Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

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Tigershark
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#211 Mensagem por Tigershark » Seg Jul 07, 2008 11:23 am

É exatamente isso que estas ONGs querem:repetir à exaustão que a Amazônia já está intercionalizada para ver se o mundo acredita.Espero uma ação efetiva do governo e das FAs para acabar de vez com essa balela.




GustavoB
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#212 Mensagem por GustavoB » Seg Jul 07, 2008 2:12 pm

"Jobim defendeu ainda a regulamentação das atividades econômicas em terras indígenas e áreas de preservação da Amazônia. Para o ministro, só a legalização das atividades econômicas pode reduzir as irregularidades nessas áreas".

Toda a Amazônia precisa fomento na atividade econômica, crescendo dessa forma em importância para o país, já dizia o Mangabeira. Mais desenvolvimento significa mais integração, mais fiscalização e uma melhor qualidade de vida a todos. Tomando posse dessa área, de fato, o Brasil teria diminuídos seus problemas com os espaços vazios e a preocupação por conta da cobiça internacional àquela área. O mesmo já não se pode dizer quanto ao tráfico e ao controle de fronteiras: mais gente e mais dinheiro pedem necessariamente um maior controle e presença do poder público.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#213 Mensagem por Guerra » Seg Jul 07, 2008 5:52 pm

Tigershark escreveu:É exatamente isso que estas ONGs querem:repetir à exaustão que a Amazônia já está intercionalizada para ver se o mundo acredita.Espero uma ação efetiva do governo e das FAs para acabar de vez com essa balela.

Tem 346 anos 11 meses e 29 dias que as FAs vem chamando a atenção para esse problema. Aqui mesmo no DB eu já vi muita gente rejeitar essa ideia. Imagina no Brasil que não se preocupa com defesa.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Tupi
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#214 Mensagem por Tupi » Seg Jul 07, 2008 6:00 pm

Acho que tá na hora de uma kombi preta passar na casa destes lideres de ONG para fazer uma vizitinha. 8-]





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#215 Mensagem por Edu Lopes » Qui Jul 10, 2008 6:54 pm

Projeto que facilita venda de terras na Amazônia é aprovado

Marina provoca racha no Senado, mas projeto sobre regulamentação fundiária na Amazônia é aprovado

Publicada em 09/07/2008 às 21h12m
Maria Lima - O Globo


BRASÍLIA - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT) provocou um racha na base do governo do Senado, na votação da Medida Provisória que muda a lei de licitações para permitir a ampliação da venda direta de terras da união na Amazônia de 500 para 1500 hectares. Com o apoio de senadores da oposição e da base, ela tentou convencer o relator do projeto, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a acatar uma emenda para excluir da venda sem licitação as áreas de floresta. Sem sucesso. Ele ficou irredutível, alegando que em Roraima, seu estado, havia uma verdadeira conflagração por causa da dificuldade de regularização fundiária.

Apesar do apoio do PSDB e da maioria do PT e outros partidos da base, o projeto de conversão de Jucá foi aprovado com a ajuda dos Democratas, por 37 votos sim e 23 não.

Marina disse que a MP não foi discutida com o Ministério do Meio Ambiente e poderia provocar grandes danos ambientais na Amazônia.

- Estamos abrindo as portas para que as pessoas continuem grilando e depredando as florestas. É dar uma senha para que continuem invadindo a Amazônia - acusou Marina.

- Não é porque a senadora Marina deixou de ser ministra que o presidente Lula vai vender a Amazônia. Tudo vai ser feito com responsabilidade - disse o Jucá.

A senadora Ideli Salvati (PT-SC), líder do bloco, disse que liberaria a bancada e também não obteve sucesso no apelo para que a MP tivesse a votação adiada.

- Enquanto o mundo discute a preservação da Amazônia, aqui , de forma simplista, uma coisa tão importante sai por MP. Vender áreas de floresta até de 1500 hectares sem licitação é o instituir um novo PAI: Plano de Aceleração das Invasões - disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), pediu verificação de quórum, para explicitar quem estava votando a favor e contra.

