Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
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- bruno mt
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Ecologistas reunidos nos EUA: "Dois terços do oxigênio do mundo vêm da Amazônia do Brasil. Eles não podem ser o pulmão do mundo, pois não têm competência para isso".
quando eu ousso alguem falando isso eu tenho vontade de matar alguem
Não temos capacidade, mas é a nossa que tá de pé né.
quando eu ousso alguem falando isso eu tenho vontade de matar alguem
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Isso esta conceitualmente errado, algum biologo de plantão pode falar melhor nisso, mas pelo que sei a Amazonia é uma comunidade climax, todo oxigenio que "porduz", "consome". O oxigenio do planeta vem muito mais do fitoplancton, do que da Amazonia...Ecologistas reunidos nos EUA: "Dois terços do oxigênio do mundo vêm da Amazônia do Brasil. Eles não podem ser o pulmão do mundo, pois não têm competência para isso".
A importancia da Amazonia esta relacionada muito mais com a manutenção do clima do planeta....
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
a amazonia produz O2, e toda a produção de O2 e consumida pela mesma, o ponto positivo é que ela consome também Co2 eliminando assim o grande vilao da camada de ozônio. Conclusao, o problema nao é somente preservar a amazonia pois a amazonia elimina o co2 nas areas proxima a ela, querem ar limpo? parem de jogar Co2 na atmosfera na origem e plantem nestes locais arvores, pois a amazônia nao limpa o ar de tóquio, ou londres...
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- LeandroGCard
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Esta citação do Bruno deve vir de algum hoax da internet, pois hoje já é ensinado até em escolas primárias que a Amazônia tem um balanço de oxigênio negativo ou seja, consome até mais oxigênio do que gera. E somente nas áreas onde ela se expande (se é que existe alguma) é que ela absorve CO2, onde a floresta já é velha o CO2 é apenas reciclado e o balanço é praticamente zero.ademir escreveu:Isso esta conceitualmente errado, algum biologo de plantão pode falar melhor nisso, mas pelo que sei a Amazonia é uma comunidade climax, todo oxigenio que "porduz", "consome". O oxigenio do planeta vem muito mais do fitoplancton, do que da Amazonia...Ecologistas reunidos nos EUA: "Dois terços do oxigênio do mundo vêm da Amazônia do Brasil. Eles não podem ser o pulmão do mundo, pois não têm competência para isso".
A importancia da Amazonia esta relacionada muito mais com a manutenção do clima do planeta....
Modelos do clima sim, mostram uma certa importância da Amazônia na definição da temperatura e na distribuição de humidade do planeta, pelo menos no hemisfério sul, mas não se tem certeza de quanto esta influência é importante.
O que se sabe com razoável certeza é que os ciclos bioquímicos da floresta amazônica são fundamentais para a preservação da... floresta amazônica! Ou seja, as regiões desmatadas intensamente tendem à longo prazo a se converter em savana, e não a retornar a sua condição de floresta. (Na verdade isto ocorre na maior parte da região, mas não em todos os lugares. Ao que parece algumas áreas tenderiam a voltar a ser floresta por meios naturais, mesmo após serem completamente desmatadas, mas pelo que li isto ocorre apenas uma pequena proporção da região.)
Como a floresta amazônica em si é um grande reservatório de carbono, é verdade que seu desmatamento libera CO2 na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Mas o homem está continuamente liberando uma quantidade bem maior de CO2 ao consumir combustíveis fósseis, então a preservação da Amazônia neste aspecto específico tem importância secundária.
Na verdade o grande motivo para se preservar a Amazônia é a sua enorme biodiversidade, até o momento muito pouco estudada. Isto apenas já é justificativa suficiente para que o Brasil proteja a região de forma muito mais eficaz do que tem feito até agora, e dá razão aos estrangeiros quando reclamam que isto não está sendo feito adequadamente, embora nem de longe justifique uma interferência externa na região.
Leandro G. Card
- bruno mt
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
"Esta citação do Bruno deve vir de algum hoax da internet" = LeandroGCard,
tá no testo da pagina anterior.
tá no testo da pagina anterior.
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Não temos capacidade, mas é a nossa que tá de pé né.
Exatamente, e olha que tão derrubando "uma Bélgica por ano" desde que eu me lembro, lá por 1978. Engraçado isso.
querem ar limpo? parem de jogar Co2 na atmosfera na origem e plantem nestes locais arvores, pois a amazônia nao limpa o ar de tóquio, ou londres...
Exatamente, que gastem menos. Não são AS e África culpadas, como querem imputar.
Exato de novo.Como a floresta amazônica em si é um grande reservatório de carbono, é verdade que seu desmatamento libera CO2 na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Mas o homem está continuamente liberando uma quantidade bem maior de CO2 ao consumir combustíveis fósseis, então a preservação da Amazônia neste aspecto específico tem importância secundária.
Abs
- bruno mt
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
...
