Plano Plurianual: Menos verbas para as FAs

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Vinicius Pimenta
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Plano Plurianual: Menos verbas para as FAs

#1 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Ago 14, 2003 12:09 am

Pessoal, mesmo com as belas palavras que norteiam o PPA, que vocês conferem abaixo...

O plano Brasil é dividido em Mega-objetivos.

Mega-objetivos

MEGA-OBJETIVO I
Inclusão Social e Redução das Desigualdades Sociais

MEGA-OBJETIVO II
Crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente
sustentável e redutor das desigualdades

MEGA-OBJETIVO III
Promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia

No Mega-objetivo III temos os itens 22 e 23:

22. Preservar a integridade e a soberania nacionais


23. Promover os interesses nacionais e intensificar o compromisso do Brasil com
uma cultura de paz e de direitos humanos no cenário internacional


e:

"76. As Forças Armadas cumprem papel fundamental na construção de uma nação
forte e soberana e na preservação do Brasil como um território de paz e de
democracia. O governo reforçará e modernizará as Forças Armadas para a
preservação da integridade da Nação, com a defesa do território nacional, do
mar territorial e do espaço aéreo. Elas contarão com a capacidade necessária à
defesa de nossas fronteiras, à proteção das regiões ameaçadas em sua
integridade, como é o caso da Amazônia, e ao desempenho de missões de paz no
mundo. Quando convocadas, as Forças Armadas cooperarão com o enfrentamento de
calamidades públicas, campanhas nacionais de saúde pública e outras ações de
caráter cívico-social."



... o fato é que:

Informe JB

Ordem do dia

Militares estão irritados. Descobriram que vão perder recursos no PPA de Lula. No ano que vem receberão, no mínimo, R$ 1 bilhão a menos do que este ano. Vão ter que baixar a bola nos planos de investimento. Equipamentos mais modernos, então, nem pensar.
A insatisfação percorre a caserna com extrema rapidez.

Fonte: Jornal do Brasil - 13/08/03


Veremos se essa notícia é correta. O fato é que, se estiver, é uma palhaçada sem tamanho!




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#2 Mensagem por Fox » Qui Ago 14, 2003 4:16 pm

Blz Vinicius,

Concordo plenamente com você. Ate o momento eu fui bastante compreensivo com as atitudes do governo com relação às FA’s, mas se essa noticia for verídica já não adotarei essa mesma atitude.

Uma pequena diminuição no orçamento da defesa, eu não acharia muito estranho, pois isso já virou rotina, e uma atitude que aos longos dos anos vem acontecendo, agora uma diminuição dessa magnitude seria um grande absurdo, já que no ano passado já teve uma diminuição similar a essa.

Agora acho que os militares não poderão ser omissos a essa atitude, devendo tomar as medidas viáveis para que isso não aconteça, pois geralmente eles ficam muito mais preocupados com uma tentativa de diminuição de seus vencimentos e benefícios, do que com a diminuição do orçamento de defesa.

Que tal todos nos componentes desse fórum, enviarmos essa matéria para os seguintes e-mail, em forma de protesto!

- Presidente da República(Luis Inácio, “Lula”) : protocolo@planalto.gov.br
- Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Eduardo Suplicy) : esuplicy@senado.gov.br
-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados : dep.zulaiecobra@camara.gov.br


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#3 Mensagem por Clermont » Sex Ago 15, 2003 10:06 pm

Fox escreveu: Agora acho que os militares não poderão ser omissos a essa atitude, devendo tomar as medidas viáveis para que isso não aconteça,...


Salve, gente.

Olha, embora seja lamentável o corte de verbas, a única coisa que os comandantes militares podem fazer é argumentar contra. E, democraticamente, apelar para os parlamentares que sejam simpáticos a seus argumentos. Agora, se apesar disso, o governo (apoiado pelo Congresso) mantiver os cortes, aos militares só resta uma alternativa: bater continência, girar nos calcanhares, e começar a administrar seus comandos, de acordo com a nova realidade.

Que, diga-se, não é exclusividade do Brasil. Em todo o mundo, tem ocorrido severas reduções nos orçamentos militares. Os tanques Leopard que o Brasil adquiriu, só vieram devido as reduções nos efetivos do Exército belga.