- Não quero meu nome associado a esse absurdo. O senador Jucá, para resolver um problema do seu estado, quer resolver um problema de 120 anos em 120 minutos - protestou Cristovam.

No meio da discussão o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu que ligassem para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para tentar adiar a votação. Também sem sucesso.

- Acho interessante a gente ligar para o ministro Minc para saber o que ele acha disso. Porque a Marina sabe o que está dizendo - disse Simon.

O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), encaminhou favoravelmente á aprovação da MP. E ironizou a divisão da base:

- Estamos vendo aqui uma discussão inusitada. É governo contra governo, Kramer versus Kramer.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 181268.asp




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#216 Mensagem por Tigershark » Qua Jul 16, 2008 5:00 pm

16/07/2008 - 16h27 - Atualizado em 16/07/2008 - 16h30

Lula, Morales e Chávez assinarão acordo para proteção da Amazônia
Da EFE

La Paz, 16 jul (EFE) - Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela) assinarão na próxima sexta-feira um convênio de desenvolvimento e proteção da Amazônia, informou hoje o Governo boliviano.



O encontro ocorrerá na localidade amazônica de Riberalta, cerca de 900 quilômetros ao nordeste de La Paz, perto da fronteira com o Brasil, onde espera-se que os líderes permaneçam por quatro horas.



Os três presidentes assinarão uma declaração com o compromisso de apoiar o desenvolvimento e a proteção do equilíbrio ecológico da Amazônia, e de coordenar uma ajuda técnica e econômica, assinalou hoje o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.



Além disso, Morales e Lula assinarão um convênio para concretizar um empréstimo brasileiro de US$ 230 milhões destinado à construção de uma estrada de 508 quilômetros, que permitirá unir os departamentos de La Paz, Beni e Pando.



Quintana acrescentou, em declarações ao canal estadual de televisão realizadas em Riberalta, que os presidentes Morales e Chávez firmarão um acordo econômico, mas não deu detalhes sobre o mesmo.



O funcionário ressaltou ainda que está "contente e satisfeito" com as organizações sociais regionais de Riberalta que coordenam as boas-vindas aos governantes.



No entanto, o líder cívico opositor dessa localidade Marco Jauregui expressou à imprensa seu desacordo com a visita de Chávez a Riberalta e com a possível presença de militares venezuelanos que o acompanharão. EFE




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#217 Mensagem por LEO » Qua Jul 16, 2008 8:49 pm

Tigershark escreveu:Lula, Morales e Chávez assinarão acordo para proteção da Amazônia
Não sei porque, mas não confio...

Além disso, Morales e Lula assinarão um convênio para concretizar um empréstimo brasileiro de US$ 230 milhões destinado à construção de uma estrada de 508 quilômetros, que permitirá unir os departamentos de La Paz, Beni e Pando.
Pagando, por mim tudo bem. :wink:




"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar

http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#218 Mensagem por GustavoB » Qui Jul 17, 2008 11:29 am

