Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#196 Mensagem por ademir » Sex Jun 27, 2008 4:58 pm

País ignora o que ocorre em 14% da Amazônia, diz Incra
Prato cheio nas mãos de grileiros...

O caminho para manter um projeto sustentavel para a Amazonia, certamente é levar mais a serio estas questões referente a propriedade da terra, para que não caia nas mãos de gringos, como ja aconteceu com boa parte da amazonia.... :?




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Junker
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#197 Mensagem por Junker » Dom Jun 29, 2008 11:21 pm

Duas do Jornal do Brasil:
ONGs estão roubando os índios
Sete organizações estrangeiras são acusadas de cometer diversos atos ilícitos na região
Vasconcelo Quadros

A Polícia Federal abriu vários inquéritos para investigar irregularidades apontadas no levantamento do Ministério da Justiça sobre a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) com atuação na Amazônia. De relação de 25 entidades encaminhadas à Secretaria Nacional de Justiça e à Polícia Federal, pelo menos sete constam como problemáticas e passíveis de investigação por suspeitas que vão de desvio de recursos públicos a introdução de rituais religiosos estranhos à cultura indígena.

As entidades relacionadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e que passarão por uma triagem da Polícia Federal são a Amazon Conservation (ACT), Comissão Pró-Yanomami (CCPY), Conselho Indígena do Vale do Javari (Civaja), Coordenação da União dos Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas (Cunpir), Jovens Com Uma Missão (Jocum), Movimento Novas Tribos do Brasil (MNTB) e a Cool Earth, ONG de origem inglesa, cujo co-fundador, o sueco Johan Eliasch é acusado de danos ao meio ambiente e suspeito de ter usado entidades de fachada para comprar terras no Amazonas. Eliasch inventou um conceito, áreas adotadas, para estimular empresários estrangeiros a comprar terras na região.

Cultura indígena
A ACT teria feito campanhas para compra de terras e se apropriado de conhecimentos tradicionais indígenas a serviço de laboratórios estrangeiros de cosméticos. A CCPY também teria se prestado a esse tipo de trabalho. A Jocum teria interferido na cosmovisão indígena, introduzindo rituais estranhos à etnia suruaha, no Amazonas. Uma das mais antigas seitas religiosas com atuação na Amazônia, a americana MNTB, é suspeita de ter feito prospecção de minério, contrabando e espionagem.

O grupo de trabalho coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça recebeu, também, dezenas de denúncias listando outras entidades que estariam agindo à margem da lei, cujos nomes também foram repassados à Polícia Federal. Uma delas, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Econômico (Abradese), sediada em Colinas do Tocantins (TO), teria recebido, em 2004, R$ 2 milhões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), sem realizar os serviços prometidos em assentamentos rurais do município.

A denúncia foi retirada de um ofício encaminhado pela Prefeitura de Colinas com os nomes dos supostos beneficiados, os ex-prefeitos José Santana Neto e Gilson Pereira da Costa, ambos do PT.
– Parte do dinheiro foi desviado para a campanha eleitoral do PT – disse ao Jornal do Brasil a prefeita Maria Helena das Dores (PP).
– Não temos nada com esse assunto, não fazemos parte da entidade e nem sei porque fomos citados – defende-se Costa.
Segundo ele, a Abradese abriu estradas em assentamentos e ainda teria dinheiro a receber do Incra. A entidade, segundo afirma, é dirigida por um filiado do partido no Tocantins, Antônio Carlos Montandon, que mora em Palmas.

Comparado ao montante que o governo federal liberou nos últimos oito anos para ONGs em geral, o repasse do Incra à ONG de Colinas do Tocantins é irrisório. Dados da Controladoria Geral da União (GCU) aponta que nos últimos quatro anos do governo Fernando Henrique Cardoso e no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em valores atualizados, a montanha de dinheiro alcançou a espetacular cifra de R$ 48,02 bilhões – uma média de R$ 6 bilhões por ano – sem que as entidades tenham prestado conta sobre a execução dos convênios.
– O paradoxo é que todas as que recebem dinheiro do governo se apresentam como entidades sem fins lucrativos – diz o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior.