Ainda é cedo para sabermos qual será o resultado prático das atuais reformas previdenciária e tributária. Se tudo der certo, lá por meados do ano que vêm, o país deverá estar em algum nível de crescimento. Levando-se em consideração o perfil ideológico do atual governo (de discurso esquerdista, mas de ação social-democrata) já era de se esperar que o dinheiro conseguido não fosse gasto com os militares, a menos que surgisse algum imperativo de segurança externa.

Como tal situação de emergência não surgiu, não deveria surpreender a ninguém este provável corte de recursos.

Tomara que o Ministério da Defesa e os comandos militares saibam escolher, com sabedoria, onde dispender os magros recursos que sobrarem.




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#4 Mensagem por Fox » Sex Ago 15, 2003 11:36 pm

Blz Clermont,

Realmente Clermont, se o presidente tiver o apoio do congresso pouca coisa poderá ser feita pelos militares. Mais o que eu espero dos militares não e uma revolução, e sim mais firmeza nas reivindicações, pois eles são muito mais exigentes com seus benefícios próprios do que com os benefícios das FA’s, veja que quando se fala em reforma da previdência, os militares são quase intocáveis.

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previdencia

#5 Mensagem por miliko » Sáb Ago 16, 2003 1:18 pm

Prezado Fox,
Esse assunto de previdencia e muito mais complexo do que a midia veicula, principalmente porque alguns aspectos nunca sao citados.
Um deles e de que nos nao somos integrantes do sistema previdenciario , ou seja, o que possuimos e um fundo proprio. Isso quer dizer que o que e arrecadado com a previdencia dos outros segmentos da sociedade nao e gasto com os militares. Ou seja, se reformarem ou nao a nossa previdencia, nao afetara em nada o resto da sociedade. Os militares, tambem, ja descontam 11 % , inclusive na inatividade. Isso seria um dos motivos apresentados para a manutencao dsa integralidade na passagem para a reserva(nos nao nos aposentamos, passamos para a reserva....), e alias, esaa integralidade nao e tao integral assim, nos temos uma reducao de cerca de 10% nos vencimentos qdo passamos para a reserva.
de todos os beneficios da previdencia garantidos para a populacao, nos tbm nao somos beneficiarios. Mesmo o nosso atendimento medico, nao e totlamente gratuito, pois uma parte do servico que recebemoss e pago cada vez que o utilizamos. Qto a integralidade, creio que ha argumentos que a sustentem, no nosso caso. Enquanto quem tem uma vida estavel , sem ser obrigado rotineiramente a se mudar de estado ou cidade consegue fazer um planejamento relativo de sua vida, nos nao conseguimos isso. As esposas , caso trabalhem na iniciativa privada, perdem o emprego...e mesmo que tenham direito a transferencia caso sejam funcionarias publicas, muitas vezes nao o conseguem, por incompatibilidade de funcoes e orgaos publicos,sua inexistencia no local de destino e , ate mesmo, por explicita ma vontade desses orgaoa(isso ninguem fala...). Quanto ao estudo dos dependentes, isso tbm e dificil, ja que muitas vezes vc vai para lugares de baixo nivel educacional, sem escolas boas ou faculdades..ou seja, enquanto quem tem a vida estavel em alguma cidade tem essas opcoes, nos nao temos, o q dificulta que seus familiares possam complementar a renda familiar, Ah, mas as faculdades garantem a transferencia, mesmo de particular p a federal...nao e bem assim...precisa ver a ma vontade qdo se precisa disso, sem contar que a grande maioria das cidades do interior por onde passamos nao possui nem faculdade particulaer, qto mais entidades publicas....
Talvez o fato do governo nos deixar intocaveis, como vc diz, se deva , tbm, ao fato que qualquer trabalhador q se sinta prejudicado em seus direitos trabalhistas possa fazer reinvindicacoes, greves, etc, o q nos e vedado. O maximo q podemos fazer e seguir a cadeia de comando e acreditar q os nossos comandantes estao preocupados conosco, como esta o ministro da defesa. Alguem, por acaso, viu o ministro da educacao declarar algo sobre a precidencia do pessoal da educacao....no nosso caso, nossos chefes se preocupam conosco nesse aspecto. Alias, tem muita coisa q mudaram nos ultimos anos, mas ninguem comenta, e nao foi preciso nenhuma reforma nacional para q alguns direitos nosos fossem cortados. Fomos nos memsmos que nos tiramos, como a pensao das filhas(quem ja estava na forca e quis continuar teve que descontar a mais), a passagem para a inatividade com os vencimentos do posto acima e outros....Os quais, realmente eu concordo que deveriam ser abolidos por serem incondizentes com a situacao nacional. Outra coisa q o governo nao fala, e isso se aplica a todo servidor publico, e q a contribuicao se divide em duas, a parte patronal, pagag pelo empregaor, e a parte paga pelo servidor. Quem tem empregados sabe disso. o q ocorre e q no caso do servidor publico, o patrao(governo) NAO RECOLHE A SUA PARTE....ai etsa a verdadeira razao do deficit no funcionalismo publico...Nao sou contra a reforma, acho ela necessaria, mas ha uma clara intencoao do governo em aticar os diversos segmentos da sociedade uns contra os outros, e manter todos desinformados e brigando enquanto quem realmente mama na teta da nacao fica quietinho no seu canto...vc viu, por acaso, alguem falando sobre os salarios e aposentadorias de politicos....