Editado pela última vez por bruno mt em Sex Ago 01, 2008 11:47 pm, em um total de 1 vez.
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Mangabeira nega presença de Farc no Brasil
O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Roberto Mangabeira Unger, negou que guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estejam em território nacional. A revista colombiana Cambio denunciou que a suposta presença de membros das Farc no Brasil "chegou às mais altas esferas do governo".
"Não há presença das Farc na região. As nossas Forças Armadas têm sido muito eficazes em assegurar a integridade das nossas fronteiras. Mas é verdade que a Amazônia é a nossa maior preocupação de defesa hoje", disse.
De acordo com a agência argentina Telam, a revista colombiana Cambio divulgou que dirigentes políticos, militares e membros da Justiça brasileira manteriam contato com a guerrilha.
Ainda segundo informações publicadas pela revista, foram encontrados no correio eletrônico de Raúl Reyes, o número dois das Farc morto por tropas colombianas durante operação em território equatoriano, os nomes de cinco ministros, de um procurador-geral, de um assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cinco deputados, de um conselheiro e de um juiz.
A publicação cita, entre outros nomes, o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, da deputada distrital Érika Kokay (PT-DF) e de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, além do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia e do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi.
Mangabeira Unger comentou sua visita a Manaus ontem e avaliou que o Brasil começa uma "grande discussão civil e militar" a respeito dos problemas de defesa das fronteiras.
Ele negou ter criticado o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e disse apenas que, durante a visita, tentou compreender os recursos disponíveis no País.
"A defesa da Amazônia passa pelo monitoramento e pela mobilidade. Não podemos estar onipresentes em nosso vasto território e nas nossas imensas fronteiras. Uma das minhas preocupações é superar nossa dependência da tecnologia estrangeira na visualização do nosso território. Precisamos ter um canal que esteja 100% sobre nosso próprio controle."
Agência Brasil
O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Roberto Mangabeira Unger, negou que guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estejam em território nacional. A revista colombiana Cambio denunciou que a suposta presença de membros das Farc no Brasil "chegou às mais altas esferas do governo".
"Não há presença das Farc na região. As nossas Forças Armadas têm sido muito eficazes em assegurar a integridade das nossas fronteiras. Mas é verdade que a Amazônia é a nossa maior preocupação de defesa hoje", disse.
De acordo com a agência argentina Telam, a revista colombiana Cambio divulgou que dirigentes políticos, militares e membros da Justiça brasileira manteriam contato com a guerrilha.
Ainda segundo informações publicadas pela revista, foram encontrados no correio eletrônico de Raúl Reyes, o número dois das Farc morto por tropas colombianas durante operação em território equatoriano, os nomes de cinco ministros, de um procurador-geral, de um assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cinco deputados, de um conselheiro e de um juiz.
A publicação cita, entre outros nomes, o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, da deputada distrital Érika Kokay (PT-DF) e de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, além do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia e do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi.
Mangabeira Unger comentou sua visita a Manaus ontem e avaliou que o Brasil começa uma "grande discussão civil e militar" a respeito dos problemas de defesa das fronteiras.
Ele negou ter criticado o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e disse apenas que, durante a visita, tentou compreender os recursos disponíveis no País.
"A defesa da Amazônia passa pelo monitoramento e pela mobilidade. Não podemos estar onipresentes em nosso vasto território e nas nossas imensas fronteiras. Uma das minhas preocupações é superar nossa dependência da tecnologia estrangeira na visualização do nosso território. Precisamos ter um canal que esteja 100% sobre nosso próprio controle."
Agência Brasil
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Mangabeira nega concentração de tropas na Amazônia
sexta-feira, 1 de agosto de 2008 22:18 BRT
Por Raymond Colitt e Ana Nicolaci da Costa
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil não vai concentrar tropas nas fronteiras amazônicas, mas espera transformar o Exército em uma força de reação rápida contra eventuais infiltrações, disse na sexta-feira o ministro Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou em julho um decreto que autoriza o envio de tropas para áreas indígenas de fronteira, numa resposta às crescentes preocupações de que haja incursões de guerrilheiros e traficantes.
Em setembro, o governo vai apresentar um plano estratégico de defesa que transfere a prioridade defensiva da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo. Mangabeira Unger, co-autor do plano, disse em entrevista que esse realinhamento não deve preocupar os vizinhos setentrionais, como Venezuela, Colômbia, Bolívia e Peru.
"Não nos sentimos ameaçados por nenhum vizinho, e portanto nenhuma parte das nossas propostas vai resultar em um deslocamento significativo de tropas para junto das nossas fronteiras", disse ele.
O documento, ainda a ser aprovado por Lula, visa a tornar as Forças Armadas mais ágeis. "Queremos reestruturar o Exército segundo o modelo da força de mobilização rápida de ataque", afirmou o ministro.