Agência Brasil - 17 de julho

Menos da metade das pesquisas sobre Amazônia são produzidas por brasileiros

Luana Lourenço
Enviada Especial

Campinas (SP) - Apenas 30% das pesquisas sobre a Amazônia têm a participação de pelo menos um pesquisador com residência no Brasil. O dado foi apresentado hoje (16) pelo pesquisador do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Adalberto Luís Val durante a 60° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
“Se soberania hoje é informação, esse é o tamanho da soberania que temos sobre a região. Temos que fixar recursos humanos na Amazônia, o que vai proporcionar a retaguarda para uma ação na Amazônia confiável, justa, sustentável, que é o que precisamos”, apontou Val, ao defender a necessidade urgente de aumentar a quantidade de doutores na região como uma questão estratégica para o desenvolvimento do país.
O pesquisador, que participou de encontro com parlamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, detalhou a proposta da Academia Brasileira de Ciências (ABC) – entregue recentemente aos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger – para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico na região e atrair pesquisadores de alto nível para a floresta.
Com pequeno aumento do percentual dos investimentos para ciência e tecnologia, Val defende que é possível formar pelos menos 2,1 mil novos doutores na região até 2011 e expandir o número de universidades e centros de pesquisa na Amazônia.
“A Amazônia ocupa quase 60% do território brasileiro e responde por 7,8% do Produto Interno Bruto do país. Mesmo assim, os recursos em ciência e tecnologia para a região são apenas 2% do total nacional. A Amazônia é uma questão nacional, não pode ser tratada isolada do desenvolvimento do país como um todo”, argumentou.
A presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), afirmou que a proposta da ABC contará com o apoio político do Congresso Nacional e defendeu a adoção de novos parâmetros em ciência e tecnologia para a Amazônia para reduzir as desigualdades regionais da produção de conhecimento do país, com respeito às “características peculiares” da região.
“Essa biodiversidade da Amazônia tem que trazer distribuição da riqueza para as comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, mulheres agricultoras, parteiras, castanheiras e pescadores. Enfim, a população como um todo”, ponderou.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#219 Mensagem por GustavoB » Qui Jul 17, 2008 4:24 pm

Venda de terras indígenas para empresa norte-americana é anulada

Mais de três milhões de hectares negociados eram grilados e são parte de reserva.
Decisão é resposta à ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal no Pará.

Do G1, em São Paulo

A Justiça Federal de Marabá, sudeste do Pará, anulou definitivamente a compra e venda de 3,88 milhões de hectares de terra em São Félix do Xingu (PA) por uma empresa estrangeira e sua filial nacional. As terras negociadas eram griladas e fazem parte da reserva indígena kayapó.
A decisão é uma resposta à ação civil pública proposta pela Procuradoria da República do mesmo município.
Segundo o site do Ministério Público Federal (MPF), o suposto proprietário das terras e seu representante nas negociações, a empresa norte-americana e sua filial no Brasil, além da dona do Cartório de São Felix do Xingu são apontados como os responsáveis pela venda das terras e réus do processo.
"O MPF está atento aos milhões de hectares grilados na região. Grande parte do desmatamento na Amazônia é causado por ocupações irregulares de terras públicas, seja por posseiros ou mesmo empresas estrangeiras. O poder público precisa aumentar a retomada de terras se quiser efetivamente controlar a floresta”, afirma o procurador da República Marco Mazzoni.

Histórico
A movimentação desse processo começou em setembro de 2000. Um mês após o início da tramitação, foi aprovada a tutela antecipada pedida pelo procurador da República responsável pelo caso na época, Ubiratan Cazetta, impedindo que as terras fossem ocupadas pela empresa americana e sua filial nacional.
A sentença saiu no último dia 10 de junho. O juiz federal da Marabá, Carlos Henrique Haddad, finalizou a tramitação processual, anulando definitivamente todos os negócios, registros e averbações da compra das propriedades denominadas Fazenda Santa Margarida e Fazenda Carapanã.
O registro dos donos atuais e passados da terra apresentado pelos réus foi considerado falso pelo juiz, além de imagens de satélite e informações do Incra confirmarem que as fazendas estão inseridas na reserva indígena.
Na sentença, o juiz também questiona o valor pelo qual foi negociado as duas fazendas, que seria muito baixo.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#220 Mensagem por Marino » Qui Jul 24, 2008 6:11 pm

Advogado diz que militares em terra indígena é inconstitucional

Agência Brasil

BRASÍLIA - O advogado do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Claudio Luiz Beirão, afirmou nesta quarta-feira que o decreto que prevê a instalação de unidades militares permanentes em terras indígenas localizadas em fronteiras é inconstitucional. O Decreto nº 6.513 foi publicado também, no Diário Oficial da União (DOU).

- O presidente da República não poderia editar um decreto direto e autônomo em relação à Constituição Federal. Tinha que ter uma lei complementar dizendo que há interesse público da União e aí sim um decreto regulamentando essa lei complementar. Esta é a inconstitucionalidade - afirmou.