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#6 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Ago 16, 2003 3:48 pm

Perfeito, Miliko. Pena que grande parte da sociedade não conheça a verdade. Pena também que os militares não possam fazer uma campanha de esclarecimento oficial e tenham que se limitar a reuniões, pedidos e etc com parlamentares. Porque embora eu acredite que nada de importante vá realmente mudar na previdência militar, isso pode soar não muito bem para os diversos segmentos da sociedade, principalmente servidores públicos, que por não conhecerem o tema a fundo podem de alguma forma aumentar ainda mais o distanciamento entre militares e sociedade.




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#7 Mensagem por Fox » Sáb Ago 16, 2003 5:01 pm

Blz miliko,

miliko de maneira alguma estou desmerecendo os direitos dos militares, compreendo muito bem os seus argumentos. Mais veja só, em nenhum momento falei que os benefícios dos militares são retirados da previdência social (se não estou enganado esse e o nome dado a esse benefício).

Agora eu pergunto a você, a quantidade recolhida pelo militares e suficiente para garantir os benefícios de todos militares aposentados? Se não for suficiente esse recolhimento, de onde e retirado essa quantia “extra”?

Quando mencionei “reforma da previdência“ onde falei que “os militares são quase intocáveis”, estava referindo – me a uma nota que foi passado pelo governo há imprensa, onde falava que os benefícios dos militares não seriam alterados. O que eu pude entender com essa noticia e que, apesar dos benefícios do militares não ser descontados da previdência social, eles poderiam ser reformado, na época cogitou-se o Brasil possuir uma previdência única para todos os trabalhadores com um único piso e teto de beneficio.

Não gosto de generalizar, tanto o funcionalismo publico quanto à classe militar, a grande parte e formada por pessoas trabalhadoras, porem existe aquela minoria ruim, que “geralmente” são que mais ganham (e mandam), podemos citar como exemplo no funcionalismo publico, os políticos (sem generalização), entre outros.

Agora todos esse sacrifícios por você mencionado ocorrido na carreira militar não são as piores (esta muito longe de ser a pior) existentes no nosso país. A palavra chave na carreira militar e ESTABILIDADE, o que adianta nos civis possuirmos residência fixa e estável, quando não temos estabilidades(não incluindo o funcionalismo publico) em nossos empregos. Tenho um tio que e trabalhador publico, e seu serviço era na detenção, mas mesmo assim ele teve que mudar de cidade (conseguintemente de residência), pois a detenção foi desativada. Chegando em seu novo local de trabalho, logo nas primeiras semanas ele ficou 12 HORAS com uma faca no pescoço e um bujão de gás amarrado em seu corpo, porque ele era refém em uma rebelião. Conclusão esse acontecimento será acrescidos em sua futura aposentadoria, e evidente que não, meu tio só recebeu 2 dias para se recuperar do acontecido, que por sinal e provável que uma pessoa que tenha sofrido com essa situação nunca se recupere totalmente.