A idéia é criar brigadas regionais modulares capazes de atingir rapidamente os pontos mais críticos da fronteira. "Especialmente na Amazônia, a solução dos nossos problemas é a vigilância e a mobilidade", disse Mangabeira.
Isso implica a compra de novos equipamentos, como radares móveis, acessórios de visão noturna e sistemas de vigilância por satélite.
Graças a uma parceria estratégica com a França, o Brasil vai construir um submarino nuclear e adquirir dezenas de helicópteros militares.
Mas o governo ainda não se decidiu pela compra de uma nova geração de caças multifuncionais, embora a Força Aérea tenha aberto em junho concorrência para a aquisição de 36 aeronaves. "Somos uma democracia constitucional. As decisões militares são tomadas pela liderança civil", disse o ministro.
"Eu disse às Forças Armadas que enquanto elas agirem como um lobby a mais pedindo dinheiro não vamos resolver nossos problemas de defesa."
(Reportagem adicional de Fernando Exman e Isabel Versiani)
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- Edu Lopes
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Exército terá unidades em áreas indígenas de fronteiras
Governo desperta para a gravidade da situação e dá carta branca às Forças Armadas
Carlos Newton
BRASÍLIA - A questão da soberania da Amazônia enfim passou a ser prioridade do governo, que começa a tomar providências concretas. A primeira delas foi o Decreto 6.513, publicado há duas semanas pelo "Diário Oficial" da União, concedendo ao Ministério da Defesa prazo de 90 dias para apresentar à Presidência da República o plano inicial de trabalho, elaborado pelo Comando do Exército, para instalação de unidades militares permanentes em terras indígenas localizadas nas áreas de fronteira.
Segundo o texto, "após a aprovação do plano inicial pelo presidente da República, será feito o detalhamento dos recursos orçamentários e financeiros pertinentes, bem como serão adotadas as medidas necessárias ao início da sua execução".
Para dar seguimento à nova política governamental, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável, Mangabeira Unger, reuniu-se quinta-feira com os oficiais generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que atuam na região e conheceu as atividades desenvolvidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia.
Na reunião, realizada no quartel-general do Comando Militar da Amazônia, foram debatidos o monitoramento, a mobilidade terrestre, aérea e fluvial para circulação na região e o potencial de combate para defesa da Amazônia.
Mangabeira Unger anunciou que até o dia 7 de setembro, ele e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentarão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de propostas para defesa da Amazônia.
O ministro, que é também coordenador do Comitê Interministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, declarou à Agência Brasil que o monitoramento da Amazônia é uma necessidade.
"Não podemos ficar na dependência da tecnologia estrangeira. Temos que ter nossos próprios equipamentos e satélites, para integrar os diferentes sistemas de monitoramento existentes no país", acentuou. "A Amazônia não é um problema e sim uma oportunidade e um desafio para repensarmos nossa estratégia de defesa.
Significa estar pronto para desempenhar as responsabilidades de defesa numa série de hipóteses de emprego da força armada e, num caso extremo, se necessário, ter o potencial de conduzir uma guerra de resistência nacional", acrescentou o ministro.
Preservação
Ao analisar a relação entre a preservação, o desenvolvimento e a defesa da Amazônia, Mangabeira Unger defendeu a necessidade de assegurar alternativas satisfatórias de trabalho aos produtores locais, em sintonia com a preservação da floresta.
"Sem estruturas produtivas e sociais organizadas, a Amazônia será um imenso vazio difícil de ser defendido", frisou, acrescentando: "Toda a Amazônia brasileira hoje é um caldeirão de insegurança jurídica. Ninguém sabe quem tem o quê.
Para tirar a Amazônia dessa situação, precisamos equipar as organizações que fazem a regularização fundiária na região, simplificar as leis sobre a propriedade da terra e organizar o que diz respeito às propriedades da União", salientou.
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... cia=pais01
Governo desperta para a gravidade da situação e dá carta branca às Forças Armadas
Carlos Newton
BRASÍLIA - A questão da soberania da Amazônia enfim passou a ser prioridade do governo, que começa a tomar providências concretas. A primeira delas foi o Decreto 6.513, publicado há duas semanas pelo "Diário Oficial" da União, concedendo ao Ministério da Defesa prazo de 90 dias para apresentar à Presidência da República o plano inicial de trabalho, elaborado pelo Comando do Exército, para instalação de unidades militares permanentes em terras indígenas localizadas nas áreas de fronteira.
Segundo o texto, "após a aprovação do plano inicial pelo presidente da República, será feito o detalhamento dos recursos orçamentários e financeiros pertinentes, bem como serão adotadas as medidas necessárias ao início da sua execução".
Para dar seguimento à nova política governamental, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável, Mangabeira Unger, reuniu-se quinta-feira com os oficiais generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que atuam na região e conheceu as atividades desenvolvidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia.
