Clifford Sobel. Reason: 1.5 (d)

1. (C) SUMMARY AND INTRODUCTION.

On December 18, President Lula signed the National Defense Strategy, concluding a fifteen month drafting exercise. The document was principally drafted by Minister for Strategic Planning Roberto Mangabeira Unger, and it provides a security policy framework that places defense in the context of the government,s broader goal of national development. The strategy is built on the presumption that it is in Brazil,s interest to be "independent," that is able to project its military power as it wishes, able to produce its own military hardware and able to control strategic economic sectors, including space, cybernetics and nuclear power. Much of the document focuses on the future roles and structures for Brazil,s armed forces -- including updating equipment, promoting deployability and enhancing peacekeeping capabilities. It also devotes considerable space to issues such as nuclear energy, reducing imports and national civilian service that are only indirectly related to how Brazil,s armed forces will defend the country, but are crucial when defense is viewed in the context of a vision of a broader strategy for Brazil,s development into a world power. By linking reform of the security sector with the government,s broader development vision, the strategy places the military, for the first time since the end of military rule in 1985, into a prominent place on the national agenda and strengthens its case for increased resources. Comments on the strategy,s provisions for the Brazilian military will be reported septel. END SUMMARY AND INTRODUCTION.

2. (SBU) On September 7 (Brazilian Independence Day) 2007, President Lula tasked Minister for Strategic Planning Roberto Mangabeira Unger to produce a National Defense Strategy paper within one year. Although Unger announced he had completed work on September 7, 2008, the new strategy was not signed by President Lula and published until December 18, reportedly because of concerns from the armed services that their inputs were not incorporated. The resulting document clearly includes many service priorities, especially in the area of equipment modernization, but the main focus of the document is less to outline future roles and structures for the military than to provide a context for the role of the defense sector in the Brazilian state. The Defense Strategy is available online via the MOD website: www.defesa.gov.br/eventos temporarios/2008 /estrategia defesa nacional.pdf in Portuguese. An English version will be transmitted to Washington agencies when available.

3. (C) The Defense Strategy as approved by the government and signed by the President reflects the government,s overall priority: Brazil,s "development" into a modern world power and sets conditions for the Defense sector,s role in this development. In creating this strategy for the defense sector to contribute to development, Unger goes beyond a normal plan for restructuring the security sector to meet anticipated challenges and cites two other "axes" for work: strengthening defense industry and maintaining required military service in the context of a national service obligation. In the three main areas of the strategy (military reform, defense industry and national service), the document underlines the importance of acquiring control of the latest technology and of enhancing the role of the central government.

INDEPENDENCE

4. (C) The strategy for defense and development is built around the concept of "independence." In the government,s vision, Brazil should be able to control its own security and not have to go outside its own borders in order to equip its security forces. The strategy allows for "strategic partners," but these are seen as countries willing to transfer to Brazil technologies that will make Brazil more independent, not as collaborators in security operations. Similarly, where Brazil currently does not have the capability to produce defense equipment, it should, according to the document, seek to purchase the appropriate articles from foreign suppliers, but with the aim of allowing for domestic production. This point is clearly illustrated by the prescriptive language on acquisition of modern fighter aircraft which rejects the "extreme solution" of simply buying foreign-made planes and calls for the Air Force to either 1) purchase aircraft of which Brazil can then produce its own upgraded variant, or 2) purchase a minimal number of foreign planes which then can be augmented by domestic production of the same model.

COMMENT: Given the relatively small number of aircraft to be ultimately acquired by the Air Force, neither option makes economic sense, but Unger places a greater importance on "independence" than military capability or efficient use of resources. END COMMENT.

5. (C) The strategy also repeatedly cites three sectors as being of critical importance for the independent development of the Brazilian state: space, cybernetics and nuclear, calling for Brazil to "control" these technologies. The strategy calls for enhanced Brazilian space launch capacity, satellite monitoring and surveillance and for Brazil to deploy its own GPS-type system. Cybernetics is listed as important for communications and information processing. Although, the strategy document acknowledges that as a member of the Nonproliferation Treaty (NPT), Brazil will not have nuclear weapons, it then states that for this reason, Brazil must therefore pursue nuclear power development as an element of security that is important for Brazil,s development. This stated connection to defense of the country serves as justification for inclusion of nuclear power as a strategic industry, albeit one whose importance is more relevant to development than security. (NOTE: Nuclear energy is, in fact, one of the strategic industries enumerated in GOB,s latest Industrial Policy, published in May - see ref c. The other Industrial Policy strategic sectors are defense industry, information technology, nanotechnology, biotechnology, and healthcare industry.)