Alguns colegas meu possui larga experiência profissional e teórica, e em seus currículos constam diversos curso (entre ele curso técnico e faculdade) e nem por isso possuem garantia de emprego. Com isso prefiro muito mais a vida de “incerteza militar” (com relação à residência fixa) do que a “vida estável civil”. Tenho plena certeza que se alguma boa intuição seja privada ou publica os convidasse (meus colegas) a trabalhar em outro estado, onde lhe proporcionaria bons benefícios e estabilidades, ele não pesaria duas vezes com relação a mudar de residência, inclusive EU.

Com relação a atitudes mais firmes dos militares, no que se refere a uma possível diminuição do orçamento da defesa, gostaria que essa determinação fosse da mesma forma que no ano passado, onde na época das eleições uma das principais questões abordado nas palestras com os então candidatos a presidência da republica era com relação a garantia dos atuais benefícios dos membros das FA’s, onde os militares queriam garantia que seus benefícios não seriam afetados.

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#8 Mensagem por miliko » Dom Ago 24, 2003 6:27 pm

Prezado Fox
Acredito que a quantidade arrecadada seja suficiente, pois não tenho conhecimento de terem alguma vez retirado algum extra de outra verba destinada a qualquer outro setor para repassa-la para o pagamento de militares. Pelo contrario, ou melhor, confirmando o fato de que nao se retiram essas verbas de nenhum outro setor, por diversas vezes alguns beneficios dos quais os miloitares tem direito sao pagos atrasados, como o auxilio creche, vale transporte, etc,. Com certeza, tais atrasos em outros setores seriam motivos para imediatas reinvindicações, greves e paraliza~çoes, direitos esses que não possuimos( e nem queremos, tampouco).
Discordo quando vc diz que a palavra chave seja a estabilidade. Vamos analizar os motivos da estabilidade na profissao militar, e talvez conseguir extrair a validade dessa afirmação.
quem arca com as despesas da formação , especialização e aperfeicoamento dos profiissionais militares e o estado. essas atividades, alem de custosas em recursos, são extremamente especificas.
qual seria o estimulo, para esse profissional, a se especializar, a continuar estudando durante quase toda sua carreira, se de uma hora para outra pudesse ser despedido....Alem disso, alem do prejuizo para o estado em termos financeiros, em que outro setor esses conhecimentos podem ser empregados....
Nao quero questionar a obvia dificuldade de se arrumar e manter-se num emprego na iniciativa privada, mas por exemplo, um engenheiro formado, especializado, etc, ainda tem a possibilidade, apos perder seu emprego em uma firma qualquer, de continuar seu trabalho em outra ...e o militar, como fica...Vc acredita que alguem se dedicaria integralmente ao servico da patria, sem ter pelo menos a certeza de que nao sera mandado embora , completamente inapto a concorrer para sua subsistencia devido ao carater extremamente especifico de sua profissao...
Vamos aprofundar mais um pouco a questao da dedicacao integral...Tenho uma conhecida que era vendedora de cachorro quente, que conseguiu completar seus estudos em uma faculdade . Tenho um colega que trabalha no comercio q esta fazendo faculdade, e que qdo se formar tera uma nova opcao de emprego(eu disse opcao..eu sei que nao e garantido..), mas, eo sgt que serve na fronteira, no interior, onde sequer ha uma faculdade ou universidade que possibilite uma possibilidade de aspirar outra profissao ou outra fonte de recursos...isso fora aqueles que , apesar de servirem em locais com acesso a esses beneficios, pelas diversas atividades ou nao conseguem frequenta-las ou levam muito mais tempo que o normal para conclui-las...
qual seria a solucão que vc proporia para essa questao..dar estabilidade a todos, mesmo na iniciativa privada...
Olha, lhe garanto que quem entra para as forcas armadas so pelo motivo da estabilidade, logo logo ve que a coisa nao e bem assim..e costumam ser profissionais fracos, desmotivados,porque lhes falta vocação.
Quanto ao seu tio, acredito que ele seja atiingido por um beneficio chamado adicional de periculosidade, insalubridade ou algo parecido..nao entro no merito se esse beneficio e suficiente ou nao, mas nos tbm corremos riscos de vida, nao so em situacoes de crise, mas mesmo em atividades rotineiras, nem por isso ganhamos esse beneficio. Ou vc pensa que e seguro realizar um ataque simulado em cima de uma vbtp urutu atraves campo, ou atirar com um carro de combate, ou lidar com explosivos...
Tem um caso de um oficial que no mato grosso foi preso com alguns outros militares por indios que reinvindicavam a marcacao de suas terras, tbm ficou preso e ameacado de morte durante um periodo..e tbm nao ganhou nada alem ...
voltando ao caso da transferencia de localidade, pelo q vc falou isso ocorreu uma vez na vida de seu tio, e conosco ocorre a cada 3, 4 anos..e bem diferente....
Quanto a repudia q vc faz dos militares em sua preocupacao com os vencimentos, lembro que nos nao temos direito a sindicalizacao ou reinvindicacoes, e os unicos que podem fazer isso sao justamente nossos superiores, e gracas a Deus que o fazem...como vc acha que se sentiria a tropa, se deixasse de acreditar que eles estao preocupados conosco...afinal, esse e o unico caminho que temos para expressar nossos anseios, o canal de comando. Se , talvez, os comaqndantes das policias tivessem as mesmas atitudes, nao teriamos passado por problemas como as greves das policias, rebelioes e assisitissimos a sindicalizacao de seus integrantes, com nefastos reflexos para a disciplina( alias, vc lembra quem e que trabalhou como policia nesses casos, como em salvador...e, o EB...)
Um dos fatores que nos motiva, dentro da area afetiva, e a preocupacao que os mais antigos devem mostrar com seus subordinados. E o que eles trataram nesses encontros, nao foi so a questao do soldo, mas de verbas de uma maneira geral. De q adianta o mais moderno equipamento se vc nao tem o soldado engajado para trabalhar com ele, mas sim um numero grande de conscritos( nos nao temos um numero maior de soldados engajados por falta de verbas para pagamento....) ou um monte de oficiais e sargentos mal pagos...
E so olhar, novamente, para as policias...A cada grave problema de seguranca., se anunciam injecoes de verbas para equipamentos e material, numa solucao demagogica e emergencial, e se esquecem do principal, do ser humano, dos recursos humanos, da sua motivacao, do estimulo que deveria, receber, das condicoes dignas de exercerem sua profissao...