No levantamento feito pelo grupo de trabalho criado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para diagnosticar a atuação das ONGs na Amazônia há fartura de denúncias: desvio de dinheiro público, entidades que servem de fachada para estrangeiros na compra de terras, espionagem, apropriação de conhecimentos tradicionais das etnias, evangelização e aculturação forçadas e exploração de recursos minerais.
Documento secreto identifica 100 mil no país

Embora não existam dados confiáveis sobre o número de organizações não-governamentais (ONGs) que agem na Amazônia Legal, o levantamento feito pelo Ministério da Justiça para depurar o chamado terceiro setor mostra que mais de 88% das entidades agem à margem da lei, alternando a clandestinidade com o desvio de finalidade.
O universo das ONGs cadastradas e, portanto, com autorização legal para agir, é ainda menor que os cerca de 12% das entidades que, pelo menos na teoria, são cadastradas e seguem o propósito de seus próprios estatutos. O grupo de trabalho identificou 12.201 entidades tituladas em todo o país e, destas, 469 distribuídas pelos nove Estados amazônicos.

As entidades de origem estrangeira cadastradas e com autorização para atuar na Amazônia são 27, mas até as árvores sabem que o número é infinitamente maior. Num levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) para aferir os repasses do governo com o terceiro setor, apareceu uma listagem com 270 mil nomes de entidades. Informações extra-oficiais das Forças Armadas, que deverão chegar oficialmente ao Ministério da Justiça, dão conta, no entanto, que existem em todo o país – livres e sem qualquer controle estatal – mais de 100 mil ONGs, uma boa parte delas de origem estrangeira e com atuação firme em áreas que vão do meio ambiente a questões indígenas.

É nas estrangeiras que mora o perigo. O relatório do grupo de trabalho que se debruçou sobre o assunto nos últimos sete meses encontrou fartos indícios de ações ilegais que afetam a soberania do país em decorrência da exploração ilegal dos recursos naturais, interferência indevida em comunidades indígenas e, o mais grave, o uso de entidades de fachada para compra ou venda de terras a estrangeiros. Os dois órgãos encarregados dessas áreas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) – ligada ao próprio Ministério da Justiça – e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo policiais que participaram dos estudos, são inoperantes e dão a criminosos um tratamento humanitário.

Vistos de turista
Estrangeiros entram em aldeias indígenas com visto de turista para trabalhar. O dado mais chocante é que em toda a Amazônia Legal apenas sete organizações estrangeiras têm autorização do Ministério da Justiça quando a estimativa real aponta mais de 70 conhecidas.
Muitas entidades que entram ilegalmente na região ainda recebem recursos públicos. Em nome do meio ambiente ou de solidariedade às etnias que habitam a Amazônia, ONGs estrangeiras corrompem os índios para se apropriar de conhecimentos tradicionais e, assim, levantar informações sobre a riqueza do subsolo amazônico. Um dos grandes méritos do relatório é a mea culpa do estado brasileiro em reconhecer que não tem nenhum controle sobre o terceiro setor.

O relatório produzido pela Secretaria Nacional de Justiça propõe a extinção do conceito ONG e a criação de novas terminologias para classificar as entidades interessadas em desenvolver trabalho em áreas indígenas ou reservas de proteção ambiental. Todas elas passariam a ser tratadas com apenas três designações: Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), Utilidade Pública Federal (UPF) e Organizações Estrangeiras (OEs).
– O conceito de ONG é muito amplo e genérico. Não há como exercer um controle se não restringir – diz o secretário Romeu Tuma Júnior, que coordenou o grupo de trabalho e encaminhou a sugestão para o ministro Tarso Genro.