Na reunião, realizada no quartel-general do Comando Militar da Amazônia, foram debatidos o monitoramento, a mobilidade terrestre, aérea e fluvial para circulação na região e o potencial de combate para defesa da Amazônia.
Mangabeira Unger anunciou que até o dia 7 de setembro, ele e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentarão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de propostas para defesa da Amazônia.
O ministro, que é também coordenador do Comitê Interministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, declarou à Agência Brasil que o monitoramento da Amazônia é uma necessidade.
"Não podemos ficar na dependência da tecnologia estrangeira. Temos que ter nossos próprios equipamentos e satélites, para integrar os diferentes sistemas de monitoramento existentes no país", acentuou. "A Amazônia não é um problema e sim uma oportunidade e um desafio para repensarmos nossa estratégia de defesa.
Significa estar pronto para desempenhar as responsabilidades de defesa numa série de hipóteses de emprego da força armada e, num caso extremo, se necessário, ter o potencial de conduzir uma guerra de resistência nacional", acrescentou o ministro.
Preservação
Ao analisar a relação entre a preservação, o desenvolvimento e a defesa da Amazônia, Mangabeira Unger defendeu a necessidade de assegurar alternativas satisfatórias de trabalho aos produtores locais, em sintonia com a preservação da floresta.
"Sem estruturas produtivas e sociais organizadas, a Amazônia será um imenso vazio difícil de ser defendido", frisou, acrescentando: "Toda a Amazônia brasileira hoje é um caldeirão de insegurança jurídica. Ninguém sabe quem tem o quê.
Para tirar a Amazônia dessa situação, precisamos equipar as organizações que fazem a regularização fundiária na região, simplificar as leis sobre a propriedade da terra e organizar o que diz respeito às propriedades da União", salientou.
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... cia=pais01
- Edu Lopes
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Unger descarta tropas na fronteira
O ministro sealopra Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) afirmou nesta segunda-feira que o Brasil espera transformar o Exército em uma força de reação rápida contra eventuais infiltrações, mas negou que o governo vá concentrar tropas nas fronteiras amazônicas.O presidente Lula autorizou em junho o envio de tropas para áreas indígenas de fronteira, a fim de inibir incursões de guerrilheiros e traficantes. Em setembro, o governo vai apresentar um plano estratégico de defesa que transfere a prioridade defensiva da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo. O documento, ainda a ser aprovado por Lula, visa a tornar as Forças Armadas mais ágeis.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/princ ... x.php#this
O ministro sealopra Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) afirmou nesta segunda-feira que o Brasil espera transformar o Exército em uma força de reação rápida contra eventuais infiltrações, mas negou que o governo vá concentrar tropas nas fronteiras amazônicas.O presidente Lula autorizou em junho o envio de tropas para áreas indígenas de fronteira, a fim de inibir incursões de guerrilheiros e traficantes. Em setembro, o governo vai apresentar um plano estratégico de defesa que transfere a prioridade defensiva da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo. O documento, ainda a ser aprovado por Lula, visa a tornar as Forças Armadas mais ágeis.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/princ ... x.php#this
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Tiraram a bandeira brasileira*
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br
BRASÍLIA - Vale abrir espaço para o desabafo de um militar que serviu na Amazônia durante quase toda sua vida profissional. Hoje na reserva, o coronel Gélio Fregapani, um dos fundadores da Escola de Guerra na Selva, revela toda sua indignação numa nota por nós recebida:
"A cidadezinha de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a única povoação brasileira nas serras que marcam, no Norte, o início do nosso País". Apesar de toda a pressão, essa população está crescendo, o que torna mais difícil a missão dos traidores da pátria: acabar com o enclave brasileiro na pretensa nova "nação" separada do Brasil, a reserva Raposa-Serra do Sul, em área contínua que chega até a fronteira.
Uma das vilas sob pressão dos traidores resiste. Surumu, que mantém hasteada das 6 às 18 horas uma grande bandeira nacional, como símbolo da decisão de se manter brasileira. Sorrateiramente, num fim de semana, gente do Conselho Indígena de Roraima (CIR) retirou a bandeira, depois de espezinhá-la.
A população local, na maioria índios, mas todos brasileiros, indignados com o ato antipatriótico e com indiferença das autoridades, prepararam-se para retomar a bandeira à força. Na iminência de um conflito, a Funai afinal se mexeu: fez com que os asseclas do CIR devolvessem a bandeira, que novamente tremula em Surumu. Entretanto, ao devolvê-la, declararam que depois de agosto haveria outra bandeira hasteada, e que não seria a brasileira.
Após esse incidente o CIR declarou que bloqueará o entroncamento da BR-174 para a vila Surumu, o que me parece difícil pelo seu pouco efetivo, embora prenhe de recursos das Ongs e, mesmo, da Funasa. O CIR solicitou ainda da Funai 15 passagens aéreas para seus índios virem a Brasília reforçar seus lobbies. Eles mantêm a pressão enquanto tentam reduzir Pacaraima pelo estrangulamento de recursos, cortados por setores governamentais mal informados ou mal intencionados.