MILITARY RESTRUCTURING

6. (C) The heart of the defense strategy is its plan for the restructuring of the Brazilian military. Specific comments on plans for each service and the Ministry of Defense (MOD) will be reported septel. Much of the restructuring strategy was contributed by the services and provides practical answers to key strategic questions about how Brazil will see to its own security over the next generation. Among the conclusions are that Brazil must focus on the three key areas of monitoring/controlling large areas, strategic mobility and military presence to provide security. These areas contribute to the services, requirements for airlift, better communications, satellite reconnaissance and maritime domain awareness. The strategy notes the necessity of developing better joint service cooperation and the capabilities to conduct joint operations and the need for a professional civil service component in the Defense Ministry. There is also a clear understanding that a country with pretensions to world power status will be asked to make greater contributions to United Nations peacekeeping operations. (Brazil currently ranks just below Uruguay in regional UNPKO participation.) The strategy therefore recognizes that as Brazilian capabilities increase, so should peacekeeping deployments.

DEFENSE INDUSTRY

7. (SBU) The strategy paper,s most important goal for defense industry is to use the need to modernize the armed forces to acquire new technologies with applications for national development. To do so, the Government of Brazil is encouraged to offer tax incentives and legal benefits to these industries (tax and financing benefits are already provided under the May 2008 Industrial Policy). Unger also clearly states that commercial considerations, i.e. increased trade, must be considered subordinate to the country,s "strategic interest." Therefore, efficient use of resources and deployment of effective military capabilities are less important than stimulating domestic defense industries which are optimistically viewed as having future export potential. According to the strategy, industrial partnerships with non-Brazilian entities are advantageous as a means to reduce dependence on foreign purchase -- when the main role in the partnership is played by the Brazilian side.

8. (SBU) In exchange for support for the growth of defense industries, the strategy proposes that the central government gain "special powers" over such industries, including through so-called "golden share" arrangements - government vetoes over designated corporate actions. Several press reports carried the story that the MOD would be seeking special taxes on private businesses that are perceived as benefiting from security (e.g. Petrobras) to pay the costs of their defense, but such a proposal is not included in the final document.

NATIONAL SERVICE

9. (C) The strategy states that "the basis of national defense is the identification of the nation with the armed forces and the armed forces with the nation." For this reason, mandatory military service is viewed as essential for the future. The strategy states explicitly that the armed forces must "limit and reverse the tendency to lower the proportion of draftees and raise the proportion of professionals." Consistent with the overall goal of encouraging the Brazilian government,s vision of national development, military service is viewed primarily as a means of unifying the population and fostering greater social equality. The strategy document states specifically that its objectives include forcing higher socio-economic classes to provide a larger proportion of military draftees and opening more places in military academies to students from more diverse backgrounds.

10. (C) The means by which the strategy plans to democratize the armed forces will be a new form of national service. All young people will have to be available to the military which would be able to select the best qualified as its recruits. Everyone else would go into a "civil service" which would receive basic military training and be available for mobilization in the case of a national emergency of some sort. The strategy does not, however, provide any information as to what sort of national emergency would require the mobilization of potentially millions of poorly trained young Brazilians or how the basic training of about three million civil service members per year will be managed by the limited number of military professionals available.

REGIONAL FOCUS

11. (C) One of the most notable elements of the strategy has been the focus on the defense of the Amazon region. While the document notes that this region faces ongoing security challenges from uncontrolled borders and potential instability in neighboring states, it also indulges in the traditional Brazilian paranoia concerning the activities of non-governmental organizations and other shadowy foreign forces that are popularly perceived as potential threats to Brazil,s sovereignty. The strategy calls for greater use of mobility and monitoring technology to improve security in the Amazon region and for the shifting of forces north as needed to improve security there.