O Ministério da Justiça deverá abrir, em seu portal, uma consulta pública e depois encaminhará o texto de um decreto ao presidente Lula. A idéia inicial é que uma nova legislação entre em vigor dentro de 90 dias.
– Depois disso, aquelas que não se enquadrarem, passam a ser tratadas como clandestinas – diz Tuma.
É duro... :evil:




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rodrigo
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#198 Mensagem por rodrigo » Seg Jun 30, 2008 2:36 pm

30/06/2008 - 09h06
Brasil "precisa de ajuda" contra desmate, diz Tony Blair
AFRA BALAZINA
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Tóquio

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair defendeu o álcool de cana na reunião de parlamentares do G8+5 (as oito maiores potências do mundo e os cinco grandes países emergentes, entre eles o Brasil), que trata de aquecimento global, em Tóquio. E opinou que, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrar seu esforço em proteger a Amazônia, o aumento do desmatamento indica que o Brasil precisa da ajuda de outros países no combate à destruição da floresta.

A fala de Blair ocorreu no mesmo dia em que o fórum parlamentar fechou um documento de recomendações aos líderes do G8+5 pedindo mecanismos de mercado para as emissões de CO2 evitadas pela floresta em pé. O Brasil é contra tais mecanismos, tendo criado um fundo voluntário para que nações ricas recompensem o país pela redução no desmate --o Fundo Amazônia.

Questionado pela Folha sobre o aumento do desmatamento na Amazônia nos últimos meses, ele respondeu que "o presidente Lula está mostrando liderança nessa questão, mas é importante que a comunidade internacional dê apoio ao Brasil para conter a devastação da floresta".

O ex-premiê, que virou uma espécie de lobista do tema mudança climática, entregou na sexta-feira um documento ao premiê japonês, Yasuo Fukuda, sugerindo como avançar nas negociações do regime de combate ao aquecimento global após 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto.

Em seu discurso ontem, ele ressaltou que, como o desmatamento representa 20% das emissões globais, são necessários fundos e programas específicos para tratar a questão.

O documento de consenso dos parlamentares do G8+5 cita as ações contra o desmatamento como "essenciais" nos acordos pós-Kyoto.

Segundo o documento, os países com florestas tropicais têm muito a ganhar dos potenciais mecanismos de mercado que transfiram fundos pela manutenção da floresta em pé.

"Tais mecanismos de mercado devem ser uma parte de uma abordagem mais ampla para o desenvolvimento de um pagamento por serviços de ecossistema", diz o relatório.

O material de consenso será entregue hoje a Fukuda, para ser levado à reunião do G8 em Hokkaido no próximo dia 7. Segundo participantes ouvidos pela reportagem, a discussão sobre os biocombustíveis ainda não é considerada madura o suficiente para integrar um documento desse tipo.

Como metas de longo prazo, os parlamentares concordam em redução de emissões entre 25% e 40% (em relação a 1990) até 2020 e de ao menos 60% a 80% de redução até 2050. "Metas duras criam demanda no mercado de carbono, promovendo incentivo para inovação e investimento em fontes de energia com baixa produção de carbono", diz o texto.

Certificação

Os parlamentares do G8+5 têm grupos de trabalhos sobre biocombustíveis, desmatamento ilegal, eficiência, adaptação, e tecnologia.

O grupo de biocombustíveis, liderado pelo deputado brasileiro Antonio Palocci, propõe a criação de uma certificação única. A certificação deveria levar em conta todo o ciclo de redução de emissão de CO2 comparado com os combustíveis fósseis. Outro item seria não usar terra com florestas e "grande biodiversidade" para a produção de biocombustíveis.

Recomenda-se também a revisão de subsídios no setor. Otaviano Canuto, vice-presidente para países do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), afirma que o banco iniciará um projeto-piloto com a criação de critérios de certificação do etanol da cana.

Depois, o modelo poderá ser seguido para outros tipos de biocombustíveis. De forma genérica, os parlamentares sugerem que os países do G8 desenvolvam opções de financiamento do manejo de florestas baseado no pagamento de serviços florestais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 7549.shtml




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rodrigo
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#199 Mensagem por rodrigo » Ter Jul 01, 2008 10:56 am

01/07/2008 - 08h24
Brasil é líder total em desmatamento, mostra novo estudo
CLAUDIO ANGELO
Editor de Ciência da Folha de S.Paulo

As florestas tropicais do mundo todo encolheram o equivalente a mais de um Estado de São Paulo entre 2000 e 2005. E quase metade dessa destruição aconteceu --onde mais?-- no Brasil.