Com o refluxo dos brasileiros expulsos das pequenas fazendas e vilas que existiam antes da homologação da reserva Raposa-Serra do Sol, as necessidades da prefeitura são desproporcionais para atender nossos conterrâneos, índios e não índios. "Se você puder ajudar de alguma forma, lembre que o Brasil precisa de todos nós para permanecer inteiro."
O coronel Fregapani informa que esta semana reúne-se em Pacaraima pessoal da Confederação Nacional de Agricultura, para conhecer as ameaças à integridade do Brasil. Em Brasília, segundo seu texto, "o ministro da (in) justiça, numa audiência, tentará convencê-los de seus pontos de vista, com o auxílio de gente do CIR e da ex-ministra Marina Silva. O contraponto será o senador Mozarildo Cavalcanti. Toma vulto a marcha dos produtores rurais a Pacaraima".
Outra notícia dada pelo militar é de que agentes da Polícia Federal vem expressando seu desacordo com a retirada de brasileiros da reserva Raposa-Serra do Sol. A Força Nacional de Segurança também compreende o malefício que causará a entrega da região ao CIR.
*Carlos Chagas
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
A que ponto chegamos.Paisano escreveu:Tiraram a bandeira brasileira*
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br
BRASÍLIA - Vale abrir espaço para o desabafo de um militar que serviu na Amazônia durante quase toda sua vida profissional. Hoje na reserva, o coronel Gélio Fregapani, um dos fundadores da Escola de Guerra na Selva, revela toda sua indignação numa nota por nós recebida:
"A cidadezinha de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a única povoação brasileira nas serras que marcam, no Norte, o início do nosso País". Apesar de toda a pressão, essa população está crescendo, o que torna mais difícil a missão dos traidores da pátria: acabar com o enclave brasileiro na pretensa nova "nação" separada do Brasil, a reserva Raposa-Serra do Sul, em área contínua que chega até a fronteira.
Uma das vilas sob pressão dos traidores resiste. Surumu, que mantém hasteada das 6 às 18 horas uma grande bandeira nacional, como símbolo da decisão de se manter brasileira. Sorrateiramente, num fim de semana, gente do Conselho Indígena de Roraima (CIR) retirou a bandeira, depois de espezinhá-la.
A população local, na maioria índios, mas todos brasileiros, indignados com o ato antipatriótico e com indiferença das autoridades, prepararam-se para retomar a bandeira à força. Na iminência de um conflito, a Funai afinal se mexeu: fez com que os asseclas do CIR devolvessem a bandeira, que novamente tremula em Surumu. Entretanto, ao devolvê-la, declararam que depois de agosto haveria outra bandeira hasteada, e que não seria a brasileira.
Após esse incidente o CIR declarou que bloqueará o entroncamento da BR-174 para a vila Surumu, o que me parece difícil pelo seu pouco efetivo, embora prenhe de recursos das Ongs e, mesmo, da Funasa. O CIR solicitou ainda da Funai 15 passagens aéreas para seus índios virem a Brasília reforçar seus lobbies. Eles mantêm a pressão enquanto tentam reduzir Pacaraima pelo estrangulamento de recursos, cortados por setores governamentais mal informados ou mal intencionados.
Com o refluxo dos brasileiros expulsos das pequenas fazendas e vilas que existiam antes da homologação da reserva Raposa-Serra do Sol, as necessidades da prefeitura são desproporcionais para atender nossos conterrâneos, índios e não índios. "Se você puder ajudar de alguma forma, lembre que o Brasil precisa de todos nós para permanecer inteiro."
O coronel Fregapani informa que esta semana reúne-se em Pacaraima pessoal da Confederação Nacional de Agricultura, para conhecer as ameaças à integridade do Brasil. Em Brasília, segundo seu texto, "o ministro da (in) justiça, numa audiência, tentará convencê-los de seus pontos de vista, com o auxílio de gente do CIR e da ex-ministra Marina Silva. O contraponto será o senador Mozarildo Cavalcanti. Toma vulto a marcha dos produtores rurais a Pacaraima".
Outra notícia dada pelo militar é de que agentes da Polícia Federal vem expressando seu desacordo com a retirada de brasileiros da reserva Raposa-Serra do Sol. A Força Nacional de Segurança também compreende o malefício que causará a entrega da região ao CIR.
*Carlos Chagas
Mas ainda acredito no STF e nas FAs.
...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota;
aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...
SUNTZU
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SUNTZU
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
09/08/2008
Um conflito agrário nos confins da Amazônia suscita preocupação nos meios militares brasileiros
Annie Gasnier
Correspondente no Rio de Janeiro
"Nós confiamos no que decidirá o Supremo Tribunal Federal [STF, a Corte Suprema brasileira], porque essas terras sempre foram ocupadas pelos índios, e que em função disso, portanto, elas são nossas", explica Jacir de Souza. Este índio do povo Macuxi vive na reserva indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, uma terra de discórdia situada nos confins do Brasil, da Venezuela e da Guiana.