12. (C) The strategy also calls for improved defense relations with other South American states, especially through the development of the South American Defense Council, although it notes that a main purpose of the council will be to enhance Brazil,s defense industrial base through exports to its neighbors. The strategy concedes that Brazil will require greater capacity for participation in international peacekeeping, although increasing Brazil,s deployments should be linked to restructuring of international organizations to give developing countries more important roles in their leadership.

COMMENTS

13. (C) The first sentence of the strategy portion of the document reads: "National defense strategy is inseparable from national development strategy." This point is key for understanding the document,s purpose and why it was tasked to the Ministry of Strategic Planning and not the Defense Ministry. Not a defense strategy per se, the strategy is a set of ideas for how Brazil,s military, defense industry and national service can contribute to the goal of development. Nowhere in the strategy is the goal of development defined, but it seems to point toward a generally understood vision of Brazil as a major world power (with a UN Security Council seat), with strong state institutions and without threats to its security -- a situation described as "Brazil,s proper place." By linking reform of the security sector with the government,s broader development vision, the strategy places the military, for the first time since the end of military rule in 1985, into a prominent place on the national agenda and strengthens its case for increased resources.

14. (C) While the restructuring plans generally are consistent with the goal of a modern, more capable military, (leaving aside such politically popular white elephants as a nuclear powered submarine), the strategy document is silent on how resources will be found to cover the costs of expensive new hardware including aircraft carriers, satellite constellations and fighter production. Even ballpark estimates by embassy staff of possible modernization costs are far in excess of current defense budgets. The defense strategy as a whole is in some measure designed to address this question by linking defense to overall development goals, but it is likely that defense expenditures will not be increased to the degree required to fulfill the shorter term goal of equipping the armed forces with cutting edge technology produced in Brazil.

15. (C) The other two "axes," defense industry and national service, have less to do with improving the military than with integrating national security with national development. Some of the specific proposals in these areas (e.g., propping up inefficient industries, increasing conscription) actually could reduce the effectiveness of the military and divert resources from modernization. The emphasis on societal benefits over professionalism in military service is consistent with the views of a President and other government leaders who started in politics under the military government of the 1970s and 80s and want to ensure that the military,s capacity to become involved in politics remains circumscribed. The socialist background of Lula,s Workers, Party is clearly evident in the efforts at social engineering through mandatory national service at the cost of more effective defense.

16. (C) Perhaps the most significant Brazilian comment on the defense strategy has been the lack of comment. Most of the coverage in the Brazilian press relied on official press releases, in some cases, for example reporting inaccurately that the strategy would include the possible taxing of private business to pay for defense. Other coverage focused on a few headlines, including the construction of a nuclear submarine, possible redeployments of forces to the Amazon and protection of maritime oil fields. This may have been, in part, a reflection of the timing of the release as most Brazilians were heading away for the holidays. Embassy contacts do not seem to have read the document and regard it as a summation of already-known government views on defense. The document,s legal status is also unclear. By signing, President Lula seems to have adopted it as national policy, but as many of the recommendations are non-concrete and would require further action to develop, it remains to be seen how much will be implemented. While Lula seems to pay attention to what Unger has to say, the degree to which the strategy,s recommendations are implemented will be
a good barometer of the Minister for Strategic Planning,s real influence.

17. (C) Even if some of the more grandiose plans (nuclear submarines, universal military service) are never realized, there remains a great deal that Brazil can do consistent with the new defense strategy that will help it develop a more capable modern military. Focusing on deployability and using technology to help monitor the northern regions of the country are the optimal solutions to Brazil,s strategic problem of controlling a vast, unpopulated territory. These plans create opportunities for U.S. business to partner with Brazilian counterparts and for the U.S. armed forces to engage in increased cooperation as Brazil,s military seeks to modernize (See ref b). We should, however, expect that engagement with Brazil will increase only gradually, particularly while the current government is in power. The strategy document looks at strategic partnerships primarily in terms of defense trade and technology transfer, but we should seek to open up the concept to include real security cooperation in areas of mutual interest. Such cooperation, however, must be gauged to be consistent with the Brazilian government,s vision of defense as a means of national development. SOBEL