Beirão criticou, ainda, a falta de estudo “étnico, antropológico e social” para avaliar os impactos da instalação de bases militares em terras indígenas. Segundo ele, os povos indígenas também deveriam ser consultados. - A convenção 169 da OIT [Organização Internacional do Trabalho] diz que toda medida administrativa e legislativa só pode se efetivar se tiver consulta - ressaltou.

Para o coordenador geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, a instalação de pelotões dentro das comunidades vai perturbar a tranqüilidade dos indígenas. - Que façam as bases em locais isolados. Já chega de tantos problemas - concluiu.

Na opinião do ministro da Defesa, Nelson Jobim, não haverá conflitos entre militares e indígenas, já que 70% dos soldados que servem nos batalhões de selva são índios.

O Decreto nº 6.513 diz que o Ministério da Defesa tem 90 dias para apresentar à Presidência da República o plano inicial de trabalho para a instalação das bases militares. Após a aprovação, serão definidos o orçamento e o início das ações.

A norma acrescenta dados sobre a construção de postos permanentes ao texto do Decreto nº 4.412, publicado em 2002, que define a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal em terras indígenas.

=======================================================

General quer recrutar índios para proteger Amazônia

Portal Terra

MANAUS - O chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia (CMA), general João Carlos de Jesus Corrêa, defendeu a presença de índios entre o efetivo das tropas que protegem a região da selva amazônica. Segundo ele, a incorporação de indígenas à tropa garantiria a vantagem do apoio da população local. Ele afirmou ainda que os recrutas índios somados a outros militares formariam uma combinação de 'letalidade única', que une familiaridade com o terreno e alta perícia de combate.

Apesar do alto nível de preparo do efetivo, o general ressalta a necessidade de investimentos em equipamentos para as Forças Armadas. Segundo ele, mobilidade aérea do Exército na região, que abrange seis Estados e 3,6 milhões de km² (ou 42% do território do país) e é considerada prioritária na estratégia nacional de defesa, está restrita a 12 helicópteros.

De acordo com Corrêa, pela impossibilidade de mobilização por terra, devido ao terreno, a capacidade de sobrevoar a selva amazônica é 'vital para dar condição de resposta imediata a qualquer ameaça'.

A frota de helicópteros do CMA se divide em quatro Black Hawks, quatro Cougars e quatro Panteras, que periodicamente precisam ser retirados de atividade para manutenção. Corrêa acredita que o mínimo necessário para dar melhores condições de operação na selva seria o dobro deste número. - Nosso poderio atual é como um poodle colocado para vigiar uma mansão no bairro dos Jardins - disse.

Em 2008, de acordo com o comandante em exercício, subordinado ao general Augusto Heleno, o CMA soma 25 mil homens para exercícios e eventuais operações na região. O general cita, entre os vizinhos com maior potencial militar, a Venezuela, pelos recentes investimentos de petrodólares no Exército, e a Colômbia, pelo know how adquirido em 40 anos de combate às Farc e as parcerias com os Estados Unidos para impor as recentes derrotas à narcoguerrilha, nenhum dos quais é considerado potencial ameaça.

O CMA revela que a estratégia de defesa do Brasil em caso de invasão de um inimigo de 'poder incontestavelmente superior' seria a de resistência, como a do exército vietnamita e a do iraquiano contra os EUA. - Nossa força seria o apoio da população local. Conduziríamos a operações não-convencionais para anular no invasor a vontade de seguir combatendo - diz.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#221 Mensagem por bruno mt » Qui Jul 24, 2008 7:48 pm

Marino escreveu:Advogado diz que militares em terra indígena é inconstitucional

Agência Brasil

BRASÍLIA - O advogado do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Claudio Luiz Beirão, afirmou nesta quarta-feira que o decreto que prevê a instalação de unidades militares permanentes em terras indígenas localizadas em fronteiras é inconstitucional. O Decreto nº 6.513 foi publicado também, no Diário Oficial da União (DOU).