O destino de 14 mil índios que pertencem a cinco etnias diferentes depende inteiramente da decisão dos ministros da alta corte, que devem tomar uma decisão a respeito da legalidade da demarcação da sua reserva de 17 mil km2, até o final do mês de agosto. No Brasil, 480 mil índios ainda vivem em conformidade com os seus costumes e tradições, nas 616 reservas que lhes foram concedidas pelo poder federal. Esses territórios ocupam uma superfície total equivalente a 15% do país, e estão situados essencialmente na região da Amazônia.
Contudo, a reserva Raposa Serra do Sol, que foi homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de abril de 2005, depois de um extenso processo que foi conduzido ao longo de vinte anos pela Fundação Nacional do Índio (Funai), continua sendo ocupada por fazendeiros não-índios. Seis plantadores de arroz, liderado por um deles, o político Paulo César Quartiero, detêm a posse de 15 mil hectares e recusam-se a se retirarem dessas terras.
Em abril, quando a Polícia Federal recebeu ordem para evacuar esta área, os "não-índios", ou seja, os fazendeiros e seus empregados, dos quais alguns são índios e mestiços, travaram um confronto violento com as forças da ordem. O Superior Tribunal Federal suspendeu então a operação de evacuação, aceitando examinar um novo recurso apresentado pelo governador de Roraima, que contesta a criação da reserva no seu Estado, cuja população é de 390 mil habitantes, dos quais 10% são índios.
Soberania nacional
O governador José de Anchieta afirma que o território está sendo cobiçado "pelas grandes potências", presentes na Amazônia por intermédio das organizações não-governamentais (ONGs), e posiciona-se em defesa dos fazendeiros, uma vez que as suas plantações representariam 6% do produto interno bruto (PIB) de Roraima. A maioria dos eleitos locais contesta o perímetro da reserva Raposa Serra do Sol, que faz com que 46% da superfície do Estado de Roraima sejam constituídos por reservas indígenas. No dia em que a homologação da reserva fora confirmada, o governador havia decretado jornadas seguidas de luto.
Os opositores à demarcação são atualmente apoiados por militares. Quando a operação de evacuação conduzida pela Polícia Federal estava no seu auge, o comandante da Amazônia, o general Augusto Heleno, questionou "a política do governo para com os índios, que revela ser lamentável, para não dizer caótica", e deu a entender que a reserva Raposa Serra do Sol, onde o Exército de terra posicionou seu 6º pelotão fronteiriço, ameaça a soberania nacional. Segundo ele, o direito dos povos indígenas à autodeterminação, que lhes foi reconhecido em 2007 pelas Nações Unidas, abriria o caminho para o separatismo. Contudo, nos limites do Brasil e da Colômbia, ou da Venezuela, existem outros dois imensos territórios indígenas, os dos tucanos e dos yanomamis, onde nenhum problema que pudesse ser considerado como uma ameaça à integridade do território chegou a ser assinalado.
No Rio de Janeiro, o presidente do Clube Militar, uma associação que congrega as três forças armadas, o general do quadro da reserva Gilberto Figueiredo, explica que os militares defendem a seguinte filosofia: "É preciso integrar os índios à nossa sociedade; a nossa história é a da mestiçagem, e, nesse contexto, a política de demarcação da Funai vai de encontro aos interesses da nação, e ela precisa ser interrompida".
O Ministério da Justiça, encarregado da política para com os índios, multiplicou as reuniões entre os protagonistas deste conflito. "Os índios têm sido vítimas dos mesmos preconceitos desde a colonização, e um parecer desfavorável à criação da reserva Raposa Serra do Sol viria questionar a própria existência de todas as reservas indígenas", avalia Paulo Maldos, um membro do Conselho Indígena Missionário, vinculado à Igreja católica, que se posicionou em defesa dos índios.
Tradução: Jean-Yves de Neufville
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Um conflito agrário nos confins da Amazônia suscita preocupação nos meios militares brasileiros
Annie Gasnier
Correspondente no Rio de Janeiro
"Nós confiamos no que decidirá o Supremo Tribunal Federal [STF, a Corte Suprema brasileira], porque essas terras sempre foram ocupadas pelos índios, e que em função disso, portanto, elas são nossas", explica Jacir de Souza. Este índio do povo Macuxi vive na reserva indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, uma terra de discórdia situada nos confins do Brasil, da Venezuela e da Guiana.
O destino de 14 mil índios que pertencem a cinco etnias diferentes depende inteiramente da decisão dos ministros da alta corte, que devem tomar uma decisão a respeito da legalidade da demarcação da sua reserva de 17 mil km2, até o final do mês de agosto. No Brasil, 480 mil índios ainda vivem em conformidade com os seus costumes e tradições, nas 616 reservas que lhes foram concedidas pelo poder federal. Esses territórios ocupam uma superfície total equivalente a 15% do país, e estão situados essencialmente na região da Amazônia.