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

C O N F I D E N T I A L SECTION 01 OF 03 BRASILIA 000035

SIPDIS

DEPARTMENT FOR WHA/BSC AND PM/RSAT

E.O. 12958: DECL: 01/08/2019
TAGS: BR PREL MARR
SUBJECT: BRAZIL,S DEFENSE STRATEGY -- MILITARY CONSIDERATIONS

REF: A. BRASILIA 34 B. 08 BRASILIA 93
Classified By: Ambassador Clifford Sobel. Reason: 1.5 (d)

1. (C) SUMMARY. Ref a reported on the strategic aspects of Brazil,s new Defense Strategy document, signed by President Lula on December 18. While the main purpose of the strategy as written by the Minister for Strategic Planning, was to place Brazil,s military and defense sector in the framework of a broader vision of national development (reported in ref a), the document also contains policy guidance for the Defense Ministry and the three services that give a clearer view of how Defense Minister Jobim and senior military leaders see these institutions developing over the next generation -- into a more flexible, modern force with joint operational capabilities. The restructuring of the Brazilian military can be seen as a compromise between setting conditions for a its role in a broader plan for national development and the goal of having a modern, effective military. After more than twenty years outside the political mainstream, and twenty years of minimal resources, the Brazilian military is now making a case for its modernization. As it does so, opportunities will exist for improving the U.S.-Brazil security partnership. END SUMMARY.

MINISTRY OF DEFENSE

2. (SBU) In its nine-year history, the Brazilian Ministry of Defense has been under resourced and has had difficulty in providing effective civilian control over the armed forces. The Defense Strategy seeks to ameliorate this situation by calling for the employment of better-prepared civilian Ministry officials in place of some of the military personnel who now predominate. The Ministry will have the lead on developing implementing arrangements for the Defense Strategy and is tasked with issuing instructions for the activities of the Armed Forces during peacetime. The Strategy also recognizes the importance of the Armed Forces becoming more "joint" in their operational capabilities and tasks the Ministry with encouraging more inter-service cooperation. As noted in ref a, sources in the Defense Ministry and Ministry for External Affairs told Embassy personnel that a principal reason for the delay in final approval of the strategy was to ensure inclusion of the services, comments. As the section on each service differs markedly in terms of focus and style from the others, it is likely that the interagency agreement reached to allow the strategy document to go forward was to add in services, submissions to the document. The chapters on the services all seek to make a case for increased resources and modernized equipment but are not always successful at spelling out the strategic vision for the potential security threats or contingencies to which many of the desired upgrades would respond.

NAVY

3. (C) The Navy is tasked with control of the seas and rivers and denying their use to potential adversaries. Its main tasks will be defense of oil facilities and ports and assistance against transnational criminals. COMMENT: There is, however, no information as to what possible threats to oil facilities the Navy may be asked to counter, making it difficult, for example to evaluate the strategy,s assertion that a nuclear submarine would be necessary to meet the goal of protecting such facilities. END COMMENT. The strategy does recommend increased Navy capabilities in two key areas: control of the rivers and power projection in support of peacekeeping. Noting that lack of effective control of the Amazon and Parana river systems undermines stability, the Navy will seek more brown water assets, including patrol vessels and better reconnaissance capability. While Brazil,s current peacekeeping effort is focused on Haiti, there is an acknowledgement that Brazil will have to take a great share of the global burden and should be able to deploy and support peacekeepers out of its immediate region.

4. (C) The Navy,s wish list for equipment includes the expected nuclear powered submarines. (See ref b for discussion.) The Navy also seeks patrol craft and air patrol capabilities that will be important to effective monitoring of coasts and river systems. Naval aviation is set to BRASILIA 00000035 002 OF 003 improve through acquisition of aircraft and aircraft carriers, although the strategy specifies that any naval aircraft should be produced in Brazil. Finally, the Navy is charged with improving its search and rescue capabilities, including the potential for international cooperation.