Os dados são de um estudo americano publicado na edição de hoje da revista "PNAS". Eles mostram que, nesses cinco anos, o país foi campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação.

A análise, justiça seja feita, não capturou todo o período no qual o desmatamento esteve em queda no país (entre julho de 2004 e agosto de 2007).

Mesmo assim, com 3,6% de perda na Amazônia em relação ao total de floresta que havia em pé no ano 2000, o país ganhou até da Indonésia --dona da indústria madeireira mais predatória do mundo. Na África, onde a pressão do agronegócio industrial ainda não chegou, a taxa foi de 0,8%.

O estudo, liderado por Mathew Hansen, da Universidade do Estado de Dakota do Sul, contabilizou 272 mil quilômetros quadrados de florestas perdidas na América Latina, na África e no Sudeste Asiático.

A fatia do leão coube ao Arco do Desmatamento brasileiro, em especial Mato Grosso. "Por área, o Brasil responde por 47,8% de toda a derrubada de florestas tropicais, quase quatro vezes mais do que o segundo maior [desmatador], a Indonésia, que tem 12,8% do total", dizem os pesquisadores.

Apesar de sistemas de monitoramento do desmatamento não serem novidade nenhuma para um país como o Brasil, o novo trabalho é um dos primeiros a estipular a área desmatada nesse bioma no mundo todo.

Esse tipo de monitoramento é crucial numa época em que o mundo reconhece a importância do desmatamento como fonte de gases-estufa e que países tropicais pleiteiam receber dinheiro na forma de créditos de carbono por controlá-lo.

"Muitos países não têm sistemas como o do Brasil, então a abordagem pode ser útil na capacitação para monitorar florestas", disse à Folha Ruth DeFries, da Universidade de Maryland, co-autora do estudo.

DeFries e colegas desenvolveram uma metodologia que combina imagens dos satélites Modis (mais rápidos) e Landsat (mais preciso). Em vez de olhar imagem por imagem de país por país, o grupo pegou uma amostra limitada de imagens e extrapolou o desmatamento para regiões vizinhas. "É uma abordagem estatística" diz Carlos Souza Jr., do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que já trabalhou com DeFries.

Segundo ele, a correlação encontrada pelo grupo foi "muito boa". Ou seja, a notícia é muito ruim.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 7940.shtml




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#200 Mensagem por Edu Lopes » Qua Jul 02, 2008 8:48 am

Jobim quer reforçar presença do Exército nas fronteiras

Publicada em 01/07/2008 às 19h43m
Reuters


BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pretende apresentar em setembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um programa para reforçar a presença do Exército nas fronteiras brasileiras na Amazônia. Segundo Jobim, o projeto constará do Plano Nacional de Defesa que está sendo finalizado pelo governo. O ministro não revelou quando e nem quantos soldados seriam mobilizados.

Jobim fez as declarações em resposta à preocupação dos deputados da Comissão de Agricultura da Câmara, que o ouviram nesta terça-feira. Para os deputados, as fronteiras estão ameaçadas pela demarcação contínua de terras indígenas contínuas.

- Já tem um plano do Exército de ocupar e fazer um cinto de segurança para a fronteira do Brasil - disse Jobim aos deputados.

Para viabilizar essa maior presença, de acordo com o ministro, o governo terá que alterar um decreto presidencial de 2002, segundo o qual a criação de postos do Exército e da Polícia Federal em áreas indígenas precisa da autorização do Conselho de Defesa Nacional. O decreto não restringe o policiamento, apenas a instalação de bases na região de fronteira em terras indígenas.

Jobim assegurou que a demarcação de terras indígenas não representa um risco à soberania nacional, pois as áreas continuam sendo propriedades da União. As comunidades indígenas têm usufruto vitalício dessas áreas, mas não a propriedade das terras.

- É bom deixar bem claro isso. Nós temos um regime jurídico da terra indígena absolutamente compatível com a segurança nacional - afirmou.