Contudo, a reserva Raposa Serra do Sol, que foi homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de abril de 2005, depois de um extenso processo que foi conduzido ao longo de vinte anos pela Fundação Nacional do Índio (Funai), continua sendo ocupada por fazendeiros não-índios. Seis plantadores de arroz, liderado por um deles, o político Paulo César Quartiero, detêm a posse de 15 mil hectares e recusam-se a se retirarem dessas terras.
Em abril, quando a Polícia Federal recebeu ordem para evacuar esta área, os "não-índios", ou seja, os fazendeiros e seus empregados, dos quais alguns são índios e mestiços, travaram um confronto violento com as forças da ordem. O Superior Tribunal Federal suspendeu então a operação de evacuação, aceitando examinar um novo recurso apresentado pelo governador de Roraima, que contesta a criação da reserva no seu Estado, cuja população é de 390 mil habitantes, dos quais 10% são índios.
Soberania nacional
O governador José de Anchieta afirma que o território está sendo cobiçado "pelas grandes potências", presentes na Amazônia por intermédio das organizações não-governamentais (ONGs), e posiciona-se em defesa dos fazendeiros, uma vez que as suas plantações representariam 6% do produto interno bruto (PIB) de Roraima. A maioria dos eleitos locais contesta o perímetro da reserva Raposa Serra do Sol, que faz com que 46% da superfície do Estado de Roraima sejam constituídos por reservas indígenas. No dia em que a homologação da reserva fora confirmada, o governador havia decretado jornadas seguidas de luto.
Os opositores à demarcação são atualmente apoiados por militares. Quando a operação de evacuação conduzida pela Polícia Federal estava no seu auge, o comandante da Amazônia, o general Augusto Heleno, questionou "a política do governo para com os índios, que revela ser lamentável, para não dizer caótica", e deu a entender que a reserva Raposa Serra do Sol, onde o Exército de terra posicionou seu 6º pelotão fronteiriço, ameaça a soberania nacional. Segundo ele, o direito dos povos indígenas à autodeterminação, que lhes foi reconhecido em 2007 pelas Nações Unidas, abriria o caminho para o separatismo. Contudo, nos limites do Brasil e da Colômbia, ou da Venezuela, existem outros dois imensos territórios indígenas, os dos tucanos e dos yanomamis, onde nenhum problema que pudesse ser considerado como uma ameaça à integridade do território chegou a ser assinalado.
No Rio de Janeiro, o presidente do Clube Militar, uma associação que congrega as três forças armadas, o general do quadro da reserva Gilberto Figueiredo, explica que os militares defendem a seguinte filosofia: "É preciso integrar os índios à nossa sociedade; a nossa história é a da mestiçagem, e, nesse contexto, a política de demarcação da Funai vai de encontro aos interesses da nação, e ela precisa ser interrompida".
O Ministério da Justiça, encarregado da política para com os índios, multiplicou as reuniões entre os protagonistas deste conflito. "Os índios têm sido vítimas dos mesmos preconceitos desde a colonização, e um parecer desfavorável à criação da reserva Raposa Serra do Sol viria questionar a própria existência de todas as reservas indígenas", avalia Paulo Maldos, um membro do Conselho Indígena Missionário, vinculado à Igreja católica, que se posicionou em defesa dos índios.
Tradução: Jean-Yves de Neufville
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
terça-feira, 12 de agosto de 2008
1
CIDADES Região tem risco zero de invasão Mário Adolfo Filho Da equipe de A CRÍTICA
O risco de uma incursão na Amazônia por grupos invasores de outros países, atualmente, é inexistente. Pelo menos foi o que garantiu o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que esteve ontem de manhã no Município de Caracaraí (RR), onde presenciou demonstrações do poderio militar brasileiro – Exército, Marinha e Aeronáutica. As ações simuladas de combate fazem parta da “Operação Poraquê”.