ARMY

5. (C) The Army,s strategic instructions focus on restructuring to make the force more mobile and able to engage in non-traditional conflicts. To this end, the Army plans to shift to a brigade model in order to have more deployable units available. These "rapid action forces" are intended to give commanders the ability to react to crises in remote areas with a flexible set of capabilities that can be tailored to the situation. In support of such missions, the Army,s acquisition priorities will be improved reconnaissance and communications, helicopters, night vision and fire control technology. 6. (C) While mentioned prominently elsewhere in the Defense Strategy, the Army chapter does not, unlike the other services, raise the possibility of additional peacekeeping operations as a future mission, possibly a reflection of the Army,s frustration with the lack of an exit strategy in Haiti. The Army,s planning is also silent on the major new task it will have in training up to three million potential reservists per year should the strategy,s national service provisions be fully implemented.

AIR FORCE

7. (C) Apart from the highly prescriptive section on fighter procurement discussed in ref a, the Air Force chapter focuses on how to meet challenges in joint operations, reconnaissance and communications. The Air Force,s highest priority, aside from new fighters, will be on acquiring more airlift capability so that one of the Army,s new brigades can be deployed rapidly at any time. Other priorities include UAVs and improved satellite capability, particularly through indigenous space launch. These priorities are underlined by a clear directive to favor domestic industry where possible. The capability to build aircraft (including UAVs and space launch vehicles) in Brazil is considered "so important as to transcend discussions of equipment," a policy of sacrificing capability in favor of domestic production.

COMMENTS

8. (C) As with the rest of the Defense Strategy, the sections on restructuring of the Brazilian military are a compromise between setting conditions for a military role in a broader plan for national development and the goal of having a modern, effective military. After more than twenty years outside the political mainstream, and twenty years of minimal resources, the Brazilian military is now making a case for its modernization. Making the case, however, means that the Defense Strategy must observe the conventional wisdom of Brazilian politics. There is no threat, for example, to Brazil,s maritime oil deposits, but Brazilian leaders and media have routinely cited oil discoveries off the coast as an urgent reason for better maritime security. This concern has been merged with Brazil,s twenty year quest to develop a nuclear submarine to give new impetus to research on a small reactor for naval propulsion. While the Army chapter of the strategy includes the seemingly mandatory caution about being prepared to protect Brazil,s sovereignty against a country or group of countries acting "on pretext of the supposed interests of humanity," it remains primarily focused on more realistic security challenges. The political preoccupation with imagined threats to sovereignty in the Amazon, however, serves the practical purpose of tasking the military with developing greater capabilities to project power into the region most likely to be affected by instability in neighboring countries.

9. (C) A Brazilian military that is more capable and deployable can support U.S. interests by exporting stability in Latin America and be available for peacekeeping elsewhere. The plans by the Brazilian services, as evidenced in those parts of the defense strategy likely contributed by the services, are consistent with this interest, and, if implemented, will lead to Brazil becoming a more effective security partner. There are however, serious questions as to how much of these plans will see follow through, particularly with other supposed strategic priorities, including national service, nuclear submarines and government support to non-competitive defense industries, providing black holes to suck in all available resources. SOBE




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#84 Mensagem por DELTA22 » Qua Dez 01, 2010 1:05 pm

Não li o que está escrito ai acima nos telegramas da Embaixada dos EUA critacando a END (estou sem tempo), mas se há críticas então é demonstração inequívoca que está no caminho certo. :wink: 8-]

[]'s a todos.




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#85 Mensagem por Túlio » Qua Dez 01, 2010 1:10 pm

Do jeito que os embaixadores ianques, de uma hora para outra, estão tendo credibilidade aqui, em breve aparece telegrama dizendo que a Dilma foi uma escolha ERRADA e o que vai ter de neguinho se arrependendo de ter votado nela não vai estar no gibi. Além disso, vai sobrar viúva do F-16BR... [003] [003] [003] [003]




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#86 Mensagem por Sterrius » Qua Dez 01, 2010 1:14 pm

Pelo que li fica obvio que os EUA não se incomodam do brasil melhorando seu aparato militar desde que não se ultrapasse certos limites.

E esses limites são bem baixos. Eles querem mais um aliado tipo canada que possa enviar tropas pra eles em missões de "paz" mundo afora que uma força militar que possa se auto-defender.