Os parlamentares, no entanto, mantiveram o tom de preocupação.

- A demarcação contínua pode ser um problema se depois virar uma nação - disse Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Jobim rebateu afirmando que no Brasil os índios não são vistos como povos ou nações, do ponto de vista jurídico, mas como tribos.

Amazônia

Jobim defendeu ainda a regulamentação das atividades econômicas em terras indígenas e áreas de preservação da Amazônia. Para o ministro, só a legalização das atividades econômicas pode reduzir as irregularidades nessas áreas.

- Se nós não dermos soluções para eles (os que vivem na Amazônia), outros se sentirão no direito de dá-las. Se nós não ocuparmos espaços, outros vão ocupar- advertiu.

O ministro citou o caso de índios que cobram pedágios de carros que passam por rodovias federais que cruzam reservas indígenas. Ressaltou que a iniciativa é ilegal, mas é aceita porque os índios não têm de onde tirar dinheiro.

- Precisamos dar soluções econômicas senão eles vão encontrá-las. É um fato - constatou.

Para o ministro, o Congresso deveria estabelecer uma pauta que reúna todos os projetos sobre o tema para resolver com maior rapidez esse gargalo no marco regulatório do país.

Pré-sal

Jobim disse aos deputados que está em contato com a Petrobras para fortalecer o patrulhamento das unidades de exploração da empresa na costa brasileira, onde se encontra a camada pré-sal.

O objetivo do ministro é construir 45 navios-patrulha e instalar radares nas plataformas. O submarino nuclear que o governo pretende construir também poderia ser usado nesse esforço. O ministério e a Petrobras conversam sobre a ajuda financeira da empresa para estes equipamentos.

Em outro front, o Brasil tenta junto a ONU aumentar o limite de suas águas territoriais.

- A importância disso é o pré-sal. O que queremos é uma estrutura de segurança - disse o ministro.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 054402.asp




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#201 Mensagem por Plinio Jr » Qua Jul 02, 2008 10:54 am

E o governo brasileiro..... [027] [027] [027] [027] [027]




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#202 Mensagem por jauro » Qua Jul 02, 2008 1:16 pm

é ilegal, mas é aceita
:o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#203 Mensagem por Guerra » Qui Jul 03, 2008 8:02 am

Jobim quer reforçar presença do Exército nas fronteiras

Publicada em 01/07/2008 às 19h43m
Reuters

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pretende apresentar em setembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um programa para reforçar a presença do Exército nas fronteiras brasileiras na Amazônia. Segundo Jobim, o projeto constará do Plano Nacional de Defesa que está sendo finalizado pelo governo. O ministro não revelou quando e nem quantos soldados seriam mobilizados.
Tem alguma coisa muita errado aqui!! Setembro, de acordo com o cronograma da DCEM terminam as transferencias. Como vai ser isso?

As transferencias para guarnição especial já começaram, e no ritmo que vai o numero de militares parece que vai ser menor que no ano passado.

Depois o pessoal diz que sãos os militares que estão boicotando o MD.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#204 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Jul 03, 2008 11:49 am

Acho que ele vai só apresentar o plano. A prática fica (como sempre) pra depois (se é que vem).




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#205 Mensagem por ric_strike » Sex Jul 04, 2008 6:09 pm

ja dizia Charles de Gaulle: O Brasil não é um país sério!




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#206 Mensagem por silverstone2 » Sex Jul 04, 2008 10:01 pm

ric_strike escreveu:ja dizia Charles de Gaulle: O Brasil não é um país sério!

charles de gaulle era um idiota. Aliás foi muito sério ter dito que lagosta se locomove "em saltos" pra que pudessem pescá-la aqui.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#207 Mensagem por Centurião » Sáb Jul 05, 2008 9:17 am

Para desvendar de vez o mistério dessa citação tão apreciada por alguns.
Embora a frase Brésil c’est pas un pays serieux (O Brasil não é um país sério), seja tradicionalmente atribuída ao então presidente da França, general Charles de Gaulle, neste contexto, na realidade foi pronunciada pelo embaixador brasileiro na França, Alves de Sousa, referindo a inabilidade com que o governo brasileiro conduzia este contencioso.
BRAGA, Cláudio da Costa. A Guerra da Lagosta. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha (SDM), 2004.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#208 Mensagem por Edu Lopes » Seg Jul 07, 2008 8:13 am

