
Finken escreveu:quem fica na Sinuca-de-Bico somos nós, pobres gaúchos, hehehe...
Hehehe... é verdade...
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JL escreveu:Como uma guerra é um envolvimento de todas as forças, postei um tópico único.
Dava para fazer uma tese a respeito desta questão: um conflito entre Brasil e Argentina, porém isto pertence a um passado distante, pois na época da década de 70, este conflito hipotético era realmente uma questão que estava em pauta nos gabinetes dos generais, almirantes e brigadeiros brasileiros.
Naquela época entrei num contratorpedeiro brasileiro e próximo a ponte havia um quadro, super interessante com silhuetas de caças e navios argentinos, incluindo até de mastros de submarinos.
Naqueles anos os argentinos fizeram um projeto de míssil balístico o Condor, um Scud argentino, o qual era uma ameaça séria, com o fim do governo militar os protótipos e os projetos, parecem que foram entregues ao governo norte-americano e os pessoal técnico acabou indo parar no Iraque.
Mas tudo mudou e hoje na minha modesta opinião se existe um foco de desestabilização política na América do Sul este foco se chama Venezuela e Hugo Chaves.
No século XX somente tivemos, salvo engano, três guerras na América do Sul, a guerra do Chaco, entre Bolívia e Paraguaia (a mais sangrenta), a guerra das Malvinas, a mais tecnológica e completa, a guerra Peru e Equador, rápida, quase uma escaramuça de fronteira em termos de guerra terrestre.
Somente haveria duas possibilidades uma guerra curta rápida, tipo uma escaramuça de fronteira, como a que ocorreu entre Peru ou Equador, que poderia ser resolvida com intermediação do exterior ou caso negativo evoluiria para uma guerra prolongada, com o uso de todas as forças. Aí podemos tomar como comparações outros conflitos de terceiro mundo como Irã-Iraque ou Paquistão e Índia. Isto significa que o conflito no ínicio envolveria maciço uso da aviação, bem como de ações terrestres com o uso intenso de blindagos e artilharia. Isto daria uma vantagem inicial a Argentina, porque na década de 70, suas forças estavam melhor equipadas, mas haveriam baixas, logo o desgaste deixaria poucos caças, mísseis e blindados disponíveis. Aí entra o tamanho do Brasil, do seu parque industrial, muitas fábricas poderiam ser convertidas em fabricantes de material bélico, nossos centros industriais ficam no sudeste, muito longe das fronteiras argentinas. Nossa população é muito maior o que compensaria as baixas na guerra terrestre e lentamente a balança tenderia para o lado do Brasil, mas o custo seria altíssimo.
Agora Graças a Deus, este conflito não aconteceu e veio a Guerra das Malvinas, a Argentina mostrou que a sua aviação de ataque era extremamente perigosa, mas que a sua caça era fraca para combate aéreo, mostrou que os seus soldados tem valor e podem resistir muito desde que sejam das suas tropas de elite.
O panorama hoje das forças argentinas é de recuperação da terrível depressão econômica que eles sofreram na década de 90.
Na FAA, o forte é a aviação de ataque, pois os A4AR Skyhawk repotenciados, hoje são o melhor avião de ataque na América do Sul, em alguns aspectos melhores que o AMX até que este venha a sofrer um up-grade e então a coisa equilibra denovo. Fraca em termos de caça pois, o vetor deles é o Mirage III, mas isto vai mudar, podem ter certeza, em breve eles terão o F16 ou o Mirage 2000 usado pois a França precisa vende-los, para entrar o Rafale. No entanto eles estão como nós não possuem mísseis BVR, não tem armamento stand-off. O míssil deles é o AIM 9L Sidewinder, muito bom, mas nós usamos o Python 3, que é equivalente. Em comparação direta de números a FAB tem muito mais vetores de combate e conta com aviões AEW. Bem como é muito mais forte em termos de aviões de transporte e de REVO. E se a FAB investir em armamento, como mísseis BVR e de curto alcance de 4geração e armamento de ataque stand-off, deixa a Argentina no chinelo.
