rcolistete escreveu:
Caro Zero4,
Acho essa dicotomia desnecessária : o S-300 é útil sim com alcance próximo de 100 km para abater aviões de caça (ataque, etc).
Mas eu nunca disse que o S-300 não era um sistema útil. O que eu disse é que baseado nas ameaças que temos na AL o S-300 torna-se um sistema muito caro para se operar, subutilizando assim o sistema. Fora da AL uma ou duas baterias com poucos mísseis acabam se tornando presas fáceis para potências sendo de mais valia o uso de sistemas de curto alcance mais baratos.
rcolistete escreveu:
Lembrando que são pouquíssimas as armas ar-solo com alcance maior do que 100 km. Bombas guiadas planadoras, mísseis ar-superfície, etc, tem alcance máximo de dezenas de km, alguns em torno de 100 km, porém é alcance máximo em condiçõe ideais.
Não sei não RColistete! Kits bastantes simples fazem esse trabalho e o pior, simples e baratos! Armas como Spice e Umbani já chegam a 100km de alcance. A Denel está desenvolvendo a Umbani ER com 200km de alcance.
rcolistete escreveu:
Só a existência de uma defesa AAe de longo alcance iluminando ondas de caças de ataque colocará os mesmos na defensiva : cancelando o ataque, atacando a mais baixa altitude (implicando em menor alcance das armas ar-superfície), necessidade de escolta de guerra eletrônica (poucos países têm), uso de armas ar-superfície mais caras, etc.
Será??? O que o sistema pode fazer contra um pacote rechado com mísseis HARM e diversas PGMs? Desligar os seus radares e sair correndo... a não ser que você seja uma potência como Rússia, EUA, China... que tem diversos sistema se completando e o principal, capacidade de manter os sistemas operando por muito tempo pois pruduzem os mísseis localmente.
rcolistete escreveu:
Deve-se lembrar que em ataque ar-superfície vários sensores e armamentos não são usados no alcance máximo pois em combate real há muita necessidade de não somente detectar o alvo, mas também de identificá-lo, tal que um sensor IR/TV/radar SAR de alcance (de detecção) terá alcance X/2 ou X/3 para identificação.
Estamos falando de alvos completamente estáticos, hoje de certa forma é até fácil realizar a identificação por satélites, tem gente que faz isso até com o Google Maps, imagina com satélites militares...
rcolistete escreveu:
Enfim, se deixar o inimigo no ar atacando à vontade na faixa de 20-100 km, será dada muito mais liberdade para uso de diversos armamentos e sensores, possibilidade de identificação dos alvos (e acompanhando após impacto, etc).
A vantagem disso é que pagaremos menos para nos defender em relação aos atacantes que pagarão mais para nos atacar. No final das contas a balança penderá para o nosso lado! é como um Cassino. Por que o Cassino nunca quebra e sempre é lucrativo? Porque ele ganha no longo prazo.
Com sistemas como Pantsyr, Tor ou qualquer outro guiado por CLOS, nos ganharemos no longo prazo, pois poderemos fabricar os mísseis por aqui, serão baratos e toda e qualquer arma que um hipotético inimigo utilizará contra nós fatalmente será muuuito mais cara.
Se você inverte a situação e adquire algo como S-300/400 com poucas baterias e poucos mísseis disponíveis, essa bateria pode ficar fora do ar rapidamente, seja pela disponibilidade no estoque de mísseis, seja pelo custo na aquisição desses.
rcolistete escreveu:
No mais, tais baterias de S-300 obviamente seriam só empregadas em locais estratégicos, como bases aéreas importantes (p.e. Anápolis), base de submarinos nucleares, etc.
O grosso da defesa AAe seria de Tor-2 e outros sistemas complementares.
Mas é justamente ai que é o PULO do gato! é evidente que o S-300 tem que ser complementado por outro sistema de baixo alcance, mas o que eu disse é que de certa forma esse primeiro sistema tem que estar implementado, em grande número e ser auto-suficiente.
Comprar uma bateria de S-300 e 04 de Tor tem um custo benefício ruim... a impressão que dá é que vocês pensam que eu sou contra o S-300/400 e não é isso! Só que eu não vejo num futuro próximo uma boa relação custo-benefício para utilização desse sistema pelo Brasil, como já falado: se for para utilizar contra inimigos da AL será subutilizado e se for para ser utilizado contra uma potência terá um emprego muito superficial em virtude da complexidade e autonomia do sistema.