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#9 Mensagem por Fox » Sáb Set 06, 2003 7:27 pm

miliko,

Estou vendo que esse nosso papo não vai levar a lugar nenhum, porem quero fazer algumas observações (talvez as ultimas observações).

Novamente afirmo que a palavra chave e ESTABILIDADE. Não estou questionando os seus aguamentos sobre o estimulo aos aperfeiçoamentos profissionais sem a estabilidade, porem e uma vantagem que de maneira nenhuma pode ser desprezada.

Eu particularmente estou a 8 anos em formação em área profissional (curso técnico e faculdade), entretanto ainda e pouco para o mercado de trabalho, então assim como os militares, nos civis não podemos para de estudar(aperfeiçoar, treinar, entre outros) , o estudo e continuo.

Posso citar alguns cursos que preciso fazer em breve, são eles:

- Auto Cad, que por sinal em muitas empresas já não e mais utilizados, sendo utilizados programas mais específicos (e mais caros).
- Curso relacionado à qualidade, que por sinal ano a ano sofrem modificação.
- Curso relacionado à parte ambiental, que hoje e quesito básico para qualificação tanto do empregado quanto à empresa.
- Curso relacionado à área de estatística (programas de PC).
- Entre outros

Sem contar inglês, que hoje está se tornando tão importante quanto o português.

A grande diferença entre eu (civil), para você (militar), e que os meus curso não e o estado que paga. Só para você ter uma idéia um curso de Auto Cad não sai por menos de mil reais, e olha que e um curso básico. Agora se eu não fizer esses cursos, alem de outro, me tornarei um profissional devassado, e provavelmente estaria habilitado a trabalhar talvez em serviço semelhante ao um serviço de um ex-militar que por algum motivo tenha saído da FA’s.

Sobre o meu tio, é realmente trabalhar com 8.000 detendo em sua volta, não representa perigo algum. Qual o significado que você tira da palavra CARANDIRU. Felizmente o Carandiru já foi desativado, porem esse episodio, ocorreu em seu novo local de trabalho.

acredito que ele seja atiingido por um beneficio chamado adicional de periculosidade, insalubridade ou algo parecido..