Um fator negativo para a FAB é que a artilharia anti-aérea Argentina é muito mais forte que a do nosso Exército e inclusive a Fuerza Aérea Argentina conta com artilharia AA.
Em termos navais, o Brasil é muito superior, o destaque para a Argentina é sua excelente aviação naval, com muita tradição, que operava jatos em porta-aviões muito antes do Brasil, que em 1982 já possuía um avião de ataque naval com mísseis, o Super Etandadar com o AM 39 Exocet. Coisa que até hoje não temos para defender as nossas costas. Mas as coisas estão mudando e logo a FAB terá o P3 Orion e então teremos capacidade de ataque contra navios com mísseis.
A Argentina, perdeu a muito tempo o seu porta-aviões 25 de mayo, irmão do nosso Minas Gerais e hoje a sua aviação embarcada mais poderosa reside em helis. Sh3 com mísseis Exocet. Mas eles tem quatro submarinos, dois antigos classe 209 e dois excelente TR 1700, muito melhores que os Tupi. E a força de submarinos talvez este seja o seu maior poder no mar, pois a sua força anfíbia serve apenas para golpes de comando.
Em terra o Exército Argentino, merece muito respeito, tem uma artilharia poderosa, com obuses de 155 mm de fabricação Argentina, enquanto nós ainda usamos obuses da II Guerra Mundial, os M114. Possui uma família de blindados, de fabricação nacional, completa baseada no chassi do TAM, incluindo veículos de transporte de pessoal com canhões de 20 mm, mortais contra Cascavéis e Urutus, que tem blindagem leve. Veículos porta-morteiro, comando etc.
O seu tanque o TAM é um veículo vulnerável de blindagem muito fina, mas tem qualidades inegáveis, como é leve, 30 toneladas, pode manobrar melhor em termos de pontes e estradas sul-americanas, que um M60 ou um Leopard 1, é veloz e possui um canhão de 105 mm e agora estão recebendo câmeras térmicas, junto com os Sk105, que também tem canhões de 105 mm. E eu pergunto onde esta o nosso Osório ou mesmo o Tamoio.
Outro ponto é a existência na aviação do Exército Argentino de aviões de observação Mohawk com FLIR e radares SLAR e do uso pioneiro de UAVs para reconhecimento com sistemas optronicos de vigilância.
Sua capacidade de produzir armamentos foi muito boa e sem dúvida em caso de conflito poderá ser recuperada e representaria forte desequilíbrio.
Em termos de armamento o Exército Argentino tem artilharia e blindados de melhor qualidade que o nosso e com um índice de nacionalização maior. Mas o nosso é maior em quantidade, tem muito mais obuses, Cascavéis e Urutus e sem dúvida muito mais soldados.
Um ponto a favor da Argentina é que um grande número de oficiais com experiência real de guerra, caso que não ocorre pois os veteranos da IIGM na sua maioria já morreram e possuem uma experiência defasada. Isso faz diferença principalmente em termos de oficiais e pilotos de caça.
É uma modesta análise de um tema tão complexo.
Sites argentinos: http://www.hangardigital.com.ar e http://www.fuerzasnavales.com e http://www.elsnorkel.com
Os ingleses vão ficar putos da vida e vão mandar os Eurofigthers, Tornados, Harrier, submarinos e o escambau para dar um troco nos argentinos. Pegamos a verba que o Brasil ia utilizar para a guerra, compramos umas cadeiras de praia e uns coquitéis e tranformamos o Porta aviões São Paulo em um grande palco que ficará perto do campo de batalha ( ou ilha, sei lá ). Colocaremos as cadeiras na pista do São Paulo e assistimos tudo de camarote.
Marechal-do-ar escreveu:Ta loco PT? Deixar os argentinos invadirem e cometerem crimes no Sul do país? Joga a bomba atômica do Enéas neles!!!![]()
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mas de qualquer jeito não conseguiriam passar pelos M-60 (que estão no sul).