- O presidente da República não poderia editar um decreto direto e autônomo em relação à Constituição Federal. Tinha que ter uma lei complementar dizendo que há interesse público da União e aí sim um decreto regulamentando essa lei complementar. Esta é a inconstitucionalidade - afirmou.

Beirão criticou, ainda, a falta de estudo “étnico, antropológico e social” para avaliar os impactos da instalação de bases militares em terras indígenas. Segundo ele, os povos indígenas também deveriam ser consultados. - A convenção 169 da OIT [Organização Internacional do Trabalho] diz que toda medida administrativa e legislativa só pode se efetivar se tiver consulta - ressaltou.

Para o coordenador geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, a instalação de pelotões dentro das comunidades vai perturbar a tranqüilidade dos indígenas. - Que façam as bases em locais isolados. Já chega de tantos problemas - concluiu.

Na opinião do ministro da Defesa, Nelson Jobim, não haverá conflitos entre militares e indígenas, já que 70% dos soldados que servem nos batalhões de selva são índios.

O Decreto nº 6.513 diz que o Ministério da Defesa tem 90 dias para apresentar à Presidência da República o plano inicial de trabalho para a instalação das bases militares. Após a aprovação, serão definidos o orçamento e o início das ações.

A norma acrescenta dados sobre a construção de postos permanentes ao texto do Decreto nº 4.412, publicado em 2002, que define a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal em terras indígenas.

=======================================================

General quer recrutar índios para proteger Amazônia

Portal Terra

MANAUS - O chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia (CMA), general João Carlos de Jesus Corrêa, defendeu a presença de índios entre o efetivo das tropas que protegem a região da selva amazônica. Segundo ele, a incorporação de indígenas à tropa garantiria a vantagem do apoio da população local. Ele afirmou ainda que os recrutas índios somados a outros militares formariam uma combinação de 'letalidade única', que une familiaridade com o terreno e alta perícia de combate.

Apesar do alto nível de preparo do efetivo, o general ressalta a necessidade de investimentos em equipamentos para as Forças Armadas. Segundo ele, mobilidade aérea do Exército na região, que abrange seis Estados e 3,6 milhões de km² (ou 42% do território do país) e é considerada prioritária na estratégia nacional de defesa, está restrita a 12 helicópteros.

De acordo com Corrêa, pela impossibilidade de mobilização por terra, devido ao terreno, a capacidade de sobrevoar a selva amazônica é 'vital para dar condição de resposta imediata a qualquer ameaça'.

A frota de helicópteros do CMA se divide em quatro Black Hawks, quatro Cougars e quatro Panteras, que periodicamente precisam ser retirados de atividade para manutenção. Corrêa acredita que o mínimo necessário para dar melhores condições de operação na selva seria o dobro deste número. - Nosso poderio atual é como um poodle colocado para vigiar uma mansão no bairro dos Jardins - disse.

Em 2008, de acordo com o comandante em exercício, subordinado ao general Augusto Heleno, o CMA soma 25 mil homens para exercícios e eventuais operações na região. O general cita, entre os vizinhos com maior potencial militar, a Venezuela, pelos recentes investimentos de petrodólares no Exército, e a Colômbia, pelo know how adquirido em 40 anos de combate às Farc e as parcerias com os Estados Unidos para impor as recentes derrotas à narcoguerrilha, nenhum dos quais é considerado potencial ameaça.

O CMA revela que a estratégia de defesa do Brasil em caso de invasão de um inimigo de 'poder incontestavelmente superior' seria a de resistência, como a do exército vietnamita e a do iraquiano contra os EUA. - Nossa força seria o apoio da população local. Conduziríamos a operações não-convencionais para anular no invasor a vontade de seguir combatendo - diz.
Sempre tem um infeliz pra caga em cima.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#222 Mensagem por Morcego » Sex Jul 25, 2008 7:22 pm

Senhores a SOLUÇÃO amazonica passa pela total e completa desautorização da atividade de ONG´s, sendo considerada a presença de qualquer estrangeiro nas terras indigenas como CRIME DE ESPIONAGEM, sendo os estrangeiros presos e tratados como tal.