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#87 Mensagem por P44 » Qua Dez 01, 2010 1:16 pm

Telegrama da embaixada dos EUA em Lisboa admite pedido a Portugal para passagem de voos da CIA - Wikileaks

De António Sampaio (LUSA) – Há 2 horas

Madrid, 01 dez (Lusa) -- Um telegrama da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, revelado hoje pelo 'site' Wikileaks, admite que o Governo norte-americano pediu a Portugal que voos da CIA com suspeitos de terrorismo passassem por território nacional.

Esse pedido viu-se "complicado" pela pressão da oposição e do Parlamento Europeu sobre o Governo português, lê-se no telegrama, que recorda a ameaça do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, se demitir se as suspeitas relacionadas com a passagem de voos ilegais da CIA por Portugal viessem a ser provadas.

"Apesar da investigação do Governo ter refutado estas alegações, a saga continua devido à pressão continuada da oposição e do Parlamento Europeu. Esta pressão complica o pedido dos Estados Unidos para repatriar detidos de Guantanamo através de Portugal", lê-se no telegrama.

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

http://www.google.com/hostednews/epa/ar ... d=11836125




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#88 Mensagem por lelobh » Qua Dez 01, 2010 1:52 pm

Bender escreveu:
lelobh escreveu: Que isso amigo, vai defender o cara?
Se o objetivo fosse melar o FX2 vazaria apenas os documentos do Brasil.

Não se esqueça que o Jobim reconhece o encontro (ou encontros, quem sabe)com o embaixador dos EUA, em alguma ocasião... Então meu caro, já que o encontro aconteceu, e a questão é o conteúdo, podemos concluir que, ou Jobim (o que alterou a constituição) mente para nós, ou o embaixador dos EUA mente para Washington... Ficamos com qual hipótese?
Cada um defende o que acredita amigo,essa é a maior qualidade deste espaço. Estranho seria termos um Ministro da Defesa e uma diplomacia que não se encontrasse e falasse com ninguem.

Quem disse que o objetivo é melar o FX? O que coloquei, é como essa pressão sobre o ministro pode afetar o FX,e a qual interesses atende essa pressão na mídia,coisa somente para se pensar.

Eu fico com a hipótese que americanos mentem para todos no mundo,inclusive para nós e para seus chefes. Questão de opinião pessoal,só. Onde estavam as armas de destruição em massa e quimicas do Sadam? PÔ mas estavam no relatório da CIA!.


SDS.
Tudo bem, temos opiniões diferentes para o caso.
Abraços




Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#89 Mensagem por angelogalvao » Qua Dez 01, 2010 3:59 pm

suntsé escreveu:Quem é esse PHA?


OBS: Odeio essas girias e abreviações de internet :twisted:
Paulo Henrique AMorim (www.conversaafiada.com.br) :wink:




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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados

#90 Mensagem por lobo_guara » Qua Dez 01, 2010 4:12 pm

Curiosamente a nossa CLT aborda muito bem essa questão, e sendo o Ministro NJ um jurista bastante experiente... Penso que no mínimo o senhor ministro deveria ter sua conduta no episódio analisada pela comissão de ética pública.

Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau procedimento*;

c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;

g) violação de segredo da empresa**;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

i) abandono de emprego;

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem***;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

l) prática constante de jogos de azar.

Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional.

*A incontinência revela-se pelos excessos ou imoderações, entendendo-se a inconveniência de hábitos e costumes, pela imoderação de linguagem ou de gestos. Ocorre quando o empregado comete ofensa ao pudor, pornografia ou obscenidade, desrespeito aos colegas de trabalho e à empresa. Mau procedimento caracteriza-se com o comportamento incorreto, irregular do empregado, através da prática de atos que firam a discrição pessoal, o respeito, que ofendam a dignidade, tornando impossível ou sobremaneira onerosa a manutenção do vínculo empregatício, e que não se enquadre na definição das demais justas causas.

**A revelação só caracterizará violação se for feita a terceiro interessado, capaz de causar prejuízo à empresa, ou a possibilidade de causá-lo de maneira apreciável.

***São considerados lesivos à honra e à boa fama gestos ou palavras que importem em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio magoá-lo em sua dignidade pessoal.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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