Segundo o ministro, as Forças Brasileiras têm sérios problemas estruturais em todo o País, porém no cenário mundial não há nenhuma manifestação dando conta de que a Amazônia pode ser invadida. Ele foi enfático em dizer que não há porque fazer alarde, pois a soberania nacional está garantida. “As chances estão abaixo de zero”, disse Jobim. “Não fazemos exercícios de guerra tendo em vista ameaças. O treinamento é importante porque, assim, o País manifesta que está preparado em relação ao seu território.” O Ministério da Defesa faz um levantamento para poder investir no combate ao tráfico de drogas na fronteira. “Se necessário, vamos construir postos em terras indígenas, mesmo que eles não queiram”, afirmou. As atividades das Forças Brasileiras em Caracaraí começaram dia 4 deste mês. Pelo exercício de guerra desenvolvido com a movimentação real de homens e equipamentos, o Brasil representa o País “Verde” e enfrenta o exército inimigo “Amarelo”. A batalha simulada também envolve os municípios de Presidente Figueiredo, Barcelos, Novo Airão e Manaus. As Forças fizeram demonstração do lançamento de suprimentos por aeronaves e depois oito homens soltaram de pára-quedas, simulando a chegada de reforços. Já com a presença do ministro, quatro caças A1 avançaram sobre uma base inimiga blindada a mais de 700 Km/h. O treinamento durou, aproximadamente, duas horas. Ao final, o Comando Combinado afirmou que os três objetivos de ontem haviam sido cumpridos: as conquistas da ponte Rio Branco e do aeródromo e o isolamento de Caracaraí. Logo depois, Nelson Jobim desfilou em cima de um tanque seguido de vários militares e, em seguida, embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). “Vamos otimizar nossas forças com a Polícia Federal para defender nosso território com mais força.” POLÍTICA Instituições fazem suas ‘listas’ de necessidades Dirigentes das instituições federais que atuam na região - como Marinha, Exército e Polícia Federal - foram ouvidos durante audiência da Subcomissão Permanente de Orçamento para a Amazônia Antônio Paulo Da equipe de A CRÍTICA
O Governo Federal tem prazo constitucional de apresentar o Orçamento da União de 2009, ao Congresso Nacional, até o dia 31 de agosto deste ano. Até lá, os membros da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (Caindr) vão trabalhar nas propostas a serem apresentadas ao Ministério do Planejamento e Casa Civil com as necessidades e recursos para as Jobim, de boné, demonstrou, em Caracaraí, o poderio militar do País. A passagem dele pela cidade durou menos de duas horas
A CRÍTICA - AM
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CIDADES Região tem risco zero de invasão Mário Adolfo Filho Da equipe de A CRÍTICA
O risco de uma incursão na Amazônia por grupos invasores de outros países, atualmente, é inexistente. Pelo menos foi o que garantiu o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que esteve ontem de manhã no Município de Caracaraí (RR), onde presenciou demonstrações do poderio militar brasileiro – Exército, Marinha e Aeronáutica. As ações simuladas de combate fazem parta da “Operação Poraquê”.
Segundo o ministro, as Forças Brasileiras têm sérios problemas estruturais em todo o País, porém no cenário mundial não há nenhuma manifestação dando conta de que a Amazônia pode ser invadida. Ele foi enfático em dizer que não há porque fazer alarde, pois a soberania nacional está garantida. “As chances estão abaixo de zero”, disse Jobim. “Não fazemos exercícios de guerra tendo em vista ameaças. O treinamento é importante porque, assim, o País manifesta que está preparado em relação ao seu território.” O Ministério da Defesa faz um levantamento para poder investir no combate ao tráfico de drogas na fronteira. “Se necessário, vamos construir postos em terras indígenas, mesmo que eles não queiram”, afirmou. As atividades das Forças Brasileiras em Caracaraí começaram dia 4 deste mês. Pelo exercício de guerra desenvolvido com a movimentação real de homens e equipamentos, o Brasil representa o País “Verde” e enfrenta o exército inimigo “Amarelo”. A batalha simulada também envolve os municípios de Presidente Figueiredo, Barcelos, Novo Airão e Manaus. As Forças fizeram demonstração do lançamento de suprimentos por aeronaves e depois oito homens soltaram de pára-quedas, simulando a chegada de reforços. Já com a presença do ministro, quatro caças A1 avançaram sobre uma base inimiga blindada a mais de 700 Km/h. O treinamento durou, aproximadamente, duas horas. Ao final, o Comando Combinado afirmou que os três objetivos de ontem haviam sido cumpridos: as conquistas da ponte Rio Branco e do aeródromo e o isolamento de Caracaraí. Logo depois, Nelson Jobim desfilou em cima de um tanque seguido de vários militares e, em seguida, embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). “Vamos otimizar nossas forças com a Polícia Federal para defender nosso território com mais força.” POLÍTICA Instituições fazem suas ‘listas’ de necessidades Dirigentes das instituições federais que atuam na região - como Marinha, Exército e Polícia Federal - foram ouvidos durante audiência da Subcomissão Permanente de Orçamento para a Amazônia Antônio Paulo Da equipe de A CRÍTICA
O Governo Federal tem prazo constitucional de apresentar o Orçamento da União de 2009, ao Congresso Nacional, até o dia 31 de agosto deste ano. Até lá, os membros da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (Caindr) vão trabalhar nas propostas a serem apresentadas ao Ministério do Planejamento e Casa Civil com as necessidades e recursos para as Jobim, de boné, demonstrou, em Caracaraí, o poderio militar do País. A passagem dele pela cidade durou menos de duas horas
A CRÍTICA - AM
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
KK
KK