Amazônia já está "internacionalizada", dizem ONGs

CAROLINA GLYCERIO
da BBC Brasil


O debate sobre o futuro da Amazônia já está internacionalizado seja pela importância que ganhou a questão do aquecimento global ou pela atuação de multinacionais na região, dizem ambientalistas entrevistados pela BBC Brasil.

"O Brasil se incomoda porque sabe que não tem soberania plena. Sabe que se quiser desmatar tudo, vai ter problemas [com a comunidade internacional]", afirma o pesquisador Paulo Barreto, do Imazon.

Ele cita como o exemplo o fato de qualquer acesso a crédito para projetos na Amazônia depender hoje de estudos sobre os impactos ambientais.

Além disso, diz Barreto, o próprio governo brasileiro tem interesse em mostrar ao mundo é capaz de fazer uma boa gestão da Amazônia para conseguir levar adiante sua ambição de desempenhar um papel maior no cenário internacional.

"O Brasil quer se colocar como um ator importante em relação a temas internacionais e a Amazônia é uma questão crítica para o país ter esse posicionamento estratégico. A gente tem que demonstrar que cuida da Amazônia".

Paulo Adário, do Greenpeace, argumenta que a economia da Amazônia é tão ou mais globalizada do que a de outras regiões já que os principais produtos da região --soja, madeira e carne-- são commodities no mercado internacional.

"Só que quando esses setores vão para a mídia, eles não falam das multinacionais, falam das ONGs", afirma Adário, ressaltando o fato de as maiores empresas da soja serem estrangeiras --Cargill, Bunge, ADM e Dreyfuss.

Barreto, do Imazon, diz não acreditar que essa internacionalização se traduza numa ocupação física, pelo menos não por enquanto.

"Não vejo nenhum plano de ocupar a Amazônia, pelo menos não no curto e médio prazo. Mas se o Brasil não cuidar da Amazônia, com uma política clara, imagino que possa haver no longo prazo".

Para os dois pesquisadores, a polêmica em torno da compra de terras por estrangeiros na Amazônia e a preocupação quanto a ingerências internacionais na região são riscos marginais que estão sendo extrapolados pelo governo.

A lei atual restringe a aquisição ou exploração de terras por estrangeiros na chamada faixa de fronteira, faixa de 150 km de largura, paralela à linha divisória terrestre do território nacional.

Uma empresa com sede no Brasil e capital estrangeiro, porém, não estaria sujeita a essas restrições desde que 51% do capital pertença a brasileiros.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 1247.shtml




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#209 Mensagem por Edu Lopes » Seg Jul 07, 2008 8:54 am

Mais duas sobre a Amazônia:
Amazônia preocupa militares

Forças Armadas consideram grave a situação e se mobilizam para enfrentar ameaças à soberania

Carlos Newton


Ministro Gilmar Mendes admite que demarcação contínua de áreas indígenas pode causar problemas. Em função do movimento para internacionalizar a Amazônia, que está se fortalecendo em função do fracasso da política ambientalista do governo, as ameaças à soberania brasileira na região passaram a ser a maior preocupação das Forças Armadas, mobilizando comissões permanentes de estudos na Escola Superior de Guerra, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Escola de Guerra Naval e na Escola de Comando do Estado-Maior da Aeronáutica.

Como o assunto é considerado estratégico e de segurança nacional, os militares da ativa não podem se manifestar, mas é sabido que, entre os oficiais-generais das três armas, existe consenso no apoio à posição externada pelo general Augusto Heleno, chefe do Comando Militar da Amazônia, que recentemente fez graves críticas à política indigenista do governo e ao Itamaraty.

Na verdade, as Forças Armadas foram surpreendidos com a posição adotada pelos representantes brasileiros na reunião das Nações Unidas que aprovou, em setembro de 2007, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, com voto favorável do Brasil.