Lamento lhe informa que a insalubridade já não existe faz alguns anos, o seu ex-patrão retirou esse beneficio. Realmente ele recebeu algo parecido, 2 DIAS para se recuperar psicologicamente. Nossa que beneficio! :mrgreen:

Sobre a remuneração dos militares (da ativa e da reserva), gostaria de lhe perguntar, o custo com o pagamento desse benéfico e um custo fixo ou um custo variável? E o custo de manutenção, treinamento, entre outros, e um custo fixo ou variável?

Só para terminar, o que levou a esse nosso papo, foi quanto mencionei as palavras omissos e intocáveis.

Eu acho que os militares são omissos, pois eles poderiam tomar atitude que de alguma forma pudesse transparecer a sociedade a real situação das FA’s Brasileira, porem ao meu ver as atitudes adotado por eles são insuficiente para o total esclarecimento. Eu estudei 8 anos em colégio publico, e estudo a 8 anos em colégio particular, e nunca vi nenhum militar ir ate essas instituição para fazer uma palestra (por exemplo) podendo mostrar um pouco sobre a carreira militar, e esclarecer a real capacidade das FA’s, entre outros. O custo para esse tipo de serviço seria mínimo, muito deles seriam somente o custo com combustível, que no caso do colégio que estudei e o que estudo atualmente seria algo em torno de três reais, podendo satisfazer varias colégios que ficam na proximidade, com o mesmo custo empregado.

Poderia ser feitos também alguns panfletos com esclarecimentos, podendo ser distribuídos em exposições, como por exemplo, nos domingos aéreos.

Todos esses esclarecimentos deveriam ser feitos de forma pacifica.

Agora não venha me dizer que esse orçamento empregado, seria um desperdício!

Sobre intocáveis, bom assim como no funcionalismo publico, na carreira militar são poucos que ganham muito, e muito que ganham pouco. Então eu duvido que algum dia os membros dos altos escalões das FA’s permitam uma reforma militar, para acabar com alguns privilégios, afim de melhorar os benefícios de militares de patente baixa, e desafogar o alto custo ao orçamento com os benefícios militares.

Atualmente, me parece que há diferença entre uma diminuição no orçamento para aquisição de equipamento, treinamento, manutenção, entre outros , e para uma possível alteração nos benefícios Militares.

Recentemente foi divulgado que a população militar (Militar, parentes e amigos) que possui direito ao voto, fica em torno de 5 milhões de pessoas, essa talvez seja a grande arma de protesto, o VOTO. Mais isso só se torna justificável em caso de diminuição de beneficio.

Para terminar uma frase, “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.

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#10 Mensagem por Clermont » Sáb Set 06, 2003 8:27 pm

Parabéns Miliko e Fox,

Extremamente enriquecedor esse debate. Gostaria de chamar a atenção para uns pontos:

Fox excreveu: Eu estudei 8 anos em colégio publico, e estudo a 8 anos em colégio particular, e nunca vi nenhum militar ir ate essas instituição para fazer uma palestra (por exemplo) podendo mostrar um pouco sobre a carreira militar, e esclarecer a real capacidade das FA’s, entre outros.


Isso, e mais coisas simples como a dificuldade para o cidadão comum ter acesso a literatura militar (sem ter que se tornar assinante da Bibliex, por exemplo), deve-se ao fato de que os militares, devido ao Serviço Militar obrigatório, não sentem a necessidade que os americanos, por exemplo, de fazer propaganda de suas corporações. Principalmente, o Exército que é o verdadeiro dependente do alistamento compulsório.

Realmente, quando se instala a Feira do Livro, na Cinelândia, vc não vê uma barraquinha da Bibliex, nem das bibliotecas da Marinha e da Aeronáutica. Vc pode comprar qualquer porcaria de livro do Paulo Coelho, mas vc não encontra exemplares da Revista Verde-Oliva, da Defesa Nacional, da Revista do Exército pra folhear. E uma coisa dessas não seria importante pra atrair civis a conhecer um pouco mais as Forças Armadas? Se dependesse de mim, botava uma barraca de cada força, e colocava como atendente, as mais bonitas oficiais disponíveis pra vender livros militares. Só como chamariz :shock:


Então eu duvido que algum dia os membros dos altos escalões das FA’s permitam uma reforma militar, para acabar com alguns privilégios, afim de melhorar os benefícios de militares de patente baixa, e desafogar o alto custo ao orçamento com os benefícios militares.