Outro sim, a ocupação militar deve subir exponêncialmente, bem como o investimento e colonização economica da area, ou seja, transformar a população local e a região em sí, em ECONOMICAMENTE VIAVEL, dentro de nossas leis.

TORNA-SE INADIAVEL DECRETAR UMA QUARENTENA PREVENTIVA, RETIRANDO TODO ESTRANGEIRO DA REGIÃO QUE ESTEJA LA PARA TURISMO E OU ATIVIDADE SOCIAL, podendo os mesmos permanecer no local apenas para trabalho especifico como em uma barragem ou uma industria.

Atitudes radicais, pois os riscos comecam a se tornar RADICAI TB.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#223 Mensagem por Marino » Seg Jul 28, 2008 7:11 pm

Guerra declarada contra os índios brasileiros





Existe uma guerra declarada contra os índios brasileiros. O primeiro sinal dessa guerra foi uma entrevista do líder dos arrozeiros invasores de terras indígenas vizinhas ao Estado de Roraima, dizendo, sem rodeios, que um grupo de ex-Policiais Militares tinha sido contratado para constituir uma força armada, destinada a resistir a tentativas de fazer cumprir, com o apoio da Polícia Federal, decisão judicial determinando a desocupação da área invadida.

Além dessa informação, que já caracterizava o crime de desobediência, acrescentava o mesmo líder dos invasores que havia um plano de destruição de pontes e obstrução de estradas por meios violentos, tendo sido exibido, por meio da imprensa, um depósito de armas e explosivos, destinados a essa operação. Era a guerra aos índios, que por disposição expressa da Constituição têm direito à ocupação permanente daquelas terras invadidas pelos arrozeiros e ao usufruto exclusivo das riquezas nelas existentes.

Depois disso, um general do Exército brasileiro deu um passo a mais na operação de guerra, fantasiando uma absolutamente improvável proclamação de um chefe índio Yanomami, declarando-se Imperador, como um novo Bonaparte, constituindo uma Nação, o que, na linguagem imprecisa e anacrônica do general seria sinônimo de Estado soberano, no estilo do Congresso de Viena, de 1815. E o general afirmou seu firme propósito de combater aquele Império, defendendo a soberania brasileira.

Um grupo de oficiais reformados aplaudiu a heróica proclamação, mesmo sem ter qualquer dado objetivo que indicasse a existência de risco à soberania brasileira em decorrência da ocupação indígena de uma parcela do território vizinha ao estado de Roraima.

Se tivessem procurado conhecer um pouco mais da história da ocupação indígena ficariam sabendo que ninguém melhor dos que os índios defende a propriedade da União sobre a qual, nos termos do artigo 231 da Constituição, têm o direito de ocupação exclusiva. Tomariam conhecimento de que sempre que alguém, não importa se brasileiro ou estrangeiro ou com qual propósito, invade suas terras os índios denunciam imediatamente a invasão e procuram as autoridades federais para que assegurem os direitos estabelecidos na Constituição.

Foi o que fizeram em fevereiro deste ano, quando uma comissão de Deputados Federais, da bancada das mineradoras, penetrou na área Yanomami sem prévia comunicação aos índios. Um grupo de Yanomamis foi imediatamente a Brasília e entregou um protesto à Câmara dos Deputados, exigindo o respeito às disposições constitucionais. Assim, os índios não só defendem a soberania brasileira como também exigem a obediência aos dispositivos da Constituição da República Federativa do Brasil.

A guerra aos índios continua e agora um infeliz decreto do Presidente da República -decreto número 6513, de 22 de Julho de 2008- estabeleceu que o Comando do Exército deverá instalar unidades militares permanentes, além das já existentes, nas terras indígenas situadas na faixa de fronteira. Tem-se aí uma despesa absolutamente inútil, para objetivo que não tem qualquer justificativa.