Os chefes militares não esperavam que o Brasil votasse a favor de um tratado internacional que concede às nações indígenas o status de países independentes, com governo autônomo, leis próprias e território delimitado, onde nenhuma pessoa estranha à etnia poderá entrar, nem mesmo as Forças Armadas brasileiras.

A posição do Itamaraty realmente causou surpresa, porque as negociações diplomáticas na Comissão de Direitos Humanos da ONU se prolongaram por cerca de 20 anos e os representantes brasileiros jamais aceitaram que as reservas indígenas pudessem ser consideradas países independentes.

Mas a pressão internacional sobre a delegação brasileira foi muito forte. As ONGs estrangeiras que atuam na Amazônia chegaram a levar à Europa um dos netos do famoso cacique Raoni, para defender o apoio à Declaração. No final, os diplomatas do Itamaraty acabaram cedendo e assinaram o tratado, por entenderem que o documento não tinha caráter impositivo e poderia ser descumprido pelo Brasil. Foi um erro colossal.
Desconhecimento

"Por incrível que pareça, os diplomatas brasileiros desconheciam que nossa Constituição foi alterada pela reforma do Judiciário em 2004 e duas das modificações se referem expressamente às relações internacionais. Também não sabiam que qualquer tratado de direitos humanos assinado pelo Brasil agora se torna norma constitucional e tem de ser imediatamente cumprido, caso seja ratificado pelo Congresso (art. 5º, parágrafo 3º). E também não sabiam que, nesse particular, a Constituição (art. 5º, parágrafo 4º) passou a determinar que o governo brasileiro aceite ser julgado por tribunais internacionais", explica o advogado Celso Serra, considerado um dos maiores especialistas na questão indígena.

A seu ver, o erro do Itamaraty foi primário e quase causou um problema institucional, porque o presidente Lula ameaçou punir o general Augusto Heleno. "Se realmente houvesse a punição, ninguém sabe o que poderia acontecer. A única coisa que se sabe é que haveria uma grave crise entre o governo e as Forças Armadas", salienta Serra, que coordena os estudos da Maçonaria brasileira sobre a questão amazônica, como representante da histórica Loja Dous de Dezembro.

"Agora, não há alternativa. O governo terá de esquecer que assinou a Declaração da ONU. Não pode sequer enviá-la ao Congresso, porque os parlamentares não querem ratificá-la. E esta seria a primeira vez que o Congresso brasileiro recusaria um tratado internacional assinado pelo governo. Por isso, é melhor esquecer que o tratado existe e foi assinado pelo Brasil", destaca Serra, que tem feito palestras sobre o assunto em vários estados.


Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... cia=pais09
General vê ameaças à soberania

Em artigo publicado na edição brasileira da revista "Military Review", o general-de-brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), afirma que "a Amazônia Brasileira é um imenso espaço rico em recursos e vazio em termos de população, agências e órgãos do Estado".

"É comum organizações não-governamentais (ONGs) ocuparem os espaços que cabem ao Estado brasileiro, sendo que muitas destas organizações representam, veladamente, interesses internacionais públicos ou privados", diz o oficial.

Como deixou o serviço ativo no ano passado, o general Paiva pode falar abertamente sobre a "cobiça internacional pelas riquezas da Amazônia", confirmando que esta questão se tornou o principal tema que mobiliza a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, a ESG e as outras instituições de altos estudos da Marinha e da Aeronáutica.

Em sua opinião, realmente existem ameaças à soberania brasileira, sobretudo na região entre Roraima e Amapá, que é pouco povoada e pode ser transformada em território autônomo, com entrada proibida a não-índios. Por isso, é contra a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol em áreas contínuas, defendendo a tese de que é preciso haver a povoação da faixa de fronteira, com vilarejos, cidades e bases militares.


Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... cia=pais10




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GustavoB
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#210 Mensagem por GustavoB » Seg Jul 07, 2008 10:49 am

ja dizia Charles de Gaulle: O Brasil não é um país sério!

Como é mesmo, "repete-se uma mentira mil vezes até que..."




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