Olha, eu posso estar equivocado, mas me parece que a proporção do ganho dos oficiais-generais em relação às outras patentes e postos não é muito diferente do que se vê nos Estados Unidos, por exemplo. Ao menos, no soldo básico, pois o bruto tem uma porção de acréscimos que eu não compreendo bem. Seria chover no molhado, afirmar que um general-de-brigada brasileiro talvez não ganhe tanto quanto - sei lá, vou chutar - um major americano. Afinal, EUA são EUA e Brasil é Brasil.

Eu só colocaria em discussão outras questões, relacionadas com a própria organização interna do Exército. Principalmente, quantidade de efetivos; proporção de oficiais da ativa em proporção aos da reserva; talvez uma maior participação dos graduados em funções de comando dentro das organizações de combate.

São medidas que poderiam compensar o fato inescapável: NÃO IRÁ HAVER NESTE GOVERNO, GRANDES GASTOS COM AS FORÇAS ARMADAS. Em especial, o Exército. Portanto, talvez os militares de forma geral, e o Exército em particular, devam começar a repensar a questão da QUALIDADE x QUANTIDADE. E, tratar de fazer escolhas, sobre o tipo e quantidade de forças armadas que o Brasil pode manter com eficiência.




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#11 Mensagem por miliko » Seg Set 08, 2003 3:08 pm

Concordo plenamente que a divulgação nçao e tao boa qto deveria ser.Agora, eu mesmo ja ministrei muitas palestras em colegios. Caso vc nao saiba, muitas vezes nos procuramos os colegios, e, principalmente os particulares, nao se interessam por essas atividades, dispensando-as. Como vc mesmo disse, elas devem ser feitas de forma pacifica. qual a solução entao, invadir os colegios e obriga-los a essas palestras...
Concordo q isso nao gera gastos, mas os panfletos geram. Eles tbm sao produzidos, junto a cartazes, nao na quantidade que julgaria necessaria e nem com a divulgação tbm , mas ha anuncios veiculados nas tvs, q indicam para os interessados a procurarem os quarteis. La, nas relações publicas, ha desses panfletos .
Discordo que existem muitos q ganham pouco, e poucos que ganham muito. Um general de exercito, com 40 anos de serviço, cursos equivalentes a mestrado e doutorado, ganha o equivalente a um reitor de universidade federal. Ou seja, comparando com outros setores publicos, nao e tao grande a discrepancia.
Qual seria a solução q vc daria para dentro da força igualar isso, aumentar proporcionalmente o numero de generais ao de Sd..
e obvio que os mais altos postos vao ser melhores remunerados que os mais baixos e q exijam menor qualificação.
Ou, talvez, fazer com que o soldo de cel seja igual ao de Sd..
Comparativamente, as discrepancias nao sao tao grandes assim. Um Asp Of ganha aprox duas vezes mais que um 3 Sgt. Considerando que a formação do sgt dura um ano e exige 1 grau, e que a do oficial dura 4 anos e exige 2 grau, vc cre ser essa diferenca gritante...
Nos escaloes mais baixos, a proximidade e ainda maior. Um cabo ganha pouca coisa menos que um 3 Sgt, sendo que nao prestou nem concurso publico , foi selecionado dentre o universo que incorporou como conscrito .
Qto a sua duvida que as altas patentes permitiriam reduções nos beneficios, vou citar , de novo, alguns que foram cortados, sem a necessidade de uma reforma a nivel nacional como a da presidencia, e que nem por isso gerou uma quartelada..
-Passagem para a reserva recebendo um posto acima
- pensao vitalicia para as filhas
- extinçao das licenças especiais
- extinção da contagem de tempo de serviço a mais em locais insalubres
etc....
O q vc sugere qto a decisao do governo de nao prover os recursos necessarios a defesa, outra quartelada...
Agora, qto aos vencimentos, como eu ja disse, se o superior nao brigar pelo seu subordinado( lembre-se que todos seriam afetados..)
o q restaria a eles, a greve.. foi isso q aconteceu com as policias..
Clermont, concordo, principalmente com a ideia das recepcionistas..rs
Agora, ao quesito quantidade, isso e inegociavel..ja estamos no limite, acredite, diminuir efetivos e impensavel, e isso seria abrir a porteira para o governo a cada ano diminuir mais, como hja fazem com o orcamento.
Qto a escolha de prioridades, tem se procurado faze-lo, com os conceitos de ilhas de modernidade, FAR, etc, mas ta cada vez mais dificil..