Parece que foi para isso que o heróico general proclamou dramaticamente que a ocupação indígena criava um risco para a soberania brasileira. Além de tudo, existem vários registros de violências contra índios e suas comunidades praticadas por militares estacionados ao lado de áreas indígenas, incluindo violências contra mulheres indígenas. E os fatos recentes ocorridos no Rio de Janeiro, quando soldados do Exército, desempenhando funções policiais sem terem qualquer preparo para isso, entregaram alguns jovens a traficantes assassinos como "um presentinho", levam inevitavelmente à conclusão de que os índios, defensores históricos da soberania brasileira necessitam do apoio dos que desejam que o Brasil seja, efetivamente, um Estado Democrático de Direito.

kicker: Há vários registros de violências contra índios praticadas por militares, incluindo violências contra mulheres indígenas.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Dalmo Dallari - Jurista e professor da Universidade de São Paulo)




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#224 Mensagem por jauro » Seg Jul 28, 2008 7:57 pm

Só podia partir do advogado do CIMI.
Não me surpreenderia se ele conhecesse a Amazônia só pelo Google.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#225 Mensagem por Edu Lopes » Ter Jul 29, 2008 1:43 pm

Não gosto do Hélio Fernandes não, mas o texto tá legal.
Poderosos do mundo querem a Amazônia

Brasileiros se omitem

Grupo dos 100, que se julgam donos do mundo: "Só a internacionalização pode salvar a Amazônia". Deputados e senadores da Itália, pátria da "corrupção endêmica" de que falou outro corrupto, o presidente Clinton: "A destruição da Amazônia será a destruição do mundo".

Ecologistas da Alemanha, reunidos em Congresso: "A única salvação para a Amazônia brasileira é a sua internacionalização".

Mikhail Gorbachov, traidor do seu próprio país, a União Soviética, que entregou de mãos beijadas aos piores interesses multinacionais: "O Brasil deve ceder parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes".

François Mitterrand, quando acabava de obter o segundo mandato de presidente da França, com pequeníssima margem de diferença, no segundo turno: "O Brasil precisa aceitar uma soberania sobre a Amazônia. Mesmo que seja uma soberania relativa".

Ecologistas reunidos nos EUA: "Dois terços do oxigênio do mundo vêm da Amazônia do Brasil. Eles não podem ser o pulmão do mundo, pois não têm competência para isso".

Warren Cristopher, secretário de Estado dos EUA, da mesma linha de John Foster Dulles, Kissinger e outros: "Temos que aproveitar a liderança dos EUA para impor nos países da Amazônia, principalmente o Brasil, a diplomacia da força. E com isso ficarmos com a Amazônia do Brasil".

Outro grupo de verdes da França, ditos democráticos, mas na verdade mantidos por multinacionais exploradoras: "A Amazônia, principalmente a do Brasil, tem que ser intocável, pois é o verdadeiro banco de reservas florestais da humanidade".

Margaret Thatcher, baronesa da privatização mundial, 13 anos no poder na Inglaterra e hoje no mais completo ostracismo: "Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas externas, que vendam seus territórios, suas riquezas, suas fábricas, suas reservas". (O "conselho-intimação-intimidação" de Dona Thatcher está sendo seguido fielmente pelo governo FHC).

Conselho Mundial de Igrejas Cristãs: "A Amazônia é um patrimônio da humanidade. A posse dessa área colossal pelo Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador não pode ser permanente".

Grupos multinacionais, reunidos nos EUA, a pretexto de defender o direito dos índios ianomâmis a terras que correspondem ao território de 27 Bélgicas: "É preciso ratificar e defender o direito dos índios ianomâmis a territórios que pertencem a eles, na fronteira com a Venezuela".

PS - Isso é o que alguns grupos multinacionais e seus testas-de-ferro dizem da Amazônia. E o que poderíamos dizer deles? Pois fiquem sabendo que defenderemos a Amazônia como os chineses defenderam Porto Artur em 1905 da invasão estrangeira: com a própria vida.

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/col ... luna=helio




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