César
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#12 Mensagem por César » Seg Set 08, 2003 9:37 pm

Também acho que deveria-se divulgar mais sobre as FA´s e a carreira militar em geral para os jovens do país. Atualmente, o povo sabe pouco ou nada sobre os militares, e uma grande parcela acha que eles são uma grande inutilidade.
Só a título de curiosidade, sabem como que eu fui me interessar pelo mundo militar e assuntos relacionados? Não foi por nenhuma propaganda, ou panfleto, ou qualquer palestra, pois isso NUNCA(e isso pendura até hoje) aconteceu. Eu tinha 12 anos, e estava no pátio do colégio, quando um cara que eu mal conhecia de outra classe conversou comigo durante uns 5 minutos, onde ele apenas comentou que gostava de aviões, e falou um pouco sobre eles. Eu sequer conhecia direito essa pessoa. E pronto, me interessei pelo assunto, e estamos aí até agora.
Agora, e se esse sujeito não puxasse um papo? Eu possivelmente até hoje não me interessaria por assuntos relacionados à defesa devido a pouca divulgação, pois se depender do governo, o povo vai nascer, viver e morrer sem saber da existência e importância das Forças Armadas.

Abraço a todos




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#13 Mensagem por VICTOR » Dom Set 14, 2003 10:43 am

Militares ficam de fora de encontro sobre orçamento
Cúpula militar estranha ausência em reunião entre ministros Viegas e Palocci
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A penúria em que se encontram as Forças Armadas do País levaram o ministro da Defesa, José Viegas Filho, ao Ministério da Fazenda para uma conversa com o ministro Antonio Palocci, para tentar garantir mais recursos para a administração das unidades militares.O encontro, que deveria ser realizado na presença dos três comandantes militares, ficou resumido a uma conversa apenas entre os dois ministros, o que causou estranheza na cúpula militar, informada, na última hora, de que não deveria estar presente à reunião.

O sucatamento das Forças Armadas, de acordo com oficiais é visível e pode ser medido por problemas operacionais; as quedas de aeronaves da Marinha e da Aeronáutica por exemplo. Não há dinheiro sequer para o cumprimento dos compromissos mais básicos, como o pagamento de água, luz e telefone.

Os militares se queixam das tarifas desses serviços, que têm subido muito nos últimos meses, sem que tenham sido acompanhadas dos respectivos repasses, deixando os comandantes de quartéis desconfortáveis por não poderem pagar as contas. Todos se lembram de quando as empresas de serviço público eram do governo e essa situação conseguia ser contornada com uma conversa entre administradores públicos. "Agora, muitas das concessionárias são privadas e não há a quem recorrer. Empresa quer lucro realizado e ponto final", comentou um oficial.

O orçamento das Forças Armadas vem caindo ano a ano. Em 2001, o orçamento inicial era de R$ 6,9 bilhões. Em 2002, caiu para R$ 5,4 bilhões e este ano estão previstos 4,6 bilhões, dos quais apenas R$ 3,2 bilhões foram executados. No caso de investimentos, dos R$ 1,55 bilhão previstos no início de 2003, até agora só R$ 152, 66 milhões foram pagos, ou seja, 9,54%, embora R$ 335 milhões estejam empenhados.

No caso das despesas com custeio, dos R$ 3,15 bilhões previstos no orçamento no início do ano, apenas R$ R$ 1,15 bilhão foram gastos até o fim de agosto.

Isso significa que apenas 36,5% do orçamento foi executado por causa dos limites financeiros impostos pela equipe econômica. No reaparelhamento da Marinha, por exemplo, só foram gastos, até agora, 14,54% dos recursos orçados, enquanto no Exército, apenas 2,3%, e na Força Aérea, 7,74%.

O Exército, que no ano passado precisou dispensar 44 mil recrutas em julho, está segurando seu pessoal o quanto pode, mas teme que precise antecipar em pelo menos um mês a dispensa de pessoal. (Colaborou Sérgio Gobetti)

http://www.estado.estadao.com.br/editor ... ol015.html




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